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Sucessões 2ª unidade 
 
Testamentos 
DO TESTAMENTO EM GERAL 
Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, 
por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de 
parte deles, para depois de sua morte. 
§ 1 o A legítima dos herdeiros necessários não 
poderá ser incluída no testamento. 
§ 2 o São válidas as disposições 
testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que 
o testador somente a elas se tenha limitado. 
Art. 1.858. O testamento é ato 
personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer 
tempo. 
Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o 
direito de impugnar a validade do testamento, 
contado o prazo da data do seu registro. 
CAPÍTULO II 
Da Capacidade de Testar 
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem 
testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno 
discernimento. 
Parágrafo único. Podem testar os maiores de 
dezesseis anos. 
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do 
testador não invalida o testamento, nem o testamento 
do incapaz se valida com a superveniência da 
capacidade. 
Art. 1.862. São testamentos ordinários: 
I - o público; 
II - o cerrado; 
III - o particular. 
Art. 1.863. É proibido o testamento 
conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou 
correspectivo. 
Testamentos Ordinários 
Conceito: manifestação de ultima 
vontade pelo qual um indivíduo dispõe, 
para depois da morte, em todo ou em 
parte de seus bens. 
Se não tiver herdeiros necessários, 
pode dispor de tudo. 
Formas: 
1. Público 
Conceito: é um ato aberto onde um 
oficial público exara a ultima vontade do 
testador, conforme seu ditado ou suas 
declarações espontâneas, na presença 
de 2 testemunhas (qualquer pessoa 
que possua discernimento, saiba falar e 
possa ouvir). Não podem ser 
testemunhas pessoas que irão se 
beneficiar com o testamento. 
Requisitos essenciais: 
Art. 1.864. São requisitos essenciais do 
testamento público: 
I - ser escrito por tabelião ou por seu 
substituto legal em seu livro de notas, de acordo com 
as declarações do testador, podendo este servir-se de 
minuta, notas ou apontamentos; 
II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta 
pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um 
só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença 
destas e do oficial; 
III - ser o instrumento, em seguida à leitura, 
assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo 
tabelião. 
Parágrafo único. O testamento público pode 
ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem 
como ser feito pela inserção da declaração de 
vontade em partes impressas de livro de notas, desde 
que rubricadas todas as páginas pelo testador, se 
mais de uma. 
Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não 
puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal 
assim o declarará, assinando, neste caso, pelo 
testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas 
instrumentárias. 
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, 
sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, 
designará quem o leia em seu lugar, presentes as 
testemunhas. 
Art. 1.867. Ao cego só se permite o 
testamento público, que lhe será lido, em voz alta, 
duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto 
legal, e a outra por uma das testemunhas, designada 
pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada 
menção no testamento. 
Registro e cumprimento: deve ser 
apresentado em juízo, exibindo-se 
traslado (cédula testamentária) ou 
certidão por qualquer interessado, 
requerendo ao juiz que ordene o seu 
cumprimento. 
Art. 735. Recebendo testamento cerrado, 
o juiz, se não achar vício externo que o torne 
suspeito de nulidade ou falsidade, o abrirá e 
mandará que o escrivão o leia em presença do 
apresentante. 
§ 1º Do termo de abertura constarão o 
nome do apresentante e como ele obteve o 
testamento, a data e o lugar do falecimento do 
testador, com as respectivas provas, e qualquer 
circunstância digna de nota. 
§ 2º Depois de ouvido o Ministério 
Público, não havendo dúvidas a serem 
esclarecidas, o juiz mandará registrar, arquivar 
e cumprir o testamento. 
§ 3º Feito o registro, será intimado o 
testamenteiro para assinar o termo da 
testamentária. 
§ 4º Se não houver testamenteiro 
nomeado ou se ele estiver ausente ou não 
aceitar o encargo, o juiz nomeará testamenteiro 
dativo, observando-se a preferência legal. 
§ 5º O testamenteiro deverá cumprir as 
disposições testamentárias e prestar contas em 
juízo do que recebeu e despendeu, 
observando-se o disposto em lei. 
Art. 736. Qualquer interessado, exibindo 
o traslado ou a certidão de testamento público, 
poderá requerer ao juiz que ordene o seu 
cumprimento, observando-se, no que couber, o 
disposto nos parágrafos do art. 735 . 
Vantagem: dificilmente será 
contestado e vai ser cumprido 
Desvantagem: não guarda segredo do 
conteúdo 
O testamento público é um ato notarial, 
ou seja, feito em cartório, que tem como 
principal característica ser falado tanto 
pelo testador como pelo tabelião e 
apresenta vantagens e desvantagens. 
