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Estudo Dirigido - Ruminantes

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Estudo Dirigido
Metabolismo em animais poligástricos
1) Qual é a diferença primordial entre animais monogástricos e poligástricos que faz com que os ruminantes obtenham energia a partir da celulose?
 Os ruminantes possuem microorganismos com enzima celulase que permite a degradação da celulose.
2) A alimentação a base de pastagens favorece a produção de quais moléculas após a oxidação? Cite as moléculas em ordem de quantidades produzidas.
 A alimentação a base de pastagens favorece a produção de acetato(65%), propionato(20%) e butirato(12%).
3) A alimentação a base de rações (amido) favorece a produção de quais moléculas após a oxidação? Cite as moléculas em ordem de quantidades produzidas.
 A alimentação a base de rações favorece a produção de propionato(40%) e acetato (37%).
4) Por que o excesso de amido pode causar a redução da digestibilidade das pastagens, se o animal não estiver adaptado a este tipo de alimento?
 O excesso de amido digerido é transformado em lactato, acidificando o rúmen e diminuindo a ação dos microorganismo da porção bacteriana do rúmen, já que seu pH ótimo é neutro. Dessa forma, a digestibilidade de reduzida.
5) Qual a principal molécula do metabolismo formada a partir do acetato? E a partir do propionato?
 A principal molécula formada a partir do acetato é o Acetil-CoA. Já do propionato é a glicose.
6) Explique brevemente por que a gliconeogênese hepática é constante em ruminantes e inclusive pode ser mais intensa durante o estado alimentado do que durante o jejum?
 A gliconeogênese hepática é necessária constantemente pois o rúmen absorve pouca glicose, já que transforma em ácido graxo volátil. Dessa forma para atender as demandas energéticas constantes do cérebro, eritrócitos e medula renal, o fígado transforma oxalacetado constantemente em glicose pela gliconeogênese. E assim é mais intensa no estado alimentado pois a absorção de glicose da alimentação é baixa.
7) Quais são os dois principais lipídeos ingeridos pelos ruminantes? Qual lipídeo é formado preferencialmente por microorganismos ruminais?
 Os principais lipídeos ingeridos são triglicerídeos e glicolípideos. O lípideo formado por bactérias do rúmen é o fosfolipídeo.
8) Após a degradação dos lipídeos no rúmen, qual o processo que eles são submetidos pelos microorganismos ruminais? Descreva qual o destino destes lipídeos após a passagem pelo rúmen até alcançar o tecido adiposo e glândula mamária.
 Após a degradação dos lipídeos os microorganismos ruminais hidrogenizam os ácidos graxos insaturados para a síntese de fosfolipídeos. Assim, os fosfolípideos bacterianos ao chegarem no instestino delgado são hidrolizados e transformados em ácidos graxos saturados. Tanto os ácidos graxos saturados do rúmen quanto os transformados de fosfolipídeos se juntam a glicerol para formação de triglicerídeos. Os triglicerídeos se juntam a lipoproteínas plasmáticas com formação de quilomícrons. Por vasos linfáticos, os quilomícrons vão para a corrente sanguínea e, assim chegam aos tecidos (adiposo, muscular) e glândula mamária.
9) Qual o principal local de síntese dos ácidos graxos nos ruminantes? E nos animais monogástricos?
 A síntese dos ácidos graxos nos ruminantes ocorre no tecido adiposo. Já em animais monogástricos ocorre no fígado.
10) Explique por que a dieta dos ruminantes não deve conter mais do que 6-7% de lipídeos. 
 A dieta de ruminantes não deve conter mais de 6-7% de lipídeos pois o excesso pode interferir na ruminação. Isso se deve ao fato de que os lipídeos formam um filme de gordura sobre as fibras, e assim dificultando a aderência das bactérias ruminais. Dessa forma, diminui a fermentação ruminal.
11) Explique o processo de digestão de proteínas nos ruminantes. Inclua nesta descrição as fontes de N e os destinos da uréia após ser formada no fígado.
 As proteínas nos ruminantes podem ser de origem proteica e não proteica. A proteína ingerida na alimentação é degrada por microrganismos ruminais, liberando seus aminoácidos constituintes, sofrem desaminação e liberam amônia e alfa-acetoácido. O alfa-acetoácido é usado para a formação de ácidos graxos voláteis. A amônia separada pode ser convertida em proteínas bacterianas, entretanto a maior parte dela é absorvida pelo epitélio ruminal. Assim, pela circulação portal ela chega até o fígado, participa do ciclo da uréia e retorna ao trato gastrointestinal pela saliva ou via transepitelial. O excesso de uréia é excretado pela urina. Grande parte da proteína alimentar (40%) não sofre degradação no rúmen. Assim as proteínas não degradas e as bacterianas sofrem digestão no abomaso por enzimas da secreção gástrica e no intestino por enzimas pancreáticas. Os aminoácidos livres são absorvidos pelo epitélio, e pela circulação porta chegam até o fígado, e de lá são distribuídos ao resto do corpo.
12) Uma doença metabólica que acomete os ruminantes é a cetose. Quais são suas principais causas? Quais as principais características bioquímicas apresentadas pelos animais com cetose?
 A cetose é causada por um desequilíbrio energético, onde a concentração de glicose no sangue diminui e há um aumento excessivo de corpos cetônicos. Ela pode ocorrer devido a uma grande necessidade de energia em animais em período de lactação, mas também pode ocorrer no jejum ou por diabetes mellitus. As principais características bioquímicas da cetose são: hipoglicemia, baixos níveis de glicogênio hepático, citonemia, citonúria e altos níveis de ácidos graxos livre no sangue e rúmen.
13) Quais os principais tratamentos utilizados para reverter o quadro de cetose? Quais as medidas profiláticas que podem ser tomadas para tentar evitar essa alteração metabólica?
 Para o tratamento de cetose podem ser usados corticosteroides, que estimulam o apetite do animal, favorecendo o restabelecimento da glicemia e diminuem a produção de leite. Também pode se administrar glicose endovenosa, restabelecendo a glicose sanguínea. O animal deve ter uma alimentação que favoreça a formação de propionato, como feno de alfafa e milho. E a infusão de propilenoglicol por sonda ruminal para favorecer a gliconeogênese. Já como medidas profiláticas deve se ter uma nutrição adequada no período de lactação e seco. Pode-se controlar o peso e a alimentação no final da gestação. E ainda como medida de controle administrar propionato de sódio ou propilenoglicol iniciando no dia do parto.
14) Explique por que o processo de formação da glicose pela via gliconeogênica facilita a formação de corpos cetônicos durante a degradação dos triglicerídeos do tecido adiposo?
 Para atender as demandas energéticas no corpo o corpo degrada triglicerídeos no tecido adiposo. E assim ácidos graxos formam Acetil-CoA. Pela ciclo do ácido cítrico a Acetil-CoA participaria para formação de ATP. Entretanto há pouco oxalacetato, pois esse foi usado para síntese de glicose pela via gliconeogênica. Dessa forma, há acúmulo de Acetil-CoA, favorecendo a formação de corpos cetônicos.
15) Quais as situações que favorecem a formação de corpos cetônicos em bovinos?
 As situações que favorecem a cetose bovina são: o período seco(até 21 dias antes do parto), animais com sobrepeso no período pós parto, excesso de proteínas na forma de nitrogênio não proteico e estresse.

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