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pdf-189025-Aula 01-LIMPAkcurso-10745-aula-01-v1

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RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS
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RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS
Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-PR 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Paulo Guimarães – Aula 01 
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1. DIREITO À VIDA E À SAÚDE 
 
Nos arts. 7o a 14 menciona-se o direito à vida e à saúde, e 
os primeiros dispositivos tratam do direito ao nascimento sadio e 
harmonioso, bem como das garantias oferecidas à gestante em termos de 
atendimento, por meio do Sistema Único de Saúde. Vejamos os 
dispositivos mais importantes. 
 
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de 
Saúde, o atendimento pré e perinatal. 
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de 
atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos 
princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. 
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo 
médico que a acompanhou na fase pré-natal. 
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e 
à nutriz que dele necessitem. 
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência 
psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive 
como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado 
puerperal. 
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também 
prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar 
seus filhos para adoção. 
 
Quero chamar sua atenção especialmente para a regra do 
§4º. O objetivo da norma é identificar e tratar, com a devida 
antecedência, casos de gestantes e mães que, por apresentarem 
distúrbios de ordem psicológica, que acabam por rejeitar seus filhos e, em 
situações extremas, podem levar a seu abandono e mesmo à prática de 
infanticídio, que é um crime, previsto no art. 123 do Código Penal, 
cometido pela mãe em estado puerperal. 
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Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores 
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos 
filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. 
 
O aleitamento materno, cujos benefícios para as crianças 
são enormes e não precisam nem ser comentados, deve ser estimulado, 
através de campanhas de orientação, diretriz prevista pelo próprio ECA 
em seu art. 129. 
Além disso, a Consolidação das Leis do Trabalho prevê que os 
estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 mulheres com mais 
de 16 anos de idade, deverão ter local apropriado onde seja permitido às 
empregadas guardar sob vigilância os seus filhos no período de 
amamentação. Essa exigência também pode ser suprida por meio de 
creches, mantidas diretamente pela empresa ou mediante convênios com 
outras entidades públicas ou privadas, em regime comunitário, ou a cargo 
dos serviços sociais autônomos ou de entidades sindicais. 
 
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde 
de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: 
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de 
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; 
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua 
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo 
de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa 
competente; 
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de 
anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar 
orientação aos pais; 
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem 
necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do 
neonato; 
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V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a 
permanência junto à mãe. 
 
O correto e rigoroso registro dos procedimentos desenvolvidos 
nos hospitais, bem como a identificação dos bebês recém-nascidos são 
muito importantes, pois evitam que haja trocas e desaparecimento de 
crianças. 
Os procedimentos determinados pelo dispositivo deverão ser 
cumpridos por todos os estabelecimentos hospitalares, sejam eles 
públicos ou privados. 
Há dispositivos no ECA que criminalizam a conduta de quem 
não observa esses preceitos. Veja o que dizem os arts. 228 e 229 do ECA, 
que tratam dos crimes. 
 
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de 
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro 
das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10 
desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por 
ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as 
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
 
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de 
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar 
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como 
deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
 
Quanto à saúde da criança e do adolescente, o ECA determina 
que, caso seja necessário interna-los para tratamento de saúde, os 
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estabelecimentos deverão proporcionar condições para a permanência 
em tempo integral de um dos pais ou responsável. 
Caso o estabelecimento médico conclua que houve maus 
tratos contra a criança ou o adolescente, deve comunicar o fato ao 
Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. 
Há também previsão de penalização para o médico ou 
professor que tomar conhecimento da ocorrência de maus tratos e não 
fizer a comunicação, mas dessa vez não se trata de crime, e sim de 
infração administrativa. 
 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por 
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola 
ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha 
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos 
contra criança ou adolescente: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
 
Caso o médico, professor ou responsável por estabelecimento 
de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche tome 
conhecimento ou suspeite da ocorrência de maus tratos, deve comunicar 
à autoridade competente. 
 
Na realidade, podemos dizer que qualquer pessoa que tenha 
conhecimento da ocorrência de maus tratos contra criança ou adolescente 
tem a obrigação de comunicar o fato às autoridades competentes. Já 
houve julgados que enquadraram a omissão na conduta criminosa de 
omissão de socorro, tipificada pelo art. 135 do Código Penal. 
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Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos 
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao 
Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras 
providências legais. 
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse 
em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamenteencaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. 
 
A simples suspeita de maus-tratos (termo que deve ser 
interpretado de forma ampliativa, compreendendo a violência, em todas 
as suas formas e/ou o abuso sexual) já torna a comunicação obrigatória. 
A omissão da comunicação importa em infração administrativa, prevista 
no art. 245. 
Quanto ao parágrafo único, o objetivo do legislador foi coibir 
práticas ilegais, abusivas e mesmo criminosas, como a “adoção à 
brasileira” (registro de filho adotivo como se fosse natural) e a entrega de 
filho mediante pagamento. 
As gestantes que manifestam interesse em entregar seus 
filhos para adoção devem receber a devida orientação psicológica e 
também jurídica, de modo que a criança tenha sua paternidade 
identificada lhe sejam asseguradas condições de permanência junto à 
família de origem ou, se isto por qualquer razão não for possível, seja 
então encaminhada para adoção legal, junto a pessoas ou casais 
habilitados e cadastrados junto ao Poder Judiciário. 
 
