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Bianca Abreu- MD4 1 Bianca Abreu- MD4 2 Elas são Glândulas Endócrinas responsáveis pela secreção do Paratormônio (PTH), responsável pela regulação da concentração de Ca+2 no sangue (Calcemia). Totalizam 4 Glândulas Paratireoides, sendo duas superiores e inferiores, as quais pesam cerca de 0,3 a 0,4 gramas, cada e apresentam 3 x 6 mm de dimensão. Localizam-se na região do Pescoço, mais precisamente no Tecido Conjuntivo nos Polos Superior e Inferior das Bordas Posteriores dos Lobos Laterais da Glândula Tireoide exibindo, portanto, íntima associação à Glândula Tireoide. As Paratireoides Superiores estão, em geral, próximas à junção da Artéria Tireoidiana Média e o Nervo Laríngeo-Recorrente; enquanto que o Par Inferior possui localização variável. Entretanto, vale ressaltar que o número e a localização podem variar. Em 2% a 10% dos indivíduos, as Glândulas adicionais se situam no Mediastino, associadas ao Timo. Mais raramente, podem se situar no interior da Glândula Tireoide Em geral, as pequenas glândulas paratireoides ovais e achatadas situam-se externamente à cápsula tireóidea na metade medial da face posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro de sua bainha As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se um pouco mais de 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide. As glândulas paratireoides inferiores usualmente situam-se mais de 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial A posição habitual das glândulas paratireoides inferiores é perto dos polos inferiores da glândula tireoide, mas elas podem ocupar várias posições. Em 1 a 5% das pessoas, uma glândula paratireoide inferior está situada profundamente no mediastino superior. Como as artérias tireóideas inferiores são responsáveis pela vascularização primária da face posterior da glândula tireoide, onde estão localizadas as glândulas paratireoides, ramos dessas artérias geralmente suprem essas glândulas. Entretanto, também podem ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria tireóidea ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais Bianca Abreu- MD4 3 A inervação das glândulas paratireoides é abundante; é derivada de ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais. Assim como os nervos para a glândula tireoide, são vasomotores e não secretomotores, porque as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios As células principais e as células oxífilas constituem as células epiteliais da glândula paratireoide. As células principais, as células parenquimatosas mais numerosas da tireoide, são responsáveis pela regulação da síntese, armazenagem e secreção de grandes quantidades de PTH. Elas são células pequenas e poligonais com diâmetros de 7 a 10 mm e um núcleo localizado na região central. O citoplasma de coloração pálida e ligeiramente acidofílico contém vesículas com lipofuscina, grandes acúmulos de glicogênio e gotículas lipídicas. Pequenas vesículas densas limitadas por membrana são observadas com o MET ou após o uso de colorações especiais com microscópio óptico e parecem ser a forma de armazenamento do PTH. As células principais podem se replicar se cronicamente estimuladas por alterações nos níveis sanguíneos de cálcio. As células oxífilas constituem uma porção menor de células parenquimatosas e não têm papel secretor conhecido. Elas são encontradas isoladamente ou em agrupamentos; as células são mais arredondadas, consideravelmente maiores que as células principais, e têm um citoplasma distintamente acidofílico. As mitocôndrias, frequentemente com formatos e tamanhos bizarros, quase enchem o citoplasma e são responsáveis pela forte acidofilia dessas células. Nenhuma vesícula secretora ou pouco – ou nenhum – RER encontra-se presente. Os corpos de inclusão citoplasmática consistem em lisossomos ocasionais, gotículas lipídicas e glicogênio distribuídos entre as mitocôndrias. As Paratireoides possuem rica vascularização e consistem, sobretudo, em Células Principais envolvidas por uma Cápsula de Tecido Conjuntivo/Conectivo, que as separa da Tireoide. Dessa Cápsula, partem Trabéculas/Septos para o interior da Glândula, as quais dividem a Paratireoide em Lóbulos e separam os Cordões Celulares por serem contínuos com as Fibras Reticulares que sustentam o grupo de Células Secretoras. O Tecido Conjuntivo é mais evidente no adulto, com o desenvolvimento de Adipócitos que aumentam com a idade e acabam constituindo de 60% a 70% da Massa Glandular. As Paratireoides recebem o suprimento sanguíneo de Anastomoses realizadas entre as Artérias Tireoidianas Superiores e Inferiores. Tipicamente, ricas redes de Capilares Sanguíneos Fenestrados e de Capilares Linfáticos circundam o Parênquima das Paratireoides. O Parênquima é formado por Células Epiteliais dispostas em Cordões Celulares separados por Capilares Sanguíneos, havendo, nestes agrupamentos, dois tipos de células: as Células Principais e as Células Oxífilas. As Células Principais predominam sobre as outras e são responsáveis pela secreção do Bianca Abreu- MD4 4 Paratormônio (PTH); enquanto que as Células Oxífilas aparecem por volta dos 4 aos 7 anos de idade e aumentam de número e tamanho, consideravelmente, após a puberdade. A função dessas células é ainda desconhecida. As Glândulas Paratireoides se desenvolvem a partir das Células Endodérmicas derivadas da Terceira e Quarta Bolsas Branquiais/Faríngeas. Embriologicamente, as Glândulas Paratireoides Inferiores –e o Timo- são derivadas da Terceira Bolsa Branquial; enquanto que as Glândulas Paratireoides Superiores, a partir da Quarta Bolsa Branquial. Glândulas Paratireoides Inferiores: formam-se a partir da diferenciação do Epitélio da Porção Dorsal Bulbar do Terceiro Par de Bolsas Faríngeas. Posteriormente, migram para a região do Pescoço, ocupando sua posição final na superfície dorsal da Glândula Tireoide. Glândulas Paratireoides Superiores: formam-se a partir da diferenciação do Epitélio da Porção Dorsal Bulbar do Quarto Par de Bolsas Faríngeas. Situam-se na Região Dorsal da Glândula Tireoide. Obs.: Movimentação das Paratireoides: normalmente, as Glândulas Paratireoides Inferiores acompanham o movimento descendente realizado pelo Timo e, finalmente, assumem sua posição correta, situando-se inferiormente às Glândulas