Buscar

Terapia Periodontal de Suporte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Terapia Periodontal de Suporte
Löe (1965) aferiu com seu estudo que o biofilme é o fator etiológico primário da doença periodontal, aliado a isso em seu estudo em 75 foi avaliada a resposta do hospedeiro verificando que a mesma possui grande importância na progressão da doença periodontal, explicando o porquê de alguns pacientes apresentam uma progressão mais rápida, outros uma mais lenta e outros estagnam ao longo dos anos. Com base nisso foi contatado que não é possível simplesmente dar alta ao paciente ao paciente após terapia periodontal, necessitando assim acompanhar o paciente com frequência, esta a qual deve ser diretamente relacionada ao risco de cada paciente.
Relembrando conceitos
· Profundidade de Sondagem (PS)
· O ideal seria Junção cemento esmalte coincidindo com o nível base de sulco ou bolsa, margem gengival com PS =2 e NG=-2, não sentindo a junção cemento esmalte. NCI=0, a partir do momento que eu sinto ou vejo junção cemento esmalte já é sinal de uma patologia, exemplo em caso de PS=4 e NG=0 e NCI=4 e Perda de inserção=4 você não vê a raiz exposta mas existe uma superfície radicular ali exposta sem inserção e suscetível a microbiota oral
· PS pode ser negativa quando o nível gengival esta por cima da coroa coincidindo com hiperplasia (exceto na condição ideal) e positiva quando esse nível esta abaixo da junção cemento esmalte sendo uma recessão gengival
· Nem sempre um nível gengival negativo é hiperplasia, devemos nos atentar a questão visual do aspecto da gengiva pois muitas vezes é só o padrão daquele indivíduo, com exemplo de indivíduos com dentes pequenos visualmente por cobertura de gengiva
· Nível Clínico de Inserção (NIC/NCI)
· Nível clínico de inserção (NCI) diz o quanto esse periodonto está inserido e sempre vai condizer com o PIC (perda de inserção clínica) e o ideal seria 0 (nível clínico de inserção e perda de inserção é a mesma coisa)
· A partir desse NIC vai se aferir a presença ou não de periodontite sendo esta quando quando há dois ou mais sítios em dentes não adjacentes interproximais com perda de inserção, independente da PS do paciente ou perda de inserção associada a PS maior que 3mm (bolsa periodontal) na vestibular ou gengival. Após determinar a presença de periodontite vai se buscar o estagio e para isso deve se aferir o PIC
· Sangramento a sondagem (SS) 
· Difere do índice de sangramento gengival sendo o sangramento de fundo de sulco ou bolsa
· Supuração
· Pus
Orientações Gerais
A nova ficha de atendimento periodontal da FOUFAL apresenta o índice de sangramento gengival por sítios que são 6 então enquanto se faz o rps já se marca o índice de sangramento.
Para mais a sequência de exames pode ser alterada de acordo com as condições do paciente, por exemplo: paciente com muito sangramento ou muito tártaro que impede que se faça eu RPS e ou um Periograma ai se faz uma raspagem ali supra gengival para diminuir a inflamação e consequentemente o sangramento e permitir a visualização ali daquela sondagem.
Terapia Periodontal de Suporte - TPS
Nada mais é que uma terapia de manutenção, pra manter aquele paciente em saude periodontal, pra ver se ele vai melhorar, se vai evoluir, se vai regredir.
	Sequência dos Procedimentos
1. Controle do biofilme 
a. Ensinar o paciente a controlar o biofilme (escovação correta, uso de biofilme, uso de colutorios se necessário)
2. Remoção de calculo e biofilme supra e sub gengival
3. Remoção de fatores predisponentes
4. Avaliação
a. Após 45 dias
Objetivos da TPS 
· Prevenir o início da doença em pacientes saudáveis – manter o paciente em manutenção, acompanhar de perto após a terapia ativa;
· Prevenir e minimizar a progressão e recidiva da doença após o tratamento periodontal ativo (não cirúrgico ou cirúrgico);
· Prevenir ou reduzir a perda de dentes ou implantes (o paciente com implante precisa ser bastante observado, pois a doença periodontal teoricamente tem progressão mais rápida nesse caso);
· Aumentar a probabilidade de localizar e tratar precocemente outras doenças da cavidade oral.
A TPS é uma extensão da terapia periodontal convencional sendo procedimentos realizados em intervalos regulares com intuito de acompanhar o paciente para manutenção de sua saude bucal de acordo com suas necessidades prevenindo a reinfecção/progressão da DP.
	Diagnóstico
Diagnóstico inicial: é determinado de acordo com o estado em que o paciente se apresentava na primeira consulta (ao chegar na clínica). Esse diagnóstico influencia:
· Áreas que necessitam de tratamento;
· Plano de tratamento;
· Sequelas da doença.
Diagnóstico após término da fase ativa: é determinado após a reavaliação, que ocorre de 40 a 65 dias após a última sessão de raspagem:
· Esse periograma avalia os resultados da terapia;
· Variação do estado de saúde pós terapia;
· Anotar valores NCI mantido ao longo dos anos (tentar manter esses valores em nível de normalidade durante toda a vida).
