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RESUMÃO - SINUSITE

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A rinossinusite aguda (RSA) é definida 
como inflamação sintomática da cavidade 
nasal e seios paranasais com duração infe-
rior a quatro semanas. O termo “rinossinusite” 
é preferido a “sinusite”, uma vez que a infla-
mação dos seios da face raramente ocorre 
sem a inflamação simultânea da mucosa na-
sal. Em geral, a rinossinusite pode ser divi-
dida em rinossinusite aguda (RSA), que é in-
fecciosa por natureza, e rinossinusite crônica 
(RSC), considerada multifatorial. Além das 
duas, inclui-se a rinossinusite subaguda 
(RSSA), que tem características das RSAs, 
mas por um período mais prolongado. 
A rinossinusite viral é a mais preva-
lente, e estima-se que o adulto tenha em mé-
dia 2 a 5 resfriados por ano, e a criança, 
seis a dez. Entretanto, essa incidência é di-
fícil de ser estabelecida corretamente, pois 
a maioria das pessoas os resolve sem pro-
curar assistência médica. Desses episódios 
virais, 0,5 a 10% evoluem para infecções 
bacterianas, o que denota a alta prevalên-
cia dessa afecção na população geral. 
A sinusite pode ter origem infecciosa 
(viral, bacteriana ou fúngica) ou não infec-
ciosa (decorrente de mecanismos alérgicos, 
hormonal, medicamentosa, vasomotora, idio-
pática, entre outras). Mais comumente a eti-
ologia é infecciosa e viral, sendo o trata-
mento compatível com o do resfriado comum. 
Porém, a sinusite que gera maiores re-
percussões clínicas é a bacteriana. 
 
SINUSITE BACTERIANA 
A sinusite bacteriana, em 90% dos ca-
sos, começa após uma infecção de vias aé-
reas superiores (IVAS) por vírus (resfriado co-
mum ou gripe). Esta evolução ocorre priori-
tariamente em crianças: 
• Entre 4 e 7 anos; 
• Que frequentam creches; 
• Que possuem rinite alérgica ou sofrem ta-
bagismo passivo; 
• No período do outono e do inverno; 
 
 
As bactérias mais comumente relacio-
nadas ao acometimento dos seios da face 
são: 
• Streptococcus pneumoniae; 
• Moraxella catarrhalis; 
• Haemophilus influenzae não-tipável; 
• Outras: Staphylococcus aureus e bacté-
rias anaeróbias (quando há complica-
ções associadas); em imunocomprometi-
dos, é importante que se faça o diag-
nóstico diferencial com fungos, entre eles 
o aspergillus. 
 
 
 
Definidas como aquelas com duração <4 
semanas – representam a grande maioria 
dos casos. A maior parte dos diagnósticos é 
feita em ambulatório, e a doença ocorre 
principalmente como consequência de uma 
ITRS viral precedente. 
A distinção entre rinossinusite aguda 
bacteriana e viral com base apenas nos 
achados clínicos é difícil. Não surpreende, 
portanto, que se prescrevam antibióticos 
com tanta frequência (85-98% dos casos) 
para essa doença. 
 
Caracterizada por sintomas de inflamação 
sinusal com duração >12 semanas. A do-
ença está mais comumente associada a 
bactérias ou fungos, e, na maioria dos casos, 
é muito difícil obter a cura clínica. Muitos 
desses pacientes já receberam várias pres-
crições de antibióticos e tiveram os seios 
paranasais operados diversas vezes, fatores 
que aumentam os riscos de colonização por 
patógenos resistentes a antibióticos e com-
plicações cirúrgicas. 
 
 
A sinusite bacteriana, na maioria das 
vezes, é precedida por uma infecção viral. 
Isso ocorre porque o vírus leva à disfunção 
ciliar, que predispõe ao espessamento do 
muco. Ademais, a inflamação gerada em 
torno do óstio do seio paranasal, culmina na 
sua obstrução e, consequentemente, no 
acúmulo de secreção dentro destes seios. 
Dessa forma, estando a função ciliar com-
prometida, o muco espesso e preso dentro 
do seio paranasal, este se torna um ambi-
ente bastante propício para a proliferação 
bacteriana. 
 
A suspeita de sinusite bacteriana é le-
vantada quando: 
• Os sintomas persistem mais de 10 dias; 
• Há uma piora da evolução (os sintomas 
começam fracos, por volta do terceiro 
dia melhora, mas no 5º dia há uma piora 
considerável: febre aumenta, a coriza se 
intensifica e a tosse fica mais produtiva); 
• Os sintomas iniciais já são graves (febre 
≥39ºC com coriza nasal purulenta (ama-
relo-esverdeada) por 3 dias consecuti-
vos ou mais). 
 
 
 
SINUSITE VIRAL 
Maioria das infecções virais não complica-
das - não apresenta febre. Quando febre 
presente → no início da doença, combinada 
a outros sintomas, como mialgia e cefaleia. 
A febre e sintomas sistêmicos normalmente se 
resolvem no período de 24-48 horas → após 
isso sintomas do trato respiratório se tornam 
mais proeminentes Infecções virais não com-
plicadas. Sintomas atingem o auge entre o 
3º e o 6º dia e se resolvem até o 10º dia. 
 