Paratireoides Superiores. A falha dessas estruturas em se separar resulta na associação atípica das Paratireoides ao Timo no adulto. As Células Principais diferenciam-se durante o Desenvolvimento Embrionário e são funcionalmente ativas na regulação do Metabolismo Fetal de Cálcio. As Células Oxífilas diferenciam-se posteriormente na Puberdade. Vitamina D (Colecalciferol) é fornecida na Dieta (alimentos e fármacos) e é produzida na Pele a partir do 7-Desidrocolesterol, em presença de Radiação Ultravioleta. A Vitamina D adquiriu status formal de “Hormônio” pois o Colecalciferol é inativo e deve ser, sucessivamente, hidroxilado até o Metabólito Ativo. A Hidroxilação do Colecalciferol é regulada por mecanismos de Feedback Negativo. A Vitamina D desempenha um papel decisivo na Absorção Intestinal de Ca+2 e, em menor grau, na Absorção de PO4-2 Inorgânico pelo Intestino Delgado, além de regular a Remodelagem Óssea e a Reabsorção Renal de Ca+2 e PO4-2. Síntese de Vitamina D:1. Na pele, existe grande quantidade de 7- Dehidrocolesterol (precursor da Vitamina D presente nas Membranas Fosfolipídicas das Células das camadas mais basais da Pele) que, ao sofrer influência da Radiação UVB, converte-se em Pré-Colecalciferol (Pré-Vitamina D3); 2. Ocorre Isomerização Espontânea na molécula de Pré-Colecalciferol, o qual passa a ser a Vitamina D3; 3. A Vitamina D3 (Colecalciferol) entra na corrente sanguínea pelo auxílio de Proteínas Transportadoras como a Proteína Transportadora DBP (α-1- Globulina), até chegar ao Fígado; Bianca Abreu- MD4 5 4. No Fígado, o Colecalciferol sofre uma Reação de Hidroxilação no Carbono 25 e é convertido em Calcidiol (25- Hidroxivitamina D3) pela Enzima Hepática 25-Hidroxilase dos Hepatócitos. Essa etapa de Hidroxilação ocorre no Retículo Endoplasmático dos Hepatócitos e requer NADPH, O2 e Mg+2; 5. A 25-Hidroxivitamina D é novamente transportada, através da Corrente Sanguínea, do fígado para os Túbulos Contorcidos Proximais dos Rins, onde sofre Hidroxilação no Carbono 1 e produz a 1,25-Di-Hidroxivitamina D (Calcitriol), que é a forma mais ativa e biologicamente potente da Vitamina D. Essa conversão é catalisa pela Enzima 1-α-Hidroxilase e ocorre nas Mitocôndrias Renais. Curiosidade!No Rim, o 25- Hidroxicolecalciferol passa por uma de duas vias de hidroxilação: pode ser Hidroxilado, na Posição C1, produzindo 1,25-Di- Hidroxicolecalciferol, que é a Forma Ativa, ou pode ser Hidroxilado, na Posição C24, produzindo 24,25-Dihidroxicolecalciferol, que é inativo. Regulação da Síntese de Vitamina D: a produção do Metabólito Ativo, 1,25-Di- Hidroxicolecalciferol, é regulada para alteração da atividade da Enzima 1α- Hidroxilase. A atividade da 1α-Hidroxilase é aumentada por cada um dos seguintes três fatores: (1) diminuição da Concentração Plasmática de Ca+2, (2) aumento dos níveis circulantes de PTH e (3) diminuição da Concentração Plasmática de Fosfato. Enquanto que sua redução é estritamente controlada ao nível transcricional pela própria 1,25-Di-Hidroxicolecalciferol. Esse metabólito, quando sintetizado nos Rins, inibe a expressão da 1-α-hidroxilase e estimula a expressão de 24-Hidroxilase, reduzindo, portanto, a conversão de 25-Hidroxivitamina D em Calcitriol e estimulando sua conversão em metabólitos de potência reduzida. IMPORTANTE! Hipocalcemia e PTH: baixas concentrações séricas de Ca+2 estimulam indiretamente a expressão da Enzima 1-α- Hidroxilase Renal ao aumentar os níveis de Paratormônio (PTH), o qual, por ativação da Proteína Gs, eleva a Expressão Gênica do gene Cyp1α; enquanto que um aumento do nível sérico de Ca+2 inibe a atividade da 1-α- Hidroxilase diretamente por meio da ativação dos CaSRs no Túbulo Convoluto Proximal, reduzindo a expres-são gênica do gene Cyp1α. Mecanismo de Ação da Vitamina D: a 1,25-Di-Hidroxivitamina D (Calcitriol) exerce suas ações principalmente se ligando ao Receptor Nuclear da Vitamina D (VDR), que constitui um dos receptores para este hormônio. O VDR é um Fator de Transcrição que, quando ativado pela ligação com o Calcitriol, forma um Heterodímero com o Receptor do Retinoide X (RXR) e, então, liga- Bianca Abreu- MD4 6 se à sequências específicas do DNA, denominadas Elementos de Resposta à Vitamina D. Assim, a principal ação do Calcitriol é regular a expressão de genes em seus Tecidos-Alvo, que incluem o Intestino Delgado, os Ossos, Rins e Glândulas Paratireoides. As ações genômicas da 1,25-Di- Hidroxivitamina D, quando mediadas pelo VDR, ocorrem em algumas horas ou dias. O Calcitriol, entretanto, também possui efeitos rápidos que ocorrem de segundos até no máximo 10 minutos. Por exemplo, a 1,25-Di- Hidroxivitamina D induz rapidamente a Absorção Duodenal de Ca+2, processo denominado Transcaltaquia. Esse mecanismo de ação rápida se dá porque o VDR também está expresso na membrana plasmática das Células-Alvo e está associado a vidas de sinalização rápida (Acoplado à Proteína Gs ou Gq), que ativam Canais de Ca+2 Dependentes de Voltagem, iniciando assim a fosforilação das Proteínas Quinases A e C (PKA e PKC). Efeitos da vitamina D Seu papel global é o de aumentar as Concentrações Plasmáticas tanto de Ca+2 quanto de PO4-2, e, assim, aumentar o produto Cálcio-Fosfato, para promover a Mineralização Óssea. Para a ocorrência desses objetivos, a Vitamina D tem ações coordenadas no Intestino, nos Rins e nos Ossos. Intestino Delgado: no Intestino Delgado, o Calcitriol induz a síntese de uma Proteína Dependente de Vitamina D, chamada Calbindina, uma Proteína Citoplasmática que tem a capacidade de ligar 4 íons Ca+2 a sua molécula. O Ca+2 se difunde do lúmen intestinal até a Célula por meio de seu Gradiente Eletroquímico. Na Célula, liga-se à Calbindina e, posteriormente, é bombeado através da Membrana Basolateral pela Ca+2 ATPase. A Calbindina funciona, portanto, como transportador, que desloca o Ca+2, através da Célula, do Lúmen à Circulação Sanguínea, ou pode agir como um Mecanismo Tampão de Ca+2 para manter o Ca+2 livre intracelular baixo e, assim, manter o Gradiente Eletroquímico na Membrana Luminal para a Difusão de Ca+2. Rins: o Calcitriol promove ações paralelas àquelas intestinais nos Rins, atua, desse modo, estimulando a Reabsorção Renal de Ca+2 e PO4-2. O Paratormônio (PTH), por sua vez, estimula apenas a Reabsorção Renal de Ca+2, inibindo a de PO4-2. Tecido Ósseo: