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Semiologia I

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INTERAÇÃO 
COMUNITÁRIA 
PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elany Portela 
Sumário 
Termos Médicos .................................................................................................................................................................................. 03 
Anamnese .......................................................................................................................................................................................................................... 16 
Sinais Vitais ......................................................................................................................................................................................................................... 19 
Técnicas ..................................................................................................................................................................................................................................... 21 
Ectoscopia ..................................................................................................................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas Gerais 
 
FEBRE: Síndrome caracterizada pela 
elevação da temperatura central do corpo 
para acima de 37,5°C (axilar), 37,8°C (oral) 
e 38°C (retal) associada a um aumento no 
ponto de ajuste hipotalâmico (o que a 
diferencia de uma hipertermia, que não 
provoca alteração no centro hipotalâmico). 
A febre não é uma doença, é um 
mecanismo de resposta do organismo a 
alguma anomalia. 
 
ASTENIA: Fraqueza generalizada do 
corpo humano. Depressão do estado geral, 
que causa insuficiências funcionais múltiplas. 
Designa igualmente o enfraquecimento 
das funções de um órgão ou sistema. 
ALTERAÇÕES DE PESO: Quilos 
adicionados à massa corporal, geralmente 
como resultado da alimentação em 
excesso ou da falta de atividades físicas. 
SUDORESE: é o ato de produzir e libertar 
suor, que tem início quando a temperatura 
corporal central é superior a 37ºC. 
Necessária para o controle da temperatura 
corporal, sobretudo durante o exercício 
físico ou em alterações do ambiente; É 
regulada pelo sistema nervoso autônomo 
 
simpático, através da estimulação das 
glândulas sudoríparas por nervos 
específicos. 
CALAFRIOS: Sinônimo popular de arrepio. 
Contração involuntária dos músculos 
voluntários, acompanhada de palidez 
cutânea e sensação de frio. Tremor e 
bater de dentes, acompanhado de frio, 
antes de um acesso febril. 
 
Pele e Fâmeros 
Lesões de pele: 
MÁCULA: é uma lesão plana e sem relevo 
ou alteração circunscrita da cor da pele. 
 
PÁPULA: Elevações cutâneas circunscritas 
consistentes, em geral de pequeno 
tamanho e de evolução fugaz, que podem 
ser epiteliais, dérmicas e mistas. 
BOLHA: Uma bolha é uma pequena bolsa 
de fluido corporal (linfa, soro, plasma, 
sangue ou pus) dentro das camadas 
superiores da pele, tipicamente causadas 
por fricção forçada, queimaduras, 
congelamento, exposição a produtos 
químicos ou infecção. 
EXANTEMA: Erupção visível ou palpável 
da superfície da pele, geralmente no 
contexto de uma doença infecciosa. 
Termos Médicos 
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Elany Portela 
MUCOSAS é o nome dado ao conjunto 
formado por epitélio mais tecido 
conjuntivo que reveste as cavidades 
úmidas do corpo, em contraste com a pele 
onde a superfície é seca. 
PELOS: Estrutura filiforme que emerge da 
pele dos mamíferos. No homem, elas 
podem ser particularmente densas no 
crânio, no rosto, nas axilas e na região 
pubiana. 
 
UNHAS: lâmina dura, formada de 
queratina, que recobre a última falange dos 
dedos das mãos e dos pés. 
PRURIDO: Sensação de irritação que 
provoca coceira na pele, geralmente, 
causada pela liberação de substâncias 
químicas particulares ao organismo; 
comichão ou coceira. 
SENSIBILIDADE: consiste na capacidade 
perceptiva sensorial referente às 
sensações físicas. 
 
Crânio, Face e Pescoço 
Dor (localizar), 
 
CEFALEIA: dor de cabeça 
 
*alterações no pescoço (tumoração, 
alteração nos movimentos, pulsações). 
 
TUMORAÇÃO NO PESCOÇO: podem 
ser primitivos (quando tem a origem no 
próprio pescoço) ou secundários 
(metastáticos, ou seja, que surgiram em 
outros órgãos e se disseminaram para o 
pescoço. Qualquer tecido presente no 
pescoço pode originar um tumor, 
principalmente na faringe, laringe e tireoide 
 
DISTONIA CERVICAL: é caracterizada por 
contrações involuntárias (espasmos) de 
longa duração (contínua crônica) ou 
contrações periódicas e intermitentes dos 
músculos do pescoço, fazendo com que o 
pescoço vire em formas diferentes. 
PULSO LATEJANTE: pulso cardíaco mais 
rápido do que o normal sentido por meio 
da artéria carótida. 
 
