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GASTROENTEROLOGIA 1 Nódulos hepáticos Introdução Hemangioma > Tumor benigno mais comum do fígado > Incidência 3-7% da população geral > Em geral é único e <3cm > M>H (6:1) 3º a 5º década de vida > Hemangiomas gigantes >10cm (Síndrome de Kassabach- Merrit) > US= Massa homogênea bem delimitada e HIPERECOGÊNCIA > Tratamento conservador para lesões menores que 5 cm , se maior acompanhamento anual. > Se duvida diagnostica realizar tomografia com contraste! > Hiperplasia nodular focal > 2º tumor benigno mais comum do fígado > Incidência 8% de todos os tumores benignos > Má formação do sistema biliar > Apresenta escara fibrótica central (é patognomônico) visualizada em 50% dos casos > M > H 3º – 4º década > Associação com ACO é incerta > Assintomáticos > Diagnóstico diferencial importante com o adenoma > Diagnóstico= US sugere e TC ou RNM confirma > Não demanda tratamento cirúrgico > Acompanhamento por imagem de 6 meses a cada 2 anos - tumor de qualquer tamanho Adenomas > Tumores infrequentes, de origem epitelial que se desenvolvem em fígados normais > 75% são únicos > Tamanho variados > Forte associação com uso prolongado de ACO > Mulheres entre 20-40 anos > Assintomáticos até dor abdominal e massa palpável > Risco de ruptura, sangramento e malignização > Padrão ouro = RNM > Biópsia em casos duvidosos > Suspender ACO e esteroides anabolizantes > Adenomas > 5cm, complicados, homens e mulheres que desejam engravidar = CIRURGIA > Controle semestral com exames de imagem Cisto hepático simples > Tumores hepáticos benignos > Incidência 5% da população > Origem congênita > M>H 4:1 > Em geral assintomáticos > Em sua maioria não requerem tratamento cirúrgico > Doença poliscística (+ de 20 cistos no fígado e no rim) > Cistos hidátidos - Echinococcus granulosus - Tênia do Cão (Região Sul e Sudeste do Pais) > não capta contraste Cistoadenoma e cistoadenocarcinoma biliares > Tumores raros > Afeta mulheres na 5º e 6º década > Conteúdo mucinoso > Dor abdominal, massa palpável, malignização (15%) > US= lesão hipoecóica com paredes espessas, irregulares com septações e calcificações internas > Tratamento - ressecção cirúrgica GASTROENTEROLOGIA 2 Metástase hepática > Massas hepáticas de origem maligna > Múltiplos nódulos > Tumor secundário mais comum > Pulmão, mama, estômago, pâncreas, cólon, ovário e próstata > US > Hiperecóicas > Hipoecóicas > “Em alvo” > Calcificadas > Císticas > Infiltrativa difusa > Diagnóstico > 10-20% dos pacientes com MX têm doença primária potencialmente ressecável > Ressecção de metástase solitária de tumor de cólon erradica a doença em 30% o Até 3 nódulos o Margem de ressecção de 1cm o Tumores metacrônicos o Doença localizada o Sem metástase para outros órgãos Carcinoma hepatocelular > Tumor primário maligno mais comum > Incidência na América Latina: 10 casos novos/100mil hab/ano > Cirrose hepática presente em 95% dos casos > Rastreamento: US doppler ou com contraste + Alfa- fetoproteína (>200) - a cada 6 meses > Diagnóstico por TC ou RNM (sinal do wash-out) - lavagem rápida do contraste. > Biópsia na dúvida diagnóstica > Cirurgia é o tratamento de escolha quanto maior a classificação maior o risco! Child- Pugh A (até 2cm) - Ressecção do tumor Transplante hepático - Critérios de Milão • Nódulo único < 5cm ou até 3 nódulos < 3 cm • Ausência de trombose tumoral de Veia Portal SLIDE IMPORTANTE! Critérios de Barcelona PEI/RF = Radiofrequência com ingestão de álcool ou terapia interna! Sorafenib = aumenta a sobrevida em até 3 meses Nódulos hepáticos benignos • USG com contraste - rastreamento inicial para nódulos hepáticos • Lesões císticas - cistos simples - TC ou RNM • USG - é um exame operador dependente e super importante na detecção precoce de tumores malignos • Cirrose é fator de risco para neoplasia primária do fígado - 90% dos pacientes • Nódulos em fígados não cirróticos - maior probabilidade de ser benignos GASTROENTEROLOGIA 3 • Nódulos benignos podem surgir em fígados cirróticos • Carcinoma hepatocelular pode ocorrer em fígados normais • Tumores benignos são classificados de acordo com a origem: o Adenoma hepatocelular e hiperplasia nodular focal - hepatócito o Cistos simples, Cistoadenoma e doença policística - epitélio biliar o Hemangioma - tecido mesenquimal • Os 3 tumores hepáticos benignos mais frequentes na população: Hemangioma, Hiperplasia Nodular focal e adenoma. Lesões císticas do fígado • Cistos hepáticos: Lesões biliares congênitas que resultam da dilatação progressiva de microhamartomas biliares sem comunicação com a arvore biliar • A maioria das lesões são assintomáticas ou oligossintomáticas • As principais são: Cistos Simples, Cistos Hidáticos, Doença policística do fígado, Cistadenoma e Cistadenocarcinoma • USG - 90% de sensibilidade