nos ossos, o Colecalciferol age sinergicamente com o Paratormônio (PTH), ou seja, estimula a Atividade Osteoclástica. Essa ação pode parecer paradoxal, uma vez que a ação global do Colecalciferol é o de promover a Mineralização Óssea. No entanto, Osso “Velho” Mineralizado é Reabsorvido fornecendo mais Ca+2 e Fosfato para o LEC, de modo que o Osso “Novo” pode ser Bianca Abreu- MD4 7 mineralizado (Remodelagem Óssea). Os efeitos sobre a Reabsorção Óssea são divididos em rápidos e lentos, e nenhum deles é exercido sobre Osteoclastos Maduros. Como não foram encontrados receptores para o Colecalciferol em Osteoclastos, o papel da Vitamina D na Reabsorção Óssea se dá por mecanismos indiretos dependentes de ações locais e por ações diretas sobre as Células Precursoras de Osteoclastos e em Osteoclastos. Nos Osteoblastos, o Calcitriol provoca o aumento da Fosfatase Alcalina, da síntese de Osteocalcina (estimula a Reabsorção Óssea), inibe a síntese de Colágeno do Tipo I e aumento do número de Receptores para o Fator de Crescimento Epidérmico. O Colecalciferol estimula a fusão e a diferenciação de Células Precursoras Hematopoiéticas de Osteoclastos, principalmente o CFU-GM (Fator de Crescimento de Colônias de Monócitos), presente na Medula Óssea e em Osteoclastos Maduros, sendo essa ação inteiramente depende de IL-1 e IL-6 (estimuladas diretamente pelo Calcitriol) por Osteoblastos e Células do Estroma da Medula Óssea que possuem Receptores para a Vitamina D3. Ademais, é comprovado o efeito da Vitamina D em amplificar a ação do PTH, pois esse Hormônio Esteroide estimula a síntese de RANK-L pelos Osteoblastos, promovendo a Osteoclastogênese. a Remodelagem Óssea, nos adultos, envolve: (1) a destruição do Osso Pré-Formado com liberação subsequente de Ca+2 e PO4-2 ao sangue, além de Fragmentos Hidrolisados da Matriz (Osteóide); e (2) nova síntese de Osteóide no local de Reabsorção e a subsequente calcificação de Osteóide através do Ca+2 e PO4-2 provenientes do sangue. As Células envolvidas na Remodelagem Óssea podem ser divididas em: (1) Células que promovem a formação de osso (Osteoblas- tos); e (2) Células que promovem a Reabsorção Óssea (Osteoclastos). As Células que compõem os ossos são: Osteoprogenitoras:dão origem aos osteoblastos e vem das células tronco mesenquimais; precursora do osteócito; são responsáveis pela osteogênese, seu fator de diferenciação é o fator de ligação central alfa 1; ela é uma célula em repouso que pode se diferenciar; nos ossos em crescimento são células achatadas ou escamosas com núcleos alongados ou ovoides. Osteoblastos: secretam a matriz extracelular; podem ser referidas também como osteócito; precursora do osteócito; os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um epitélio simples. Quando em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma muito basófilo. Em contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados e a basofilia citoplasmática diminui. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o Bianca Abreu- MD4 8 osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. Obs.: A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de osteoide. Osteócitos: são células maduras envoltas pela matriz óssea que é secretada pelo osteoblasto; responsáveis pela manutenção da matriz óssea e pela Mecanotransdução (resposta as forças mecânicas aplicadas ao osso); os osteócitos são as células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro. Os osteócitos são células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. Os tipos são quiescentes; formadores e de reabsorção. Matriz Orgânica: compreende a Matriz Extracelular, formada por Colágeno do tipo I, Proteoglicanos e Prote-ínas não Colagenosas. Essa matriz também contém Fatores de Crescimento e Citocinas, que desempenham importante papel regulador na Remodelagem Óssea ou na formação de novo osso. Matriz Inorgânica: é composta principalmente de Hidroxiapatita de Cálcio, que atua como reservatório dos íons de cálcio e fosfato e desempenha importante papel na homeostasia desses minerais. A maior parte do esqueleto (80%) é composta de Osso Cortical, encontrado principalmente nas Diáfises dos Ossos Longos e na superfície dos Ossos Planos. O osso cortical consiste em Osso Compacto em torno de canais centrais (Sistemas de Havers) que contêm Vasos Sanguíneos, Tecido Linfático, Nervos e Tecido Conectivo. Envolve a remoção contínua de osso (Reabsorção Óssea) seguida de síntese de nova Matriz Óssea e Mineralização subsequente (Formação Óssea). O acoplamento das funções dos Osteoblastos e Osteoclastos é essencial para avaliar a regulação hormonal da Renovação Óssea, e qualquer alteração. O Osteoclastos são estimulados hormonalmente e localmente por Fatores de Crescimento e Citocinas. A Atividade Osteoclástica induzida pelo PTH é mediada indiretamente pela ativação dos Osteoblastos. A Reabsorção Óssea pelos Osteoclastos consiste em múltiplas etapas, incluindo o Recrutamento e a Diferenciação dos Precursores dos Osteoclastos em Osteoclastos Mononucleares (Pré- Osteoclastos), bem como a fusão dos Pré- Osteoclastos para formar Osteoclastos Multinucleados Funcionais. Como isso ocorre? Os Osteoblastos expressam Fatores que induzem a diferenciação de Células Da Linhagem dos Monócitos/Macrófagos em Osteoclastos e, em seguida, ativam a função desses Osteoclastos. Os Osteoblastos liberam o Fator Estimulador de Colônias de Monócitos (M- CSF), que induz os primeiros processos de diferenciação que levam à formação dos precursores dos Osteoclastos. O M-CSF também atua em conjunto com outro fator, Bianca Abreu- MD4 9 o RANKL (Ligante do Receptorativador do NF-κB), para promover a Osteoclastogênese. O RANKL liga-se ao seu receptor RANK situado nas membranas dos Precursores dos Osteoclastos e induz a Osteoclastogênese. Esse processo envolve o agrupamento e a fusão de vários precursores dos Osteoclastos e dá origem a um único Osteoclasto Multinucleado. A área da membrana do Osteoclasto voltada para o osso adere intimamente a ele selando completamente a superfície de contato. Eventos: 1. Reconhecimento de uma área precisa da superfície óssea e sua preparação para o processo de Remodelação. O início dessa fase é de responsabilidade de Citocinas Pró- Inflamatórias (IL-1, IL-6, IL-11, TNF-alfa) produzidas pelos Osteócitos que estão