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Material de Contabilidade Tributaria


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MATERIAL
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I
PROFESSOR: ANDERSON ALLAN 
2021
Sumário
ISS	4
Fundamentação Legal	4
Características do ISSQN	4
Fato Gerador do ISSQN	4
Lista de Serviços	4
Local de Incidência	4
Retenção na fonte	6
Não incidência	7
Sujeição Passiva	7
Responsabilidade/Contribuinte Substituto	7
Retenção na fonte – ST	9
Responsabilidade/Contribuinte Substituto	9
Responsabilidade solidária	9
Deveres do substituto tributário	10
Existe penalidade pelo descumprimento das obrigações por parte dos contribuintes?	10
Base de Cálculo	10
ISS do Profissional Autônomo	11
ISS das Sociedades Profissionais	11
ISSQN E O SIMPLES NACIONAL	12
EXERCICIOS - ISS	13
Novidades – Lei Complementar 175/2020	14
ICMS	15
Fundamentação Legal	15
Estrutura legal do ICMS (pirâmide de Hans Kelsen – teoria pura do direito)	15
Principais Princípios Constitucionais do ICMS	15
Princípios Legalidade – Art. 150, I / CF 88 (Legalidade do ICMS)	15
Princípio da Não Cumulatividade – Art. 155, § 2º, I, II / CF 88	16
Princípio da Seletividade (Art.155, § 2º, III)	17
Conceitos	19
Desenho Constitucional	19
Lançamento do Imposto	19
Hipótese de Incidência X Fato Gerador	20
Elementos Essenciais	20
Depósito x Armazém	21
Conceito - Hipótese de Incidência	21
Base de Cálculo	21
Aliquotas	22
ISS
Fundamentação Legal
· Decreto Lei nº 406 de 31 de dezembro de 1968;
· Lei Complementar nº 56/87 (Alterou a lista de serviços);
· Constituição Federal de 1988, alterado pela Emenda Constitucional nº 3 de 1993;
· Código Tributário Nacional (CTN);
· Código Tributário do Município – Regulamento do ISS de cada Município;
· Lei Complementar nº 100/99 (Revogada);
· Lei Complementar nº 116/2003.
· Lei Complementar nº 157/2016. (Art. 3º; Alíquota Mínima)
· Lei Complementar nº 175/2020. (Partilha; Obrigação Acessória)
Características do ISSQN
· Fato gerador;
· Lista de serviços;
· Local da incidência do tributo – Sujeição Ativa (Município);
· Sujeição passiva;
· Responsável/Contribuinte substituto;
· Base de cálculo e alíquotas
· ISS e o Simples Nacional
Fato Gerador do ISSQN
O fato gerador do ISSQN é a prestação de serviços constantes da lista de serviços anexa a lei que instituiu o imposto ou na lei modificadora da original, independentemente da natureza da pessoa que o exerça ou da denominação dada ao serviço e ainda, independe de ser a prestação do serviço atividade preponderante do prestador, exceto os serviços tributados pelo ICMS.
Lista de Serviços
A análise da ocorrência da hipótese de incidência do ISSQN deve ser complementada com o estudo da Lista de Serviços, pois é ela que descreve os serviços que podem ser alcançáveis pelo imposto. Desta forma será possível saber se determinada prestação de serviço gera a obrigação de pagar o ISSQN ou se é um fato gerador do ICMS, de outro imposto ou não é alcançável por nenhum outro imposto.
Local de Incidência
O ISSQN é devido no estabelecimento ou domicílio do prestador do serviço. Todavia, o artigo 3º da LC Federal 116/2003 traz exceções a essa regra, citando serviços cujo ISSQN é devido no local da prestação.