e especificidade para diagnosticar esse tipo de lesão • Não há tto especifico, exceto se houver sintomas associados Cistos Hidáticos • Infecção por Ecchinococcus granulosis ou multilocularis - besouro do cão • Dx: critérios clínicos (dados epidemiológicos, febre, dor em hipocôndrio direito, dor torácica e dispneia) e testes sorológicos para o echinococcus. • Tto: Albendazol, mebendazol ou praziquantel - reincidência se parar!!! • Cistos pequenos observação e maiores injeção de álcool 90% ou salina a 15% • OMS - (PAIR) = punção, aspiração, injeção e re- aspiração Cistoadenomas: Lesões pré-malignas Na TC e RNM com uso de contraste- Cistoadenoma e cistoadenocarcinoma - margens irregulares, forma oval e presença de septações internas e calcificações. Em ambos o Tto é ressecção cirúrgica. Doença policística do fígado • Presença de pelo menos 20 lesões hepáticas • Tem caráter genético • DX: USG • Presença de grandes lesões comprometendo mecanicamente órgãos adjacentes ou presença de sintomas - tratamento cirúrgico! • Fígado ocupando toda a cavidade abdominal e síndrome compartimental - transplante hepático • Detalhamento por laparoscopia - presença de múltiplos cistos que não se comunicam. Hemangiomas hepáticos • Tumores hepáticos benignos mais frequentes • Malformações vasculares ou hamartomas de origem congênita • Maioria assintomáticos • Gigantes iguais ou maiores que 10cm - tem indicação para tratamento • Se paciente com dispepsia e dor abdominal de origem funcional - afastar outras causas • Exame físico, testes de função hepática - normais! Exceto se gigantes, que pode ter um fígado ou massa palpável • Raro ruptura espontânea • Síndrome de Kasabach-Merrit o Complicação rara o Comum nos Hemangiomas gigantes o Tumor vascular + coagulopatia de consumo o Mais frequente em crianças o Trombocitopenia grave, baixos níveis de fibrinogênio e altos níveis de produtos de degradação de fibrina - fibrinólise secundaria e hemólise microangiopática • USG - nódulo hiperecogênico com reforço acústico posterior • USG em esteatose acentuada - hipoecóica, realizar TC ou RNM • Paciente sem fator de risco para neoplasia primaria ou secundaria - USG a cada 3 ou 6 meses, sem necessidade de complementação com outros exames radiológicos • TC com contraste venoso - massa hipodensa bem demarcada, pode ter calcificações • RNM - massa homogênea lisa, bem demarcada • Biopsia do nódulo por agulha fina - FATAL!!! • Tto conservador o Controle semestral ou anual - lesão maior que 5 cm • Risco de hemorragia baixo - não precisa de ressecção profilática • Se dor ou sintomas sugestivos de compressão extrínseca de estruturas adjacentes - ressecção • Ruptura e sangramento intraperitoneal, sintomas incapacitantes - Cirurgia! • Métodos cirúrgicos disponíveis: o Ressecção hepática, enucleação, ligadura da artéria hepáticae transplante de fígado. • Não-cirúrgicas: embolização da artéria hepática e radioterapia • Gravidez monitoramento e tto conservador • Uso de contraceptivos orais - liberado Adenoma Hepatocelular • 3° mais prevalente neoplasia benigna do fígado GASTROENTEROLOGIA 4 • São incomuns e ocorrem + frequentemente em mulheres na idade fértil entre 20 e 44 anos • Relacionados com: o Uso de anticoncepcionais orais (ACO) contendo estrogênios - (Suspensão - regressão) o Uso de esteroides anabolizantes o Doencas genéticas - deposito do glicogênio tipo I e III o Síndrome metabólica e obesidade • Assintomáticos e tem bom prognóstico - podem complicar: sangramentos e transformação carcinomatosa • Adenomatose - mais ou 10 nódulos adenomatosos • Heterogeneidade genética • Se sintomático - dor superior é a principal manifestação • Controle de nódulos sem indicação cirúrgica dever se semestral, por métodos de imagem com contraste • Gestação, uso de anticoncepcionais ou anabolizantes deve ser suspenso e estão relacionados com o crescimento dos adenomas, principalmente do subtipo HNF1A • Mulheres na idade fértil com AH maior que 5cm - remoção cirúrgica antes de gravidez • Homens - tendência de marginalização - independente do tamanho do nódulo - cirurgia • Dx: Ressonância magnética • Biopsia casos duvidosos Hiperplasia nodular focal • Lesão benigna • Espessa lesão cicatricial central com septos radiados • 2° tumor benigno mais frequente • Mulheres na faixa de 20-60 anos • Assintomáticos com 70-90% dos casos • Ressonância magnética - cicatriz clássica • Não costuma apresentar complicações como sangramento e nem evolui para malignização • Dx sugerido pela USG e confirmado pela TC ou RM • Conduta conservadora, sem tratamento especifico • Acompanhamento com exames de imagem nos intervalos de 6 meses a 2 anos, conforme evolução. • Nódulos grandes com sintomas ou compressão de órgãos vizinhos - exerce cirúrgica
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