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Crítica à proposta de aumento de contratação e financiamento como solução para a crise econômica no Brasil

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
Scarlath D Montilho Correia
O Brasil está inserido em séria crise política e econômica. Nosso déficit público alcançou níveis alarmantes. O desemprego aumenta e a inflação pressiona. A moeda desvalorizada ainda sinaliza para o aumento das exportações, mas a queda no preço das commodities no mercado internacional nos prejudica. Diante deste quadro, desenvolva uma crítica à proposta de um candidato fictício, que deseja se eleger pregando a ideia de que o governo deveria aumentar a contratação de funcionários e as linhas de financiamento, já que assim o fazendo estaria estimulando a demanda interna e fazendo com que o país retome seu crescimento, assim como fez Roosevelt durante a Grande Depressão nos Estados Unidos.
Rio de Janeiro
2021
 Com base do que foi estudado nos módulos desta unidade, vimos que um dos maiores problemas do capitalismo, é o inevitável ciclo econômico - crise, recessão, retomada. Tendo o sistema capitalista tal problema, faz-se necessário que o Estado cumpra o papel de fazer a mediação para assegurar o bem-estar da população. 
 A crise de 1929 deixa claro o prejuízo que as medidas econômicas liberais desenfreadas podem acarretar, para termos uma melhor compreensão do funcionamento dos ciclos econômicos, iremos analisar resumidamente o desenrolar da Grande Depressão.
 Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos viveu um grande período de prosperidade, o lucro obtido com as vendas de armas à Europa, e os empréstimos fornecidos aos países do velho continente gerou saldo comercial superavitário, com a grande liquidez os bancos concederam mais empréstimos e muitas novas empresas foram criadas, a classe média cresceu com a expansão do setor de serviços, há uma escalada no desenvolvimento tecnológico (Fordismo) e uma explosão de produtividade (eletrodomésticos, carros e muitas outras invenções que encantava as classes abastadas). 
“A expansão gerada, sustentada pelo consumo baseado no estilo de vida do American way of life, entre 1918 a 1928, aliado a um cenário com crédito de fácil acesso, e a Europa fragilizada em virtude da Primeira Guerra Mundial, constituindo um mercado consumidor, incentivou o boom produtivo norte-americano.” COGGIOLA, 2015, Pág 03.
 Na década de 20 as desigualdades sociais também aumentaram muito, a expansão econômica não fora muito bem distribuída, o desemprego estava em um nível razoável logo a oferta passou a ser maior que a procura e uma reação em cadeia foi gerada, a crise afetou todos os setores, resultando no Crash da Bolsa de Valores.
 Os Estados Unidos se transforma em um caos, milhões de desempregados, bancos quebrados, produção industrial baixíssima. A mão invisível mais uma vez se se mostra falha, não se sabia qual a forma mais correta de barrar os efeitos da crise. Fez-se necessário que Franklin D. Roosevelt – presidente eleito no meio da Grande Depressão, adotasse uma série de medidas, a fim de salvar o país, o New Deal - Plano econômico baseado nas teorias econômicas de John Maynard Keynes, que defendia a intervenção do Estado quando necessário, com o intuito de evitar a retração econômica e garantir empregos, com programas de obras públicas, para que assim haja incitação ao consumo e distribuição de renda. Nesta teoria o Estado deveria dar suporte nas áreas onde a esfera privada negligenciava. 
 Segundo Keynes (1996) Nos períodos de retração o livre mercado não será capaz de gerar demanda.
 O New Deal então foi implantado com o objetivo de recuperar a economia americana, sua implantação foi caracterizada por um grande investimento em obras públicas, para que empregos fossem gerados. Distribuiu recursos federais para os estados, criou agencias de empregos, para oferecer pagamentos para os desempregados e ofertar empregos temporários. Muitos desempregados também foram recolocados em áreas públicas. Visando o bem estar social leis trabalhistas foram criadas, projetos habitacionais e a garantia de pensão para idosos. Com as medidas impostas do New Deal, as taxa de desemprego caiu e o PIB americano se iguala ao do ano de 1929. 
“Em 1935 a economia já mostrava dois anos de recuperação. O PIB real crescia rapidamente, em parte por que o crescimento acontecia sobre uma base 36 por cento inferiores ao nível de 1929. O número de desempregados havia caído significativamente, embora ainda compusesse mais de quinze por cento da força de trabalho.” (FISHBACK, 2006, p. 389).
 Tendo como referência o impacto positivo resultantes das medidas adotadas por Roosevelt, é válido apoiar o candidato em questão, as teorias keynesianas são ideais para combater os efeitos gerados pelas crises capitalistas.

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