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Relatório do documentário Relações do serviço social no Brasil

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INTRODUÇÃO
A história do Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930. Nesse período, o país passava por um período turbulento, com diversas manifestações da classe trabalhadora, que reivindicava por melhores condições de trabalho e justiça social. Com a pressão, o governo decide controlá-la através da criação de organismos normalizadores e disciplinares das relações de trabalho, como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Nesse período, a Igreja passou a oferecer uma formação específica para moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais. Assim, surgiu em 1936 a primeira Escola de Serviço Social, em São Paulo, coordenada por Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiehl, ambas sócias do Centro de Estudos de Ação Social, vinculado a Igreja Católica.
RELAÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil no século passado. Essas transformações influenciam a sociedade e as instituições que se instalaram e vem se instalando durante esse processo, contudo a Igreja Católica tem um papel fundamental na formação dos assistentes sociais, pois ela passava a investir neste agente social formando-o de acordo com sua doutrina e ideologia.
A igreja passa a investir neste agente a partir do momento que precisa resgatar e defender seus interesses, tenta reintegrar-se com influência na sociedade na intenção de mobilizar e resgatar à opinião pública. A igreja pretende, neste momento, recuperar o controle social.
O serviço social então se torna algo especializado a ações públicas e ações religiosas, ou seja, o objetivo é ingressar no meio social e transformar seus pensamentos para benefício material, ideológico e político.
A intenção da igreja é que o serviço social seja visto como fortaleza caridosa, assistencial e componente modernizador. Para atrair populações pobres, mudar sua ideologia e obter efeitos políticos. Porém a igreja buscando o enquadramento social faz aliança com fascismo nacional (partido de direita) na luta contra o socialismo.
Os primeiros grupos de assistentes sociais do Brasil são percebidos em São Paulo e no Rio de janeiro e são observados com características católica-europeias. 
Sua formação e atuação são sempre através de mulheres, ocasionalmente freiras, eram chamadas de moças ou senhoras da sociedade e atuavam na pobreza extrema. Em São Paulo, destaca-se um movimento feminino que busca rever sua posição no meio político.
Após uma mudança política, em tornar o estado Laico, ou seja, sem intervenção religiosa trouxe um desafio aos assistentes sociais, deviam se reorganizar e se adaptar à nova realidade começando nas escolas de serviço social, se tornando ainda mais técnicos, íntegros, morais e com sentimento de amor ao próximo sendo guiados pelas injustiças sociais.
Então a formação do assistente social se dividiu em quatro produções principais: 
1. Científica: baseada na vida do homem, física, econômica, moral, social e científica; 
2. Técnica: preparação para combater os males sociais, formas de assistência e atuação no meio social; 
3. Moral: verdadeira forma de agir no meio coletivo ou individual, criando um senso de justiça; 
4. Doutrinária: agir com perseverança na mudança das classes menos favorecidas, enfrentar com objetividade a realidade. 
O investimento do corpo docente, foi caracterizado por religiosos com formação no exterior onde os mesmos traziam experiências da Europa. Porém o serviço social dos EUA dá um salto criando um congresso interamericano realizado em Atlantic City. Onde as escolas brasileiras passam a partir de 1941 a trocar informações e experiências com os norte Americanos que já tinham programas de bem-estar social. A associação brasileira de serviço social passa a homogeneizar o ensino.
Como o meio de produção era capitalista, os grandes detentores do capital passaram a explorar a sociedade sem intervenção da igreja, forçando as lutas de classes e mudanças na sociedade. 
O assistente social tem papel fundamental nestas mudanças, no ajustamento social e político das classes desfavorecidas. A vocação do Assistente social é servir ao próximo usando dos meios necessários para o bem-estar social. 
Os donos do capital e o Estado observando essa caraterísticas do assistente social vão tentar utilizar políticas públicas para benefício próprio.
CONCLUSÃO
É notório a necessidade do assistente social no seio da sociedade, pois percebemos que os grandes detentores de capital e poder, pouco se preocupam com o bem-estar dos trabalhadores que os fornece mão de obra, apenas exploram e em troca oferecem o seu salário que não corresponde ao lucro beneficiado aos mesmos. Por isso, o assistente social está neste intermédio pois devido ao conflito de interesses é gerado lutas de classes.
Baseado na gênese do serviço social podemos perceber que os problemas sociais só podem ser resolvidos por meio de uma certa intervenção, podendo ser leve como uma reclamação até uma pesada como uma revolução. O papel do assistente social está implicitamente ligado a não intervenção do atrito entre as classes dominantes e as classes menos favorecidas, através dos meios disponíveis, naquela época as leis não beneficiavam, não existiam políticas públicas. 
Atualmente o assistente social utiliza de políticas públicas (leis) para aplicar seu trabalho, porém pode-se tirar proveito do contexto histórico para avaliar o bom senso, bem-estar comum, o senso de justiça e as atividades assistencialistas dos pioneiros.

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