SINUSITE BACTERIANA 
Aguda → sintomas: febre, corrimento nasal 
purulento acompanhado por obstrução na-
sal, dor/pressão/congestão facial, dor de 
dente. Persistem por 10 dias sem melhora 
desde o início dos sintomas. Pode ocorrer 
também depois de uma infecção viral do 
trato respiratório superior → manifestação 
repentina de agravamento dos sintomas de-
pois que os sintomas típicos das vias aéreas 
superiores melhoram (5-6 dias). 
 
O diagnóstico da sinusite bacteriana 
é essencialmente clínico. O diagnóstico 
deve ser feito com base em critérios clínicos 
em crianças que apresentem sintomas de 
vias aéreas superiores que sejam persistentes 
ou graves. 
Os exames de imagens não são ne-
cessários para confirmar a existência de SBA 
em crianças menores de 6 anos de idade. 
A tomografia computadorizada dos 
seios da face deve ser reservada para pa-
cientes candidatos à cirurgia, com suspeita 
de infecção envolvendo a órbita ou o sis-
tema nervoso central e para pacientes que, 
com sinusite recorrente ou persistente que 
não responde à terapia. 
Não se deve solicitar radiografia de 
seios da face de rotina, porque a criança 
que tem um resfriado comum pode ter alte-
rações na radiografia dos seios paranasais, 
sem necessariamente ter sinusite. A TC de 
seios da face, por sua vez, só deve ser soli-
citada em 2 situações: 
• Suspeita de complicações; 
• Infecção persistente ou recorrente, 
sem melhora com antibioticoterapia 
adequada. 
 
O tratamento da sinusite bacteriana 
consiste na antibioticoterapia e em medidas 
adjuvantes. A antibioticoterapia pode ser 
realizada com uma das seguintes opções: 
• Amoxicilina; 
• Amoxicilina-clavulanato; 
• Axetil-cefuroxima. 
 
As duas últimas opções devem ser uti-
lizadas quando se supõe que haja resistên-
cia bacteriana. Caso contrário, a amoxici-
lina é a primeira e mais eficiente opção. Para 
todas as opções, a duração da antibioti-
coterapia deve ser de 10 dias. 
Porém, quando o critério diagnóstico 
de sinusite bacteriana é o de persistência 
dos sintomas por mais de 10 dias, não é ne-
cessário iniciar a antibioticoterapia imedia-
tamente. Espera-se mais 3 dias, se neste pe-
ríodo não houver melhora com inalação e 
com lavagem nasal com soro fisiológico, há 
indicação formal da prescrição de antibió-
tico. Para os demais critérios, a prescrição 
de antibiótico é imediata. 
Cerca de 90% dos casos de sinusite 
aguda são de origem viral. Antibióticos ge-
ralmente são prescritos para pacientes que 
apresentam sintomas de sinusite aguda. 
A Infectious Diseases Society of Ame-
rica (IDSA) recomenda: 
• Antibióticos somente em pacientes 
com 3-4 dias de sintomas severos (fe-
bre, secreção purulenta e dor facial). 
• Agravamento dos sintomas que inici-
almente demonstravam melhora. 
• Ausência de melhora depois de 10 
dias de tratamento dos sintomas. 
• Terapia antimicrobiana de primeira li-
nha: Amoxicilina com clavulanato e a 
doxiciclina; 
• Terapia de segunda linha: Amoxicilina 
+ clavulanato ou a doxiciclina em do-
sagem mais elevada. 
 
Fluoroquinolonas devem ser reserva-
das para pacientes que não respondem à 
terapia inicial ou àqueles com histórico de 
alergia à penicilina e como terapia de se-
gunda linha para pacientes com alto risco 
de resistência bacteriana. Macrolídeos → tri-
metoprima + sulfametoxazol e as cefalospo-
rinas de segunda e terceira gerações dei-
xaram de ser recomendados por causa da 
resistência bacteriana. 
 
MEDIDAS ADJUVANTES 
Entreas medidas adjuvantes que ci-
entificamente auxiliam no combate à sinusite 
bacteriana estão: 
• Lavagem nasal com soro fisiológico – re-
alizar, ao menos, 6 vezes por dia. Atua 
ajudando a drenar a secreção; 
• Corticoide nasal – reduz inflamação ao 
redor do óstio do seio paranasal, redu-
zindo a obstrução e favorecendo a dre-
nagem da secreção. 
 
 
 
 
 
 
KASPER, Dennis L; HAUSER, Stephen L; JAMESON, J Larry; FAUCI, Anthony S; LONGO, Dan L; 
LOSCALZO, Joseph. Medicina interna de Harrison. 19ª Ed. Porto Alegre: Mc Graw-Hill, 2017 
 
SanarFlix. Sanarflix.com.br. Disponível em: <https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-
aula/5daa86414340d20011fb25a5/5daa84cb4340d20011fb25a0/docu-
mento/5eb0920075fcd6001c9aa0af>. Acesso em: 25 Apr. 2021.

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