morrendo. Isso leva ao recrutamento de Osteoclastos; 2. Fixação dos Osteoclastos à superfície do osso, após seu recrutamento; 3. A ligação do PTH aos Osteoblastos desencadeia a síntese de do FDO ou RANK- L ou Ligante da Osteoprotegerina. O PTH estimula a expressão dessa proteína de membrana nas Células Osteoblásticas. Esse ligante liga-se ao receptor de FDO (Receptor Ativador do Fator Nuclear kB [RANK, de Receptor Activator of Nuclear Factor-kB]) expresso nos Precursores Hematopoiéticos dos Osteoclastos e estimula sua diferenciação em Osteoclastos Funcionais. Essas duas proteínas de superfície celular, o RANK expresso nas Células Precursoras dos Oste- oclastos e seu parceiro RANKL, expresso nos Osteoblastos, representam os reguladores essenciais da formação e da função dos Osteoclastos; 4. A ativação do RANKL aumenta a expressão de genes específicos, que levam à maturação dos Osteoclastos. Nesse sentido, quando um Precursor dos Osteoclastos entra em contato com um Osteoblasto, a interação resultante entre RANK e RANKL estimula esse precursor a sofrer maturação em um Osteoclasto totalmente diferenciado de Reabsorção Óssea; 5. A Osteoprotegerina (OPG) é uma proteína pertencente à família do Receptor do Fator de Necrose Tumoral (TNF), também secretada pelos Osteoblastos, que atua como Antagonista Natural do RANKL e que, portan- to, contribui na regulação da Reabsorção Óssea. Ela funciona como Fator Inibitório da Osteoclastogênese e atua como proteína “chamariz” solúvel, que se liga ao RANKL, impedindo sua ligação ao RANK e, dessa maneira, inibindo efetivamente a maturação dos Osteoclastos mediada pelo RANKL; #OBS: o Paratormônio (PTH) e os Glicocorticoides diminuem a produção de Osteoprotegerina (OPG), enquanto os Estrogênios aumentam sua expressão. 6. A Reabsorção Óssea pelos Osteoclastos envolve a fixação dessas células à superfície celular por proteínas, denominadas b- Integrinas, gerando, assim, um microambiente extracelular isolado entre os Osteoclastos e a superfície óssea que, na verdade, funciona como um Lisossomo; 7. As Vesículas Intracelulares Ácidas fundem-se com a Marguem Pregueada da Membrana Celular voltada para a Matriz Óssea, sob a qual ocorre a Reabsorção Óssea. A Acidificação desse microambiente extracelular é mediada Bianca Abreu- MD4 10 por H+ATPases recrutadas na Membrana Pregueada da Célula; 8. Durante o processo de Reabsorção Óssea, os íons H+ gerados pela Enzima Anidrase Carbônica II são liberados, através da Membrana Plasmática, por uma bomba de prótons, a fim de dissolver o Mineral Ósseo. A redução do pH (pH= 4) no compartimento fechado favorece a dissolução da Hidroxiapatita desse mineral e propicia condições ideais à ação das Proteases Lisossomais, incluindo a Colagenase e as Catepsinas secretadas pelos Osteoclastos; 9. Os produtos da Degradação Óssea (incluindo Ca+2 efosfato) são transportados por Endocitose pelo Osteoclasto e liberados na superfície antirreabsortiva celular, por meio de um processo denominado Transcitose (trânsito através da célula), a partir da qual alcançam a Circulação Sistêmica; #OBS: durante o processo de degradação óssea, Enzimas Intracelulares, como a Fosfatase Alcalina, também são liberadas no Espaço Intersticial para a Circulação. Clinicamente, pode-se utilizar a elevação dos níveis circulantes de Fosfatase Alcalina como marcador de aumento da Atividade Osteoclástica. 10. Os Osteoblastos, finalmente, migram para a área que sofreu Reabsorção, agora esvaziada pelos Osteoclastos, e começam a depositar Osteóide. Alguns dos componentes do Osteóide promovem a sua calcificação, um processo que remove Ca+2 e PO4-2 do sangue. À medida que os Osteoblas-tos são circundados por osso e ficam aprisiona-dos dentro dele, transformam-se em Osteócitos que repousam no interior de pequenos espaços denominados Lacunas Haversianas. Cortisol e metabolismo ósseo Os GC inibem a replicação das células da linhagem osteoblástica, diminuem a produção de pré-osteoblastos, osteoblastos e induzem apoptose de osteoblastos maduros e osteócitos. Além disso, os GC prejudicam a diferenciação das células do estroma para a linhagem de osteoblastos e diminuem a diferenciação terminal dos osteoblastos, com isso, provocando uma diminuição no número de osteoblastos maduros Os GC inibem a atividade da fosfatase alcalina, produção do colágeno tipo I e a síntese de outras proteínas ósseas, como a osteocalcina, que são marcadores da função dos osteoblastos. Adicionalmente, aumentam a osteoclastogênese, aumentando a expressão do ligante do ativador do receptor do NF-kB (RANK-L) e diminuindo a expressão de seu receptor solúvel, a osteoprotegerina, nas células osteoblásticas. Também aumentam a expressão do fator estimulador de colônias 1, que, na presença de RANK-L, induz osteoclastogênese. Assim, em vigência de uso crônico de GC, a diminuição do Bianca Abreu- MD4 11 remodelamento ósseo que se desenvolve é devida principalmente a uma ação direta dos GC nos osteoblastos Ele também reduz a absorção intestinal de Ca+2 e aumenta a excreção renal de Ca+2, resultando em uma perda líquida de Ca+2 no corpo. Citocinas e metabolismo ósseo O sistema imune também influencia a regulação da osteoclastogênese. O TNF-α, a IL-1 e a IL-6 estimulam diretamente a osteoclastogênese, a reabsorção óssea e a produção de RANKL pelos osteoblastos. Foi ainda provado que a IL-20 é uma citocina osteoclastogênica, que favorece a expressão do RANK nos precursores osteoclásticos e a de RANKL nos osteoblastos, afetando a função de ambos os tipos de células. Também o complemento, nomeadamente C3a e C5a, influenciam a interação osteoblasto-osteoclasto, particularmente num ambiente pró-inflamatório, como o que existe em diversas patologias, e parecem ainda ter um papel direto na osteoclastogênese, não dependente do RANKL ou do M-CSF. Também os osteoclastos e osteoblastos influenciam o sistema imune. Os osteoclastos são capazes de ativar o complemento num ambiente pró-inflamatório e o RANKL estimula a produção de IL-1 e TNF-α em precursores de osteoclastos. Estas considerações permitem por um lado ver o sistema imune como um alvo terapêutico nas patologias ósseas associadas a inflamação, mas é preciso também ter em conta que tratamentos que influenciam o sistema imune podem ter efeitos nefastos no metabolismo ósseo O eixo RANKL/RANK/OPG