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Aula 06 - Lançamento e Fiscalização

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1
AULA: LANÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA
JOÃO HENRIQUE BALLSTAEDT GASPARINO
Advogado tributarista. Mestrando em Direito Tributário pela FGV/SP,
pós-graduado em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos
Tributários – IBET. Sócio fundador do escritório Ballstaedt Gasparino &
Leite Advogados, fundador da Tax Vision e sócio da Dados Legais.
Contato:
joao@tax.vision
(21) 9 8003 6960
2
mailto:joao@tax.vision
3
PROCESSO X PROCEDIMENTO
Qual a diferença?
Há contencioso no procedimento?
Princípios gerais:
- Legalidade 
- Segurança jurídica 
- Razoabilidade 
- Proporcionalidade
Princípios Vetores dos procedimentos:
- Oficialidade
- Inquisitoriedade
- Cientificação
- Busca pela verdade real
- Subordinação Hierárquica
- Dever de fundamentação
4
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Art. 142. Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
5
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Art. 142. Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
6
ESPECIES DE LANÇAMENTO
- Lançamento por DECLARAÇÃO
- Lançamento por HOMOLOGAÇÃO
- Lançamento de OFÍCIO
7
DECRETO 70.235/72
Art. 9º A exigência de credito tributário, a retificação 
de prejuízo fiscal e a aplicação de penalidade 
isolada serão formalizadas em autos de infração ou 
notificações de lançamento, distintos para cada 
imposto, contribuição ou penalidade, os quais 
deverão estar instruídos com todos os termos, 
depoimentos, laudos e demais elementos de prova 
indispensáveis à comprovação do ilícito. 
8
DECRETO 70.235/72
Art. 11 – A NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO 
DEVE CONTER:
i) Qualificação do notificado
ii) O valor do credito tributário
iii) Prazo para recolhimento ou impugnação 
iv) A disposição legal infringida, se for o caso
v) Assinatura do chefe do órgão expedidor ou de 
outro servidor autorizado e a indicação do seu 
cargo ou função e número de matrícula.
*Prescinde de assinatura a notificação de 
lançamento emitida por processo eletrônico.
9
DECRETO 70.235/72
Art. 11 – A NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO 
DEVE CONTER:
i) Qualificação do notificado
ii) O valor do credito tributário
iii) Prazo para recolhimento ou impugnação 
iv) A disposição legal infringida, se for o caso
v) Assinatura do chefe do órgão expedidor ou de 
outro servidor autorizado e a indicação do seu 
cargo ou função e número de matrícula.
*Prescinde de assinatura a notificação de 
lançamento emitida por processo eletrônico.
10
TRIBUTARIO. LANÇAMENTO DISCAL. REQUISITOS DO AUTO DE INFRAÇÃO E ÔNUS DA PROVA.
O lançamento discal, espécie de ato administrativo, goza da presunção de legitimidade; essa 
circunstância, todavia, não dispensa a Fazenda Pública de demonstrar, no correspondente 
auto de infração, a metodologia seguida para o arbitramento do imposto – exigência que 
nada tem a ver com a inversão do ônus da prova, resultado da natureza do lançamento fiscal, 
que deve ser motivado. Recurso Especial não conhecido 
(Ac. Um. Da 2ª T. do STJ – Rel. Ari Pargendler – Resp 48516 – DJ 13.10.1977, p. 51553)
11
PAF – ÔNUS DA PROVA – cabe à autoridade lançadora provar a ocorrência do fato constitutivo
do direito de lançar do fisco. Comprovado o direito de lançar do fisco cabe ao sujeito passivo
alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos e além de alega-los, comprová-los
efetivamente, nos termos do Código de Processo Civil, que estabelece as regras de distribuição
do ônus da prova aplicáveis ao PAF, subsidiariamente.
1º Conselho de Contribuintes – 8ª Câmara
Processo n°. :10855.004927/2002-91 Acórdão n°. :108-08.688
12
O que acontece se os procedimentos preparatórios para o lançamento são efetuados antes da
decadência, mas a notificação ocorre após o prazo decandencial?
