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Disciplina: Introdução ao Antigo Testamento Aula 1: Antigo Testamento e Bíblia Hebraica Apresentação Nesta aula, apresentaremos os principais conceitos para começarmos a analisar o Antigo Testamento. A grande utilização dessas Escrituras por grupos diversos e de vários períodos históricos as torna um conjunto de textos com muitos nomes: Torah, Velho Testamento, Antigo Testamento, Segundo Testamento, Bíblia Hebraica. Tais nomenclaturas constituem, em certa medida, juízos distintos e abordagens muitas vezes diferentes em relação ao texto do Antigo Testamento. Além disso, o grande número de obras na coleção que o compõe motivou divisões de tais livros em subcoleções, especialmente duas: a Bíblia Hebraica (divisão tripartite) e sua tradução em língua grega – a Septuaginta [LXX] (divisão quadripartite). Cada subconjunto desses foi formado em um processo de redação e de colecionamento, que pode ser historicamente identificado e que serve para compreender melhor não apenas o conteúdo dos textos do Antigo Testamento, mas a ordem dos livros como se apresenta hoje. Objetivos Explicar a diferença entre as nomenclaturas referentes ao Antigo Testamento; Analisar as divisões tripartite (Bíblia Hebraica) e quadripartite (Septuaginta); Identificar os processos de formação dos corpora veterotestamentários para a estruturação dos textos. Antigo Testamento: nomes e conceitos Os escritos que compõem o Antigo Testamento cristão ou a Bíblia Hebraica estão entre os mais influentes da história ocidental. Em parte, é possível atribuir sua influência à grande qualidade da literatura veterotestamentária. Entretanto, uma vez que nem todos os livros da Bíblia são clássicos literários, sua importância não depende tanto de seu mérito literário quanto da consideração de seu caráter sagrado. Há quem tenha crenças sobre a natureza da Bíblia, mas não conheça seu conteúdo. Por isso, é necessário analisar os textos bíblicos, a história de sua composição e seus gêneros literários. A investigação desses e de outros temas relacionados à origem, às características e à disseminação do Antigo Testamento é um conhecimento introdutório importante que procuraremos elucidar aqui. Bíblia. Vejamos: Nomes Judaicos <galeria/aula1/anexo/nomes_judaicos.pdf> Nomes Cristãos <galeria/aula1/anexo/nomes_cristaos.pdf> file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/galeria/aula1/anexo/nomes_judaicos.pdf file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/galeria/aula1/anexo/nomes_cristaos.pdf Divisão da Bíblia Hebraica: tripartite A Bíblia Hebraica é uma coleção de 24 livros – às vezes referidos pelo acrônimo Tanak – com três divisões: Lei (Torah) Composta de cinco livros tradicionalmente atribuídos a Moisés: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuteronômio. Profetas (Nevî’îm) Divididos em: Quatro livros dos Profetas Anteriores 1. Josué; 2. Juízes; 3. Samuel (1 e 2 Samuel são contados como um só livro); 4. Reis (1 e 2 Reis são contados como um livro). Quatro livros dos Profetas Posteriores 1. Isaías; 2. Jeremias; 3. Ezequiel; 4. Os Doze Profetas Menores (contados como um livro) I. Oseias; II. Joel; III. Amós; IV. Obadias; V. Jonas; VI. Miqueias; VII. Naum; VIII. Habacuque; IX. Sofonias; X. Ageu; XI. Zacarias; XII. Malaquias. Escritos (Ketûbîm) Somam 11 livros: 1. Salmos; 2. Provérbios; 3. Jó; 4. Cântico dos Cânticos (Cantares); 5. Rute; 6. Lamentações; 7. Eclesiastes (Qoheleth); 8. Ester; 9. Daniel; 10. Esdras e Neemias (reunidos em apenas um livro); 11. Crônicas (1 e 2 Crônicas são contados como um livro). Veja o índice de livros da Bíblia Hebraica em latim e hebraico: Biblia Hebraica Sttutgartensia. 