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• Avaliação da saúde sistêmica do paciente; • Uma fase terapêutica relacionada à causa, em alguns casos • Uma fase corretiva envolvendo procedimentos cirúrgicos periodontais; • Fase de manutenção. • Necessidade básica dos procedimentos terapêuticos de suporte para que os pacientes, por meio de esforços próprios, possam controlar a infecção periodontal. • Uma parte crucial da SPT é o diagnóstico contínuo, monitorando o paciente a fim de instituir uma terapia adequada e otimizar as intervenções terapêuticas de acordo com as necessidades do paciente. • Diagnóstico contínuo, monitorando o paciente a fim de instituir uma terapia adequada e otimizar as intervenções terapêuticas de acordo com as necessidades do paciente. • As agressões microbianas que induzem e mantém a resposta inflamatória, nunca podem ser completamente eliminados do ambiente dentogengival. • Exige remoção profissional de todos os depósitos microbianos supragengivais e subgengivais a intervalos regulares, já que a recolonização irá ocorrer após a raspagem, levando a uma reinfecção do nicho ecológico e, assim, ao aumento do processo de progressão da doença. • A terapia periodontal de suporte tem como objetivo remoção regular da microbiota subgengival e deve ser suplementada pelo esforço do paciente com um controle adequado de placa supragengival. • Após a instrumentação radicular, a microbiota subgengival fica significativamente alterada em quantidade e qualidade e o restabelecimento da doença associada à microbiota subgengival pode levar vários meses. • O tratamento periodontal é inefetivo na manutenção da saúde periodontal se os cuidados de suporte forem negligenciados, negados ou omitidos. • Pacientes suscetíveis a doença periodontal corre alto risco de reinfecção e progressão de lesões periodontais sem a realização de uma terapia periodontal de suporte meticulosamente organizada. • Pré-requisito de resultados benéficos dos tratamentos com manutenção dos NIC por longos períodos de tempo ● Parâmetros clínicos servem como primeiros indicadores para um novo início ou recorrência do processo de doença periodontal. ● Presença de dois ou mais dentes com perda longitudinal de inserção proximal ⋝3 mm. ● Em locais onde medições do nível de inserção proximal não são possíveis, a perda óssea longitudinal radiográfica de ⋝ 2 mm em dois ou mais dentes pode ser usada como substituta. • O diagnóstico clínico durante a terapia periodontal de suporte é baseado na variação do estado de saúde após o sucesso do tratamento periodontal ativo. • Do ponto de vista clínico, a estabilidade das condições periodontais reflete um equilíbrio dinâmico entre a agressão bacteriana e a efetiva resposta do hospedeiro. Assim, o equilíbrio está sujeito a mudanças repentinas sempre que um dos dois fatores vier a prevalecer. • Inclui o índice de placa, índice gengival, sangramento à sondagem, profundidade de sondagem, nível de inserção, mobilidade e furca. • Os intervalos entre as avaliações devem ser escolhidos com base no perfil de risco total e no benefício esperado. • Em virtude da predisposição à doença já manifestada previamente, todos os pacientes sob regime de manutenção periodontal representam uma população com risco moderado a alto para recorrência de infecção periodontal. • Ao contrário da população geral sem tal história, todos os pacientes periodontais necessitam participar de um sistema de reavaliação bem-organizado que poderá proporcionar tanto avaliação contínua dos riscos como cuidados de manutenção adequada. Sem isso, os pacientes provavelmente apresentarão progressiva perda de inserção periodontal. • É importante determinar o nível de risco para a progressão em cada paciente para poder estabelecer a frequência e a magnitude dos cuidados de manutenção profissional necessários para manter o nível de inserção obtido após a terapia ativa. A determinação de tais níveis de risco poderia, assim, evitar o tratamento ineficiente e também o tratamento supérfluo durante a SPT. • O risco do paciente de recorrência da periodontite é avaliado com base em várias condições clínicas nas quais nenhum parâmetro único é importante. Porcentagem de sangramento à sondagem; Prevalência de bolsas residuais > 4 mm Perda de dentes de um total de 28 dentes Perda de suporte periodontal em relação à idade do paciente Condições sistêmicas e genéticas Fatores ambientais, tais como o fumo de cigarros. • Foi claramente demonstrado que os pacientes periodontais tratados que comparecem às visitas de manutenção regularmente têm melhor prognóstico que os pacientes que não comparecem, os pacientes