13
RESPOSTA:
Prazo decadencial não pode ser interrompido nem suspenso.
“a notificação do lançamento do crédito tributário constitui condição de eficácia do ato
administrativo tributário, mercê de figurar como pressuposto de procedibilidade de sua
exigibilidade”. Por isso “a sua falta implica em ausência de pressuposto válido e regular de
constituição e desenvolvimento do processo”
(STJ 1ª T., Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 30.10.2006, p 249)
O que acontece se os procedimentos preparatórios para o lançamento são efetuados antes da
decadência, mas a notificação ocorre após o prazo decandencial?
14
PROCEDIMENTO PREPARATORIO DO LANÇAMENTO POR 
DECLARAÇÃO
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou 
o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante 
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não 
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos 
expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso 
de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
15
PROCEDIMENTO PREPARATORIO DO LANÇAMENTO POR 
HOMOLOGAÇÃO
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação 
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da 
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, 
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
*Veremos mais a frente
16
Súmula 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito 
fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providencia por parte do 
Fisco.”
Pergunta: A denúncia espontânea pode ser aplicada para tributo que não tenha sido 
objeto de fiscalização mas que venha a ser declarado e pago a destempo?
17
Súmula 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito 
fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providencia por parte do 
Fisco.”
Súmula 360 do STJ: “O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos 
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a 
destempo”
18
O PROCEDIMENTO NOS CASOS DO LANÇAMENTO DE OFICIO
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos 
seguintes casos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
19
A FISCALIZAÇÃO
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências 
de fiscalização lavraráos termos necessários para que se documente o início do 
procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a 
conclusão daquelas.
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força 
pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço 
ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida 
prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como 
crime ou contravenção.
PERGUNTAS:
a) Pode um agente fiscal entrar no domicílio de um contribuinte a força, sem 
autorização do fiscalizado e sem autorização judicial?
b) Pode entrar na parte do estabelecimento que não é aberta ao público?
20
A FISCALIZAÇÃO
O art. 200 do CTN deve ser entendido em harmonia com a CF art. 5º, XI e 145, par. 1º 
O STF já se posicionou nesse sentido:
“[...] Sem que ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente previstas no 
texto constitucional (art. 5º, XI), nenhum agente público, ainda que vinculado à 
administração tributária do Estado, poderá, contra a vontade de quem de direito 
(‘invito domino’), ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço privado 
não aberto ao público, onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a 
prova resultante da diligencia de busca e apreensão assim executada reputar-se 
inadmissível, porque impregnada de ilicitude material. Doutrina. Precedentes 
específicos, em tema de fiscalização tributária, a propósito de escritórios de 
contabilidade (STF)”
STF, 2ª T., HC 82.788/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, j. em 12/4/2005
21
A FISCALIZAÇÃO
De acordo com o art. 7º do Decreto 70.235/72, o procedimento tem início com:
(I) O primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificando o 
sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto; 
(II) A apreensão de mercadorias, documentos ou livros; ou com
(III) O começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
No caso do item I, temos o chamado “termo de inicio de fiscalização”, que pode receber 
nome diverso no âmbito de outras entidades tributantes e que deve conter 
principalmente:
i) Identificação do sujeito passivo
ii) O período a ser fiscalizado
iii) O tempo de duração do procedimento de fiscalização
iv) A identificação das autoridades fiscalizadoras
v) O objeto a ser fiscalizado
vi) Etc.
22
A FISCALIZAÇÃO
Súmula 323 do STF: “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo 
para o pagamento de tributo”.
O STJ já se posicionou no mesmo sentido:
“[...] a Fazenda Pública só poderá cobrar seus créditos através de execução fiscal e na 
forma da Lei n 6.830/80, não tendo a autoridade administrativa autorização para 
apreender, reter e leiloar mercadorias para receber multas e taxas – Sùmula 323 do STF”
Ac. Um. Da 1ª T. do STJ – Rel. Min Garcia Vieira – ROMS 10.678/PB – DJ de 27.9.1999, p. 
