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Anotações de Aula Direito Processual do Trabalho

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DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO
a) Princípio da Proteção 
– Doutrina majoritária diz que é direito específico do processo trabalhista. 
– Art. 844, CLT: O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da
reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à
matéria de fato.
– Art. 789, CLT.
b) Princípio da Finalidade Social
A incidência deste princípio vai até o momento da prolação da sentença.
Exemplo: Juiz pode não homologar acordo, mesmo que reclamante queira, que o reclamado queira.
Súmula 418, TST: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido
e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
c) Princípio da Conciliação
Conciliação pode ocorrer a qualquer momento, via de regra. Mas CLT estabelece 2 momentos
obrigatórios de conciliação, que se não ocorrem nesses momentos, dá-se a nulidade do processo. 
Art. 846, CLT: Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
Art. 850, CLT: Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não
excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a
proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. (Após as razões finais e
antes da sentença). 
d) Princípio da Normatização Coletiva
CF, art. 114, §§ 2º e § 3º
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho,
bem como as convencionadas anteriormente. 
– Poder Normativo da Justiça do Trabalho: Única jurisdição com competência para normatizar, pelo
dissídio coletivo, que é uma sentença normativa, ou seja, cria uma norma jurídica, não aplica uma já
existente. O dissídio deve ser julgado por Tribunal do Trabalho.
O ajuizamento do dissídio deve ser em comum acordo, caso contrário, processo será extinto sem
resolução do mérito. O comum acordo pode ser expresso ou tácito. 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho
decidir o conflito. 
– Legimitidade ativa do MP do Trabalho para propor dissídio coletivo. Aqui não é necessário
comum acordo.
e) Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias 
CLT, art. 893, § 1º: Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,
admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da
decisão definitiva. 
TST, Súmula 214: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal
Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
f) Princípio da Celeridade
CF, art. 5º, LXXVIII: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Art. 765, CLT – Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e
velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas.
Exemplos: padronização dos prazos recursais (8 dias: art. 6º, lei 5.584/1970. Exceção: embargos de
declaração – 5 dias), irrecorribilidade das decisões interlocutórias; unicidade da audiência (art. 849,
CLT); prazo simples, e não em dobro, para os litisconsortes com advogados diferentes (TST-SDI1,
OJ 310).
g) Princípio da Extrapetição 
É aquele que autoriza o juiz do trabalho, em casos excepcionais previstos em lei, a conceder direito
diverso do que foi pedido. 
CLT, art. 496: Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de
incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o
tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do
artigo seguinte.
TST, Súmula 396, II: Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
FONTES SUBSIDIÁRIAS 
Fonte principal do Direito do Trabalho: CLT
CLT, art. 769: Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
> Processo de Conhecimento – Fonte: CPC 
CLT, art. 889: Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que
não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para
a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
> Processos de Execução – 1ª fonte: (Lei 6.830/1980) / 2ª fonte: CPC
CPC, art. 15: Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
> Aplicação Supletiva: completar uma norma imperfeita e genérica que existe no diploma principal.
Ex.: art. 801, CLT: casos de suspeição do juiz do trabalho. Devem ser suplementados com os arts.
144 e 145 do CPC. 
Requisitos para aplicação da norma subsidiária: Omissão E Compatibilidade.
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS
a) Autodefesa ou Autotutela: conflito é solucionado pela imposição de vontade de uma das partes.
Em regra, há vedação da autotutela pelo ordenamento jurídico brasileiro, inclusive tipificando como
crime (exercício arbitrário das próprias razões; abuso de autoridade). 
b) Autocomposição: conflito é solucionado pelas próprias partes, sem a intervenção de um terceiro.
Ex.: Transação.
c) Heterocomposição: conflito é solucionado por um terceiro.
Ex.: mediação (terceiro que intervém é o mediador), arbitragem (árbitro) e jurisdição (juiz).
Pergunta: A arbitragem pode ser utilizada em conflitos trabalhistas? 
>No Direito Coletivo do Trabalho é possível (art. 114, § 1º, CF/88: Frustrada a negociação coletiva,
as partes poderão eleger árbitros). 
>No Direito Individual do Trabalho, em regra, não cabe. (art. 1º, § 1º, Lei de Arbitragem: a
administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos
relativos a direitos patrimoniais disponíveis). E direito trabalhista é indisponível. Exceção –
Reforma Trabalhista acrescentou o art. 507-A, CLT: Nos contratos individuais de trabalho cuja
remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que
por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei
no 9.307, de 23 de setembro de 1996. 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
CLT, arts. 625-A a 625-H
Órgão extrajudicial, pode ser instituída no âmbito dos sindicatos e das empresas. É paritária em sua
representação (representantes de empregados e empregadores em igual número). 
Objetivo: tentar conciliação entre empregado e empregador antes de a demanda trabalhista ser
ajuizada.
Obrigatoriedadede o empregado passar pela Comissão Prévia existe?
Art. 625-D x Art. 5, XXXV, CF/88
STF, em ADI, entendeu que o art. 625-D deveria ser interpretado conforme a Constituição, logo, a
passagem pela Comissão Prévia é facultativa, pois a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Porém, se o empregado optar por passar pela Comissão Prévia e obter termo de conciliação, ele não
poderá cobrar mais nada além do empregador, pela eficácia liberatória geral, exceto quanto às
parcelas expressamente ressalvadas no termo. 
ESTRUTURA ORGÂNICA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1) 1ª Instância: Varas do Trabalho
> Órgão singular
> Antes da EC 24/99, eram chamados de Juntas de Conciliação e Julgamento (era colegiado)
> Art. 112, CF/88: A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho. 
Trata de comarcas não abrangidas pela jurisdição da Vara do Trabalho. No ES todos os municípios
são abrangidos pela Justiça do Trabalho. 
> Súmula 10, STJ: Instalada a junta de conciliação e julgamento (hoje Vara do Trabalho), cessa a
competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por
ele proferidas. Independentemente da fase em que se encontra o processo.