Prestação de ServiçosEMPRESA B– 
Caucaia
EMPRESA A – 
Fortaleza
Regra geral: ISS devido para Fortaleza
Serviços onde o ISSQN é devido no local da Prestação:
I. do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar; (Exterior)
II. da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;
III. da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
IV. da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;
V. das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;
VI. da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;
VII. da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;
VIII. da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
IX. do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;
XII. do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e
serviços congêneres indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
XIII. da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV. da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
XV. onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa;
XVI. dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XVII. do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII. da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
XIX. do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo item 16 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XX. do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI. XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
XXII. do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
XXIII. do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XXIV. do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XXV. do domicílio do tomador do serviço do subitem 15.09. (Redação dada pela Lei Complementar nº 175, de 2020)
Retenção na fonte
Portanto, com a regra do Art. 3º da Lei 116/03, surge a figura da retenção na fonte. (ISS)
Prestação de Serviços
(Consta no Art. 3º)Valor R$ 1.000,00
EMPRESA A – 
Fortaleza
EMPRESA B– 
Caucaia
Calculando:
Valor da Prestação: R$ 1.000,00
Empresa B (Tomadora do serviço)
1. Paga ao Fisco R$ 50,00 de ISS retido sobre o serviço;
2. Paga ao prestador de serviço o valor líquido de R$ 950,00;
Empresa A (Prestadora do serviço)
1. Compensa junto ao Fisco, o valor de R$ 50,00 que foi pago pelo tomador do serviço a título de retenção;
2. Recebe o Líquido de R$ 950,00;
Cuidado!
Retenção ISS difere das regras da retenção das contribuições e do Imposto de Renda.
Não incidência
Art. 2o O imposto não incide sobre:
I. as exportações de serviços para o exterior do País;
II. a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;
III. o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valordos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
Sujeição Passiva
O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo.
a. Prestador do serviço;
b. Responsável tributário;
c. Substituto tributário.
Responsabilidade/Contribuinte Substituto
No Município de Fortaleza, a responsabilidade de terceiros em relação ao ISSQN, está prevista no artigo 140 da Lei nº 4.144/1972, com redação dada pela LCM nº 14/2003. A sua regulamentação foi feita pelos artigos 10, 11 e 12 do Regulamento do ISSQN.
São Contribuintes Substitutos no Município de Fortaleza:
· Os órgãos da administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como suas Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, em relação aos serviços por eles tomados ou intermediados;
· O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Ceará (SINDIÔNIBUS);
· As Pessoas Jurídicas de Direito Privado, dos seguintes ramos de atividades econômicas, em relação aos serviços por elas tomados:
· as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que realizem contratos de gestão com a Administração Pública das três esferas de governo, os conselhos escolares e demais pessoas que sejam mantidas ou executem despesas com recursos públicos;
· as concessionárias, as permissionárias e as autorizatárias de serviços públicos concedidos, permitidos ou autorizados por qualquer esfera de governo da Federação;
· os serviços sociais autônomos de qualquer esfera de governo da Federação;
· as instituições financeiras e equiparadas, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
· as operadoras de cartões de crédito;
· as sociedades seguradoras e de capitalização;
· as entidades fechadas e abertas de previdência complementar;
· as sociedades que explorem planos de saúde para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres, ou de planos;
· os hospitais e as clínicas médicas;
· os estabelecimentos de ensino regular;
· os hotéis, apart-hotéis, flats e suas administradoras;
· as sociedades operadoras de turismo;
· as companhias de aviação;
· as sociedades que explorem os serviços de rádio, jornal e televisão;
· as agências de propaganda e publicidade;
· as boates, casas de show e assemelhados;
· as sociedades administradoras de shopping centers e centros comerciais, as lojas de departamentos e os supermercados;
· os moinhos de beneficiamento de trigo;
· as distribuidoras, importadoras e exportadoras de matérias-primas e produtos industrializados;
· as indústrias de transformação;
· as geradoras de energia elétrica;
· as concessionárias de veículos.
Retenção na fonte – ST
Regra de retenção conforme regulamento do município.
Prestação de Serviços
(Não conta no Art. 3º)
EMPRESA A – 
Fortaleza
EMPRESA B– 
ST em Fortaleza
Valor R$ 1.000,00
Calculando:
Valor da Prestação: R$ 1.000,00
Empresa B (Tomadora do serviço – ST Em Fortaleza)
1. Paga ao Fisco R$ 50,00 de ISS retido sobre o serviço;
2. Paga ao prestador de serviço o valor líquido de R$ 950,00;
Empresa A (Prestadora do serviço)
1. Compensa junto ao Fisco, o valor de R$ 50,00 que foi pago pelo tomador do serviço a título de retenção;
2. Recebe o Líquido de R$ 950,00;
Responsabilidade/Contribuinte Substituto
Os Substitutos Tributários NÃO deverão realizar a retenção do ISSQN na fonte, quando o serviço for prestado por:
· Contribuintes enquadrados no regime de recolhimento do imposto p/ estimativa (ex.: estacionamentos, lava-jato);
· Profissionais autônomos inscritos em qualquer município e em dia com o pagamento do imposto;
· Prestadores de serviços imunes ou isentos.