A vantagem é que não corre o risco de 
ser cumprido pois além das 
testemunhas tomarem conhecimento 
do seu conteúdo o cartório guarda uma 
via do testamento, a desvantagem que 
é o fato de não guardar segredo quanto 
a vontade do testador, pode causar 
problemas e desentendimentos entre 
os herdeiros, antes mesmo da sua 
morte. 
2. Cerrado 
Conceito: é um testamento sigiloso 
escolhido por quem quer manter sua 
disposição de vontade em segredo. 
Também é um testamento notarial 
porque dele participa o tabelião. É um 
testamento intermediário entre o 
público e particular. 
Requisitos essenciais: o testador 
entrega o testamento já escrito ao 
tabelião que fará o auto de aprovação e 
o cerrará. É utilizado apenas por quem 
sabe ler. 
Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, 
ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele 
assinado, será válido se aprovado pelo tabelião ou 
seu substituto legal, observadas as seguintes 
formalidades: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art735
I - que o testador o entregue ao tabelião em 
presença de duas testemunhas; 
II - que o testador declare que aquele é o seu 
testamento e quer que seja aprovado; 
III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto 
de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o 
leia, em seguida, ao testador e testemunhas; 
IV - que o auto de aprovação seja assinado 
pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador. 
Parágrafo único. O testamento cerrado pode 
ser escrito mecanicamente, desde que seu subscritor 
numere e autentique, com a sua assinatura, todas as 
paginas. 
Art. 1.869. O tabelião deve começar o auto de 
aprovação imediatamente depois da última palavra 
do testador, declarando, sob sua fé, que o testador lhe 
entregou para ser aprovado na presença das 
testemunhas; passando a cerrar e coser o instrumento 
aprovado. 
Parágrafo único. Se não houver espaço na 
última folha do testamento, para início da aprovação, 
o tabelião aporá nele o seu sinal público, 
mencionando a circunstância no auto. 
Art. 1.870. Se o tabelião tiver escrito o 
testamento a rogo do testador, poderá, não obstante, 
aprová-lo. 
Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em 
língua nacional ou estrangeira, pelo próprio testador, 
ou por outrem, a seu rogo. 
Art. 1.872. Não pode dispor de seus bens em 
testamento cerrado quem não saiba ou não possa ler. 
Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o 
surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine 
de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, 
ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do 
papel ou do envoltório, que aquele é o seu 
testamento, cuja aprovação lhe pede. 
Art. 1.874. Depois de aprovado e cerrado, 
será o testamento entregue ao testador, e o tabelião 
lançará, no seu livro, nota do lugar, dia, mês e ano 
em que o testamento foi aprovado e entregue. 
Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento 
será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará 
registrar, ordenando sejacumprido, se não achar 
vício externo que o torne eivado de nulidade ou 
suspeito de falsidade. 
Registro e cumprimento: deve ser 
aberto na presença de um juiz. 
Art. 735. Recebendo testamento cerrado, 
o juiz, se não achar vício externo que o torne 
suspeito de nulidade ou falsidade, o abrirá e 
mandará que o escrivão o leia em presença do 
apresentante. 
§ 1º Do termo de abertura constarão o 
nome do apresentante e como ele obteve o 
testamento, a data e o lugar do falecimento do 
testador, com as respectivas provas, e qualquer 
circunstância digna de nota. 
§ 2º Depois de ouvido o Ministério 
Público, não havendo dúvidas a serem 
esclarecidas, o juiz mandará registrar, arquivar 
e cumprir o testamento. 
§ 3º Feito o registro, será intimado o 
testamenteiro para assinar o termo da 
testamentária. 
§ 4º Se não houver testamenteiro 
nomeado ou se ele estiver ausente ou não 
aceitar o encargo, o juiz nomeará testamenteiro 
dativo, observando-se a preferência legal. 
§ 5º O testamenteiro deverá cumprir as 
disposições testamentárias e prestar contas em 
juízo do que recebeu e despendeu, 
observando-se o disposto em lei. 
Art. 736. Qualquer interessado, exibindo 
o traslado ou a certidão de testamento público, 
poderá requerer ao juiz que ordene o seu 
cumprimento, observando-se, no que couber, o 
disposto nos parágrafos do art. 735 . 
Vantagem: mantém sigilo quanto a 
vontade do testador, evitando futuros 
desentendimentos entre os herdeiros. 
Desvantagem: se perder não existe 
outra cópia, correndo assim, o risco de 
não ser cumprido. 
O testamento cerrado tem como 
principal característica ser escrito e lido 
somente pelo tabelião que fará o auto 
de aprovação. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art735
3. Particular 
Conceito: aquele escrito de próprio 
punho ou digitalizado pelo testador, em 
casa mesmo, na presença de 3 
testemunhas. 
Requisitos essenciais: pode ser 
escrito em língua estrangeira, contando 
que as testemunhas o entendam. 