é sem dúvida o principal regulador da diferenciação osteoclástica, sendo este eixo afetado por muitas outros agentes. Os estimuladores da produção de RANKL incluem a vitamina D, a hormona paratireoide, o TNF-α, os glicocorticoides, a interleucina-1 e 11, hormonas da tireoide (T3 e T4), prostaglandina E2, lipossacáridos, fator de crescimento dos fibroblastos 2, histamina, fator de crescimento insulina-like, histamina e situações de força gravítica baixa. Como inibidores da produção do RANKL temos essencialmente os estrogénios e o TGF-β. Estrógeno e metabolismo ósseo Androgênios e estrogênios aumentam a atividade da 1α-hidroxilase, diminuem a reabsorção óssea e aumenta a síntese de OPG. O estrogênio estimula a proliferação dos osteoblastos, bem como a expressão do colágeno tipo I e da fosfatase alcalina. Além disso, ele diminui o número e a atividade dos osteoclastos bem como a síntese das citocinas que afetam a reabsorção óssea e estimula a absorção intestinal de cálcio, promovendo também aumento na sobrevida dos osteoblastos e a apoptose dos osteoclastos, o que favorece a formação óssea em detrimento da reabsorção. Os androgênios têm efeitos anabólicos e calciotrópicos ósseos idênticos aos estrogênios, embora com menor intensidade e ainda que alguns desses efeitos sejam resultantes da conversão periférica de androgênios em 17-β-estradiol, por ação da enzima aromatase. Bianca Abreu- MD4 12 Peptídeo Linear com 84 aminoácidos, considerado como um Hormônio Calciotró- pico. O principal sinal que estimula a secreção do PTH é a baixa concentração sanguínea de Ca+2 (Hipocalcemia), detectada por Receptores Sensíveis ao Ca+2 nas Células Principais das Paratireoides. Nas Células-Alvo, como os Osteoblastos, liga-se a um Receptor Específico para o PTH e interage com a Proteína Gs para ativar um Sistema de Segundos Mensageiros. Após a ligação, temos o aumento da concentração de Ca+2 no sangue. Síntese do PTH: inicialmente, o PTH é sintetizada como um Polipeptídeo de 115 aminoácidos, conhecido como Pré-Pró-PTH. Os 25 aminoácidos que constituem o Peptídeo Sinalizador são clivados/quebrados da molécula de PTH no interior do Retículo Endoplasmático Rugoso das Células Principais, ainda durante o processo de Transcrição do RNAm, originando o Pró-PTH. Após ser sintetizado e processado parcialmente, o Pró- PTH, com 90 aminoácidos é, então, transportado ao Complexo de Golgi, onde mais 6 aminoácidos são clivados, gerando sua forma final com 84 aminoácidos, o Hormônio PTH. O Pró-PTH contém 6 aminoácidos em sua Extremidade Aminoterminal e apresenta atividade biológica desprezível, o que faz com que a conversão de Pró-PTH em PTH seja um Processo Ativador do Peptídeo Hormonal. Ainda dentro do Citoplasma, o Hormônio Ativo pode sofrer clivagem entre os aminoácidos 33 e 40 produzindo fragmentos também secretados pelas Células Principais. Armazenamento e Ritmo de Secreção: o PTH é armazenado em Grânulos Secretores, para liberação subsequente. A síntese e a liberação de PTH são contínuas, com cerca de 6 a 7 pulsos superpostos a cada hora. Quando a concentração sérica de Ca+2 está na faixa normal (10 mg/dL) ou mais alta, o PTH é secretado em níveis basais. Entretanto, quando a concentração plasmática de Ca+2 diminui para menos de 10 mg/dL, a secreção de PTH é estimulada, chegando às intensidades máximas quando a concentração de Ca+2 atinge 7,5 mg/dL. Ressalta-se, ainda, que quanto mais rápida a redução do Ca+2 ionizado, maior será a resposta secretória do PTH. Metabolismo: o PTH é rapidamente metabolizado, sendo degradado pelos Rins e Fígado em Fragmentos Aminoterminais e Carboxiterminais. Os Fragmentos Aminoterminais representam 10% dos fragmentos circulantes de PTH, sendo uma parte biologicamente ativa que apresentam Meia-Vida biológica curta, de cerca de 4 a 20 minutos; enquanto que os Fragmentos Carboxiterminais representam 80%, não possuindo atividade biológica e apresentando Meia-Vida mais longa, de cerca de 20 vezes mais do que a de um Fragmento Aminoterminal. De modo global, o Hormônio Intacto representa 10% dos Peptídeos Circulantesrelacionados com o PTH. Controle da Secreção de PTH: o principal fator que controla a secreção de PTH é a concentração sanguínea de Ca+2 sob a forma ionizada. A concentração extracelular de Ca+2 é detectada por Bianca Abreu- MD4 13 Receptores Sensíveis ao Ca+2 (CaSRs), presentes na membrana das Células Principais. Dessa forma, através de um Sistema de Feedback Negativo, o Ca+2 em altas concentrações extracelular inibe a secreção de PTH, enquanto que as baixas concentrações extracelulares de Ca+2 estimulam a secreção de PTH. Assim, a via de sinalização que é ativada pela ligação do Ca+2 ao CaSR leva, no final, à inibição da expressão do gene e da síntese do PTH. Acredita-se que os Receptores Sensíveis ao Ca+2 (CaSRs) estejam Acoplados à Proteína Gq, ativando a Fosfolipase C e inibindo, ao mesmo tempo a Enzima Adenilato Ciclase. Quando a Fosfolipase C é ativada por Hipercalcemia –por exemplo-, ela libera os íons de seus compartimentos intracelulares, aumentando o Ca+2 intracelular e inibe a secreção dos Grânulos de PTH; enquanto isso, quando a Adenilato Ciclase é inibida, reduz-se a concentração intracelular de AMPcíclico, que constitui o principal estímulo para a secreção de PTH, o qual está presente em grandes quantidades durante situações de Normocalcemia e Hipocalcemia. Alguns Fatores Parácrinos e Endócrinos, secundários aos níveis de Ca+2 sérico, regulam diretamente a secreção de PTH por agir nos mecanismos de AMPc, CaSRs e fosfolipase C já descritos acima. Substâncias como a Dopamina, Prolactina, Secretina e PGE2, mesmo na ausência do Cálcio Extracelular, estimulam a secreção de PTH por aumento na concentração intracelular de AMPc, enquanto que Agonistas α- Adrenérgicos, PGE2-α e o Ca+2 deprimem essa secreção por diminuição dos níveis de AMPcíclico. Dentre estes fatores, temos: Vitamina D3 (Colecalciferol): o gene do PTH é inibido pela Forma Ativa da Vitamina D, reduzindo a transcrição do gene desse hormônio e, portanto, a secreção de PTH. Esse mecanismo é reforçado por outra ação própria da Vitamina D, ao atuar no núcleo das Células Principais da Paratireoide, aumentando a expressão gênica dos Receptores Sensíveis ao Ca+2 (CaSRs) e, assim, aumentando a inibição da síntese de PTH; Cortisol: os Hormônios Glicocorticoides promovem a Reabsorção Óssea e a perda Renal de Ca+2, além de inibir a Reabsorção Intestinal desse íon (antagoniza as ações da Vitamina D), estimulando a secreção de PTH e causando uma condição semelhante ao Hiperparatiroidismo Secundário; Íons Magnésio (Mg+2): exerce importante papel na regulação da secreção de PTH, apresentando um comportamento bifásico: (1) Alta concentração de Mg+2 se comporta do mesmo modo que a Hipercalcemia Extracelular, inibindo a secreção de PTH; por outro lado, (2) Baixa concentração de Mg+2 também deprimem a secreção de PTH, pois este íon atua como cofator nas Reações Enzimáticas necessárias para a geração de energia nas Paratireoides, o que deprime a função da Glândula e, portanto, reduzindo a secreção de PTH; Íons Fosfato (Pi/ PO4-2): se os níveis de fosfato aumentarem a Secreção de PTH aumenta, em razão da redução da atividade da Fosfolipase A2 e pela formação do Ácido Araquidônico, removendo, assim o Efeito Inibitório sobre a secreção de PTH. As elevações nos níveis de PO4-2 também Bianca Abreu- MD4 14 podem afetar a liberação de PTH indiretamente pela redução dos níveis plasmáticos de Ca+2 e pela ativação da Vitamina D. Por outro lado, a Hipofosfatemia diminui de modo acentuado o RNAm do PTH e os níveis plasmáticos desse hormônio; Estrogênio (Estradiol): o 17-β- estradiol possui Efeitos Anabólicos e Calciotrópicos sobre os ossos e estimula a Reabsorção Intestinal de Ca+2, promovendo a sobrevida dos Osteoblastos e a Apoptose dos Osteoclastos, o que favorece a Formação Óssea em detrimento da Reabsorção Óssea. Em mulheres pós- menopausa, a deficiência de estrogênio leva a uma fase inicial de perda óssea rápida que dura cerca de 5 anos, seguida por uma fase mais lenta de perda óssea que provoca Hipocalcemia em razão da baixa Absorção Intestinal de Ca+2 e da perda renal desse íon. Esses eventos podem desencadear um quadro de Hiperparatiroidismo Secundário, condição que exacerba a perda óssea; Curiosidade! Os Androgênios Gonadais e Adrenais têm Efeitos Anabólicos e Calciotrópicos ósseos idênticos aos Estrogênios, embora com menor intensidade e ainda que alguns desses efeitos sejam resultantes da conversão periférica de Androgênios em 17-β-estradiol, por ação da Enzima Aromatase. Prolactina: o excesso de Prolactina (Hiperprolactinemia) leva à supressão da secreção do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) pelo Hipotálamo, o que reduz a síntese dos Hormônios Gonadais Estrogênios e Androgênios e, consequentemente, atinge indiretamente a secreção de PTH, elevando-a. Mecanismo de Ação do PTH: 1. A Porção Aminoterminal da molécula de PTH se liga ao Receptor de Membrana de PTH (PTHrP), Acoplado à Proteína G, com estimulação tanto da Fosfolipase C quanto da Adenilato Ciclase. Esse Receptor de PTH possui grande homologia, em sua estrutural espacial e sequência de aminoácidos, com ao Receptores de Calcitonina, Secretina, Glucagon, GHRH e outros, sendo diretamente estimulados por essas substâncias e provocando Hipercalcemia; 2. A interação do PTH com o seu Receptor resulta em um aumento de AMPcíclico, o qual ativa a Proteína Quina-se A (PKA), a qual fosforila proteínas intracelulares; outros segundos mensageiros, tais como o IP3 e o DAG, também são formados a partir da ação da Fosfolipase C em hidrolisar os Fosfatidilinositois da Membrana Celular, como o PIP2, promovendo aumento do Ca+2 Intracelular e ativação da Enzima PKC, com modificação final da função celular. Importante! Receptores: PTHR1, PTHR2 e PTHR3; PTHR, de Parathyroid Hormone Receptor), que consistem em Receptores Acoplados à Proteína G. Os efeitos fisiológicos importantes do PTH são mediados pelo PTHR1, enquanto a importância fisiológica do PTHR2 e do PTHR3 ainda não foi bem esclarecida. Ações do PTH: Tecido Ósseo: o PTH tem várias ações sobre os ossos, sendo elas diretas e indiretas. No Tecido Ósseo, os Receptores de PTH estão localizados nos Osteoblastos, e não nos Bianca Abreu- MD4 15 Osteoclastos. Inicial e transitoriamente, o PTH provoca um aumento na Formação Óssea por meio da ação direta sobre os Osteoblastos (essa breve ação é a base para a utilização de PTH Sintético no tratamento de Osteoporose). Numa segunda ação, de longa duração, provoca-se o aumento da Reabsorção Óssea mediada pelos Osteoclastos. Essa ação sobre os Osteoclastos é indireta e mediada por Citocinas liberadas pelos Osteoclastos que, por sua vez, aumentam o número e a atividade dos Osteoclastos. Como isso ocorre? A ligação do PTH a seus Receptores nos Osteoblastos aumenta a produção local de RANK e diminui a secreção de Osteoprotegerina (OPG). Essas alterações então estimulam a diferenciação dos Osteoclastos, o que leva a maior Reabsorção Óssea e liberação de Ca+2 e PO4-2 no Líquido Extracelular; Rins: a Reabsorção de Ca+2 ocorre nos Túbulos Contorcidos Distais, já nos Túbulos Contorcidos Proximais ocorre principalmente por uma Via Paracelular, ou seja, nessa área não é regulada nem por hormônios nem por medicamentos. No Ramo Ascendente Espesso, o Ca+2 é absorvido por uma combinação das Vias Transcelular e Paracelular. O PTH regula o componente Transcelular Ativo, enquanto a Via Paracelular Passiva é determinada pela extensão da Reabsorção concomitante de sódio. Além disso, o PTH tem duas ações sobre os Rins: (1) inibe a Reabsorção de PO4-2 através da inibição do Cotransportador de Na+- Fosfato na MembranaLuminal das Células do Túbulo Contorcido Proximal, promovendo, dessa forma, Fosfatúria, ou seja, aumento da Excreção Renal de PO4-2, mecanismo denominado Ação Fosfatúrica do PTH. A excreção de PO4-2 possibilita o aumento da concentração plasmática de Ca+2 ionizado. (2) estimula a Reabsorção de Ca+2 nos Túbulos Contorcidos Distais e complementa o aumento da concentração plasmática de Ca+2 que resultou da combinação da Reabsorção Óssea com a Fosfatúria. Curiosidade! Nos Túbulos Contorcidos Distais, a absorção de Ca+2 é totalmente Transcelular e regulada pelo PTH, pela Vitamina D e pela Calcitonina; também pode ser afetada por fármacos poupadores de Ca+2, como os Diuréticos Tiazídicos. O PTH estimula a inserção e a abertura do Canal de Ca+2 Apical, facilitando a entrada de Ca+2 no interior celular. No interior da Célula Epitelial Tubular, o Ca+2 liga-se à Calbindina-D28K e, a seguir, difunde- se através