 
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2. DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE 
 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, 
ressalvadas as restrições legais; 
II - opinião e expressão; 
III - crença e culto religioso; 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
VI - participar da vida política, na forma da lei; 
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
 
Embora a religiosidade e a espiritualidade se constituam 
em valores positivos, que mereçam ser cultivados, não é admissível que a 
religião seja o foco central das atividades desenvolvidas com crianças e 
adolescentes em situação de risco ou cumprindo medidas socioeducativas, 
muito menos que determinada crença ou culto religioso seja imposto às 
crianças, adolescentes e famílias atendidas por determinada entidade, 
ainda que seja esta vinculada a alguma instituição religiosa. 
A privação do direito à liberdade importa em maus tratos e o 
responsável ser punido com perda da guarda, destituição da tutela ou 
suspensão ou destituição do poder familiar. Além disso, há a previsão de 
infração administrativa: 
 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes 
ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim 
determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
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Um dos direitos mais elementares de todas as crianças e 
adolescentes é o de ter, próximo de si, um adulto responsável por sua 
orientação, estabelecendo regras e limites, corrigindo eventuais desvios, 
dando bons exemplos, enfim, educando. 
O ECA determina ainda que é dever de todos prevenir a 
ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do 
adolescente. 
Além disso, também é direito da criança e do adolescente ter 
acesso à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e 
produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa 
em desenvolvimento. 
O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da 
integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, 
abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos 
valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
A divulgação da imagem ou de informações de criança ou 
adolescente que tenha cometido ato infracional não é permitida. Quem o 
faz comete infração administrativa, prevista no art. 247 do ECA. 
 
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, 
por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de 
procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou 
adolescente a que se atribua ato infracional: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, 
fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou 
qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam 
atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente. 
 
Quanto ao direito à dignidade, o ECA determina que é dever 
de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a 
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salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, 
vexatório ou constrangedor. 
A conduta de quem expõe criança ou adolescente a vexame 
ou constrangimento constitui crime, tipificado pelo art. 232. 
 
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, 
guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
 
Em 2014 foram também incluídos novos dispositivos no ECA, 
que tratam da aplicação de castigo físico. O Estatuto agora estabelece 
que as crianças e adolescentes têm o direito de ser educados e cuidados 
sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante. 
Chamo sua atenção em primeiro lugar para as definições do 
aer. 18-A, e em segundo lugar para as medidas que podem ser adotadas 
em relação aos pais, familiares ou responsáveis que utilizarem castigo 
físico ou tratamento cruel, previstas no art. 18-B. 
 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e 
cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou 
degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer 
outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos 
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas 
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, 
tratá-los, educá-los ou protegê-los. 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: 
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada 
com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte 
em: 
a) sofrimento físico; ou 
b) lesão; 
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II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de 
tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: 
a) humilhe; ou 
b) ameace gravemente; ou 
c) ridicularize. 
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os 
responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas 
ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, 
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou 
tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, 
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de 
outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de 
acordo com a gravidade do caso: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à 
família; 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V -advertência. 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas 
pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. 
 
3. DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
 
Grande parte do ECA trata do direito à convivência familiar 
e comunitária, com foco na criação e educação no seio da família natural 
ou da família substituta, quando for necessário. A convivência familiar e 
comunitária é considerada um direito fundamental. 
 
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada 
pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. 
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Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada 
aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade 
do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou 
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
 
Guarde bem as definições de família natural e de família 
ampliada. São conteúdos altamente “concursáveis”... ☺ 
 
 
FAMÍLIA NATURAL " comunidade formada pelos pais ou qualquer deles 
e seus descendentes. 
 
FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA " estende-se para além da unidade 
pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com 
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade 
e afetividade. 
 
Os filhos havidos fora do casamento e os adotados terão 
os mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas quaisquer 
designações discriminatórias. 
Os filhos gerados fora do casamento poderão ser reconhecidos 
pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, 
por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer 
que seja a origem da filiação. O reconhecimento do estado de filiação 
é um direito personalíssimo, indisponível e imprescritível. 
As crianças e os adolescentes estão sujeitos ao poder 
familiar, que deve ser exercido em igualdade de condições por pai e 
mãe, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, 
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recorrer à autoridade judiciária competente. 
O poder familiar envolve também o dever de sustento, mas 
o ECA é expresso no sentido de que a falta ou a carência de recursos 
materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do 
poder familiar. 
No ECA há a previsão de uma infração administrativa 
relacionada ao descumprimento dos deveres relacionados ao poder 
familiar. 
 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes 
ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim 
determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
Para encerrar esta parte, quero chamar sua atenção para uma 
regra incluída no ECA pela Lei nº 12.962/2014. 
 