Além da terapia periodontal de suporte, nós iremos observar outras questões como: o risco de o paciente desenvolver a doença, a recorrência da doença periodontal, a susceptibilidade do paciente e a progressão da doença periodontal. Tudo isso vai determinar o intervalo de visitas do paciente à clínica. 
Um exemplo é o caso de um paciente diabético, ou seja, que apresenta um fator de risco maior, ou um paciente fumante, nesses casos se faz necessário um acompanhamento em intervalos menores do que em um paciente que não tem diabetes, independente de quadro de doença periodontal ou saúde.
Parâmetros Clínicos de Indicação de Novo Inicio da DP
· Índice de biofilme
· Porcentagem de sangramento à sondagem
· Fatores sistêmicos
· Perda de dentes
· Bolsas residuais (bolsas que permanecem após o tratamento)
· Quais parâmetros clínicos podem servir como indicadores para um novo inicio da doença? Paciente pouco colaborativo = paciente pouco colaborativo (presença de biofilme e calculo novo, sangramento a sondagem), fatores predisponentes e modificadores ( patologias, cigarro)
Nível de Risco para a Progressão da DP
É preciso avaliar no periograma de reavaliação o risco do:
1. Paciente
2. Dentario 
3. De cada sitio
 Para assim determinar o risco geral.
1. Risco do paciente
· % de SS (é relacionado a adesão do paciente ou ao padrão de higiene oral)
· Baixo risco <10%
· Alto risco >25%
· Bolsas residuais maiores que 4mm
· Baixo risco ≤ ou igual que 4 bolsas residuais
· Alto risco ≥ ou igual a 8 bolsas residuais 
OBS: A ferramenta “Perio Tools” considera como bolsa residual aquela maior que 5mm (é possível considerar tanto 4mm (Lindhe) como 5mm (Perio Tools)).
· Perda de dentes de um total de 28 dentes em decorrência de DP
É difícil determinar pois na grande maioria das vezes o paciente não sabe que o dente foi perdido por conta de DP, desse modo deve se considerar somente os que o profissional condenou, executou
· Baixo risco ≤4 dentes perdidos
· Alto risco ≥8 dentes perdidos
· Perda de suporte periodontal em relação a idade do paciente (% de perda óssea radiográfica dividido pela idade)
· Baixo risco < 0,5
· Risco moderado > 0,5
· Alto risco > 1
OBS: não confundir com o grau da doença (abaixo de 0,25 = doença de progressão lenta).
· Doenças sistêmicas e genéticas
· Diabetes
· Fatores ambientais como fumo
· Baixo risco: não fumantes (NS) / ex-fumantes (FS).
· Risco Moderado: fumantes ocasionais (<10 cigarros/dia) e fumantes moderados (11 a 19 cigarros/dia).
· Alto risco: fumantes assíduos – mais de um maço/dia.
O efeito do cigarro é dose-dependente: quanto mais o paciente consome, maior é o prejuízo para o tecido periodontal. A partir do momento que o paciente remove o efeito do cigarro, a resposta do hospedeiro volta a ser como era antes. Por isso não fumantes e ex-fumantes são considerados de mesmo nível.
O uso de cigarro eletrônico entra porém não existe um padrão clinico de avaliar pois não se tem estudos avaliando a relação desse tipo de cigarro na evolução da DP (intensidade de modificação, quanto tempo necessário pra isso)
Todos esses fatores são utilizados para determinar o risco dopaciente e esse risco determina o intervalo de tempo entre as visitas ao consultório. Quanto maior é o risco do paciente, mais frequente serão as visitas à clínica, assim como quanto menor é o risco do paciente, menos frequente serão as visitas.
2. Calculando o risco periodontal individual do paciente
· Risco periodontal baixo: todos os parâmetros com baixo risco ou no máximo 1 risco moderado.
· Risco periodontal moderado: pelo menos 2 parâmetros com risco moderado e no máximo 1 alto risco.
· Risco periodontal alto: pelo menos 2 parâmetros com alto risco.
De acordo com o risco do paciente é determinado o intervalo de tempo entre as visitas.
Quanto mais área pintada no gráfico (elaborado por um grupo de autores), maior é o risco do paciente:
→
3. Avaliação do Risco dentário
Já pode ser identificado durante a raspagem, pois a dificuldade de raspar o cálculo também demonstra a dificuldade do paciente para higienizar o dente – é muito mais fácil realizar raspagem em um incisivo inferior do que em um terceiro molar, por exemplo. Alguns fatores que influenciam a avaliação do risco dentário são:
· Posição do dente na arcada dentária
· Envolvimento de furca
· Fatores iatrogênicos
· Suporte periodontal residual
· Mobilidade
4. Avaliação do Risco do Sitio
É mais específico e está relacionado a fatores como:
· Sangramento à sondagem
· Profundidade de sondagem e perda de inserção
· Supuração

Outros materiais