Art. 1.876. O testamento particular pode ser 
escrito de próprio punho ou mediante processo 
mecânico. 
§ 1 o Se escrito de próprio punho, são 
requisitos essenciais à sua validade seja lido e 
assinado por quem o escreveu, na presença de pelo 
menos três testemunhas, que o devem subscrever. 
§ 2 o Se elaborado por processo mecânico, 
não pode conter rasuras ou espaços em branco, 
devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter 
lido na presença de pelo menos três testemunhas, que 
o subscreverão. 
Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em 
juízo o testamento, com citação dos herdeiros 
legítimos. 
Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes 
sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a sua 
leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias 
assinaturas, assim como a do testador, o testamento 
será confirmado. 
Parágrafo único. Se faltarem testemunhas, 
por morte ou ausência, e se pelo menos uma delas o 
reconhecer, o testamento poderá ser confirmado, se, 
a critério do juiz, houver prova suficiente de sua 
veracidade. 
Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais 
declaradas na cédula, o testamento particular de 
próprio punho e assinado pelo testador, sem 
testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do 
juiz. 
Art. 1.880. O testamento particular pode ser 
escrito em língua estrangeira, contanto que as 
testemunhas a compreendam. 
Publicação e confirmação: publicado 
em juízo com a citação dos herdeiros 
legítimos após audiência, os 
interessados terão 5 dias parasse 
manifestarem a cerca do testamento, 
podendo ser confirmado por uma única 
testemunha. 
Vantagem: sigilo e ausência de custos 
Desvantagem: vulnerabilidade de não 
ser cumprido (não tem registro em 
cartório de que ele foi feito), se as 
testemunhas não confirmarem na 
frente do juiz não vai ser cumprido, a 
pessoa pode não saber os requisitos 
formais e assim o testamento não ser 
cumprido. 
O testamento particular não é um ato 
notarial, ou seja, não há a participação 
de tabelião ou oficial de registro. Assim, 
apresenta como vantagens manter o 
sigilo em relação ao seu conteúdo, bem 
como não oferecer custos, uma vez que 
é feito em casa pelo próprio testador e, 
portanto, é gratuito. A maior 
desvantagem do testamento particular 
é a sua vulnerabilidade, ou seja, é o 
mais suscetível de não ser cumprido, 
uma vez que o testador pode não 
conhecer os requisitos formais exigidos 
por lei, pode ser que não se tenha ao 
menos uma testemunha para confirma-
lo após a morte do testador, ou ainda 
ele pode ser extraviado e portanto sem 
condições de ser cumprido uma vez 
que não há registro em cartório 
Testamento excepcional 
• Novidade do código civil de 
2002 
• Testamento nuncupativo – 
sem testemunhas 
• A excepcionalidade das 
circunstâncias deve ser 
declarada na célula 
testamentária. Se não morrer 
deverá testar pelas vias 
ordinárias. 
Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais 
declaradas na cédula, o testamento 
particular de próprio punho e assinado pelo 
testador, sem testemunhas, poderá ser 
confirmado, a critério do juiz. 
Codicilos : ato simplificado de 
ultima vontade para disposições de 
pequena monta 
Requisitos essenciais: 
Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, 
mediante escrito particular seu, datado e assinado, 
fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre 
esmolas de pouca monta a certas e determinadas 
pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de 
certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou 
jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal. 
Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo 
antecedente, salvo direito de terceiro, valerão como 
codicilos, deixe ou não testamento o autor. 
Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 
1.881, poder-se-ão nomear ou substituir 
testamenteiros. 
Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos 
antecedentes revogam-se por atos iguais, e 
consideram-se revogados, se, havendo testamento 
posterior, de qualquer natureza, este os não 
confirmar ou modificar. 
 
• Escrito pelo disponente, com 
data 
Obs.: nos codicilos só podem haver 
disposições de bens móveis, os bens 
imóveis, só poderão ser dispostos em 
testamentos. o codicilo prevê a 
disposição dos bens de pequena 
monta, mas o código é omisso ao que 
seria pequena monta, assim, existe um 
entendimento consolidado da 
jurisprudência em fixa-lo em 10% do 
valor total do patrimônio. 
Os codicilos só podem ser revogados 
por outro codicilo ou por um 
testamento, mas não tem força para 
revogar um testamento, este último só 
poderá ser revogado por outro 
testamento. 
Testamentos especiais 
Conceito: são mais simples, sem 
muitas solenidades, porém não é 
qualquer cidadão que poderá fazê-lo, 
nem por livre e espontânea vontade. 
Como o próprio nome já diz, o cidadão 
só poderá recorrer a este tipo de 
testamento se estiver em uma situação 
excepcional. 