2) 2ª Instância: Tribunais Regionais do Trabalho
> 24 TRTs/regiões trabalhistas
SP: abrangido pelo TRT 2ª Região e TRT 15ª Região 
ES: TRT 17ª Região – composto por 12 desembargadores
3) Tribunal Superior do Trabalho
> Jurisdição em todo o território nacional. Corte composta por 27 Ministros. 
> Corte Superior. Principal função: uniformizar a jurisprudência trabalhista. 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1) COMPETÊNCIA MATERIAL
> CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “A competência em razão da matéria no processo do
trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo.”
> É fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido.
> É de natureza absoluta.
> Matéria de ordem pública.
> O juiz pode declarar de ofício.
> Não há preclusão, podendo ser arguida a qualquer tempo e grau de jurisdição.
1.1) ARTIGO 114 DA CF • Redação dada pela EC 45/04
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
> Abrange, de uma forma geral, as relações de trabalho (autônomos, eventuais, etc), e não apenas as
relações de emprego.
> Relação de trabalho avulso – CLT, arts. 643, § 3º; CF, art. 114, I
> Relação de consumo – Carlos Henrique Bezerra Leite: “não são da competência da justiça do
trabalho as ações oriundas da relação de consumo.” 
STJ, Súmula 363: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente.
> Servidor Público Estatutário – O presidente do STF concedeu liminar na ADI n. 3.395, proposta
pela AJUFE. 
Servidor Estatutário ajuíza ação trabalhista na Justiça Comum. 
Servidor Celetista ajuíza ação trabalhista na Justiça do Trabalho. 
DTs: possuem contratos administrativos com os órgãos públicos e portanto devem ajuizar ação na
Justiça Comum.
> Competência criminal • ADI nº 3684: no âmbito de jurisdição da justiça do trabalho, não entra
competência para processar e julgar ações penais.
Ex.: 216-A do Código Penal – assédio sexual (pode ocorrer na relação de trabalho, mas será julgada
na esfera penal). 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
> Súmula Vinculante 23: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da
iniciativa privada. » empresas públicas e sociedades de economia mista estão incluídas.
3 tipos de ações possessórias: reintegração de posse (esbulho), manutenção de posse (turbação) e
interdito proibitório (ameaça de esbulho ou turbação).
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores;
> STJ, Súmula 222: desatualizada; anterior à EC 45/04
> Inclui ações que envolvem o processo eleitoral do sindicato
> Ações para reparação de danos provocados pelo dirigente sindical ao sindicato.
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
> HC que não esteja relacionado a crime, mesmo que sejam crimes contra as relações de trabalho
(art. 109, VI – competência da Justiça Federal). Competente pra julgar prisão de caráter cível. 
> Exemplos de habeas corpus na JT: 
a) Prisão de depositário infiel sentenciado por juiz do trabalho (Súmula Vinculante 25). 
b) Juiz do trabalho decreta medida restritiva a devedores contumazes na fase de execução, como
apreensão de passaporte ou CNH. 
c) Prisão por descumprimento de ordem judicial. 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no
art. 102, I, o;
> Só é julgado pela JT se o conflito for entre órgãos da Justiça Trabalhista.
> Compete ao STJ julgar os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos;
> art. 102, I, o: Compete ao STF julgar os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de
Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.
Por exemplo: TST vs. qualquer outro tribunal
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
> Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em
primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.
> No caso de ação relativa a acidente de trabalho impetrada pelo empregado contra INSS,
postulando benefício previdenciário, a competência é da Justiça Comum Estadual. 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
> 3 eixos:
_ penalidade administrativa
_ empregadores
_ órgãos de fiscalização das relações de trabalho (superintendência regional do trabalho, auditores
fiscais do trabalho)
Ex.: Empregador impetra ação anulatória da penalidade administrativa (o auto de infração lavrado
pelo auditor fiscal do trabalho) em face da União, via Justiça do Trabalho. 
Ex2: Empregador não paga multa aplicada pela superintendência regional do trabalho e União
inscreve em dívida ativa, ajuizando uma ação de execução fiscal na Justiça do Trabalho.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
> Contribuições previdenciárias incidentes sobre sentenças condenatórias em pecúnia ou sentenças
homologatórias de acordo. Não cabe à JT executar as contribuições previdenciárias incidentes sobre
os salários pagos durante o período contratual reconhecido.
> São as contribuições previdenciárias devidas ao INSS: 
_do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
_do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendoser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social.
> Súmula nº 368 do TST: I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento
das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das
contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
> Súmula vinculante 53: A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da
Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao
objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
Devido ao fato de a sentença condenatória ser título executivo, ao contrário da constitutiva ou
declaratória, que não ensejam títulos executivos.
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Súmula 300, TST: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por
empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social
(PIS).
Súmula 389, TST: I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre
empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego.
2) COMPETÊNCIA NORMATIVA
CF, art. 114, §§ 2º e 3º.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho,
bem como as convencionadas anteriormente.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho
decidir o conflito.
3) COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Critério Relativo. Matéria que interessa às partes, não sendo de ordem pública. Juiz não pode
conhecer de ofício. 
Há o momento e o meio adequados para arguição da incompetência territorial (art. 800, CLT – réu
tem prazo de 5 dias a partir da citação para oferecer exceção de incompetência territorial. Se não for
alegada no prazo, ocorre prorrogação de competência: juízo incompetente se torna competente). 
3.1) LOCAL DA PRESTAÇÃO DO TRABALHO
CLT, art. 651, caput: A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
LOCAL DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – REGRA GERAL 
3.2) AGENTE OU VIAJANTE – Exceção 1
CLT, art. 651, § 1º: Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será
da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio
ou a localidade mais próxima. 
3.3) BRASILEIRO QUE TRABALHA NO ESTRANGEIRO – Exceção 2
CLT, art. 651, § 2º: A competência das Varas do Trabalho estabelecida neste artigo estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não
haja convenção internacional dispondo em contrário. 
_ A prestação de serviços ocorreu no estrangeiro mas a ação pode ser impetrada no Brasil (regra de
competência internacional). 
3.4) EMPREGADOR QUE PROMOVA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES FORA DO
LUGAR DO CONTRATO – Exceção 3
CLT, art. 651, § 3º: Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
_ Pouco importa se atividades transitórias ou permanentes. Ex: Construção Civil. 