da Membrana Basolateral. A Calbindina-D28K é uma proteína de ligação do cálcio dependente de vitamina D, encontrada no Citosol das Células que revestem a Parte Distal do Néfron. A Calbindina facilita a difusão Citosólica do Ca+2 dos locais de Influxo Apical para os de Efluxo Basolateral. Acredita-se que ela atue como Proteína de Transporte ou como Tampão para impedir uma elevação excessiva dos níveis de Ca+2 no Citosol. O transporte do Ca+2 da Célula ao Espaço Intersticial é mediado por um Trocador Na+Ca+2 e por uma Ca+2-Adenosina-Trifosfatase. Intestino Delgado: o PTH não possui ações diretas sobre o Intestino Delgado, mas, indiretamente, estimula a Absorção Intestinal de Ca+2 pela ativação da Vitamina D. O PTH estimula a 1α-Hidroxilase Renal, a Enzima que converte 25Hidroxicolecalciferol à forma Bianca Abreu- MD4 16 ativa, 1,25-Di-Didroxicolecalciferol, que, por sua vez, estimula a Absorção Intestinal de Ca+2. Ocorre em duas formas principais, a Primária e a Secundária, e, menos comumente, como Hiperparatireoidismo Terciário. A primeira condição representa uma Produção Excessiva Autônoma e Espontânea de PTH, enquanto as duas últimas ocorrem como Fenômeno Secundário em pacientes com Insuficiência Renal Crônica. Hiperparatiroidismo Primário: é um Distúrbio Endócrino comum e constitui importante causa de Hipercalcemia. É mais comumente causado por Adenomas da Paratireoide (85% a 95% dos casos), que secretam quantidades excessivas de PTH, seguido por Hiperplasia Primária, sendo Nodular ou Difusa (5% a 10% dos casos) e, em 1% dos casos, derivada de Carcinoma Paratireoideano. As consequências dessa condição são: aumento dos níveis circulantes de PTH, Hipercalcemia e Hipofosfatemia. A Hipercalcemia é derivada do aumento da Reabsorção Óssea, da Reabsorção Renal de Ca+2 e da Absorção Intestinal de Ca+2. A Hipofosfatemia resulta da diminuição da Reabsorção Renal de PO4-2 e da Fosfatúria. Diz-se que as pessoas com Hiperparatireoidismo Primário têm “Cálculos Renais”, “Ossos Doloridos”, “Gemidos Gastrointestinais” e “Lamentos Psíquicos” - sendo os Cálculos Renais decorrentes de Hipercalciúria, Ossos Doloridos decorrentes do aumento da Reabsorção Óssea (Osteoporose) ou da Osteíte Fibrose Cística –deposição de Tecido Fibroso na Medula Óssea-; Gemidos decorrentes da Obstipação, Náusea, Úlceras Pépticas, Pancreatite e Cálculos Biliares; e Lamentos Psíquicos derivados de alterações do Sistema Nervoso Central, incluindo Depressão, Letargia e Convulsões. O tratamento do Hiperparatireoidismo Primário, em geral, é a Paratireoidectomia (Remoção Cirúrgica das Glândulas Paratireoides). Correlação Clínica: Hipercalciúria e Litíase Renal: a presença de Hipercalciúria pode parecer surpreendente, uma vez que o efeito do PTH sobre o Túbulo Renal é de aumentar a Reabsorção de Ca+2, diminuindo, portanto, a Excreção Renal de Ca+2. Entretanto, a alta concentração plasmática de Ca+2 (Hipercalcemia) resulta em alta carga filtrada de Ca+2, o que supera a capacidade de Reabsorção do Néfron, logo, o Ca+2 que não é Reabsorvido é eliminado na Urina. A Litíase Renal, então, resulta da possibilidade do Ca+2 se precipitar sob a forma de Oxalato de Cálcio ou Fosfato de Cálcio. Hiperparatiroidismo Secundário: é provocado por qualquer condição associada a uma Depressão Crônica do nível sérico de Ca+2, uma vez que a Hipocalcemia constitui um fator importante para a Hiperatividade Compensatória das Paratireoides. A Insuficiência Renal é, de longe, a causa Bianca Abreu- MD4 17 mais comum de Hiperparatiroidismo Secundário. A Insuficiência Renal Crônica está associada a uma redução da Excreção de PO4-2, o que, por sua vez, resulta em Hiperfosfatemia. Os níveis séricos elevados de Fosfato deprimem diretamente os níveis séricos de Cálcio, estimulando, assim, a atividade da Glândula Tireoide. Além disso, a perda da Massa Renal reduz a disponibilidade da Enzima a1- Hidroxilase, necessária para a síntese de forma ativa da Vitamina D, o que, por sua vez, reduz a Absorção Intestinal de Ca+2. Curiosidade! Balanço de Fosfato na IRC: para agravar ainda mais a situação, os pacientes portadores de IRC e, especialmente aqueles dependente de Diálise Crônica apresentam grande retenção de Fosfato, pois a Taxa de Excreção desse íon é proporcional ao Ritmo de Filtração Glomerular e, também, porque a sua Absorção Intestinal é muito menos dependente de Vitamina D do que a de Ca+2. A elevação dos Níveis Séricos de Fosfato aumenta o produto Fosfato de Cálcio [Ca3(PO4)2)] acima do nível crítico de 70mg/dL, o que provoca uma queda na concentração de Ca+2 livre, estimulando, ainda mais, a Secreção de PTH e agravando o Hiperparatiroidismo. É uma Disfunção Endócrina bem menos comum que o Hiperparatiroidismo. As principais causas de Hipoparatireoidismo são: (1) Hipoparatiroidismo Cirurgicamente Induzido –consiste na remoção cirúrgica inadvertida das Paratireoides durante a Tireoidectomia ou outras dissecações cirúrgicas no Pescoço-; (2) Ausência Congênita -ocorre em conjunção com a Aplasia do Timo (síndrome de Di George) e Defeitos Cardíacos Secundários a Deleções no Cromossomo 22q11; e (3) Hipoparatiroidismo Autoimune, é uma síndrome de Deficiência Poliglandular Hereditária proveniente de Autoanticorpos contra múltiplos Órgãos Endócrinos (Paratireoides, Tireoide, Suprarrenais e Pâncreas), sendo as duas últimas menos comuns. Nessa condição, a concentração sérica de PO4-2 está aumentada; enquanto a de Ca+2 está diminuída. Além disso, ocorrem baixos níveis circulantes de PTH. A Hipocalcemia resulta da diminuição da Reabsorção Óssea, da diminuição da Reabsorção Renal de Ca+2 e da diminuição da Absorção Intestinal de Ca+2. A Hiperfosfatemia resulta do aumento da Reabsorção de Fosfato. Esse distúrbio, geralmente, é tratado com a combinação de suplemento oral de Ca+2 e a forma ativa da Vitamina D, 1,25-dihidroxicolecalciferol. Como consequência, os ossos se tornam mais densos e mineralizados, o paciente pode apresentar Tetania, Câimbras, Espasmos, etc. Correlação Clínica 1- Sinal de Chvostek: consiste na presença de Espasmos dos Músculos Faciais em resposta à percussão do Nervo Facial na Região Zigomática. É indicativo de Tetania, observado na Hipocalcemia. Correlação Clínica 2- Sinal de Trousseau: consiste no Espasmo Carpopédico, manifestado pela Flexão dos Punhos e das Articulações