5. ed. – publicada pela Deutsche Bibelgesellschaft Divisão da Bíblia Grega (Septuaginta [LXX]): quadripartite A tradução dos escritos hebreus para a língua grega foi um processo relacionado à mudança do panorama geopolítico no Antigo Oriente Próximo. Quando Alexandre, o Grande, liderou seus exércitos de língua grega e conquistou os persas, incorporou os vastos territórios desse império. Ao mesmo tempo, entrou em operação uma política de dominação cultural: a helenização . Embora Alexandre tenha morrido antes de realizar seu suposto ideal de sedimentar conquistas por meio da unidade política, mediante um conjunto de ações de uniformização cultural, seus sucessores estabeleceram vários reinos duradouros, com base nos quais promoveram a língua, a literatura e a religião gregas em toda a região do Mediterrâneo Oriental. - Regido por descendentes de Ptolomeu – general de Alexandre –, o Egito era habitado por uma grande comunidade de judeus da diáspora em sua principal cidade portuária: Alexandria. Em cerca de 250 a.C., durante o reinado de Ptolomeu II (285-246 a.C.), estudiosos judeus se comprometeram a traduzir para o grego a Bíblia Hebraica, começando pela Torah. De acordo com uma lenda preservada na Carta de Aristeas, 72 estudiosos de Jerusalém trabalharam em pares 72 dias para produzir uma tradução grega da Bíblia Hebraica. Conhecida pelo nome Septuaginta – também chamada de LXX e, popularmente, de Tradução dos Setenta –, essa tradução dos textos hebraicos e aramaicos em língua grega comum . (κοινὴ γλῶσσά [koinḕ glôssa]) foi muito utilizada nas comunidades judaicas da diáspora. Eventualmente adotada pela comunidade cristã primitiva, é essa edição grega da Bíblia Hebraica que a maioria dos escritores do Novo Testamento cita. 1 2 file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula1.html file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula1.html Primeiras linhas da Carta de Aristeias para Filócrates Manuscrito da Biblioteca Apostólica Vaticana (século XI d.C.) A divisão dos textos da Septuaginta é diferente da divisão da Bíblia Hebraica. Também há a questão dos livros que aparecem, de sua divisão e extensão. A Septuaginta inclui traduções de alguns livros que foram escritos em hebraico, mas não foram incluídos na Bíblia Hebraica – como, por exemplo, Eclesiástico e 1 Macabeus. Há, ainda, alguns livros que foram compostos em grego – 2 Macabeus, Sabedoria de Salomão. Tal dado levantou o seguinte problema: Os judeus de Alexandria tinham uma coleção maior de Escrituras do que os judeus na terra de Israel? A resposta é: SIM e NÃO.. Por um lado, não há evidências de que exista uma lista de livros em Alexandria distinta dos livros usados pelos judeus na Palestina. Por outro, é indiscutível que os judeus de Alexandria não estabeleceram um limite para o número de escritos sagrados, como os rabinos fizeram após a queda de Jerusalém. A comunidade judaica em Alexandria foi praticamente aniquilada no início do século II d.C. Os cristãos que assumiram as Escrituras Judaicas em língua grega herdaram uma coleção maior e mais fluida de textos. Séculos mais tarde, foi possível observar uma variação considerável de livros nas listas canônicas do Antigo Testamento citadas pelos pais da Igreja. Ainda que haja tais variações, os livros que compuseram a LXX são organizados em uma divisão quadripartite: Lei ou Pentateuco Os mesmos livros presentes na Torah hebraica recebem, em grego, o nome de Pentateuco (πέντε [pénte], ‘cinco’, e τεύχος [téukhos] rolo) ou livros da Lei. São cinco: 1. Gênesis; 2. Êxodo; 3. Levítico; 4. Números; 5. Deuteronômio. Históricos Incluem os seguintes livros: 1. Josué; 2. Juízes; 3. Rute; 4. 1 Reis (= 1 Samuel); 5. 2 Reis (= 2 Samuel); 6. 3 Reis (= 1 Reis); 7. 4 Reis (= 2 Reis); 8. 1 Paraleipoménon (= 1 Crônicas); 9. 2 Paraleipoménon (= 2 Crônicas); 10. 1 Esdras; 11. 2 Esdras (= Esdras-Neemias); 12. Tobias; 13. Judite; 14. Ester; 15. 1 Macabeus; 16. 2 Macabeus; 17. 