· Sociedades de profissionais submetidas ao regime de pagamento do imposto por alíquota fixa mensal, adimplentes com o pagamento do imposto.
· Prestadores de serviços que possuam medida liminar ou tutela antecipada dispensando-os do pagamento do imposto ou autorizando o depósito judicial do mesmo.
· Instituições Financeiras e pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
· MEI – Simples Nacional
Responsabilidade solidária
Conforme o art. 15 do Regulamento do ISSQN de Fortaleza, o prestador do serviço terá a responsabilidade solidária do pagamento total ou parcial do tributo não retido.
Deveres do substituto tributário
· Inscrever-se no Cadastro de Produtores de Bens e Serviços (CPBS) da Secretaria Municipal de Finanças de Fortaleza;
· Reter o Imposto sobre Serviços do prestador de serviços;
· Recolher o Imposto sobre Serviços, independentemente de ter sido efetuada a retenção na fonte, até o dia 10 do mês subsequente ao da prestação do serviço ou da retenção do imposto, conforme o caso;
· Escriturar mensalmente no ISS Fortaleza os serviços tomados e prestados conforme instrução normativa SEFIN nº 02/2014 e entregá-los à Secretaria Municipal de Finanças de Fortaleza, através da internet, até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao do serviço tomado, ainda que não tenha tomado serviço;
· Manter controle em separado das retenções efetuadas, para apresentar ao Fisco, quando solicitado.
Existe penalidade pelo descumprimento das obrigações por parte dos contribuintes?
Existe previsão legal de multa punitiva, caso o substituto tributário deixe de cumprir quaisquer das obrigações tributárias previstas na Legislação Tributária do Município de Fortaleza, como, por exemplo: não realizar a sua inscrição no Cadastro de Produtores de Bens e Serviços - CPBS; não escriturar os serviços tomados no ISS Fortaleza; prestar informações inexatas; não reter na fonte o ISSQN; não recolher o ISSQN retido.
Outrossim, as multas punitivas são agravadas, havendo reincidência das infrações.
Base de Cálculo
A Lei Complementar nº 116/2003, ao tratar da base de cálculo do ISSQN em seu artigo 7º, estabeleceu que a base de cálculo será o preço do serviço.
A base de cálculo dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços não inclui o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços.
Profissional Autônomo - será devido anualmente e pago por cota fixa, desde que inscrito na SEFIN;
Sociedade Profissionais – sujeitas ao pagamento do imposto por cota fixa, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que prestem serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável.
As alíquotas de tributação do ISSQN variam de 2% a 5%, dependendo da atividade desenvolvida. Essa informação está disponibilizada no site da SEFIN.
ISS do Profissional Autônomo
Art. 246. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza incidente sobre os serviços prestados por profissional autônomo, que se encontrar no exercício de suas atividades profissionais e estiver regularmente inscrito no cadastro do Município, será devido anualmente e pago por valor fixo. (VALOR ANUAL)
§ 1º. O valor fixo do imposto devido pelo profissional autônomo será de:
I. R$ 600,00 (seiscentos reais) para os profissionais cujo exercício da atividade tenha como pré-requisito a educação superior;
II. R$ 400,00 (quatrocentos reais) para os profissionais cujo exercício de atividade tenha como pré-requisito a educação profissional técnica de nível médio;
III. R$ 300,00 (trezentos reais) para os profissionais cujo exercício de atividade não tenha pré-requisito quanto à educação escolar.
ISS das Sociedades Profissionais
Art. 249. As sociedades de profissionais recolherão o ISSQN decorrente dos serviços por elas prestados com base em valor fixo mensal por profissional, calculado em relação a cada profissional habilitado, seja sócio, empregado ou trabalhador temporário, que preste serviço em nome da sociedade, nos termos da lei aplicável.