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
1) DISCIPLINA LEGAL
CLT, arts. 770 a 782
2) ATOS PROCESSUAIS
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
2.1) CONCEITO
Carlos Henrique Bezerra Leite: “os atos processuais são acontecimentos voluntários que ocorrem no
processo, isto é, os que dependem de manifestações dos sujeitos do processo”.
3) TERMOS PROCESSUAIS
3.1) CONCEITO
Carlos Henrique Bezerra Leite: “Termo, a rigor, é a redução escrita do ato. Em outras palavras,
termo é a reprodução gráfica do ato processual.”
4) PRAZOS PROCESSUAIS
4.1) CONCEITO
Sérgio Pinto Martins: é o período em que o ato processual deve ser praticado.
4.2) CONTAGEM – CLT, arts. 774 e 775
Art. 774 – Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o
caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que
for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho,
ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Vara, Juízo ou Tribunal.
_ prazo terá início com a intimação (quando a parte tomar ciência do ato). No CPC, é da juntada aos
autos. Aqui é a própria ciência da parte. 
Parágrafo único – Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o
destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de
origem. 
_TST, tomando esse parâmetro de 48h, criou uma presunção de recebimento, por meio da Súmula
16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu
não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Trata-se de presunção relativa ou juris tantum, admite prova em contrário, no caso, o destinatário.
 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes
hipóteses: 
I – quando o juízo entender necessário;
II – em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
_ a partir da Reforma Trabalhista, prazos são contados em dias ÚTEIS (considerando o que é dia
útil para a Justiça). 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
_intimação no sábado: Súmula 262, I, TST: Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do
prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente.
4.3) FAZENDA PÚBLICA
Decreto-Lei 779/69, art. 1º, II e III: 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público
federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica:
_ Fazenda Pública: Adm. Direta, Autarquias, Fundações de Direito Público não exploradora de
atividade econômica. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista estão excluídas do rol
de privilégio.
II – o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, “in fine”, da Consolidação das Leis do Trabalho;
No art. 841, é estabelecido prazo mínimo de 5 dias entre a data da citação e a data da audiência. 
Logo, para a Fazenda Pública, o prazo será de 20 dias. 
III – o prazo em dobro para recurso;
Recurso: 8 dias. 
Fazenda Pública: 16 dias. 
Embargos de Declaração: 5 dias. Fazenda Pública: 10 dias. 
4.3) SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DOS PRAZOS
Interrupção: Embargos de Declaração (CLT, art. 897-A, § 3º: Os embargos de declaração
interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura). 
Suspensão: art. 775-A, CLT: Suspende-se ocurso do prazo processual nos dias compreendidos
entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
NULIDADES PROCESSUAIS
Aula 18/03/21
1) CONCEITO
Sérgio Pinto Martins: Nulidade é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus
efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica.
2) PRINCÍPIOS DAS NULIDADES PROCESSUAIS
2.1) PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
Arts. 188 e 277 do CPC
Forma x Finalidade
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando
a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
preencham a finalidade essencial.
 Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se,
realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
A forma é um instrumento para se atingir a finalidade, de modo que caso a atinja mesmo não
cumprindo todas as formalidades, o ato poderá ser considerado válido. 
Formalidade essencial, caso não preenchida, importa na nulidade do ato. Ex: Falta de
fundamentação da sentença. 
2.2) PRINCÍPIO DO PREJUÍZO OU DA TRANSCENDÊNCIA
Art. 794 da CLT: Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Pas de nullité sans grief: não há nulidade se não houver prejuízo. 
Prejuízo do direito processual 
2.3) PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO OU DA PRECLUSÃO
Art. 795 da CLT: As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as
quais deverão arguí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
_Protesto – para compatibilizar o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias
com o art. 795. O protesto é registrado no momento em que há proferimento de decisão
interlocutória nula, sendo um instrumento anti preclusivo, caso se esqueça de alegar na fase de
recurso de decisão definitiva, conforme art. 893, § 1º, CLT. 
_Não se aplica às nulidades absolutas.
2.4) PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL
Art. 796, alínea a, da CLT: A nulidade não será pronunciada quando for possível suprir-se a falta
ou repetir-se o ato.
Ex.: Emenda da petição inicial. 
2.5) PRINCÍPIO DO INTERESSE
Art. 796, alínea b, da CLT: A nulidade não será pronunciada quando arguida por quem lhe tiver
dado causa.
OBS: Só se aplica às nulidades relativas.
2.6) PRINCÍPIO DA UTILIDADE
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Art. 798 da CLT: A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou
sejam consequência.
O juiz, quando declara a nulidade do ato, precisa definir a extensão dessa nulidade, isto é, quais são
os outros atos processuais que foram contaminados.
PARTES E PROCURADORES
1) PARTES
Moacyr Amaral Santos: Partes, no sentido processual, são as pessoas que pedem ou em relação às
quais se pede a tutela jurisdicional. 
Partes não se confundem com legitimidade nem interesse processual. Uma parte pode ser ilegítima
e ela pode não ter interesse processual.
2) LITISCONSÓRCIO
_Humberto Theodoro Júnior: vem a ser a hipótese em que uma das partes do processo se compõe de
várias pessoas. 
_TST/SBDI1, OJ n. 310: Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no CPC/2015, art.
229, caput e §§ 1º e 2º – CPC/2015, em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é
inerente. (prazo simples, e não em dobro, para os litisconsortes com advogados diferentes)
_Arts. 113 a 118 do CPC
 Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase
de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que
recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da
relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que
devam ser litisconsortes.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o
processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao
autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que
assinar, sob pena de extinção do processo.
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como
litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de
um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos
devem ser intimados dos respectivos atos.
_Classificação 
Litisconsórcio ativo: pluralidade de autores 
Litisconsórcio passivo: pluralidade de réus
Litisconsórcio misto ou recíproco: pluralidade de autores e pluralidade de réus.
Litisconsórcio necessário ou facultativo: obrigatoriedade ou não a depender da obrigatoriedade
legal ou pela natureza da relação jurídica (incindíveis ou indivisíveis). 