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e 
educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família 
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente 
livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. 
[...] 
§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a 
mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas 
pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade 
responsável, independentemente de autorização judicial. 
 
A criança ou o adolescente tem direito à convivência com os 
pais. Essa é uma regra simples, mas o §4º, recentemente adicionado ao 
texto da norma, esclarece que esse direito deve ser exercido mesmo 
quando o pai ou mãe esteja privado de sua liberdade. 
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De forma semelhante, a nova redação do ECA determina que 
a condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do 
poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, 
sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha. 
 
 
A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a 
destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime 
doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha. 
 
 
3.1. Perda ou Suspensão do Poder Familiar 
 
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão 
decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos 
previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento 
injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22. 
 
O procedimento para a decretação da perda do poder familiar 
é regulamentado pelo ECA a partir do art. 155. Ele pode ser iniciado por 
iniciativa de membro do Ministério Público ou por outro interessado. 
A possibilidade de atuação na condição de interessado é 
reservada àqueles que a quem demonstrar legítimo interesse 
econômico ou moral, ou seja, serão pessoas efetiva ou potencialmente 
afetadas patrimonialmente ou moralmente pelo mau exercício do poder 
familiar, a exemplo de credores da criança ou do adolescente, ou de 
outros membros da família. 
 
 
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Art. 156. A petição inicial indicará: 
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; 
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e 
do requerido, dispensada a qualificação em se tratando de pedido 
formulado por representante do Ministério Público; 
III - a exposição sumária do fato e o pedido; 
IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde logo, o rol de 
testemunhas e documentos. 
 
Se a situação for grave, o magistrado pode, após ouvir o 
representante do Ministério Público, determinar a suspensão do poder 
familiar em sede de liminar, até o julgamento definitivo da causa, ficando 
a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de 
responsabilidade. 
A seguir, o requerido deverá ser citado para oferecer resposta 
escrita no prazo de 10 dias. A citação deve seguir as normas de Direito 
Processual Civil. 
Há ainda a possibilidade de o requerido solicitar que seja 
nomeado advogado dativo para elaborar sua defesa, caso não tenha 
condições de arcar com os custos da contratação de defensor. Nesse 
caso, o prazo para apresentação da resposta começará a correr apenas a 
partir da intimação do despacho de nomeação. 
 
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária dará vista 
dos autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for o 
requerente, designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento. 
 
Se a resposta não for apresentada, o juiz dará vista dos autos 
ao Ministério Público (exceto se este for o requerente) por 5 dias, e 
decidirá em igual prazo. 
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Em qualquer caso, será possível que o juiz determine, de 
ofício ou a requerimento das partes ou do MP, a realização de estudo 
social ou períciapor equipe interprofissional ou multidisciplinar. 
Na instrução também é possível que o juiz requisite elementos 
de prova que considerar necessários ao julgamento da causa, existentes 
em repartições públicas de todos os níveis. 
 
Art. 161, § 3o Se o pedido importar em modificação de guarda, 
será obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança ou 
adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de 
compreensão sobre as implicações da medida. 
 
Este é um dispositivo que pode aparecer na sua prova. O 
próprio ECA determina que a vontade da criança ou adolescente deve ser 
levada em consideração, num claro esforço pela humanização das 
crianças e adolescentes, que devem ser encarados como sujeitos de 
direito. 
 
 
Se o pedido importar em modificação de guarda, será 
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança ou 
adolescente na instrução do processo. 
 
A decisão será proferida na audiência, sendo possível que o 
juiz, excepcionalmente, determine data para sua leitura no prazo máximo 
de 5 dias. 
 
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Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 
120 (cento e vinte) dias. 
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a suspensão 
do poder familiar será averbada à margem do registro de nascimento 
da criança ou do adolescente. 
 
Acredito que este dispositivo também possa gerar uma boa 
questão de prova. É necessário que a perda do poder familiar seja 
anotada nos registros civis da criança ou adolescente, pois a certidão de 
nascimento comprova filiação e, em geral, é o documento apto a indicar 
o responsável pelo exercício das prerrogativas e deveres relacionadas ao 
poder familiar. 
 
3.2. Da Família Substituta 
 
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante 
guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da 
criança ou adolescente, nos termos desta Lei. 
 
A colocação de criança ou adolescente em família substituta 
é medida de proteção que visa beneficiar a estes, e não aos adultos que 
eventualmente a pleiteiem. Possui também um caráter excepcional, pois a 
preocupação primordial deve ser a manutenção da criança ou adolescente 
em sua família de origem. 
 
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será 
previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio 
de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da 
medida, e terá sua opinião devidamente considerada. 
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será 
necessário seu consentimento, colhido em audiência. 
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§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de 
parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou 
minorar as consequências decorrentes da medida. 
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou 
guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência 
de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a 
excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, 
evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. 
§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta 
será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, 
realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e 
da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis 
pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência 
familiar. 
§ 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou 
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda 
obrigatório: 
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e 
cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde 
que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos 
por esta Lei e pela Constituição Federal; 
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua 
comunidade ou junto a membros da mesma etnia; 
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal 
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes 
indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou 
multidisciplinar que irá acompanhar o caso. 
 