Visão 
 
DOR OCULAR: Sensação decorrente de 
estimulação dos terminais sensitivos dos 
olhos. Por se tratar de dor, existe muita 
subjetividade entre pacientes. 
SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO: 
Camada superficial do olho com irritada, 
geralmente, gerado por uma sensação de 
arei nos olhos 
PRURIDO: Coceira nos olhos. Causado, por 
exemplo, por alergia, irritação, cisco, 
fumaça etc. 
ACUIDADE VISUAL: Clareza de 
percepção da visão. 
ESCOTOMAS: Múltiplos pontos luminosos 
no campo visual. Envolve a perda parcial 
ou total da visão. 
DIPLOIDIA: Visão dupla. O indivíduo 
enxerga duas imagens. 
FOTOFOBIA: Temor a luz. 
AMOUROSE: perda completa da visão, 
sem lesão no olho. Afeta os nervos óptico. 
Ouvido 
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Elany Portela 
OTALGIA: Dor de ouvido. 
OTORRAGIA: Sangramento que escorre 
pelo conduto auditivo externo. 
OTORREIA: Secreção serosa, muco ou 
pus que escorre pelo conduto auditivo 
externo. 
HIPOACUSIA: Diminuição da acuidade 
auditiva (surdez). Relacionado com a 
exposição a ruídos altos, desgastes 
relacionados a idade, lesões etc. 
ZUMBIDO: Ruído de intensidade variada, 
percebido continuamente ou intermitente. 
Não está relacionado com ruídos externos. 
PRURIDO: Coceira intensa no ouvido. 
Excesso de cera, coceiras ou alergias. 
VERTIGEM: Impressão subjetiva de 
deslocamento, de rotação do corpo ou do 
meio, acompanhada por distúrbios do 
equilíbrio. 
PLENITURA AURICULAR Sensação de 
ouvido tampado. É uma sensação de 
vertigem severa, aumento de zumbido e 
diminuição da audição. 
Nariz 
 
OBSTRUÇÃO NASAL: nariz entupido. 
PRURIDO coceira cutânea que pode 
ocorrer por conta de uma doença de pele, 
uma afecção geral ou não ter uma causa 
detectável. 
SECREÇÃO: passagem de material 
formado pela célula do seu interior para o 
exterior da membrana plasmática. 
EPISTAXE: eliminação de sangue pelo 
nariz. 
ESPIRRO: ato reflexo caracterizado por 
uma profunda inspiração seguida de 
expiração brusca com a glote semifechada. 
O ruído é causado pelo ar expirado com 
violência. 
HIPOSMIA/ANOSMIA: Diminuição ou 
desaparecimento total do olfato. 
CACOSMIA: Alteração do olfato que leva 
as pessoas afetadas a gostar de odores 
desagradáveis ou fétidos. 
PAROSMIA: perversão do sentido do 
olfato. 
Cavidade bucal e Anexos 
 
POLIFAGIA: Ingestão aumentada de 
alimentos quando se carece da sensação 
de saciedade. 
INAPETÊNCIA: diminuição ou falta de 
apetite. 
GEOFAGIA: vício de comer terra. 
SIALORREIA: salivação abundante, o 
mesmo que ptialismo. 
HALITOSE: mau hálito, hálito 
desagradável. 
DOR DENTÁRIA: Dor ou inflamação no 
dente ou em torno dele, muitas vezes 
causada por cáries ou infecção. 
ULCERAÇÃO: processo patológico que 
leva à formação de úlcera ou trata-se da 
própria úlcera, principalmente quando em 
vias de formação 
 
 
 
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Elany Portela 
Faringe 
ODINOFAGIA: dor de garganta 
DISFAGIA: dificuldade para a 
deglutição. Ex.: megaesôfago chagásico 
HALITOSE: presença de odor 
desagradável na cavidade oral 
PIGARRO: é uma forte perturbação na 
garganta que vem acompanhada por 
mucosidades, tornando-a seca e causando 
desconfortoRONCO: som decorrente da vibração que 
ocorre na garganta, em função da 
diminuição do espaço nos músculos da 
garganta 
Laringe 
 