Litisconsórcio originário ou superveniente/ulterior: originário nasce no ato da petição inicial;
ulterior quando surge no curso do processo (chamamento, intervenção de terceiros).
Litisconsórcio simples ou unitário: simples quando a decisão entre os litisconsortes podem ser
diferentes entre si, unitário quando a decisão é única para todos. 
_Art. 842, CLT: Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento. 
> litisconsórcio ativo facultativo simples.
_Art. 611-A, §5o (sindicatos): Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou
coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos.
_Reclamação trabalhista plúrima: a CLT está falando em litisconsórcio ativo.
3) CAPACIDADE
Aptidão de praticar atos. 
3.1) CAPACIDADE DE SER PARTE
Direito da Personalidade. Toda pessoa humana a possui.
3.2) CAPACIDADE PROCESSUAL
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
4) JUS POSTULANDI
Capacidade postulatória. Em regra é do advogado.
Exceções (algumas): Impetração de Habeas Corpus, Juizados Especiais até 20 salários-mínimos, a
própria Justiça do Trabalho. 
_art. 791, CLT, caput: Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante
a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
> não há limite de valor para a parte exercer seu ius postulandi. E não está limitada à primeira
instância. 
_ Súmula 425, TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a
ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho. 
>Resumindo: Jus Postulandi não alcança o TST. 
Ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência doTribunal
Superior do Trabalho: só com advogado. O recurso que mais chega ao TST é o recurso de revista. 
_Art. 855-B da CLT: O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
> Homologação de acordo extrajudicial é exceção ao jus postulandi. 
5) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – art. 791-A da CLT
_Antes da reforma trabalhista: art. 14 da Lei 5.584/70 (assistência do sindicato da categoria
profissional ao trabalhador + hipossuficiência financeira) e Súmula 219 do TST.
_Com Reforma Trabalhista: art. 791-A da CLT. Ao advogado, ainda que atue em causa própria,
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
>Rompimento com o paradigma antigo (assistência sindical) e passa a adotar o critério da simples
sucumbência. 
> Máximo de 15%, diferente do CPC, que é de 20%. 
> Pode haver sucumbência parcial, recíproca – art. 791-A § 3o: Na hipótese de procedência parcial,
o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os
honorários.
>§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que
em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas
se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a
concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
6) ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E JUSTIÇA GRATUITA
_AJG: art. 14, Lei 5.584/70 – prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o
trabalhador.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
> Na justiça trabalhista não existe a estrutura de Defensoria Pública. 
_JG: art. 790, §§ 3o e 4o (redação dada pela Reforma Trabalhista)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou
inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social. 
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo. 
_Súmula 463, TST (vale tanto para AJG quanto para JG)
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa
natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu
advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105
do CPC de 2015);
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração
cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.
7) REPRESENTAÇÃO 
7.1) REPRESENTAÇÃO DO EMPREGADO POR OUTRO EMPREGADO
_Art. 843, CLT: Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo
Sindicato de sua categoria. 
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível
ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que
pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
> Não se está diante da hipótese de verdadeira representação (aquele que tem poderes de praticar
atos em prol do representado). O objetivo do comparecimento desses “representantes” serve
unicamente para evitar o arquivamento da reclamação trabalhista nos moldes do art. 844 da CLT. 
7.2) REPRESENTAÇÃO NA RECLAMATÓRIA PLÚRIMA E NA AÇÃO DE
CUMPRIMENTO
_Art. 843, CLT: Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo
Sindicato de sua categoria. 
> Reclamatória Plúrima: uma ação trabalhista que tem litisconsórcio ativo (mais de um autor).
> Ação de Cumprimento: procedimento especial do direito processual do trabalho. É uma ação de
conhecimento de cunho condenatório proposta pelo sindicato profissional ou pelos próprios
trabalhadores interessados, perante a Vara do Trabalho, obedecida a regra do artigo 651 da CLT,
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
cuja finalidade é o cumprimento das cláusulas constantes dos instrumentos normativos coletivos
(acordos coletivos, convenções coletivas e sentenças normativas).
7.3) REPRESENTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS E OUTROS ENTES SEM
PERSONALIDADE
_Art. 75, CPC (Regra Geral aplicada ao Processo do Trabalho): 
Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;
II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III – o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;
V – a massa falida, pelo administrador judicial;
VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII – o espólio, pelo inventariante;
VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores;
IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade
jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial,
agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico.
_Art. 843, §§ 1º e 3o 
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto
que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte
reclamada. 
> O caso aqui é de hipótese de verdadeira representação pelo preposto (suas declarações obrigam o
reclamado/empregador). Caso o preposto não tenha conhecimento do fato, gera-se automaticamente
uma confissão ficta, fazendo presumir que as alegações feitas pelo reclamante na inicial são
verdadeiras.
Obs.: O conhecimento do fato não é sob a ótica de testemunha (que viu, vivenciou…); ele pode
jamais ter visto o reclamante ou pisado no local de trabalho do reclamante. Ele transmite a visão do
empregador. 
Obs.: Preposto e advogado não podem coincidir, isto é, num processo, ou se figura como preposto
ou se figura como advogado. 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
>Súmula nº 377 do TST (**desatualizada** aplicada apenas nos casos anteriores à da Reforma
Trabalhista) – Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno
empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843,
§ 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
8) SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
Regra geral: parte em nome próprio, defende direito próprio (legitimidade ordinária). Art. 18, CPC.
A substituição é uma legitimação extraordinária, ou seja, alguém em nome próprio pode pleitear
direito alheio, nos casos previstos em lei. 
_Direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos: CDC, art. 81, parágrafo único.
I – interesses ou direitos difusos, assimentendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II – interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica
base;
III – interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes
de origem comum.
_Sindicato: CF, art. 8º, III: ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas. 
_MPT: art.129, III, CF: promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
PETIÇÃO INICIAL
1) CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A petição inicial é um pressuposto processual de existência, pois ela materializa a demanda e
concretiza o direito de ação. 
Mas não basta qualquer petição inicial; é necessário que ela seja apta, sendo pressuposto de
validade.
2) REQUISITOS
Atenção: o art. 319 do CPC não é aplicado aqui! 