Formas: 
1. Marítimo 
2. Aeronáutico 
3. Militar 
Art. 1.886. São testamentos especiais: 
I - o marítimo; 
II - o aeronáutico; 
III - o militar. 
Art. 1.887. Não se admitem outros 
testamentos especiais além dos contemplados neste 
Código. 
Testamento marítimo 
Conceito: utilizado por quem estiver 
em viagem a bordo de navio nacional 
de guerra ou mercante. 
Requisitos essenciais: corresponde 
aos requisitos dos testamentos 
cerrados ou públicos, registro feito no 
diário de bordo. O navio não pode estar 
atracado. 
Obs.: O testamento marítimo, caduca 
em 90 dias se o testador não morrer na 
viagem ou desembarcando, não morrer 
dentro de 90 dias quando podia testar 
pelas formas ordinárias. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1881
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1881
Fundamento: 
Do Testamento Marítimo e do Testamento 
Aeronáutico 
Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo 
de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar 
perante o comandante, em presença de duas 
testemunhas,por forma que corresponda ao 
testamento público ou ao cerrado. 
Parágrafo único. O registro do testamento 
será feito no diário de bordo. 
Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo 
de aeronave militar ou comercial, pode testar perante 
pessoa designada pelo comandante, observado o 
disposto no artigo antecedente. 
Art. 1.890. O testamento marítimo ou 
aeronáutico ficará sob a guarda do comandante, que 
o entregará às autoridades administrativas do 
primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo 
averbado no diário de bordo. 
Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, 
ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, 
nem nos noventa dias subseqüentes ao seu 
desembarque em terra, onde possa fazer, na forma 
ordinária, outro testamento. 
Art. 1.892. Não valerá o testamento marítimo, 
ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo 
em que se fez, o navio estava em porto onde o 
testador pudesse desembarcar e testar na forma 
ordinária. 
Testamento aeronáutico 
Conceito: utilizado por quem estiver 
em viagem a bordo de aeronave militar 
ou comercial 
Requisitos essenciais: 
• Os mesmos requisitos do 
testamento cerrados ou 
públicos, registro feito no 
diário de bordo 
• Assim como o testamento 
marítimo, caduca em 90 dias 
se o testador não morrer na 
viagem ou desembarcando, 
não morrer dentro de 90 dias 
quando podia testar pelas 
formas ordinárias. 
Fundamento: o mesmo aplicado ao 
testamento marítimo 
Testamento militar 
Conceito: utilizado pelos militares e 
demais pessoas à serviço das forças 
armadas, em campanha, dentro ou fora 
do país, assim como em praça sitiada 
ou por quem esteja de comunicações 
interrompidas. 
Requisitos essenciais: o comandante 
da unidade fará as vezes de tabelião, 
forma semelhante aos testamentos 
ordinários. Também caduca em 90 
dias, se o testador não morrer na 
situação excepcional. 
Fundamento: 
Do Testamento Militar 
Art. 1.893. O testamento dos militares e 
demais pessoas a serviço das Forças Armadas em 
campanha, dentro do País ou fora dele, assim como 
em praça sitiada, ou que esteja de comunicações 
interrompidas, poderá fazer-se, não havendo tabelião 
ou seu substituto legal, ante duas, ou três 
testemunhas, se o testador não puder, ou não souber 
assinar, caso em que assinará por ele uma delas. 
§ 1 o Se o testador pertencer a corpo ou seção 
de corpo destacado, o testamento será escrito pelo 
respectivo comandante, ainda que de graduação ou 
posto inferior. 
§ 2 o Se o testador estiver em tratamento em 
hospital, o testamento será escrito pelo respectivo 
oficial de saúde, ou pelo diretor do estabelecimento. 
§ 3 o Se o testador for o oficial mais graduado, 
o testamento será escrito por aquele que o substituir. 
Art. 1.894. Se o testador souber escrever, 
poderá fazer o testamento de seu punho, contanto 
que o date e assine por extenso, e o apresente aberto 
ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao 
auditor, ou ao oficial de patente, que lhe faça as 
vezes neste mister. 
Parágrafo único. O auditor, ou o oficial a 
quem o testamento se apresente notará, em qualquer 
parte dele, lugar, dia, mês e ano, em que lhe for 
apresentado, nota esta que será assinada por ele e 
pelas testemunhas. 
Art. 1.895. Caduca o testamento militar, 
desde que, depois dele, o testador esteja, noventa 
dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma 
ordinária, salvo se esse testamento apresentar as 
solenidades prescritas no parágrafo único do artigo 
antecedente. 
Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 
1.893 , estando empenhadas em combate, ou feridas, 
podem testar oralmente, confiando a sua última 
vontade a duas testemunhas. 
Parágrafo único. Não terá efeito o testamento 
se o testador não morrer na guerra ou convalescer do 
ferimento. 