46 – RSTJ 128, p. 82. 
23
FISCALIZAÇÃO E DENUNCIA ESPONTÂNEA
CTN
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, 
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou 
do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o 
montante do tributo dependa de apuração. 
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de 
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a 
infração.
Dec. 70.236/72
Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o
sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação 
aos atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas 
infrações verificadas.
24
FISCALIZAÇÃO E DENUNCIA ESPONTÂNEA
Pergunta:
A fiscalização tem efeito de excluir a espontaneidade do sujeito passivo no que diz 
respeito ao descumprimento das obrigações que não sejam objeto da fiscalização?
25
FISCALIZAÇÃO E DENUNCIA ESPONTÂNEA
Pergunta:
A fiscalização tem efeito de excluir a espontaneidade do sujeito passivo no que diz 
respeito ao descumprimento das obrigações que não sejam objeto da fiscalização?
Resposta:
Não.
“o início do procedimento não exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação 
aos demais atos não envolvidos nas infrações verificadas”
Ac. Mv. Da 3ª C. do 1º CC nº 103-10.310 – DOU I 15.10.1990, p. 19570 – Repertório IOB 
de jurisprudência nº 22/90, p. 361, c. 01
26
A SEGURANÇA NO PROCEDIMENTO ESCRITO
Por que é importante que tudo seja registrado e formalizado?
27
DEVER DE INFORMAR E LIVROS OBRIGATÓRIOS
As empresas que são contribuintes do Imposto de Renta com base no Lucro Presumido 
não estão obrigadas ao fornecimento de informações, perante o Fisco Federal, de sua 
escrita contábil. II – Inteligência dos arts. 394 do Decreto nº 6.468/77, então em 
vigência; III – Apelação e remessa oficial improvidas” 
(Ac. Um. Da 3ª T. do TRF da 5ª R. – MAS 93.05.41294-7-CE – Rel. Juiz Nereu Santos, DJU 
2, de 28.7.1995. p. 46.954.
(Passou a ser obrigatório a partir de 2014 - IN RFB nº 1.422, de 2013)
28
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
LC 105/2001
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de 
valor, os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à 
administração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários 
de seus serviços. (Regulamento)
§ 1o Consideram-se operações financeiras, para os efeitos deste artigo:
I - depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança;
II - pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques;
III - emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados;
[...] (continua)
29
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
LC 105/2001
Art. 3º [...]
§ 1o Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a prestação de informações 
e o fornecimento de documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito 
administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração 
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do 
cargo em que se encontre investido.
30
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11151539/art-3-1-lei-do-sigilo-das-operacoes-bancarias-lc-105-01
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por 
parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do 
ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e 
sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dada pela Lcp
nº 104, de 2001)
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os 
seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp nº 
104, de 2001)
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, 
desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no 
órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que 
se refere a informação, por prática de infração administrativa. (Incluído pela Lcp nº 
104, de 2001)
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, 
será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita 
pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência 
e assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: (Incluído pela Lcp nº 104, 
de 2001)
I – representações fiscais para fins penais; (Incluído pelaLcp nº 104, de 2001)
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 31
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
STF:
“A quebra de sigilo é inválida”
Cf. STF, Pleno, R 389.808, Rel. Min. Marco Aurélio, j. em 15.12.2010, DJe-086, de 
10.5.2011
“A quebra de sigilo é válida”
ADIs 2.390, 2.397, 2.859 e 2.386, e do RE 601.314
Agravamento do problema: RE 1.055.941, julgado em 2019
Tese firmada: “É constitucional o compartilhamento dos relatórios de 
inteligência financeira da UIF e da íntegra do procedimento 
fiscalizatório da Receita Federal do Brasil, que define o lançamento do 
tributo, com os órgãos de persecução penal para fins criminais, sem a 
obrigatoriedade de prévia autorização judicial, devendo ser resguardado 
o sigilo das informações em procedimentos formalmente instaurados e 
sujeitos a posterior controle jurisdicional. “
32
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
Súmula vinculante 29 do CARF:
“Todos os cotitulares da conta bancária devem ser intimados para 
comprovar a origem dos depósitos nela efetuados, na fase que precede 
à lavratura do auto de infração com base na presunção çlegal de omissão 
de receitas ou rendimentos, sob pena de nulidade do lançamento”.