CLT, art. 840, § 1º: Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá
ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante. » Redação dada pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista)
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
_designação do juízo
_qualificação das partes: um dos elementos da ação, subjetivo.
_breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio: causa de pedir, também um dos elementos da
ação. A fundamentação jurídica entra aqui – é a repercussão dos fatos no direito, o direito que
decorre de tais fatos (diferente de fundamentação legal). Teoria da substanciação da causa de pedir. 
_o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor (novidade): Pedido
líquido (quantum debeatur)
CLT, art. 840, § 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados
extintos sem resolução do mérito. »O juiz não pode aplicar § 3o de imediato; ele precisa abrir um
prazo para que o autor corrija (jurisprudência consolidada).
_a data e a assinatura do reclamante (jus postulandi) ou de seu representante (advogado)
OBS.: Sobre as provas na petição inicial: não entra como requisito porque as mesmas são
produzidas em audiência. 
OBS.: Apesar de não estar expresso, é fundamental colocar o valor da causa na petição inicial, pois
define o procedimento. 
3) ADITAMENTO
CPC, art. 329: aplicado aqui, pois CLT é omissa.
O autor poderá:
I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de
consentimento do réu;
II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação
deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de
pedir.
No Processo de Trabalho não existe a fase de saneamento. Portanto, não se aplica inciso II por
incompatibilidade procedimental. 
Divergência: até citação X até contestação?
Na jurisprudência, a corrente que tem dominado é que é possível até a contestação, sem
consentimento do réu. 
4) EMENDA
CLT é omissa. Aplica-se CPC, art. 321: O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 (LEIA-SE ART. 840, § 1o, CLT) ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
_Vícios sanáveis
_Direito do reclamante ao prazo de 15 dias
_TST, Súmula nº 263: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015, o indeferimento da petição
inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não
preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em
15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o
fizer (art. 321 do CPC de 2015).
5) INDEFERIMENTO
CLT é omissa. Aplica-se CPC, art. 330: 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento
ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as
obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do
débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Vícios insanáveis. Juiz pode indeferir de plano, não precisa abrir prazo. 
_TST, Súmula nº 263: Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015, o indeferimento da petição
inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não
preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em
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ANOTAÇÕES DE AULA
15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o
fizer (art. 321 do CPC de 2015).
PROCEDIMENTO
1) NOÇÕES INICIAIS
2) CLASSIFICAÇÃO
2.1) COMUM
O procedimento comum é classificado em ordinário, sumaríssimo e sumário de acordo com o valor
da causa.
2.1.1) ORDINÁRIO
Causas cujo valor seja superior a 40 salários-mínimos na data da propositura da ação.
Permite um maior exercício da ampla defesa.
Número de testemunhas: até 3 para cada parte (art. 821 da CLT)
2.1.2) SUMARÍSSIMO
Causas cujo valor seja igual ou inferior a 40 salários-mínimos. 
CLT, arts. 852-A a 852-I.
“Dissídios individuais” (art. 852-A, caput, da CLT). 
Audiência Una (entre ajuizamento e audiência: 15 dias). 
Exclusão: Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art. 852-A, parágrafo único, da
CLT)
Pedido líquido (art. 852-B, I, da CLT): não é mais exclusivo desse procedimento, dado NR do art.
840, § 1º, CLT pela Reforma Trabalhista. 
Vedada citação por edital (art. 852-B, II, da CLT): exclusivo do procedimento sumaríssimo
Arquivamento da reclamação: art. 852-B, § 1º, da CLT.
Número de testemunhas: até 2 para cada parte (art. 852-H, § 2º, da CLT).
2.1.3) SUMÁRIO
Causas cujo valor seja de até 2 salários-mínimos.
Art. 2º, §§ 3º e 4º, da Lei nº 5.584/70
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas)
vezes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos
depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º – Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças
proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para
esse fim, o valor do salário-mínimoà data do ajuizamento da ação.
“Dissídio de alçada”
Sentença irrecorrível, salvo se versar sobre matéria constitucional, quando caberá recurso
extraordinário diretamente para o STF (art. 102, III, CF/88)
2.2) ESPECIAL
Rito especial, em razão das particularidades do direito material.
Aplicam-se, mutatis mutandis, os procedimentos especiais previstos no CPC (artigos 539 e
seguintes), tais como ação de consignação em pagamento, ação de exigir contas, ações possessórias,
salvos os que são claramente incompatíveis.
2.2.1) PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PREVISTOS NA CLT
2.2.1.1) INQUÉRITO JUDICIAL
Art. 853 – Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra
empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por
escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da
suspensão do empregado.
Art. 854 – O processo do inquérito perante a Junta ou Juízo obedecerá às normas
estabelecidas no presente Capítulo, observadas as disposições desta Seção.
Art. 855 – Se tiver havido prévio reconhecimento da estabilidade do empregado, o
julgamento do inquérito pela Junta ou Juízo não prejudicará a execução para
pagamento dos salários devidos ao empregado, até a data da instauração do mesmo
inquérito.
Arts. 853 a 855 da CLT – Demissão do servidor estável por justa causa. 
Prazo decadencial de 30 dias, contado da data da suspensão do empregado.
Artigo 821 da CLT: até 6 testemunhas para cada parte.
2.2.1.2) DISSÍDIOS COLETIVOS
Arts. 856 a 875 da CLT
Dissídio coletivo nasce no contexto de uma negociação coletiva frustrada. 
2.2.1.3) AÇÃO DE CUMPRIMENTO
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ANOTAÇÕES DE AULA
Ação cognitiva/de conhecimento, de natureza condenatória na qual se pede que o empregador seja
obrigado a cumprir o acordo coletivo, a convenção coletiva ou a sentença normativa. 
Art. 872, parágrafo único, da CLT: Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento
de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos,
independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão,
apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II
deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na
decisão.
2.2.1.4) HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
(novidade da Reforma Trabalhista)
Arts. 855-B a 855-E da CLT 
Petição conjunta, sendo obrigatória a representação por advogado (art. 855-B, caput)
Vedado a representação por advogado comum (art. 855-B, § 1º)
A petição suspende o prazo prescricional (art. 855-E)
Súmula 418, TST: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido
e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
AUDIÊNCIA
1) CONCEITO
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “Em linguagem simples, a audiência é o lugar e o
momento em que os juízes ouvem as partes. Também significa sessão marcada ou determinada pelo
juiz, perante o qual as partes comparecem e na qual são produzidos atos processuais e decisões.”