Disposições testamentárias 
Conteúdo: conteúdo interno do 
testamento: o que pode à vontade 
testamentaria expressar, como pode 
dispor, para quem, até que limite, qual 
a relação das cláusulas e seu sentido. 
Disposições patrimoniais: principal 
função do testamento: disposição dos 
bens. 
Disposições pessoais: conselhos, 
confissões, demonstração de carinho 
ou repulsa, mesmo que apenas moral, 
não tem conteúdo jurídico, podem 
ajudar na interpretação da vontade do 
testador. Tudo que estiver fora do 
testamento pode ajudar na vontade do 
testador (cartas, documentos, 
declarações, guardados) 
Interpretação da vontade 
testamentária: o testador deve ser 
suficientemente claro, se uma 
disposição não puder ser cumprida por 
obscura ou duvidosa, o exame 
depende do caso concreto. O interprete 
posiciona-se entre dois extremos: o que 
o testador disse e o que realmente quis 
dizer. 
Art. 1.897. A nomeação de herdeiro, ou 
legatário, pode fazer-se pura e simplesmente, sob 
condição, para certo fim ou modo, ou por certo 
motivo. 
Se o motivo indicado for falso ou 
inexistente, a disposição não terá 
eficácia. 
Art. 1.898. A designação do tempo em que 
deva começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo 
nas disposições fideicomissárias, ter-se-á por não 
escrita. 
Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária 
for suscetível de interpretações diferentes, 
prevalecerá a que melhor assegure a observância da 
vontade do testador. 
Repete a regra geral do artigo 112 do 
CC, levando-se em conta o nível 
cultural do testador, profissão, idade 
quando fez o testamento, bem como as 
condições em que ele foi redigido. 
Art. 112. Nas declarações de vontade se 
atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do 
que ao sentido literal da linguagem. 
Art. 1.900. É nula a disposição: 
I - que institua herdeiro ou legatário sob a 
condição captatória de que este disponha, também 
por testamento, em benefício do testador, ou de 
terceiro; 
Condição captatória é a disposição em 
que o testador assina, parte ou toda sua 
herança a alguém, sob condição de ser 
aquinhoado/beneficiado no testamento 
daquele a quem pretender beneficiar. 
II - que se refira a pessoa incerta, cuja 
identidade não se possa averiguar; 
Cabe aos interessados a tentativa de 
identificação, senão a disposição não 
será cumprida. 
III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo 
a determinação de sua identidade a terceiro; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1893
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1893
Perde o caráter personalíssimo ex.: 
instituto herdeiro, pessoa considerada 
por “meu filho” seria delegar a terceiro 
o direito de testar pelo patrimônio. 
IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de 
outrem, fixar o valor do legado; 
Eu não posso deixar o terceiro escolher 
o valor do legado, eu tenho que deixar 
estabelecido. 
V - que favoreça as pessoas a que se referem 
os arts. 1.801 e 1.802 . 
Refere-se as pessoas proibidas 
de serem herdeiras no testamento 
como: militar ou comandante que 
redigiu o testamento, tabelião, 
testemunhas, concubino caso ainda eu 
seja casada. 
Quando a clausula que eu deixei 
não tenha validade, o que constar nela, 
vai voltar para os herdeiros legítimos 
salvo se eu não deixar no testamento 
outra clausula dispondo que se a 
anterior não for cumprida, os bens dela 
vão para fulano. 
Art. 1.901. Valerá a disposição: 
I - em favor de pessoa incerta que deva ser 
determinada por terceiro, dentre duas ou mais 
pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes 
a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um 
estabelecimento por ele designado; 
II - em remuneração de serviços prestados ao 
testador, por ocasião da moléstia de que faleceu, 
ainda que fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem 
determinar o valor do legado. 
Art. 1.902. A disposição geral em favor dos 
pobres, dos estabelecimentos particulares de 
caridade, ou dos de assistência pública, entender-se-
á relativa aos pobres do lugar do domicílio do 
testador ao tempo de sua morte, ou dos 
estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente 
constar que tinha em mente beneficiaros de outra 
localidade. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as 
instituições particulares preferirão sempre às 
públicas. 
Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do 
herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a 
disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, 
por outros documentos, ou por fatos inequívocos, se 
puder identificar a pessoa ou coisa a que o testador 
queria referir-se. 
Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou 
mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, 
partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção 
disponível do testador. 
Art. 1.905. Se o testador nomear certos 
herdeiros individualmente e outros coletivamente, a 
herança será dividida em tantas quotas quantos 
forem os indivíduos e os grupos designados. 
Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas 
de cada herdeiro, e não absorverem toda a herança, 
o remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, 
segundo a ordem da vocação hereditária. 