que não aderem à SPT ou que não colaboram com essa terapia devem ser considerados de alto risco para a progressão da doença periodontal. • Visto que a placa bacteriana é, sem dúvida, o agente etiológico mais importante para a ocorrência da doença periodontal, é evidente que a relação do acúmulo bacteriano em toda a cavidade oral tem um papel essencial na determinação do risco para a recorrência de doença. • Acúmulo bacteriano em toda a cavidade oral tem um papel essencial na determinação do risco para a recorrência de doença. • É importante compreender que a quantidade de placa dentro da boca tem relação com a resposta do hospedeiro, ou seja, com os parâmetros inflamatórios. • Na avaliação dos riscos dos pacientes para a progressão da doença, a porcentagem de BoP representa a capacidade do paciente para controlar adequadamente a placa, a resposta do hospedeiro a bactérias e a adesão do paciente. • Indivíduos com baixas porcentagens médias (< 10% das superfícies) podem ser considerados pacientes de baixo risco para a recorrência de doença, enquanto pacientes com média de porcentagem de BoP > 25% devem ser considerados de alto risco para reinfecção. • A contagem das bolsas residuais com PPD > 4 mm representa, até certo ponto o grau de sucesso do tratamento periodontal. Embora essa profundidade por si só não tenha muito sentido quando considerada como parâmetro único, a avaliação em conjunto com outros parâmetros, tais como BoP e/ou supuração, refletirá a existência de nichos ecológicos de onde se originam ou nos quais poderão ocorrer as reinfecções. • A presença de altas frequências de bolsas residuais profundas após a terapia periodontal inicial e o aumento da profundidade de bolsas durante a terapia periodontal de suporte têm sido associados ao alto risco de progressão de doença. • Por outro lado, deve-se observar que um número de bolsas residuais aumentado não implica necessariamente aumento de risco de reinfecção ou progressão de doença, uma vez que diversos estudos longitudinais estabeleceram que, dependendo da terapia de suporte individual empregada, até mesmo bolsas profundas podem ser estáveis sem futuras progressões de doenças por vários anos. • Embora o motivo da perda dos dentes não seja conhecido, o número de dentes remanescentes na dentição reflete a funcionalidade da dentição. • Pacientes com até quatro dentes perdidos são considerados de baixo risco, enquanto pacientes com mais de oito dentes perdidos são considerados de alto risco. • A extensão e a prevalência da perda de inserção periodontal avaliadas, em radiografias, pela altura do osso alveolar, representam o mais óbvio indicador de risco do paciente quando relacionadas com a sua idade. • Perda de inserção prévia em relação à idade do paciente pode ser o indicador mais preciso durante a terapiaperiodontal de suporte do que antes do tratamento periodontal ativo. • É preciso compreender que o impacto do diabetes melito na doença periodontal é documentado em pacientes com doenças periodontais não tratadas, embora, até os dias de hoje, essas evidências claras não estejam disponíveis para pacientes tratados. É razoável, porém, considerar que a influência das condições sistêmicas pode também afetar a recorrência da doença. • Pesquisas sobre a associação e/ou influências que modificam a suscetibilidade e a progressão da periodontite por estresses físicos e psicológicos não estão bem-documentada. Entretanto, as alterações hormonais associadas a essa condição estão bem-documentadas. • O consumo de tabaco, especialmente nos fumantes, mas também nos indivíduos que aspiram ou mascam fumo, afeta a suscetibilidade e o desfecho do tratamento da periodontite no adulto. As explicações clássicas para essas observações incluem a associação entre o hábito de fumar e a higiene oral precária, assim como a falta de cuidado com a saúde em geral. • Evidências mais recentes, porém, demonstram que o tabagismo representa não somente um marcador de risco, mas também provavelmente um fator de risco verdadeiro para periodontite. • Há evidências suficientes relacionando fumantes de cigarros com desfechos desfavoráveis durante a terapia periodontal de suporte. Portanto, parece razoável incluir os pacientes que fumam em grande quantidade (> 20 cigarros/dia) em um grupo de alto risco durante a manutenção. • A associação entre tabagismo e periodontite é dose- dependente ● O ato de fumar afeta o resultado do tratamento após raspagem e alisamento radicular, cirurgia de retalho de Widman modificado e terapia periodontal regenerativa. • Fumantes têm resposta de cicatrização menos favorável tanto na reavaliação como durante o