CLT, art. 813 – As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão
na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas,
não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
CF, art. 93, IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação; 
CF, art. 5 o, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem.
2) PODER DE POLÍCIA (PROCESSUAL)
  CLT, art. 816 – O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar
do recinto os assistentes que a perturbarem.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
3) DISCIPLINA LEGAL
 Procedimento ordinário: CLT, arts. 843 a 852
 Procedimento sumaríssimo: CLT, arts. 852-C e seguintes. 
4) UNICIDADE
 CLT, art. 849 – A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo
de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a
primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
5) PRIMEIRA PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO
 CLT, art. 846, caput – Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
> Princípio da Conciliação. Primeiro momento obrigatório de tentativa de conciliação, sob pena de
nulidade processual caso o juiz deixe de promover.
6) DEFESA
 CLT, art. 847 – Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa,
após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
> previsão de 20 min é para sustentação oral; atualmente o comum é apresentar defesa escrita.
> contestação é apresentada em audiência. Prazo: não pode ser menos de 5 dias de intervalo (art.
841). 
 CLT, art. 847, Parágrafo único – A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de
processo judicial eletrônico até a audiência. (atualização da Reforma Trabalhista). 
> a Reconvenção é apresentada na própria contestação. 
7) INSTRUÇÃO
 CLT, art. 848 – Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente,
ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. 
> apresentação ou requerimento dos instrumentos probatórios, sob pena de preclusão. Se o juiz
indefere, registra o protesto na ata para não precluir, pois não é possível interpor recurso nesse
momento. 
8) RAZÕES FINAIS
 CLT, art. 850, caput, primeira parte – Terminada a instrução,  poderão as partes aduzir razões
finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. 
> não são obrigatórias, portanto não acarretam qualquer ônus processual para as partes. 
> não há previsão para apresentação por escrito. 
9) DERRADEIRA PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO
 CLT, 850, caput, segunda parte – (…) Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de
conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
10) SENTENÇA
 CLT, art. 850, parágrafo único – O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio,
tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir
decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e
ao interesse social.
> pode ser com ou sem resolução de mérito. 
> 1a possibilidade: juiz profere sentença na audiência. Partes já saem intimadas. O prazo para
interpor recurso já se inicia. 
> 2a possibilidade: juiz não profere na audiência e não determina prazo para proferimento (sine die)
> 3a possibilidade: juiz não profere na audiência e determina prazo para proferimento. Parte deve
atentar para a data e hora determinada pelo juiz pois o prazo começa a correr daí. Súmula 197, TST:
O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a
prolação da sentença conta-se de sua publicação. 
11) COMPARECIMENTO DAS PARTES
  CLT, art. 843, caput – Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o
reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se
representar pelo Sindicato de sua categoria. 
11.1) COMPARECIMENTO DO RECLAMANTE
 CLT, art. 844, primeira parte – O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o
arquivamento da reclamação.
> arquivamento da reclamação: extinção do processo sem resolução de mérito. Partepode impetrar
novamente a ação, uma vez que não fez coisa julgada material. É uma sentença terminativa, até faz
coisa julgada formal, mas não resolve o mérito. 
Reforma Trabalhista estabeleceu condição para tanto: art. 844, § 3o – O pagamento das custas a que
se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas
calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo
se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
 CLT, arts. 731 e 732 – PEREMPÇÃO TRABALHISTA
Art. 731 – Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no
prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo,
incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça
do Trabalho.
Art. 732 – Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844 (arquivamento pela ausência do
reclamante).
> perda do direito de ação, pelo prazo de 6 (seis) meses. 
 TST, Súmulas nºs 9 e 74
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Súmula nº 9 do TST – A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a
ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
Súmula nº 74 do TST
I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
> Confissão ficta ou presumida. Presunção relativa de veracidade dos fatos narrados pelo reclamado
na contestação. 
11.2)
COMPARECIMENTO DO RECLAMADO
  CLT, art. 844, caput, segunda parte – (….) e o não-comparecimento do reclamado importa
revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
 Presença do advogado: contestação aceita (art. 844, § 5º, da CLT) –  Ainda que ausente o
reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos
eventualmente apresentados. 
>Súmula 122, TST, primeira parte foi superada.
 TST/SBDI1, OJ nº 152: revelia – pessoa jurídica de direito público:  Pessoa jurídica de direito
público sujeita-se à revelia prevista no art. 844 da CLT.
 TST/SBDI1, OJ nº 245: revelia – atraso – audiência:  Inexiste previsão legal tolerando atraso no
horário de comparecimento da parte na audiência.
Fundamento da súmula 74, I, TST: art. 385, § 1º, CPC/15 – Se a parte, pessoalmente intimada para
prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se
recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena (de confissão).
12) COMPARECIMENTO DAS TESTEMUNHAS
  CLT, art. 825 – As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou
intimação.
>As testemunhas são convidadas pelas partes. Não há que se falar, inicialmente, de uma intimação
expedida pela justiça.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Parágrafo único – As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da
parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730 (multa), caso, sem
motivo justificado, não atendam à intimação.
>Juiz pode negar requerimento da parte se considerar que a produção dessa prova é desnecessária,
ou impertinente. 
> Aplicação cumulativa da condução coercitiva com multa. 
 Procedimento sumaríssimo (causas cujo valor seja igual ou inferior a 40 salários-mínimos): CLT,
art. 852-H, §§ 2º e 3º
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de
instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de
comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata
condução coercitiva.
Comprovação do convite
13) TERMO DE CONCILIAÇÃO E INSS
 CLT, art. 831, parágrafo único
Art. 831 – A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão
irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
> Sentença homologatória do acordo. A irrecorribilidade é uma particularidade do Processo do
Trabalho. Faz coisa julgada/transita em julgado imediatamente, vez que não é mais possível recorrer
da decisão. 