No caso de colocação de adolescente em família substituta 
não basta a oitiva deste, sendo necessário colher também o seu 
consentimento com a medida, que do contrário não poderá ser efetivada. 
A oitiva da criança ou adolescente que se pretende colocar em família 
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Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-PR 
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- Salvo expressa e fundamentada 
determinação em contrário, da autoridade 
judiciária competente, ou quando a medida 
for aplicada em preparação para adoção, o 
deferimento da guarda de criança ou 
adolescente a terceiros não impede o 
exercício do direito de visitas pelos pais, 
assim como o dever de prestar alimentos. 
 
A adoção é uma medida excepcional e irrevogável, à qual se 
deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da 
criança ou adolescente na família natural ou extensa. 
 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os 
mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de 
qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos 
matrimoniais. 
 
Hoje não há mais qualquer distinção entre o filho adotado e o 
natural. A adoção estabelece vínculo jurídico entre o adotante e o adotado 
da mesma natureza que o vínculo de quem gera filho biológico. 
Do outro lado, o vínculo do adotado com sua família biológica 
é dissolvido com a adoção, exceto no que tange aos impedimentos 
matrimoniais. O adotado, portanto, não pode casar-se, por exemplo, com 
sua irmã biológica. 
O ECA traz ainda requisitos para o adotante e para o 
adotando, resumidos no quadro esquemático abaixo: 
 
 
 
 
 
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adoção (embora, no início, a aproximação entre os mesmos possa ocorrer 
de forma gradativa), para que seja possível avaliar a conveniência da 
constituição do vínculo. 
É possível dispensar o estágio de convivência, em caráter 
excepcional, se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do 
adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a 
conveniência da constituição do vínculo, mas a simples guarda de fato 
não autoriza, por si só, a dispensa do estágio. 
Caso a adoção esteja sendo realizada por pessoa ou casal 
residente no exterior, o estágio de convivência deve durar pelo menos 30 
dias e ser cumprido em território nacional. 
A adoção será deferida por meio de sentença judicial, que será inscrita 
no registro civil por meio de mandado. Esse mesmo mandado cancelará o 
registro civil anterior do adotando. 
 
No que se refere à adoção, o ECA é bastante extenso, e por 
isso recomendo a leitura do trecho compreendido entre o art. 39 e o art. 
52-D. 
 
4. DIREITO À EDUCAÇÃO,À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER 
 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando 
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da 
cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - direito de ser respeitado por seus educadores; 
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às 
instâncias escolares superiores; 
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
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Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do 
processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas 
educacionais. 
 
O dispositivo traz alguns dos princípios que devem nortear a 
educação, reproduzindo em parte o enunciado do art. 205, da CF, que 
trata da matéria. A educação, portanto, não pode ser mero sinônimo de 
“ensino” das disciplinas tradicionais (português, matemática, história, 
geografia etc.), mas sim deve estar fundamentalmente voltada ao 
preparo para o exercício da cidadania, inclusive para o trabalho 
qualificado, através da aprendizagem/profissionalização e o ensino de 
seus direitos fundamentais. 
A educação é tarefa que não pode ficar circunscrita ao 
ambiente escolar, pois também é dever da família e da própria 
comunidade. Cabe ao Poder Público a articulação entre essas instâncias e 
a promoção da educação integral. 
O direito à permanência na escola (assim como os demais 
relacionados à educação), é assegurado tanto aos alunos da rede pública 
quanto particular de ensino, não mais sendo admissível a aplicação da 
“expulsão” do aluno a título de sanção disciplinar. Quanto à rede 
particular, o desligamento do aluno por inadimplência somente poderá 
ocorrer ao final do ano letivo ou, no ensino superior, ao final do semestre 
letivo quando a instituição adotar o regime didático semestral. 
 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a 
ele não tiveram acesso na idade própria; 
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino 
médio; 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; 
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IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis 
anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
adolescente trabalhador; 
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde. 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público 
subjetivo. 
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou 
sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsável, pela frequência à escola. 
 
A creche e a pré-escola são modalidades da chamada 
educação infantil, que como todos os demais níveis de ensino, 
constituem-se num “direito de todos”. Assim sendo, embora não haja a 
obrigatoriedade dos pais matricularem seus filhos em creche e pré-escola, 
é dever do Poder Público oferecer vagas para os que assim desejarem, 
sob pena de responsabilidade. 
 