33
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
Necessidade de comprovação do ilícito
Súmula 182 do TFR – Atual CARF
“é ilegítimo o lançamento do imposto de renda com base apenas em depósitos 
bancários”
CSRF
IRPF – Omissão de rendimentos – Depósitos bancários – A existência de 
depósitos bancários em montante incompatível com os dados da declaração de 
rendimentos, por si só, não é fato gerador de Imposto de Renda. O lançamento 
baseado em depósitos bancários só é admissível quando ficar comprovado o 
nexo causal entre cada depósito e o fato que represente omissão de 
rendimentos. Recurso provido. Ac. Da 1ª T. da CSRF – mv. – nº01-02.641 – Rel. 
Cons. Antonio de Freitas Dutra – j. 16.3.1999 – DOU-e 1 11.8.99, p12 – ementa 
oficial – Repertorio IOB de Jurisprudência – 1ª quinzena de outubro de 1999 –
caderno 1 – p. 567.
34
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
Lei 9.430/96
Art. 42. Caracterizam-se também omissão de receita ou de rendimento os 
valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a 
instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou jurídica, 
regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, 
a origem dos recursos utilizados nessas operações.
Conselho de Contribiuntes (Atual CARF):
“Insubsiste o lançamento realizado com base exclusivamente em depósitos 
bancários, sem vinculação deles à receita desviada, por ferir o princípio da 
reseva legal, consagrado nos arts. 3, 97 e 142 do Código Tributário Nacional. O 
lançamento por presunção de omissão de receitas com base em depósitos 
bancários de origem não comprovada somente tem lugar a partir do ano 
calendário de 1997, por força do art. 42 da lei n. 9.430, de 27 de dezembro de 
1996.”
35
FISCALIZAÇÃO E SIGILO BANCÁRIO
Inaplicabilidade da Súmula 182 do TFR:
SEJ 1ª T. REsp 792.812/RJ, Rel. Min Luiz Fux, j. em 13.3.2007, DJ de 2.4.2007, p. 
242
STF: Tema 842 - Incidência de Imposto de Renda sobre os depósitos bancários 
considerados como omissão de receita ou de rendimento, em face da previsão 
contida no art. 42 da Lei 9.430/1996.
36
PRAZO PARA CONCLUSAO DA FISCALIZAÇÃO E ABUSO DO PODER DE 
FISCALIZAR
Portaria SRF n. 6.478, de 29 de dezembro de 2017
Art. 11. Os procedimentos fiscais deverão ser executados nos seguintes prazos:
I - 120 (cento e vinte) dias, no caso de procedimento de fiscalização; e
II - 60 (sessenta) dias, no caso de procedimento fiscal de diligência.
§ 1º Os prazos de que trata o caput poderão ser prorrogados até a efetiva
conclusão do procedimento fiscal e serão contínuos, excluindo-se da sua
contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento, conforme os termos do
art. 5º do Decreto nº 70.235, de 1972.
III – parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
PERGUNTA:
O procedimento pode ser prorrogado arbitrariamente?
37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp104.htm
PRAZO PARA CONCLUSAO DA FISCALIZAÇÃO E ABUSO DO PODER DE 
FISCALIZAR
Prorrogação indefinida?
Conselho de Contribuintes já decidiu que só é possível um segundo exame 
mediante ordem escrita do superintendente, do Delegado ou do Inspetor da 
Receita Federal (Lei n 2.354, de 1954m art. 7º, 2º, e Lei n. 3.740, de 1958, art. 