> Legitimidade recursal da Previdência Social para questionar as contribuições previdenciárias que
lhe são devidas. Quando o juiz homologa o acordo, ele deve intimar o INSS (mas, se o valor for
muito baixo, o juiz é dispensado dessa obrigação de intimação). Quem interpõe o recurso, como
pessoa jurídica, no processo, é a União, representando o INSS (prazo de 16 dias – em dobro – para
recorrer) 
Art. 114, VIII, CF: é competência da Justiça do Trabalho a execução, de ofício, das contribuições
sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir. 
>OJ 376 da SDI-I/TST. Caso o acordo seja celebrado após o trânsito em julgado da decisão
judicial, a contribuição previdenciária é devida sobre o valor do acordo, devendo ser respeitada a
proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na
decisão condenatória.
 TST, Súmula 259:  Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no
parágrafo único do art. 831 da CLT.
> ação autônoma que instrumentaliza meio de impugnação que tem como fito, presentes hipóteses
específicas, desconstituir coisa julgada oriunda de decisão judicial transitada em julgado.
> ação rescisória é prevista no CPC, art. 966 (não há previsão na CLT, por isso aplica-se CPC
subsidiariamente). 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
RESPOSTA DO RECLAMADO
1) MODALIDADES DE RESPOSTA
2) EXCEÇÕES
 CLT, art. 799, caput:  “Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser
opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.”
» Suspeição, impedimento ou incompetência relativa (territorial).
Atenção: exceção não existe mais no Processo Civil. 
 CLT, art. 800:  “Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a
contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-
se-á o procedimento estabelecido neste artigo.”
» 5 dias a partir da citação (caput). Não apresentando a exceção, ocorre preclusão e prorrogação de
competência. 
» Suspensão do processo e da audiência (§ 1º)
» Prazo de 5 dias para manifestação (§ 2º)
 CLT, art. 801: “suspeição”: 
“O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos
seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.”
» Aplicação supletiva do CPC
» Impedimento: art. 144 do CPC
» Suspeição: art. 145 do CPC
 Excipiente x Excepto (ou Exceto)
3) CONTESTAÇÃO
3.1) CONCEITO
» “Trata-se de peça processual pela qual o réu se insurge, de todos os modos legalmente previstos,
contra a pretensão deduzida pelo autor, na inicial.” (CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE)
3.2) PRINCÍPIOS DA CONCENTRAÇÃO E DA EVENTUALIDADE
 CPC, art. 336:  “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que
pretende produzir.”
As matérias de defesa que não forem abordadas na contestação ficarão preclusas (preclusão
consumativa), salvo as matérias de ordem pública). 
A contestação é apresentada em audiência, conforme art. 847 da CLT. 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
3.3) CONTESTAÇÃO CONTRAO PROCESSO
 CPC, art. 337
Atenção: não aplicar parte final do inciso II do CPC (incompetência relativa é arguida por meio de
exceção de incompetência) 
 “Preliminares”
 Ausência de pressuposto processual ou de condição da ação (matéria  processual).
 CPC, art. 485: sentença sem a resolução do mérito
3.4) PREJUDICIAL DE MÉRITO
 É a matéria que, a despeito de não estar diretamente ligada ao mérito (pedido mediato – bem da
vida), nele influencia. Instituto de direito material. 
 Exemplo: prescrição.
 TST, Súmula 153:  “Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária”. Pode ser
arguida na instância ordinária (Vara do Trabalho e TRT). 
Pode ser arguida então mesmo depois da contestação, desde que o processo se encontre na instância
ordinária. 
Na JT, a prescrição é matéria de ordem pública, ou seja, pode ser declarada de ofício pelo
juiz? Jurisprudência do TST informa que não cabe (o entendimento jurisprudencial desta Corte
é no sentido de que não se aplica ao Processo do Trabalho o art. 219, § 5º, do CPC/1973 (art. 487,
II, do CPC/2015). Frise-se, nesse aspecto, que a inaplicabilidade, no processo do trabalho, da regra
processual que autoriza o órgão jurisdicional a declarar a prescrição de ofício independe da matéria
discutida na reclamação trabalhista. Isso porque que em ambos os casos busca-se a tutela da parte
hipossuficiente - (ex)empregado -, visando retificar ou atenuar, no plano jurídico, o desequilíbrio
inerente ao plano fático do contrato de trabalho ou de previdência complementar). 
3.5) CONTESTAÇÃO DO MÉRITO
 Mérito = pedido mediato = “bem da vida”
3.5.1) CONTESTAÇÃO DIRETA DO MÉRITO
 Caracteriza-se pela negativa do fato constitutivo alegado pelo reclamante.
3.5.2) CONTESTAÇÃO INDIRETA DO MÉRITO
 Caracteriza-se não pela negação do fato constitutivo, mas pela alegação de um fato extintivo,
modificativo ou impeditivo do direito alegado pelo reclamante.
 É chamada também de “exceção substancial”.
 Exemplo: compensação (CC, arts. 368 a 380) 
» Só pode ser arguida na contestação: art. 767 da CLT e Súmula 48 do TST. Caso contrário, preclui. 
Art. 767 da CLT: A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como matéria de defesa.
Súmula 48 do TST: A compensação só poderá ser arguida com a contestação.
» Súmula 18 do TST: A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza
trabalhista.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
4) RECONVENÇÃO
 CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “é uma das modalidades de resposta do réu. (...)
Dito de outro modo, a reconvenção é uma ação que o réu propõe, em face do autor, dentro do
mesmo processo em que o primeiro é demandado, buscando tutela jurisdicional em que se
resguarde um direito seu que alega ter sido lesado ou ameaçado de lesão pelo autor.”
Não é defesa, é exercício do direito de ação do réu. 
 Sem previsão na CLT. Aplica-se o CPC. 
 CPC, art. 343:  “Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.”
 Na própria contestação
 Pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa
 Desistência da ação ou causa extintiva = prosseguimento da reconvenção (§ 2º)
 Pode ser proposta independentemente da contestação (§ 6º): o réu pode ser revel por não
apresentar contestação e ainda assim apresentar reconvenção. 