3 Macabeus. Sabedoria ou Poéticos Inclui os seguintes livros: 1. Salmos; 2. Salmo 151; 3. Oração de Manassés; 4. Jó; 5. Provérbios; 6. Eclesiastes; 7. Cântico dos Cânticos; 8. Sabedoria de Salomão;9. Sabedoria de Jesus, filho de Sirac; 10. Salmos de Salomão. Profetas Coleção que fecha a LXX com os seguintes livros: 1. Os Doze Profetas Menores I. Oseias; II. Joel; III. Amós; IV. Obadias; V. Jonas; VI. Miqueias; VII. Naum; VIII. Habacuque; XI. Sofonias; X. Ageu; XI. Zacarias; XII. Malaquias. 2. Isaías; 3. Jeremias; 4. Baruc; 5. Lamentações; 6. Epístola de Jeremias; 7. Ezequiel; 8. Daniel. Saiba mais A Septuaginta tem um apêndice que, eventualmente, surge em edições manuscritas: 4 Macabeus. Primeira página do livro de 4 Macabeus com os 29 primeiros versículos do texto Septuaginta, Codex Sinaiticus (metade do século IV d.C.), fólio 34. Divisão do Antigo Testamento Protestante O Antigo Testamento das Igrejas Protestantes tem o mesmo conteúdo que a Bíblia Hebraica, mas organiza os livros de forma diferente. Os primeiros cinco são os mesmos, mas, geralmente, são chamados de Pentateuco, e não de Torah. Samuel, Reis, Esdras-Neemias e Crônicas são divididos, cada um deles, em dois livros. Por fim, os Doze (ou Profetas Menores) são contados, cada um, como um livro. Logo, o mesmo conteúdo da Bíblia Hebraica está no Antigo Testamento Protestante. Mas a divisão dos livros é distinta: os 24 da Bíblia Hebraica correspondem aos 39 do Antigo Testamento. Bíblia. Ainda em relação à nomenclatura e à divisão, os protestantes consideram os Profetas Anteriores Livros Históricos. Tais livros (Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis) são agrupados a 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Já os livros Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos formam o conjunto dos Poéticos por sua forma, que contrasta com a prosa dos Históricos. O próximo (e último) grupo é formado pelos Livros Proféticos, postos no final da coleção, apontando para o Novo Testamento. Eles são compostos por: 1. Isaías; 2. Jeremias; 3. Lamentações de Jeremias; 4. Ezequiel; 5. Daniel; 6. Os Doze Profetas, cujos livros são considerados individualmente I. Oseias; II. Joel; III. Amós; IV. Obadias; V. Jonas; VI. Miqueias; VII. Naum; VIII. Habacuque; IX. Sofonias; X. Ageu; XI. Zacarias; XII. Miqueias. Frontispício da Bíblia de Lutero (1541) com ilustrações de Lucas Cranach, o moço. Divisão do Antigo Testamento na Igreja Católica Apostólica Romana O cânon Católico-Romano contém vários livros que não estão no Antigo Testamento Protestante ou na Bíblia Hebraica. São eles: Tobias; Judite; Sabedoria de Salomão; Eclesiástico ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque – também chamado de Sirácida; Baruc; 1 e 2 Macabeus. Além disso, os livros de Daniel e Ester contêm passagens que não são encontradas na Bíblia Hebraica, como, por exemplo, a chamada Oração de Azarias e a Canção dos Três Jovens, inseridas em Daniel 3. As histórias de Susana e Bel e o Dragão também estão presentes no livro de Daniel em sua versão presente no cânon católico. Em relação à divisão, não há distinção entre protestantes e católicos. Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos são os títulos usados para organizar os livros em corpora . Maiestas Domini (Cristo em Majestade) com os quatro evangelistas 3 file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula1.html Página que indica o início do Novo Testamento do Códice Amiatinus, fólio 796 v (século IX d.C.). Biblioteca Medicea Laurenziana. Contém o texto da Vulgata Latina com os livros adotados pelo Catolicismo Romano sob a influência da tradução de Jerônimo. Divisão do Antigo Testamento na Igreja Ortodoxa Grega e na Igreja Etíope A Igreja Ortodoxa Grega tem um cânon ainda maior, que inclui: 1 Esdras – que reproduz a substância do livro de Esdras e partes de 2 Crônicas e Neemias; Salmo 151; Oração de Manassés; 3 Macabeus. O 4 Macabeus está nas Bíblias gregas, mas é considerado um apêndice para o cânon. Já 2 Esdras