Considera-se sociedade de profissionais:
I. preste, exclusiva e isoladamente, os serviços previstos nos subitens 4.1, 4.2, 4.6, 4.8, 4.9, 4.11, 4.12, 4.13, 4.14, 4.16, 5.1, 5.3, 7.1 (exceto os serviços de agronomia, agrimensura, geologia e congêneres),7.11 (exceto jardinagem, corte e poda de árvores), 10.03, 17.13, 17.15, 17.18 e 17.19 (quando realizada por economistas) da lista de serviços constante do Anexo I deste Código;
II. tenha apenas profissionais da mesma categoria profissional como sócio e que todos sejam habilitados para o exercício da atividade correspondente aos serviços previstos no objeto social;
III. não tenha pessoa jurídica como sócia;
IV. não tenha em seu quadro societário sócio que não preste pessoalmente serviço em nome da sociedade ou que figure no contrato social apenas como investidor ou dirigente;
V. desenvolva apenas as atividades para as quais os sócios sejam habilitados;
VI. não tenha, de fato ou de direito, natureza empresarial.
Art. 250. O valor do imposto a ser pago pelas sociedades de profissionais será calculado, mensalmente, em relação a cada profissional habilitado, seja sócio, empregado ou trabalhador temporário, que preste serviço em nome da sociedade, e determinado com base nos seguintes valores:
I. R$ 140,00 (cento e quarenta reais) por profissional, para sociedade com até 5 (cinco) profissionais;
II. R$ 160,00 (cento e sessenta reais) por profissional, para sociedade com 6 (seis) a 10 (dez) profissionais;
III. R$ 180,00 (cento e oitenta reais) por profissional, para sociedade com 11 (onze) a 15 (quinze) profissionais;
IV. R$ 200,00 (duzentos reais) por profissional, para sociedade com 16 (dezesseis) a 20 (vinte) profissionais;
V. R$ 220,00 (duzentos e vinte reais) por profissional, para sociedade com mais de 20 (vinte) profissionais.
Parágrafo único. Na determinação do valor da cota por profissional será considerada a soma dos profissionais habilitados de todos os estabelecimentos da sociedade, devendo o imposto ser recolhido por estabelecimento na devida proporção do número de profissionais.
ISSQN E O SIMPLES NACIONAL
A opção pelo SN não exime que o prestador de serviços sofra a retenção do ISS de acordo com a Legislação do Município onde estiverem estabelecidos. A Alíquota a ser utilizada deverá ser indicada pelo prestador do serviço, observado as regras do SIMPLES NACIONAL.
Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção na fonte.
O prestador dos serviços deve informar, no "corpo" da Nota Fiscal de Serviços, a alíquota do ISSQN que será retido na fonte.
Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte constate que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, ela deverá ser recolhida no mês subsequente ao do início de atividade em guia própria do Município.
Também não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do Município.
Caso a ME ou EPP não informe a alíquota do ISSQN na Nota Fiscal de Serviços, o tomador deverá efetuar a retenção aplicando a maior alíquota do Imposto Municipal prevista nos anexos da Lei Complementar nº. 123/2006.
Quando do cálculo do SIMPLES NACIONAL, informar quanto da receita auferida foi retida na fonte, para que o contribuinte pague em duplicidade o Imposto em questão.
EXERCICIOS - ISS
01) A empresa “Engenheiros Bons S/S”, localizada no município de Fortaleza-Ceará, prestou serviço de acompanhamento da execução de uma obra no município de Salvador-Bahia. Com base na afirmativa anterior, o ISSQN referente a esse serviço será recolhido em favor de:
a. Fortaleza, através de cota fixa mensal.
b. Fortaleza, utilizando-se da alíquota de 5%.
c. Fortaleza, utilizando-se da alíquota de 3%.
d. Salvador, utilizando-se da alíquota estabelecida pela legislação deste município.
02) João é um profissional autônomo registrado na Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte-Ceará, em dia com o pagamento do ISSQN. João prestou serviço de digitação para a “Indústria 100% Ltda” na ordem de R$ 2.000,00. Sabendo-se que a indústria em questão está localizada no município de Fortaleza-Ceará, o ISSQN:
a. Será retido pela indústria no valor de R$ 100,00.
b. Não será retido pela indústria, mas será pago por João em favor do município de Fortaleza.
c. Não será retido pela indústria, nem será pago por João em favor do município de Fortaleza. 
Justificativa: Por ser autônomo e está em dia com seus tributos.
d. Não será retido, mas será pago pela indústria.,
03) Cite três obrigações acessórias para os contribuintes substitutos e responsáveis tributários do ISSQN no município de Fortaleza.