Metacarpofalangeanas, que ocorre quando ocorre a insuflação do manguito para a aferição da Pressão Arterial. Bianca Abreu- MD4 18 Hormônio Peptídico de Cadeia Linear com 32 aminoácidos produzido pelas Células Parafoliculares ou também chamadas Células C da Glândula Tireoide, embora imunorreatividade para a Calcitonina possa ser observada, também, em outros tecidos, como: Pulmão, Timo, Adrenaise Sistema Nervoso Central. Isso explica o fato de ainda se encontrar níveis circulantes de Calcitonina em indivíduos Tireoidectomizados. As suas ações são opostas às do Paratormônio (PTH). A Calcitonina é importante durante o crescimento na Infância, quando uma Deposição Óssea líquida é necessária, e durante a Gestação e a Lactação, quando o corpo da mãe precisa de suprimento de Ca+2 para ela e para o seu filho. Síntese de Calcitonina: é sintetizada, inicialmente, sob a forma de um Pré-Pró- Hormônio e, em seguida, sofre um processamento enzimático no Retículo Endoplasmático Rugoso, com a liberação de Fragmentos Carboxi e Aminoterminais, originando o Pró-Hormônio. Em seguida, é modificada no Complexo de Golgi gerando a forma madura de 32 aminoácidos, o Hormônio Final. A Calcitonina, por sua vez, é empacotada em Grânulos Citoplasmáticos Secretórios para posterior liberação. Sua síntese é determinada a partir do gene localizado no Cromossomo 11. Controle da Secreção de Calcitonina: o principal estímulo para a secreção de Calcitonina é a elevação aguda da Calcemia. Quando os níveis de Ca+2 se elevam agudamente no sangue, ocorre elevação proporcional das concentrações de Calcitonina circulantes. Esta é a base do teste de estímulo utilizada na prática clínica para a detecção do Carcinoma de Células C, denominado Carcinoma Medular de Tireoide. Além desse, outras duas vi-as estão envolvidas com o controle da secreção aguda de Calcitonina, totalizando, então, três vias: Hipercalcemia: as Células Parafoliculares da Tireoide são sensíveis a pequenas variações da concentração de Ca+2 sérica, mesmo que dentro dos limites fisiológicos, que são transmitidas ao interior das células através de Canais de Ca+2 Dependentes de Voltagem, bem como pelo aumento do K+ extracelular, ambos acarretando em Despolarização da Célula Parafolicular e consequente Exocitose dos Grânulos de Calcitonina. AMPcíclico: alguns Peptídeos Secretagogos (Glucagon, GHRH, Histamina, PGE2, Gastrina, etc.) ou Contrarreguladores (como a Somatostatina), ligam-se a Receptores presentes na membrana das Células C, Acoplados à Proteína Gs, aumentando ou diminuindo os níveis de AMPcíclico intracelular, por meio da ativação da Enzima Adenilato Ciclase. A geração de AMPcíclico causa a ativação da Proteína Quinase A (PKA), a qual aumenta a Exocitose dos grânulos de Calcitonina e atua no Núcleo Celular, aumentando a expressão do gene da Calcitonina e de seu RNAm específico; Metabolismo de Fosfatidilinositois: a terceira e última via da secreção e síntese de Calcitonina se faz por meio do Metabolismo de Fosfatidilinositois Bianca Abreu- MD4 19 presentes na Membrana Celular. O PIP2, principal Fosfatidilinositol, localiza-se na membrana das Células C e, sob ação da Fosfolipase C, ativada a partir de um Receptor Acoplado à Proteína Gq, é hidrolisado em IP3 e DAG. O DAG, por sua vez, ativa a Proteína Quinase C (PKC) presente no Citoplasma, desencadeando uma série de reações que culminam no aumento da secreção de Peptídeos e efeitos sobre a Proliferação Celular. O IP3, por outro lado, promove o aumento dos níveis citoplasmáticos de Ca+2 a partir dos Compartimentos Intracelulares, levando à Fosforilação de Proteínas por Quinases Proteicas Dependentes de Ca+2, causando a Exocitose dos Grânulos de Calcitonina. Ações da Calcitonina: o principal efeito da Calcitonina é o de reduzir os níveis circulantes de Ca+2 e PO4-2, o que se dá, principalmente, por uma inibição da saída destes minerais do Tecido Ósseo. As ações biológicas da Calcitonina se fazem por meio da ligação desta aos seus Receptores Específicos Acoplados à Proteína Gs nas Células-Alvo, que ativa a Enzima Adenilato Ciclase e, assim, aumenta os níveis intracelulares de AMPcíclico. Tecido Ósseo: no Tecido Ósseo, os Receptores de Calcitonina estão presentes nos Osteoclastos e em Células do Estroma da Medula Óssea, inibindo a Reabsorção Óssea e induzindo a modificações na morfologia dos Osteoclastos, reduzindo sua característica de Borda em Escova necessária para a Atividade Osteoclástica. Todas as alterações induzidas pelo PTH ou outros agentes (Prostaglandinas, Vitamina D, AMPc, etc.), tais como: mudanças da Atividade Lisossômica, liberação de minerais e degradação do Colágeno, são abolidas na presença de Calcitonina. Entretanto, é comprovado o aparecimento de um Fenômeno de Escape/Resistência dos Osteoclastos e Células Do Estroma Medular em relação às ações da Calcitonina, atribuído a uma Regulação para Baixo/Down Regulation de Receptores que diminui sua sensibilidade ao Hormônio, acompanhado do desenvolvimento de linhagens de Osteoclastos resistentes à sua ação. Rins: Receptores Específicos de Calcitonina também são expressos nos Rins, especificamente no Segmento Ascendente da Alça de Henle, no Trecho Final do Túbulo Contorcido Distal e na Porção Cortical do Ducto Coletor. A ativação desses Receptores provoca a elevação dos níveis de AMPcíclico por meio da Enzima Adenilato Ciclase Renal. As ações biológicas da Calcitonina nos Rins ainda permanecem desconhecidas, pois de um lado esse Hormônio possui a capacidade de estimular a Enzima 1-α-Hidroxilase, aumentando a produção de 1,25-Di- Hidroxivitamina D (que aumenta a Absorção Intestinal de Ca+2, estimulando ainda mais a secreção de Calcitonina); por outro lado, ocorre uma ação supressiva do Calcitriol sobre a síntese de Calcitonina, atuando direta- mente sobre as Células C. Correlação Clínica- Doença de Paget: o Receptor da Calcitonina está intimamente relacionado ao Receptor do PTH/PTHrP. Mas, diferentemente do Receptor do PTH/PTHrP, o Receptor da Calcitonina está expresso nos Oste-oclastos. A Calcitonina age rápida e diretamente sobre os Osteoclastos interrompendo a Reabsorção Óssea. A Doença de Paget é caracterizada por uma Renovação Óssea excessiva regida por Osteoclastos grandes e bizarros. Bianca Abreu- MD4 20
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