aparece como apêndice na Vulgata Latina. Apócrifos/deuterocanônicos e pseudepígrafos Os livros denominados apócrifos (= escondidos) são aqueles que, para os protestantes, não fazem parte dos canônicos. Os católicos referem-se a tais livros como deuterocanônicos (= secundariamente canônicos) em reconhecimento ao fato de que não são encontrados na Bíblia Hebraica. As Igrejas Cristãs Orientais possuem cânones mais extensos da Escritura. Por exemplo, os livros dos Jubileus e 1 Enoque alcançaram o status canônico na Igreja Etíope. Já os livros pseudepígrafos são aqueles atribuídos a autores que não correspondem aos verdadeiros escritores. Enoque, o Apocalipse de Moisés, 2 Esdras etc. são livros cuja autoria mencionada concede-lhes caráter autoritativo, sem, contudo, corresponder a seu autor original – geralmente desconhecido. Os livros do gênero apocalíptico, que apelam ao extraordinário para se referir à intervenção salvadora e divina no mundo diante dos opressores do povo de Deus, recorrem, normalmente, à pseudepigrafia. Exemplo Um exemplo do uso do livro apocalíptico é a adoção pela Comunidade de Qumran do calendário presente em Enoque. O manuscrito 4Q208-211 mostra que os qumranitas (talvez essênios) adotavam um ano de 364 dias, como proposto no livro apocalíptico. A tabela a seguir apresenta a reconstituição desse calendário: Meses 1, 4, 7, 10 Meses 2, 5, 8, 11 Meses 3, 6, 9, 12 Quarta 1, 8, 15, 22, 29 6, 13, 20, 27 4, 11, 18, 25 Quinta 2, 9, 16, 23, 30 7, 14, 21, 28 5, 12, 19, 26 Sexta 3, 10, 17, 24 1, 8, 15, 22, 29 6, 13, 20, 27 Sábado 4, 11, 18, 25 2, 9, 16, 23, 30 7, 14, 21, 28 Domingo 5, 12, 19, 26 3, 10, 17, 24 1, 8, 15, 22, 29 Segunda 6, 13, 20, 27 4, 11, 18, 25 2, 9, 16, 23, 30 Terça 7, 14, 21, 28 5, 12, 19, 26 3, 10, 17, 24 Estrutura do Antigo Testamento Os cinco livros da Torah foram os primeiros a formar uma coleção, o que foi atribuído na tradição à atuação de Esdras (escriba), no século V a.C. Entretanto, uma vez que os livros exerceram grande importância no período de exílio dos judeus na Babilônia (586-539 a.C.), é possível que a Torah tenha sido completada um século antes da atuação de Esdras, na parte final do exílio. Também é provável que tenha sofrido alterações e modificações após o tempo de Esdras. A coleção hebraica dos profetas parece ter sido formada antes do século II a.C. É possível encontrar referências à Lei (Torah) e aos Profetas como Escrituras no século II a.C., especialmente no livro de Eclesiástico (ou Sirácida). Grupo de judeus. Os Manuscritos do Mar Morto apresentam cópias desses livros e referências nos livros da comunidade (Rolo da Guerra e Regra da Comunidade) à Lei e aos Profetas. Outro fator importante é que o livro de Daniel, composto em cerca de 164 a.C., não encontrou um lugar entre os Profetas na Bíblia Hebraica. Essa é uma evidência significativa de que a coleção dos Profetas já estava estabelecida no momento da composição de Daniel. Mas a primeira lista de livros do Antigo Testamento tardou a aparecer. O próprio Novo Testamento e a maioria das referências ao que hoje chamamos de Antigo Testamento nos escritos judaicos do século I d.C. mencionam apenas “a Lei e os Profetas”. Os Salmos são, eventualmente, referidos como terceira categoria: a dos Escritos. É provável que quem os mencionou tenha feito alusão a toda a coleção de livros que tem nos Salmos seu maior e mais 4 file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula1.html significativo representante. Ainda assim, os Manuscritos do Mar Morto ajudam a entender o caráter indefinido da coleção dos Escritos e, até mesmo, do livro de Salmos entre os séculos I a.C. e I d.C.: a comunidade que produziu esses manuscritos incluiu Salmos adicionais, o que parece indicar que a coleção canônica ainda não foi feita. Leitura Para saber mais sobre o assunto, leia o texto A Comunidade de Qumran e a Bíblia