Nesse sentido é bom conhecer um interessante julgado do 
STJ. 
 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA ARTIGOS 54 E 208 DO 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MATRÍCULA E 
FREQUÊNCIA DE MENORES DE ZERO A SEIS ANOS EM CRECHE DA 
REDE PÚBLICA MUNICIPAL. 1. O Estatuto da Criança e do Adolescente 
(Lei nº 8.069/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 
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9.394/96, art. 4º, IV) asseguram o atendimento de crianças de zero a 
seis anos em creches e pré-escolas da rede pública. 2. Compete à 
Administração Pública propiciar às crianças de zero a seis anos acesso ao 
atendimento público educacional e a frequência em creches, de forma 
que, estando jungida ao princípio da legalidade, é seu dever assegurar 
que tais serviços sejam prestados mediante rede própria. 3. ‘Consagrado 
por um lado o dever do Estado, revela-se, pelo outro ângulo, o direito 
subjetivo da criança. Consectariamente, em função do princípio da 
inafastabilidade da jurisdição consagrado constitucionalmente, a todo 
direito corresponde uma ação que o assegura, sendo certo que todas as 
crianças nas condições estipuladas pela lei encartam-se na esfera desse 
direito e podem exigi-lo em juízo’ (R.Esp. nº 575.280-SP, relator para o 
acórdão Ministro Luiz Fux, DJ de 25/10/2004). 
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus 
filhos ou pupilos na rede regular de ensino. 
 
Com a atual redação dada à Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (Lei nº 9.394/1996), a matrícula de crianças no ensino 
fundamental passou a ser obrigatória a partir dos 6 anos de idade, 
persistindo enquanto não concluído o ensino fundamental e não atingidos 
os 18 anos de idade. A falta de matrícula do filho ou pupilo, enquanto 
criança ou adolescente, no ensino fundamental configura ainda o crime de 
abandono intelectual, previsto no art. 246, do CP. 
Por determinação do Conselho Tutelar ou autoridade 
judiciária, pais ou responsável podem ser obrigados a matricular seus 
filhos ou pupilos e acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar 
também no ensino médio, sob pena da prática da infração administrativa 
prevista no art. 249, do ECA. 
 
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes 
ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim 
determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: 
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Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
Para cumprir esse mister, o ECA estabelece ainda obrigações 
aos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental. Estes devem 
comunicar ao Conselho Tutelar os casos de: 
a) Maus-tratos envolvendo seus alunos; 
b) Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, 
esgotados os recursos escolares; e 
c) Elevados níveis de repetência. 
 
 
5. DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO 
TRABALHO 
 
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de 
idade, salvo na condição de aprendiz. 
 
Conforme Emenda Constitucional nº 20/1998, que alterou art. 
7°, inciso XXXIII, da Constituição Federal, é proibido qualquer trabalho a 
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. 
Dessa forma, a idade mínima para o trabalho regular, constante do 
presente dispositivo, foi alterada de 14 para 16 anos. 
 
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O ECA proibia o trabalho de menores de 14 anos, exceto na 
condição de aprendiz, mas desde 1998 a Constituição Federal proíbe 
qualquer trabalho ao menor de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, 
a partir dos 14 anos de idade. 
 
A aprendizagem é definida pelo ECA como “a formação 
técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação 
de educação em vigor”. A proteção ao trabalho dos adolescentes deve ser 
regulada por legislação especial. Esse papel é cumprido pela própria CLT, 
que hoje traz normas específicas acerca dos contratos de aprendizagem. 
Ao adolescente aprendiz são assegurados os direitos 
trabalhistas e previdenciários. Além disso, a formação técnico-profissional 
deve obedecer aos seguintes princípios: 
a) Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino 
regular; 
b) Atividade compatível com o desenvolvimento do 
adolescente; 
c) Horário especial para o exercício das atividades. 
 
Para concluir as regras acerca do trabalho do adolescente, é 
importante também conhecer o conteúdo dos arts. 67 a 69: 
 
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de 
trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental 
ou não-governamental, é vedado trabalho: 
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as 
cinco horas do dia seguinte; 
II - perigoso, insalubre ou penoso; 
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III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu 
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; 
IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à 
escola. 
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, 
sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental 
sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe 
condições de capacitação para o exercício de atividade regular 
remunerada. 
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as 
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do 
educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. 
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado 
ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o 
caráter educativo. 
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção 
no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: 
I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; 
II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. 
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado 
trabalho protegido. 
 
Esta diretriz está alinhada à Política Nacional para a 
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, tratada pelo Decreto 
nº 3.298/1999. 
 
 
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Aqui se encerra a parte teórica da nossa aula. A seguir estão 
questões de concursos anteriores que tratam dos assuntos que 
estudamos hoje. Ao final, incluí a lista das questões sem os comentários. 
 
Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
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7. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. TJ-GO – Juiz Substituto – 2015 – FCC. De acordo com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, considera-se tratamento cruel ou degradante 
dispensado à criança aquele que a 
 
a) submete ao aleitamento materno no interior de presídio onde a mãe 
cumpre pena. 
b) submeta a tratamento a toxicômanos. 
c) proporcione castigo e sofrimento físico desnecessário. 
d) humilhe, ameace gravemente ou a ridicularize. 
e) prive da frequência ao ensino fundamental. 
 