34). Trecho do Acórdão n. 104-18.9938 da 4ª Câmara do 1º Conselho de 
Contribuintes, Relator-Designado Nelson Mallmann, DOU 1 de 28.11.2002, p. 
287)
É necessário FUNDAMENTAR.
38
O “LANÇAMENTO” EFETUADO NO AMBITO DA JUSTICA DO TRABALHO E A E 
20/98
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar a julgar:
[...]
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e 
II e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.
Temas interessantes:
- CPRB – períodos desonerados
- Decadência – períodos decaídos
- Levantamento de depósitos judiciais esquecidos
39
DECADÊNCIA
Pode uma lei ordinária dispor que o prazo de decadência de determinado tributo 
é de 10 anos e não de 5?
Lei 8.212/91
Art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos 
extingue-se após 10 (dez) anos contados:
[...]
40
DECADÊNCIA
Matéria de Lei Complementar
“A questão da prescrição e da decadência, entretanto, parece-me pacificada. É 
que tais institutos são próprios da lei complementar de normas gerais (art. 146, 
III, b). Quer dizer, os prazos de decadência e de prescrição inscritos na lei 
complementar de normas gerais (CTN) são aplicáveis, agora, por expressa 
previsão constitucional, às contribuições parafiscais (CF, art. 146, III, b; art. 149).
Voto do Min. Carlos Velloso, proferido no RE 138.284/CE, e transcrito no voto, do 
mesmo ministro, no julgamento da ADI 2.556/DF, STF, Pleno, ADI 2.556 MC/DF, 
Rel. Min. Moreira Alves, j. em 9.10.2002, m.v., DJ de 8.8.2003, p. 87
STJ - inconstitucionalidade do art. 45 da Lei 8.212/91:
Arguição de Inconstitucionalidade no REsp 616.348-MG Rel. Min. Teori Albino 
Zavascki, julgada em 15.8.2007.
STF - SÚMULA VINCULANTE N. 8 (2008)
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei 1.569/1977 e 
os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/1991, que tratam da prescrição e decadência do 
crédito tributário.
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DECADÊNCIA NO CTN
Lançamento por homologação
Art. 150 [...]
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se 
tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente 
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou 
simulação.
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DECADÊNCIA NO CTN
No que se refere ao lançamento por declaração, ou de ofício, o prazo é o do art. 
173, do CTN:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se 
após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter 
sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente 
com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido 
iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, 
de qualquer medida preparatória indispensávelao lançamento.
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DECADÊNCIA NO CTN
PERGUNTAS:
1. Quando o tributo é declarado mas não é pago, qual o termo inicial para 
contagem do prazo decadencial?
2. Em quais hipóteses o termo inicial do prazo de decadência é a data do fato 
gerador? (art. 150, par. 4º, do CTN)?
3. Em quais hipóteses é o primeiro dia do ano seguinte àquele no qual ocorrido o 
fato gerador? (art. 173, I do CTN)
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DECADÊNCIA NO CTN
Súmula 555 do STJ: “quando não houver declaração do débito, o prazo 
decadencial quinquenal para o fisco constituir o crédito tributário conta-se 
exclusivamente na forma do art. 173, I do CTN, nos casos em que a legislação 
atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame 
da autoridade administrativa.
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DECADÊNCIA NO CTN
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após 5 (cinco) anos, contados:
[...]
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício
formal, o lançamento anteriormente efetuado.
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DECADÊNCIA NO CTN
São exemplos de vícios formais:
i) A falta de fundamentação no ato do lançamento ou a fundamentação 
deficiente.
ii) Ausência da assinatura da autoridade lançadora
iii) Qualquer outro vício na formalização do crédito tributário, mas que não 
implique necessariamente a inexistência de uma obrigação tributaria 
subjacente
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OBRIGADO!!!
JOÃO HENRIQUE BALLSTAEDT GASPARINO
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