Art. 1.907. Se forem determinados os 
quinhões de uns e não os de outros herdeiros, 
distribuir-se-á por igual a estes últimos o que restar, 
depois de completas as porções hereditárias dos 
primeiros. 
Art. 1.908. Dispondo o testador que não caiba 
ao herdeiro instituído certo e determinado objeto, 
dentre os da herança, tocará ele aos herdeiros 
legítimos. 
Art. 1.909. São anuláveis as disposições 
testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação. 
Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos 
o direito de anular a disposição, contados de quando 
o interessado tiver conhecimento do vício. 
Art. 1.910. A ineficácia de uma disposição 
testamentária importa a das outras que, sem aquela, 
não teriam sido determinadas pelo testador. 
 Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, 
imposta aos bens por ato de liberalidade, implica 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. 
Parágrafo único. No caso de desapropriação 
de bens clausulados, ou de sua alienação, por 
conveniência econômica do donatário ou do 
herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da 
venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais 
incidirão as restrições apostas aos primeiros. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1801
Testamenteiro 
Conceito: é o executor do 
testamento, exerce a testamentária, ou 
seja, as funções estabelecidas pelo 
testador. Sua nomeação não é 
obrigatória. Se não for herdeiro ou 
legatário, recebe o valor de 1 a 5% do 
valor líquido da herança, caso não seja 
definido pelo testador – vintena. 
Art. 1.976. O testador pode nomear um 
ou mais testamenteiros, conjuntos ou 
separados, para lhe darem cumprimento às 
disposições de última vontade. 
Art. 1.977. O testador pode conceder ao 
testamenteiro a posse e a administração da 
herança, ou de parte dela, não havendo 
cônjuge ou herdeiros necessários. 
Parágrafo único. Qualquer herdeiro pode 
requerer partilha imediata, ou devolução da 
herança, habilitando o testamenteiro com os 
meios necessários para o cumprimento dos 
legados, ou dando caução de prestá-los. 
Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a 
posse e a administração dos bens, incumbe-lhe 
requerer inventário e cumprir o testamento. 
Art. 1.979. O testamenteiro nomeado, ou 
qualquer parte interessada, pode requerer, 
assim como o juiz pode ordenar, de ofício, ao 
detentor do testamento, que o leve a registro. 
Art. 1.980. O testamenteiro é obrigado a 
cumprir as disposições testamentárias, no 
prazo marcado pelo testador, e a dar contas do 
que recebeu e despendeu, subsistindo sua 
responsabilidade enquanto durar a execução 
do testamento 
Se o testador não estabeleceu prazo, o 
mesmo será de 180 dias conforme 
artigo 1983. 
Art. 1.981. Compete ao testamenteiro, 
com ou sem o concurso do inventariante e dos 
herdeiros instituídos, defender a validade do 
testamento. 
 Art. 1.982. Além das atribuições 
exaradas nos artigos antecedentes, terá o 
testamenteiro as que lhe conferir o testador, 
nos limites da lei. 
Art. 1.983. Não concedendo o testador 
prazo maior, cumprirá o testamenteiro o 
testamento e prestará contas em cento e 
oitenta dias, contados da aceitação da 
testamentaria. 
Parágrafo único. Pode esse prazo ser 
prorrogado se houver motivo suficiente. 
O testador não pode investir estranho a 
herança na posse e administração dos 
bens, quando houver cônjuge ou 
herdeiro necessário. 
Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado 
pelo testador, a execução testamentária 
compete a um dos cônjuges, e, em falta destes, 
ao herdeiro nomeado pelo juiz. 
Art. 1.985. O encargo da testamentaria não se 
transmite aos herdeiros do testamenteiro, nem 
é delegável; mas o testamenteiro pode fazer-se 
representar em juízo e fora dele, mediante 
mandatário com poderes especiais 
 Art. 1.986. Havendo simultaneamente 
mais de um testamenteiro, que tenha aceitado 
o cargo, poderá cada qual exercê-lo, em falta 
dos outros; mas todos ficam solidariamente 
obrigados a dar conta dos bens que lhes forem 
confiados, salvo se cada um tiver, pelo 
testamento, funções distintas, e a elas se 
limitar. 
 Art. 1.987. Salvo disposição 
testamentária em contrário, o testamenteiro, 
que não seja herdeiro ou legatário, terá direito 
a um prêmio, que, se o testador não o houver 
fixado, será de um a cinco por cento, arbitrado 
pelo juiz, sobre a herança líquida, conforme a 
importância dela e maior ou menor dificuldade 
na execução do testamento. 
Parágrafo único. O prêmio arbitrado será 
pago à conta da parte disponível, quando 
houver herdeiro necessário. 