COMENTÁRIOS: Esta questão cobra conhecimento do art. 18-A, que foi 
inserido no ECA em 2014. Segundo este dispositivo, considera-se 
tratamento cruel ou degradante a conduta ou forma cruel de tratamento 
em relação à criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente 
ou ridicularize. 
 
GABARITO: D 
 
 
2. TJ-MS – Juiz Substituto – 2015 – Vunesp. A colocação em família 
substituta, nos termos dos artigos 28 e seguintes do Estatuto da Criança 
e do Adolescente, far-se-á 
 
a) a partir da impossibilidade permanente – e não momentânea –, de a 
criança ou o adolescente permanecer junto à sua família natural e 
mediante três formas: guarda, tutela e adoção. 
b) mediante comprovação de nacionalidade brasileira do requerente. 
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c) mediante apreciação, em grau crescente de importância, de condições 
sociais e financeiras da família substituta e do grau de parentesco e da 
relação de afinidade e afetividade de seus integrantes. 
d) após realização de perícia por equipe multidisciplinar, que emitirá laudo 
com atenção ao estágio de desenvolvimento da criança e do adolescente 
e mediante seu consentimento sobre a medida, que condicionará a 
decisão do juiz. 
e) mediante o consentimento de maior de 12 (doze) anos de idade, 
colhido em audiência. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque a guarda, por 
exemplo (que é uma das formas de colocação em família substituta), é 
possível para suprir situações momentâneas (art. 33, § 2º). A alternativa 
B está incorreta porque é possível a colocação em família estrangeira, 
apesar de tratar-se de uma medida excepcional (art. 31). A alternativa C 
está incorreta porque deve ser levado em consideração o grau de 
parentesco e afinidade, mas não há esse escalonamento (art. 28, §3o). A 
alternativa D está incorreta porque nesse caso deve-se considerar a 
opinião da criança ou adolescente, mas não é necessário seu 
consentimento (art. 28, §1o). 
 
GABARITO: E 
 
 
3. TJDFT – Analista Judiciário – 2013 – Cespe. A adoção, forma de 
colocação da criança ou adolescente em família substituta, pode ocorrer 
com ou sem a anuência dos pais biológicos. 
 
COMENTÁRIOS: Em regra, o consentimento é necessário (art. 45), mas 
pode ser dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais 
sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar (§1º). 
 
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GABARITO: C 
 
 
4. TJ-RR – Agente de Proteção – 2012 – Cespe. A colocação da 
criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua 
preparação gradativa e terá acompanhamento posterior, realizados por 
equipe interprofissional a serviço da justiça da infância e da juventude. 
 
COMENTÁRIOS: A Lei n° 12.010/2009 incluiu o §5° ao art. 28 do ECA, 
com o seguinte teor: 
 
§ 5o A colocaçãoda criança ou adolescente em família substituta 
será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, 
realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e 
da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis 
pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência 
familiar. 
 
GABARITO: C 
 
 
5. TJ-ES – Comissário da Infância e da Juventude – 2011 – Cespe. 
Entende-se por família extensa ou ampliada aquela constituída também 
pelos parentes próximos, observados os vínculos de afinidade e 
afetividade, aspecto considerado no caso de colocação de criança ou 
adolescente em família substituta. 
 
COMENTÁRIOS: O ECA menciona a família extensa em algumas 
passagens, mas sua conceituação está no teor do art. 25. 
 
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Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos 
pais ou qualquer deles e seus descendentes. 
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada 
aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade 
do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou 
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
 
GABARITO: C 
 
 
6. MPU – Técnico – 2010 – Cespe. Suponha que um médico pediatra, 
ao atender um bebê em seu consultório, tenha verificado a presença de 
hematomas e equimoses característicos de maus-tratos e comunicado o 
fato imediatamente ao conselho tutelar da respectiva localidade. Nessa 
situação, o médico agiu de forma equivocada, visto que não cabe ao 
conselho tutelar receber esse tipo de comunicado, devendo o fato ter sido 
informado obrigatoriamente à autoridade policial, a quem cabe a 
comunicação formal do fato ao conselho tutelar. 
 
COMENTÁRIOS: A resposta para essa questão nos é dada pelo art. 13 
do ECA, adicionado do art. 245. 
 
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra 
criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho 
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências 
legais. 
[...] 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por 
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola 
ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha 
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conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra 
criança ou adolescente: 
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o 
dobro em caso de reincidência. 
 
GABARITO: E 
 
 
7. MPU – Técnico – 2010 – Cespe. Considere que Pedro, de cinco anos 
de idade, necessite de prótese coclear para correção de deficiência 
auditiva e que, no hospital público em que foi atendido, seus pais 
recebam a informação de que deveriam arcar com as despesas relativas à 
compra do referido dispositivo. Nessa situação hipotética, os pais da 
criança podem recorrer ao Ministério Público para assegurar o direito ao 
fornecimento gratuito, pelo poder público, da prótese coclear ao filho. 
 