 Reconvinte x Reconvindo
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
PROVA
1) CONCEITO
“Chama-se de provas os meios que servem para dar conhecimento de um fato, e por isso a fornecer
a demonstração e a formar a convicção da verdade do próprio fato; e chama-se instrução probatória
a fase do processo dirigida a formar e colher as provas necessárias para essa finalidade”
(LIEBMAN) 
MARINONI e ARENHART: “prova é todo meio retórico, regulado pela lei, dirigido a, dentro dos
parâmetros fixados pelo direito e de critérios racionais, convencer o Estado-juiz da validade das
proposições, objeto de impugnação, feitas no processo.”
2) PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À PROVA
2.1) PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Artigo 5º, LV, da CF: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Artigo 765 da CLT: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
Artigo 370 do CPC
2.2) PRINCÍPIO DA NECESSIDADE DA PROVA
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “É necessário que a parte faça prova de suas
alegações, pois os fatos não provados são inexistentes no processo.”
2.3) PRINCÍPIO DA UNIDADE DA PROVA
C ARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “A prova deve ser examinada no seu conjunto,
formando um todo unitário, em função do que não se deve apreciar a prova isoladamente.”
Cabe ao juiz examinar o conjunto probatório para formar o seu convencimento motivado.
2.4) PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA PROVA ILÍCITA
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “prova ilícita é aquela que implica violação de norma
do direito material, uma vez que é obtida por meio de ato ilícito. Já as provas que decorrem de
violação de norma processual são chamadas ilegítimas.”
Artigo 5º, LVI, da CF: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Artigo 369 do CPC: As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
2.5) PRINCÍPIOS DO LIVRE CONVENCIMENTO E DA MOTIVAÇÃO DECISÓRIA
Artigo 371 do CPC: O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito
que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “Realmente, no modelo constitucional de processo,
ou melhor, no paradigma do Estado Democrático de Direito, a decisão judicial devidamente
fundamentada não é decorrência do livre convencimento do julgador, e sim da construção de um
raciocínio destinado a convencer as partes a respeito da legal, adequada e justa composição da lide.
Daí a importância dos incisos I, II, III e IV do § 1º do art. 489 do NCPC, os quais visam,
evidentemente, impedir decisões arbitrárias ou abusivas.”
Art. 489, § 1º, CPC: Não se considera fundamentada qualquer
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
Livre convencimento motivado. 
2.6) PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Preferencialmente, as provas são realizadas na audiência.
Artigo 845 da CLT: O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das
suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
2.7) PRINCÍPIO DA IMEDIAÇÃO (PROXIMIDADE)
O juiz colhe, de forma direta e imediata (próxima), a prova.
Artigo 765 da CLT: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
Artigo 820 da CLT x artigo 459 do CPC
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Art. 820, CLT: As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser
reinquiridas, por seu intermédio,a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou
advogados.
Art. 459, CPC: As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando
pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem
relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra
já respondida.
O artigo 459 do CPC não se aplica ao Processo do Trabalho, porque a CLT não é omissa. 
2.8) PRINCÍPIO DA AQUISIÇÃO PROCESSUAL DA PROVA
A prova pertence ao processo, e não às partes.
Artigo 780 da CLT: Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois
de findo o processo, ficando traslado.
2.9) PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Artigo 765 da CLT: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
3) OBJETO DA PROVA
O que provar?
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “Constituem objeto da prova os fatos relevantes,
pertinentes e controvertidos”.
Artigo 374 do CPC: Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
4) ÔNUS DA PROVA
Quem deve provar?
Artigo 818 da CLT (NR Reforma Trabalhista)
Distribuição estática do ônus da prova: artigo 818, I e II, da CLT.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Art. 818. O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do reclamante. 
Distribuição dinâmica do ônus da prova: artigo 818, §§ 1º a 3º, da CLT. (EXCEÇÃO)
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova
do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte
a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da
abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da
audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito
admitido. 
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que
a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente
difícil. 
Súmula 212 do TST: despedimento.
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui
presunção favorável ao empregado.
Súmula 338 do TST: jornada de trabalho.
I – É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de
frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida
por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
( OBS: Com a reforma trabalhista, agora é mais de 20 empregados, e não 10 ) 
II – A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento
normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III – Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (Cartão de ponto
Britânico)
 
Súmula 460 do TST: vale-transporte.
É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis
para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
 Súmula 461 do TST: FGTS
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o
pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
5) MEIOS DE PROVA:
Como provar?
Artigo 5º, LVI, da CF: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
Artigo 369 do CPC: As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
5.1) DEPOIMENTO PESSOAL E INTERROGATÓRIO
Artigo 848 da CLT: Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o
presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.
Artigo 820 da CLT: As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo
ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou
advogados.
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE: “se o juiz não interrogar as partes, qualquer delas
pode requerer, por seu intermédio, o interrogatório recíproco”.
A obtenção da confissão real é o objeto principal do depoimento pessoal das partes.
5.2) PROVA TESTEMUNHAL
Artigo 447 do CPC (aplicado subsidiariamente): Podem depor como testemunhas todas as
pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
Incapazes: § 1º
Impedidos: § 2º
Suspeitos: § 3º
Artigo 829 da CLT: A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples
informação.
Súmula 357 do TST: Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter
litigado contra o mesmo empregador.
 
DIR. PROCESSUAL DO TRABALHO I
ANOTAÇÕES DE AULA
Artigo 824 da CLT: incomunicabilidade
O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido
pelas demais que tenham de depor no processo.
Artigo 456 do CPC: ordem da oitiva
O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do autor e depois as do
réu, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras.
Parágrafo único. O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as partes concordarem.
Artigo 828 da CLT: qualificação e compromisso
Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome,
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao
empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
Parágrafo único – Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência,
pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada
pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
Artigo 457, § 1º, da CPC: contradita (impugnação da testemunha)
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a
suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita
com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado.
5.3) PROVA DOCUMENTAL
Dispositivos da CLT que tratam da prova documental:
Artigo 777 da CLT: Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais,
as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos
dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou secretários. 
Artigo 780 da CLT: Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois
de findo o processo, ficando traslado.
Artigo 787 da CLT: A reclamação escrita deverá ser

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