 Art. 1.988. O herdeiro ou o legatário 
nomeado testamenteiro poderá preferir o 
prêmio à herança ou ao legado. 
 Art. 1.989. Reverterá à herança o prêmio 
que o testamenteiro perder, por ser removido 
ou por não ter cumprido o testamento. 
 Art. 1.990. Se o testador tiver distribuído 
toda a herança em legados, exercerá o 
testamenteiro as funções de inventariante. 
Ordem da vocação 
hereditária e partilha 
Conceito: quando a pessoa falece sem 
testamento, a lei determina a ordem 
pela qual são chamados a suceder os 
herdeiros, a regra é que o mais próximo 
exclua o mais remoto. 
Ex.: havendo descendentes, não serão 
chamados a sucessão os ascendentes 
e assim por diante. 
Ordem de vocação a sucessão: 
• Descendente com o cônjuge 
• Ascendente com o cônjuge 
• Cônjuge 
• Colaterais 
Herdeiros necessários: são aqueles 
que não podem ser afastados 
totalmente da sucessão, à eles fica 
assegurado ao menos metade dos 
bens da herança, a outra metade o 
testador dispõe como quiser. 
Sucessão dos descendentes 
Os primeiros herdeiros a serem 
chamados a sucessão serão os 
descendentes, esses recebem a 
herança da seguinte forma: 
1. Por cabeça: quando todos os 
herdeiros estão no mesmo grau, 
nesse caso, a herança será 
dividida por quantos herdeiros 
tiverem. Ex.: somente entre os 
filhos 
2. Por representação: quando 
concorrerem a herança 
herdeiros de graus diferentes. 
Nesse caso, o herdeiro 
representa o parente falecido na 
parte que lhe é cabível. Ex.: filho 
com o neto do de cujos 
Regra geral: são chamados os filhos 
do falecido, na ausência dos filhos, 
são chamados os netos e assim por 
diante. 
Sucessão dos ascendentes 
Os ascendentes são a segunda 
classe de herdeiros a ser chamados 
na sucessão, também em 
concorrência com o cônjuge. A 
sucessão dos ascendentes 
obedece as seguintes regras: 
1. Não há representação na 
herança dos ascendentes 
2. Nos ascendentes a herança será 
dividida em linha paterna e 
materna, cabendo 50% para 
cada linha 
Ex1.: José faleceu e deixou vivos: pai e 
mãe e 100 mil de herança = 50% vai 
para a linha materna e 50% para a 
paterna. 
Ex2.: José faleceu e deixou vivos: pai e 
avó materna. Neste caso, como não há 
representação, o pai herdará toda a 
herança. 
Quando a sucessão for de 
ascendentes, o avô não concorre com 
o pai pois não há representação. 
Ex3.: José faleceu e deixou 100 mil de 
herança e somente os 4 avós como 
herdeiros, a herança será divididaem 
linhas, assim ficando 50% para a linha 
materna e 50% para a paterna. Logo, 
caberá a cada avó 25%. 
 
Sucessão do cônjuge e 
companheiro 
A partir do CC de 2002, o cônjuge 
passou a concorrer com os 
descendentes e ascendentes como 
herdeiro necessário. 
Meação: não é herança. A existência 
de meação bem como o seu montante, 
dependerá do regime de bens do 
casamento. Excluída a meação, o que 
não for patrimônio do viúvo(a), compõe 
a herança e deverá ser dividido entre os 
herdeiros. 
Legitimidade para suceder: se não 
era separado judicialmente ou 
separado de fato há mais de 2 anos. 
Casos em que o cônjuge não herda: 
1. Comunhão universal de bens 
2. Separação total de bens 
obrigatória 
3. Dos bens comuns deixados no 
regime de comunhão parcial de 
bens. 
 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da 
separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com 
inobservância das causas suspensivas da celebração 
do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, 
de suprimento judicial. 
Sucessão do cônjuge 
com descendentes 
Quando o cônjuge concorre com 
descendentes comuns, ou seja, 
filhos dele e do falecido, a 
herança será dividida por 
cabeça entre ele e os filhos, 
cabendo a ele a reserva de no 
mínimo 25% do patrimônio, ou 
seja, a reserva mínima da quarta 
parte. Quando concorrer com 
filhos somente do falecido, a 
herança será dividida por 
cabeça, sem a reserva da quarta 
parte do patrimônio. 
Obs. Basta que o cônjuge tenha 
um filho comum com o falecido 
para garantir-lhe a reserva da 
quarta parte. 