COMENTÁRIOS: O ECA estabelece como incumbência do Poder Público o 
fornecimento gratuito de medicamentos, próteses, e outros recursos 
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Além disso, é 
competência do Ministério Público, estabelecida pelo próprio ECA, zelar 
pelo efetivo respeito aos direitos e garantias assegurados às crianças e 
adolescentes. 
 
GABARITO: C 
 
 
8. SEDU-ES – Professor – 2008 – Cespe. O Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, dispõe sobre a proteção integral 
da criança e do adolescente, que devem gozar de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana. Com referência a essa lei, 
julgue os itens a seguir. 
 
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É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo 
na condição de aprendiz. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de 
educação em vigor, ou seja, o aprendiz não pode ser caracterizado como 
empregado. 
 
COMENTÁRIOS: Coloquei essa questão aqui só para você ficar esperto! 
Perceba que a assertiva diz respeito diretamente ao ECA, e por isso deve 
ser respondida de acordo com o que está escrito lá, ainda que hoje a 
norma não seja mais aplicável for força do texto constitucional. Na época 
recorreram mas a resposta foi mantida. Fique esperto!!! 
 
GABARITO: C 
 
 
9. MPE-SP – Promotor de Justiça – 2012 – MPE-SP. A colocação em 
família substituta, além da tutela, far-se-á mediante 
 
a) guarda, curatela ou adoção. 
b) guarda compartilhada. 
c) guarda, ou adoção. 
d) curatela ou adoção. 
e) curatela especial. 
 
COMENTÁRIOS: A questão nos remete ao art. 28: “A colocação em 
família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos 
termos desta Lei”. 
 
GABARITO: C 
 
 
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Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-PR 
Teoria e exercícios comentados 
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10. TJ-GO – Juiz de Direito – 2012 – FCC. Assinale a alternativa 
correta. 
 
a) A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas 
judicialmente, pelo órgão do Ministério Público ou pelo Conselho Tutelar, 
fundamentadamente. 
b) Os filhos em geral terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas 
quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, exceto quanto 
aos filhos adotivos. 
c) A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente em família 
substituta terá preferência em relação a qualquer outra providência. 
d) A permanência da criança e do adolescente em programa de 
acolhimento institucional como regra prolongar-se-á por tempo 
indeterminado. 
e) A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo 
suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. 
 
COMENTÁRIOS: Esta é uma questão bem simples. Vamos analisar as 
alternativas uma a uma. A alternativa A está incorreta porque a 
decretação da perda do poder familiar cabe unicamente à autoridade 
judiciária. A alternativa B está incorreta porque a lei proíbe qualquer 
distinção entre os filhos biológicos ou adotados. A alternativa C está 
incorreta porque a preferência é dada à manutenção ou reintegração da 
criança ou adolescente na família natural. A família substituta entra em 
cena em casos excepcionais. A alternativa D está incorreta porque os 
programas de acolhimento institucional devem ser temporários e 
excepcionais. 
 
GABARITO: E 
 
 
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Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-PR 
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11. OAB – VII Exame de Ordem Unificado – 2012 – FGV 
(adaptada).Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundament
al comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-
tratos envolvendo seus alunos, a reiteração de faltas injustificadas e a 
 
evasão escolar, esgotados os recursos escolares, assim como os ele
vados níveisde repetência. 
 
COMENTÁRIOS: Essa obrigação consta no art. 56 do ECA. 
 
GABARITO: C 
 
 
12. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). A 
assistência psicológica, pelo Sistema Único de Saúde, é assegurada 
somente às gestantes e mães que manifestem o desejo de entregar seus 
filhos em adoção. 
 
COMENTÁRIOS: O art. 8º, §4º do ECA definiu que “Incumbe ao poder 
público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no 
período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as 
consequências do estado puerperal”. 
 
GABARITO: E 
 
 
13. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). O 
Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e 
odontológica e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e 
alunos. 
 
COMENTÁRIOS: Esta obrigação consta no art. 14 do ECA. 
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Estatuto da Criança e do Adolescente p/ TJ-PR 
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GABARITO: C 
 
 
14. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). Em 
casos de internação de criança, o estabelecimento de saúde deverá 
propiciar condições de permanência em tempo integral de um dos pais ou 
responsável, não ocorrendo o mesmo em caso de internação de 
adolescente. 
 
COMENTÁRIOS: Os estabelecimentos devem providenciar essas 
condições tanto para crianças quanto para adolescentes. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
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8. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1. TJ-GO – Juiz Substituto – 2015 – FCC. De acordo com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, considera-se tratamento cruel ou degradante 
dispensado à criança aquele que a 
 
a) submete ao aleitamento materno no interior de presídio onde a mãe 
cumpre pena. 
b) submeta a tratamento a toxicômanos. 
c) proporcione castigo e sofrimento físico desnecessário. 
d) humilhe, ameace gravemente ou a ridicularize. 
e) prive da frequência ao ensino fundamental. 
 