Hebraica. <galeria/aula1/anexo/comunidade_qumran.pdf> Atividades 1. Abra uma Bíblia de orientação protestante – como a tradução de Almeida Revista e Atualizada (ARA) ou Almeida Revista e Corrigida (ARC), ou a NovaVersão Internacional (NVI), e analise a divisão dos livros e a relação de livros no sumário. Em seguida, abra uma Bíblia de orientação católico-romana – como a Bíblia de Jerusalém (BJ), a tradução dos Monges de Maredsous (Bélgica), chamada no Brasil de Ave Maria (editora) – e faça o mesmo. Anote o número de livros em cada divisão e os nomes de cada um. file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/galeria/aula1/anexo/comunidade_qumran.pdf 2. A divisão e os livros da Bíblia Hebraica e da Septuaginta servem de base para o Antigo Testamento Protestante e Católico. Explique, em linhas gerais, a relação entre a Bíblia Hebraica e a Septuaginta, e as Bíblias Protestante e Católica. 3. Defina os conceitos de apócrifo, deuterocanônico e pseudepígrafo. Quando se diz que um universo é homogêneo, significa que: a) Os cristãos consideram as Escrituras produzidas pela Igreja Cristã o Novo Testamento e estabelecem mediante o nome Antigo Testamento um vínculo, uma relação íntima entre os escritos autoritativos de origem judaica e os textos cristãos em grego. b) No Novo Testamento, o advento da graça torna o Antigo – texto que apresenta a lei – um livro superado, pois assim afirma a Escritura: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1.17). c) Marcião e os superssessionistas rejeitam o texto do Antigo Testamento. d) Cristo e os autores do Novo Testamento chamam o Antigo de a Lei e os Profetas, ou a Lei, os Profetas e os Salmos. Notas Helenização Colonização dos lugares dominados; Casamentos mistos entre os helenos e macedônios com as elites locais; Adoção da língua grega como língua comum, comercial e jurídica. Língua grega comum Grego falado pelos soldados de Alexandre e outros. Corpora Grupos de textos. Manuscritos do Mar Morto Coleção de textos pertencente à comunidade que vivia no deserto, próximo ao Mar Morto, entre o século II a.C. e I d.C Referências FRANCISCO, E. F. Manual da Bíblia Hebraica. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2005. GOTTWALD, N. K. Introdução socioliterária à Bíblia Hebraica. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997. HILL, A. E.; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Acadêmica, 2006. SCHMIDT, W. H. Introdução ao Antigo Testamento. 5. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2013. Próximos Passos Redação e cânon do Antigo Testamento; Principais manuscritos; Traduções em língua portuguesa. Explore mais 1 2 3 4 Acesse o site da Biblical Society Archaeology (Sociedade de Arqueologia Bíblica) <https://www.biblicalarchaeology.org/free-ebooks> e encontre dezenas de e-books gratuitos que permitem explorar o contexto e o texto do Antigo Testamento. Entre os livros disponíveis, destacamos os seguintes títulos: Life in the Ancient World (Vida no Mundo Antigo) – que trata do cotidiano dos povos do Antigo Oriente Próximo; Exploring Genesis: the bibles ancient traditions in contexto (Explorando Gênesis: as antigas tradições bíblicas em contexto) – que apresenta as histórias de Gênesis a partir de seu contexto arqueológico; The Dead Sea scrolls: discovery and meaning (Os manuscritos do Mar Morto: descoberta e significado) – que discorre sobre os manuscritos da Comunidade de Qumran, encontrados na metade do século XX, que constituem a mais importante descoberta do Antigo Testamento até agora. Em língua portuguesa, é possível conhecer os biblistas – estudiosos da Bíblia em nível acadêmico – brasileiros e suas publicações no site da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica <https://www.abiblica.org.br> . https://www.biblicalarchaeology.org/free-ebooks https://www.abiblica.org.br/
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