Ex1.: José faleceu, deixou 100 
mil de herança, tendo como 
herdeiros a esposa Maria e 1 
filho = 50 mil para a esposa e 50 
mil para o filho 
Ex2.: José faleceu, deixou 100 
mil de herança, tendo como 
herdeiros a esposa Maria e 2 
filhos = 33,33 para cada 
Ex3.: José faleceu, deixou 100 
mil de herança, tendo como 
herdeiros a esposa Maria e 3 
filhos = 25 mil para cada 
Ex4.: José faleceu, deixou 100 
mil de herança, tendo como 
herdeiros a esposa Maria e 4 
filhos do casal = 25 mil para 
maria (quarta parte) e o restante 
(75 mil) vai dividir entre os 3 
filhos = 18.750 para cada. 
 
 
 
 
Sucessão do cônjuge com 
ascendentes 
Regra 1: 
Concorrendo com o sogro e a sogra: a 
herança será dividida 1/3 para cada, ou 
seja, 1/3 para o cônjuge, 1/3 para a 
sogra e 1/3 para o sogro. 
Ex.: José faleceu deixando 100 mil de 
patrimônio e não deixou filhos, deixou 
como herdeiros seus pais e sua esposa 
Maria. Caberá a cada um 1/3 da 
herança, ou seja, 33,333 mil 
Regra 2: 
Concorrendo com somente um 
sogro(a) ou um parente de grau mais 
remoto, avô(ó): caberá 1q2 da herança 
para o cônjuge e a outra metade para o 
outro herdeiro. 
Ex.1: José faleceu deixando 100 mil de 
patrimônio e não deixou filhos, deixou 
como herdeiros, sua mãe e sua esposa 
Maria. Caberá a cada uma metade da 
herança, ou seja 50 mil para cada. 
Ex2.: José faleceu deixando 100 mil de 
patrimônio e não deixou filhos, deixou 
como herdeiros somente seus 4 avós e 
sua esposa Maria. Caberá a esposa ½ 
= 50 mil e os outros 50 mil será 
divididos entre os 4 avós, ou seja, 25 
mil para a linha paterna e 25 mil para a 
linha materna, cabendo 12.500 para 
cada avó. 
Sucessão do companheiro 
RE/MG 878.694 de maio de 2017 -STF 
Declara inconstitucional o artigo 1790 
do CC que dá um tratamento prejudicial 
e diferenciado ao companheiro em 
relação ao cônjuge da sucessão. 
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro 
participará da sucessão do outro, quanto aos bens 
adquiridos onerosamente na vigência da união 
estável, nas condições seguintes: (Vide Recurso 
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso 
Extraordinário nº 878.694) 
I - se concorrer com filhos comuns, terá 
direito a uma quota equivalente à que por lei for 
atribuída ao filho; 
II - se concorrer com descendentes só do 
autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber 
a cada um daqueles; 
III - se concorrer com outros parentes 
sucessíveis, terá direito a um terço da herança; 
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá 
direito à totalidade da herança. 
 
Fórmula para encontrar a 
sucessão do companheiro 
com filhos do falecido 
Pega o número de filhos e multiplica por 
2, acrescenta 1. 
Divide o patrimônio por esse número e 
a cota encontrada será do 
companheiro. Multiplica a cota por 2 e 
encontra a dos filhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FILHO x 2 + 1 = A 
PATRIMÔNIO/ A = COMPANHEIRO 
COMPANHEIRO x 2 = FILHO 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4100069
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4100069
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4744004
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4744004
Ex.1: José faleceu e deixou 2 filhos dele 
com uma namorada da adolescência e 
sua companheira Maria e deixou 100 
mil de herança. 
2 filhos X2 = 4 + 1 = 5 
100 mil /5 = 20 mil - cota do 
companheiro 
20 mil X 2 = 40 mil – cota de cada filho 
 
 
 
Ex.2: José faleceu e deixou 4 filhos dele 
com uma namorada da adolescência e 
sua companheira Maria e deixou 300 
mil de herança. 
4 filhos X2 =8 + 1 = 9 
300 /9 = 22.33 – cota do companheiro 
33.3333 X2 = 66.6666 para cada filho 
 
Sucessão dos colaterais 
Serão os últimos parentes chamados à 
sucessão, não são herdeiros 
necessários, somente até o 4º grau. 
Regras: 
1. Os mais próximos excluem os 
mais remotos 
2. O direito de representação vai 
somente até os filhos de irmãos 
(sobrinhos) 
3. Os irmãos bilaterais recebem o 
dobro dos irmãos unilaterais 
(fórmula do companheiro) 
 
Anotações das questões 
Filho comum: se for casada tem a 
reserva da quarta parte e se viver em 
união estável divide por cabeça 
Sem filho comum: casada não tem a 
reserva da quarta parte e se for 
companheira entra na formula 
A outra parte da meação: se for cônjuge 
é apenas para os filhos e se for 
companheira, ela entra na divisão pois 
só concorre dos bens comuns. 
Formula usa com o companheiro em 
união estável + filho so do falecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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