período de 6 anos do tratamento periodontal de suporte. • Nível de infecção (SS de toda a boca); • Prevalência de bolsas periodontais residuais; • Perda de dentes; • Estimativa da perda de suporte periodontal em relação à idade do paciente; • Avaliação das condições sistêmicas do paciente; • Avaliação dos fatores ambientais e de comportamento, tais como tabagismo e estresse. Posição do Dente na Arcada Dentária • Associação entre a prevalência e a gravidade das doenças periodontais com má oclusão e irregularidades das posições dos dentes. • O apinhamento dos dentes pode, por fim, afetar a quantidade de placa formada nas dentições com práticas de higiene oral irregulares, contribuindo assim para o desenvolvimento da gengivite crônica. • Contudo, ainda hoje não se sabe se o mau posicionamento do dente no arco leva a um aumento do risco para perda de inserção periodontal. Envolvimento de Furca • Dentes multirradiculares parecem correr alto risco de perda dentária durante a fase de manutenção. • Melhor prognóstico para tais dentes se terapia periodontal de suporte regular for fornecida por um programa de manutenção bem organizado. Fatores Iatrogênicos • Restaurações com sobrecontorno e margens de coroas maladaptadas certamente representam áreas para a retenção de placa, e existem inúmeros estudos documentando o aumento da prevalência da lesão periodontal quando existem fatores iatrogênicos. • Dependendo da localização supra- ou subgengival desses fatores, as suas influências no risco de progressão da doença devem ser consideradas. • Foi demonstrado que uma restauração com discreto sobrecontorno subgengival irá, realmente, mudar o nicho ecológico, criando condições favoráveis para o estabelecimento de microbiota anaeróbica gram-negativa. Suporte Periodontal Residual • Há evidências claras de estudos longitudinais de que dentes com suporte periodontal muito reduzido, mas saudável, conseguem funcionar individualmente ou como pilares por vários anos sem nenhuma perda de inserção adicional. • Dentes tratados periodontalmente com sucesso podem ser mantidos por décadas e funcionar como pilares em próteses fixas ou como coroas individuais independentemente da quantidade de suporte periodontal residual, contanto que forças mastigatórias fisiológicas não sujeitem tais dentes a trauma progressivo que possa levar a extração espontânea. • Obviamente, em virtude de já ter tecido de suporte reduzido, a progressão da doença pode ocorrer no dente gravemente comprometido, levando a esfoliação espontânea do dente. Mobilidade • A mobilidade pode ser um indicador para lesões traumáticas progressivas, mostrando que esta está aumentando continuamente. Sangramento à Sondagem • Locais que não sangram podem ser considerados periodontalmente estáveis. Por outro lado, locais com sangramentos parecem ter um aumento do risco para a progressão de periodontite, especialmente quando um mesmo local sangra em repetidas avaliações em diferentes períodos de tempo. Profundidade de Sondagem e Perda de Inserção • A sondagem clínica é o parâmetro mais comumente usado tanto para documentar a perda de inserção como para estabelecer um diagnóstico de periodontite. • A primeira avaliação periodontal após a cicatrização da terapia periodontal inicial deve ser considerada a medida de referência para comparações futuras em um acompanhamento clínico a longo prazo. Supuração • Após a terapia, a supuração de uma lesão pode ser uma evidência de que o local periodontal esteja em um período de exacerbação. • As radiografias podem ser utilizadas para diagnosticar as formas generalizadas da progressão da doença ou para um controle localizado. • Exames radiográficos periódicos sem base em sinais clínicos e sintomas não devem ser utilizados simplesmente para confirmar a saúde do periodonto. • A percepção radiográfica de alterações periodontais é caracterizada por alta especificidade, porém baixa sensibilidade, subestimando a gravidade de um defeito periodontal. • A não percepção de alterações mínimas na crista alveolar está relacionada com sobreposições e variações na projeção geométrica quando se fazem repetidas radiografias • O procedimento padrão para uma avaliação periodontal envolve a utilização de um posicionador para o filme radiográfico que possibilita o emprego da técnica do paralelismo com o cone longo. • Preservação contínua da saúde gengival e periodontal; • Auxiliar na manutenção da dentição; • Monitorar novos episódios de doença; • Remoção regular da microbiota supra e subgengival. • Padrão de higiene oral individual do paciente; • Prevalência dos locais que exibem sangramento à sondagem; • Nível de inserção