2. TJ-MS – Juiz Substituto – 2015 – Vunesp. A colocação em família 
substituta, nos termos dos artigos 28 e seguintes do Estatuto da Criança 
e do Adolescente, far-se-á 
 
a) a partir da impossibilidade permanente – e não momentânea –, de a 
criança ou o adolescente permanecer junto à sua família natural e 
mediante três formas: guarda, tutela e adoção. 
b) mediante comprovação de nacionalidade brasileira do requerente. 
c) mediante apreciação, em grau crescente de importância, de condições 
sociais e financeiras da família substituta e do grau de parentesco e da 
relação de afinidade e afetividade de seus integrantes. 
d) após realização de perícia por equipe multidisciplinar, que emitirá laudo 
com atenção ao estágio de desenvolvimento da criança e do adolescente 
e mediante seu consentimento sobre a medida, que condicionará a 
decisão do juiz. 
e) mediante o consentimento de maior de 12 (doze) anos de idade, 
colhido em audiência. 
 
 
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3. TJDFT – Analista Judiciário – 2013 – Cespe. A adoção, forma de 
colocação da criança ou adolescente em família substituta, pode ocorrer 
com ou sem a anuência dos pais biológicos. 
 
4. TJ-RR – Agente de Proteção – 2012 – Cespe. A colocação da 
criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua 
preparação gradativa e terá acompanhamento posterior, realizados por 
equipe interprofissional a serviço da justiça da infância e da juventude. 
 
5. TJ-ES – Comissário da Infância e da Juventude – 2011 – Cespe. 
Entende-se por família extensa ou ampliada aquela constituída também 
pelos parentes próximos, observados os vínculos de afinidade e 
afetividade, aspecto considerado no caso de colocação de criança ou 
adolescente em família substituta. 
 
6. MPU – Técnico – 2010 – Cespe. Suponha que um médico pediatra, 
ao atender um bebê em seu consultório, tenha verificado a presença de 
hematomas e equimoses característicos de maus-tratos e comunicado o 
fato imediatamente ao conselho tutelar da respectiva localidade. Nessa 
situação, o médico agiu de forma equivocada, visto que não cabe ao 
conselho tutelar receber esse tipo de comunicado, devendo o fato ter sido 
informado obrigatoriamente à autoridade policial, a quem cabe a 
comunicação formal do fato ao conselho tutelar. 
 
7. MPU – Técnico – 2010 – Cespe. Considere que Pedro, de cinco anos 
de idade, necessite de prótese coclear para correção de deficiência 
auditiva e que, no hospital público em que foi atendido, seus pais 
recebam a informação de que deveriam arcar com as despesas relativas à 
compra do referido dispositivo. Nessa situação hipotética, os pais da 
criança podem recorrer ao Ministério Público para assegurar o direito ao 
fornecimento gratuito, pelo poder público, da prótese coclear ao filho. 
 
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8. SEDU-ES – Professor – 2008 – Cespe. O Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, dispõe sobre a proteção integral 
da criança e do adolescente, que devem gozar de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana. Com referência a essa lei, 
julgue os itens a seguir. 
 
É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo 
na condição de aprendiz. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de 
educação em vigor, ou seja, o aprendiz não pode ser caracterizado como 
empregado. 
 
9. MPE-SP – Promotor de Justiça – 2012 – MPE-SP. A colocação em 
família substituta, além da tutela, far-se-á mediante 
 
a) guarda, curatela ou adoção. 
b) guarda compartilhada. 
c) guarda, ou adoção. 
d) curatela ou adoção. 
e) curatela especial. 
 
10. TJ-GO – Juiz de Direito – 2012 – FCC. Assinale a alternativa 
correta. 
 
a) A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas 
judicialmente, pelo órgão do Ministério Público ou pelo Conselho Tutelar, 
fundamentadamente. 
b) Os filhos em geral terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas 
quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, exceto quanto 
aos filhos adotivos. 
c) A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente em família 
substituta terá preferência em relação a qualquer outra providência. 
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d) A permanência da criança e do adolescente em programa de 
acolhimento institucional como regra prolongar-se-á por tempo 
indeterminado. 
e) A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo 
suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. 
 
11. OAB – VII Exame de Ordem Unificado – 2012 – FGV 
(adaptada).Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundament
al comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-
tratos envolvendo seus alunos, a reiteração de faltas injustificadas e a 
 
evasão escolar, esgotados os recursos escolares, assim como os ele
vados níveis de repetência. 
 
12. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). A 
assistênciapsicológica, pelo Sistema Único de Saúde, é assegurada 
somente às gestantes e mães que manifestem o desejo de entregar seus 
filhos em adoção. 
 
13. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). O 
Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e 
odontológica e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e 
alunos. 
 
14. MPE-AL – Promotor de Justiça – 2012 – FCC (adaptada). Em 
casos de internação de criança, o estabelecimento de saúde deverá 
propiciar condições de permanência em tempo integral de um dos pais ou 
responsável, não ocorrendo o mesmo em caso de internação de 
adolescente. 
 
 
 
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GABARITO 
1. D 8. C 
2. E 9. C 
3. C 10. E 
4. C 11. C 
5. C 12. E 
6. E 13. C 
7. C 14. E 
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