· Inscrever-se no Cadastro de Produtores de Bens e Serviços – CPBS;
· Emitir Recibo de Retenção da ISSQN;
· Encerrar o ISS Fortaleza;
· Manter Controle Separado das Retenções Efetuadas para apresentar ao Fisco, quando solicitado.
Novidades – Lei Complementar 175/2020
	Art. 15. O produto da arrecadação do ISSQN relativo aos serviços descritos nos subitens 4.22, 4.23, 5.09, 15.01 e 15.09 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, cujo período de apuração esteja compreendido entre a data de publicação desta Lei Complementar e o último dia do exercício financeiro de 2022 será partilhado entre o Município do local do estabelecimento prestador e o Município do domicílio do tomador desses serviços, da seguinte forma:
I. relativamente aos períodos de apuração ocorridos no exercício de 2021, 33,5% (trinta e três inteiros e cinco décimos por cento) do produto da arrecadação pertencerão ao Município do local do estabelecimento prestador do serviço, e 66,5% (sessenta e seis inteiros e cinco décimos por cento), ao Município do domicílio do tomador;
II. relativamente aos períodos de apuração ocorridos no exercício de 2022, 15% (quinze por cento) do produto da arrecadação pertencerão ao Município do local do estabelecimento prestador do serviço, e 85% (oitenta e cinco por cento), ao Município do domicílio do tomador;
III. relativamente aos períodos de apuração ocorridos a partir do exercício de 2023, 100% (cem por cento) do produto da arrecadação pertencerão ao Município do domicílio do tomador.
ICMS 
Fundamentação Legal
· Conceito de Tributo, Art. 3º / CTN
· Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
· Presente em diversos momentos.
· Grande arrecadação.
· Complexa legislação (27 unidades federativas).
· Cadê a reforma tributária?
Estrutura legal do ICMS (pirâmide de Hans Kelsen – teoria pura do direito)
Art. 155, II / CF.
Art. 146/CF, determina de LC trate da estrutura de todos os impostos.
Art. 155, §2, XII/CF, determina que LC trate da estrutura do ICMS. Lei Kandir
Lei Estadual que instituiu o ICMS no Ceará.
Regulamento do ICMS / CE.
Principais Princípios Constitucionais do ICMS
Princípios Legalidade – Art. 150, I / CF 88 (Legalidade do ICMS)
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, aos Distrito Federal e aos Municípios:
I. exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça:”
Princípio da Não Cumulatividade – Art. 155, § 2º, I, II / CF 88
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (O Próprio ICMS)
I. Será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;”
II. a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a. não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;
b. acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
Problemas no critério da não-cumulatividade: Exemplo:
· Conclusão:
1 – Conforme norma, a Indústria B deverá estornar seu crédito de R$ 18,00. Como consequência o Supermercado C não terácrédito em sua apuração.
3 – Valor agregado na venda: R$ 300,00
ICMS total recolhido: R$ 72,00
Alíquota efetiva: 24%
Quando há isenção no meio da cadeia. Alíquota efetiva aumenta.
Princípio da Seletividade (Art.155, § 2º, III)
III. poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;”
Exemplo: Cesta básica (Art. 43, Lei 12.670/96 e alterações)
IV. resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta (“metade + 1”) de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V. É facultado ao Senado Federal:
a. estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b. fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
VI. salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;
VII. nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; (EC 87/2015)
Exemplo: Compra de notebook (CF no CE); Centro de distribuição em SP.
VIII. a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)
a. ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)
b. ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;
IX. incidirá também:
a. sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001).
b. sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
ICMS X ISS
· Verificar se o serviço prestado consta na lista da Lei 116/03
· Cuidado:
· Prestação de serviço hospitalar (4.03)
· Prestação de serviço de Desratização (7.13)
· Prestação de serviço de manutenção de veículos (14.01)
X. não incidirá:
a. sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
b. sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c. sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
d. nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
XI. não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; (Dica, IPI)
Conceitos 
O ICMS é um imposto que incide sobre operações relativas a circulação de mercadorias.
· CIRCULAÇÃO: Ocorre quando o produto muda de titularidade (conceito jurídico). 
Exemplo: doação, compra e venda, transferência.
· MERCADORIA: É o objeto que é posto à venda.
· MERCADORIA x BEM: O que diferencia mercadoria de bem é a destinação. 
Exemplo: TV, bicicleta.
Desenho Constitucional
Lançamento do Imposto
Lançamento
Esse lançamento não é tributário. É referente ao Fisco.