e o comprimento do osso alveolar antes da terapia. • Parece ser razoável começar a manutenção pós- terapêutica com consultas de reavaliação uma vez a cada 3 a 4 meses e, então, diminuir ou aumentar esses intervalos de acordo com a necessidade. • Os níveis de inserção clínica são em geral estáveis 6 meses após o tratamento periodontal ativo. • A consulta de manutenção deve ser planejada para se conhecerem as necessidades individuais do paciente. Ela basicamente consiste em quatro diferentes etapas que podem requerer diferentes períodos de tempo durante as visitas programadas regularmente: Exame, reavaliação e diagnóstico (ERD) Motivação, reinstrução e instrumentação (MRI) Tratamento de locais reinfectados (TLR) Polimento, aplicação de flúor e determinação dos intervalos de consultas de manutenção. • Geralmente consiste em 10 a 15 minutos para os procedimentos de diagnóstico (ERD), seguidos de 30 a 40 minutos para a motivação, reinstrução e instrumentação (MRI),com a instrumentação concentrada nos locais diagnosticados com inflamações persistentes. • O tratamento de locais reinfectados (TLR) pode incluir pequenas correções cirúrgicas, aplicações de dispositivos locais para liberação de medicamentos ou apenas uma intensa instrumentação sob anestesia local • A consulta de reavaliação é normalmente concluída com polimento de toda a dentição, aplicação de flúor e outra avaliação que determinará a futura visita da terapia periodontal de suporte (PFD). • Como os pacientes da terapia periodontal de suporte podem passar por mudanças significativas em seu estado de saúde e no uso de medicações, devem-se sempre atualizar as informações sobre a saúde geral dos tecidos. • O exame extra- e intraoral dos tecidos moles deve ser feito em todas as visitas da terapia periodontal de suporte para detectar qualquer anormalidade e agir como prevenção contra o câncer oral. • A avaliação dos fatores de risco dos pacientes irá também influenciar na escolha da futura terapia periodontal de suporte e determinar o intervalo de reavaliação no final da visita de manutenção. • Após a avaliação dos fatores de risco do paciente, os fatores de risco relacionados aos locais do dente serão avaliados. O diagnóstico inclui, em geral, avaliação dos seguintes pontos: • Situação da higiene oral e controle de placa • Determinação dos locais com BoP, que indicam inflamação persistente; • Anotação da profundidade de sondagem e do nível de inserção clínica. Esse procedimento é bastante demorado e exige avaliação da localização da junção cemento–esmalte em todos os (seis) locais de cada raiz; • Inspeção dos locais reinfectados com formação de pus; • Inspeção das reconstruções existentes, incluindo teste de vitalidade dos dentes pilares; • Exploração de lesões cariosas. • Avaliar sucesso ou falha do tratamento. • Reconhecimento do desempenho do paciente. • Instrução de higiene. • Apenas os locais que exibirem sinais de inflamação e/ou atividade de progressão de doença serão reinstrumentados durante a TPS. • Instrumentação de sulcos rasos não é recomendada. • Locais individuais, especialmente locais de furca ou de difícil acesso, são ocasionalmente reinfectados e apresentam supuração. Tais locais exigem completa instrumentação sob anestesia, aplicação local de antibióticos com dispositivos de liberação ou mesmo raspagem aberta com acesso cirúrgico. • Uma omissão de retratamento completo para tais locais ou apenas uma execução incompleta da raspagem radicular durante a SPT pode resultar em perda contínua de inserção. • A escolha do tratamento para locais reinfectados deve ser baseada na análise das causas mais prováveis responsáveis pela reinfecção. • Reinfecções locais podem ser causadas por um controle inadequado de placa em uma área ou pela formação de um nicho ecológico favorável aos patógenos periodontais. • Envolvimentos de furca frequentemente representam um fator de risco periodontal especial que pode necessitar de uma terapia adicional a ser feita após o diagnóstico na visita da terapia periodontal de suporte regular. • A consulta de reavaliação é concluída com o polimento de toda a dentição para a remoção de todos os depósitos moles remanescentes e pigmentos. • Após o polimento, flúor deve ser aplicado, em altas concentrações, a fim de repor a perda desse elemento causada pela raspagem das camadas superficiais dos dentes. • Vernizes de flúor ou de clorexidina podem também ser aplicados para prevenir cárie na superfície radicular, especialmente em áreas com retração gengival. • A determinação da futura visita da terapia periodontal de suporte tem de ser baseada na avaliação de risco do paciente.