Hipótese de Incidência X Fato Gerador
· Hipótese de Incidência: É o âmbito de atuação do ICMS, ou seja, todos os fatos econômicos que podem estar sujeitos a tributação do ICMS, e foram selecionados pelo legislador como sujeitos a tributação do ICMS.
· Fato Gerador: É a materialização da HI. FG é a previsão que se encontra na lei acontecendo na prática, no mundo real.
· A lei não diz qual o FG, mas sim o momento de sua ocorrência.
· É o momento que a legislação considera ter ocorrido a circulação de mercadorias.
Elementos Essenciais
	Aspecto Material
	HI
	Operação de Circulação de Mercadoria
	Aspecto Temporal
	FG
	Saída do Estabelecimento (Geralmente)
	Aspecto Espacial
	LOCAL
	Estado do Ceará
	Aspecto Pessoal
	SUJEIÇÃO
	Ativa - Estado do Ceará
	
	
	Passiva - Contribuinte
	Aspecto Quantitativo
	BC
	Valor da Operação
	
	ALIQUOTA
	% da BC
	Operações
relativa à
circulação de
mercadoria
(Lei 12.670/96
e alterações)
	HI
	Art. 2°,
I - as operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
	
	FG
	Art. 3° , (É o momento)
I - da saída, a qualquer título, de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular; (transferências)
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, incluídos os serviços prestados, por qualquer estabelecimento; (tributação de bares e restaurantes)
III - da transmissão, a terceiro, de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado; (depósito fechado / armagém geral)
IV - da transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, quando a mercadoria não houver transitado pelo estabelecimento do transmitente; (operação triangular)
Depósito x Armazém
· Deposito Fechado
· Extensão do Estabelecimento;
· Somente serve para guardar mercadoria;
· Possui CGF;
· Não pode praticar operações com terceiros;
· Armazém Fechado
· Não é contribuinte do ICMS;
· Responsável por guardar mercadorias de terceiros;
· Prestador de serviços;
· Contribuinte de ISS;
Conceito - Hipótese de Incidência
O inciso X do Art. 4°, do RICMS-CE considera como hipótese de não-incidência do ICMS as remessas de mercadorias com destino a depósito fechado, porém, desde que ele esteja localizado neste Estado. O retorno das mercadorias ao estabelecimento remetente também está contemplado com a não incidência do imposto. A justificativa para a não incidência decorre do fato de que, nessas operações, não há mudança de titularidade das mercadorias.
“Art. 4º O ICMS não incide sobre:
X. operações de remessa de mercadoria destinada a armazém geral ou depósito fechado e de retorno ao estabelecimento remetente, quando situados neste Estado;”
Base de Cálculo
De modo geral: Valor da operação + gastos acessórios (frete, seguros).
· Dependendo do caso o IPI será deduzido da BC.
· Os descontos incondicionais serão deduzidos da BC.
Atenção as importações!!
EXEMPLO
Suponha que a Cia A (indústria) efetue a venda de 500 unidades de um produto por R$ 10,00 cada para uma empresa comercial, com frete de R$ 250,00 e seguro de R$ 50,00, cobrados na nota fiscal. Além disso, foi dado um desconto comercial de R$ 1,00 por unidade do produto. Suponha uma alíquota de ICMS de 18% e IPI no valor de R$ 530,00. Calcule o valor do ICMS.
IPI não entra na BC, porque é uma empresa comercial, intenção de vender.
NF desse exercício.
	Mercadoria (+)
	 5.000,00 
	Estoque 
	Frete (+)
	 250,00 
	Estoque 
	Seguro (+)
	 50,00 
	Estoque 
	Desconto Incondicional(-)
	 500,00 
	
	IPI (+)
	 530,00 
	Inclusive vai para o estoque 
	Total NF 
	 5.330,00 
	
	
	
	
	BC ICMS
	 4.800,00 
	(Exclui o IPI)
	ICMS
	 864,00 
	
	
	
	
	Informação Adicional
	 4.466,00 
	Estoque
Aliquotas 
ICMS
Imposto sobre operações relativas a circulação de mercadorias.
Prestação de Serviços
Transportes
Comunicação
Interestadual
Intermunicipal
HI
FG
OT
CT
CF
CTN
LC 87/96
Lei 12.670/96
Decreto 24.569/97

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