DISPNEIA: dificuldade para respirar ao nível 
de trato respiratório inferior 
ESTRIDOR: ruído ápero por 
obstrução das vias aéreas altas 
DISFONIA: dificuldade na fonação, 
alteração no volume e tom da voz, e 
alteração neuromuscular da função das 
cordas vocais e palato 
Mamas 
DOR: é uma experiência sensorial ou 
emocional desagradável que ocorre em 
diferentes graus de intensidade 
NÓDULO: lesão sólida, elevada, com mais 
de 1 cm de diâmetro Secreção: 
substâncias produzidas pelas células a 
partir de outras substâncias presentes na 
corrente sanguínea (intestino, cólon, reto 
e ânus) 
SECREÇÃO 
Intestino, Cólon, Reto e ânus 
 
DIARREIA: Perturbação intestinal 
caracterizada por aumento do número de 
evacuações que se tornam de consistência 
líquida ou pastosa. 
 
ESTEATORREIA: Presença excessiva de 
gorduras nas fezes. 
 
DISTENSÃO ABDOMINAL: Manifestação 
de desordens gastrintestinais funcionais 
caracterizadas por um aumento na 
pressão abdominal associado a um 
aumento visível no diâmetro abdominal 
total. 
FLATULÊNCIA: Acúmulo de gases intra-
abdominais, frequentemente 
acompanhada de sensação de distensão 
do abdome. 
MELENA: Evacuação de fezes de cor 
negra, que indica presença de sangue 
digerido no conteúdo fecal. Fezes moles e 
pastosas, em “borra de café” e de odor 
bastante fétido. 
ENTERORRAGIA: Sangramento pelo ânus, 
vermelho vivo, proveniente do tubo 
digestivo baixo (cólon descendente, 
sigmoide, ânus e reto) 
OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: Aumento 
no intervalo entre as evacuações, 
acompanhada de fezes ressecadas e 
dificuldade na eliminação das mesmas. É 
definida como uma alteração do hábito 
intestinal na qual o indivíduo fica sem 
evacuar por mais de 3 dias. Também 
conhecida como prisão de ventre. 
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Elany Portela 
HEMATOQUEZIA: Eliminação de sangue 
pelo ânus, de origem do colón ascendente 
ou transverso; as fezes são 
“amarronzadas”. 
PRURIDO ANAL: Intensa irritação na região 
do ânus, coceira da região anal. 
DOR ABDOMINAL: Manifestação aguda 
ou crônica de incômodo na região 
abdominal. Pode expressar disfunções 
orgânicas do abdômen. 
Respiratório 
 
SIBILO: os sibilos são sons respiratórios 
musicais que podem ser audíveis tanto 
pelo paciente como por outras pessoas. Os 
sibilos sugerem obstrução parcial das vias 
respiratórias por secreções e inflamação 
tecidual na asma ou consequente a um 
corpo estranho. Som de frequência aguda 
gerado pelo colabamento dos bronquíolos, 
principalmente na expiração. 
DOR TORÁCICA: as queixas de dor ou 
desconforto torácico levantam a hipótese 
de cardiopatia, mas com frequência se 
originam em estruturas localizadas no tórax 
e no pulmão. 
DISPNEIA: a dispneia é a conscientização 
não dolorosa, porém desconfortável, da 
respiração que é inadequada em relação 
ao nível de esforço. Esse sintoma 
importante exige avaliação meticulosa, 
porque é comum ser secundário a 
doenças cardíacas ou pulmonares. 
TOSSE: a tosse é uma manifestação 
comum de importância variável, que pode 
variar de trivial até muito grave. Em geral, 
a tosse é uma resposta reflexa a estímulos 
que irritam receptores localizados na 
laringe, na traqueia ou nos brônquios 
calibrosos. Esses estímulos incluem muco, 
pus e sangue, bem como agentes 
externos como poeira, corpos estranhos e 
até mesmo ar extremamente quente ou 
frio. Embora a tosse geralmente “indique” 
uma condição nas vias respiratórias, 
também pode ter origem cardiovascular. 
HEMOPTISE: A hemoptise consiste na 
eliminação de sangue proveniente dos 
pulmões pela tosse; o aspecto varia desde 
o escarro com raias de sangue até sangue 
vivo. 
EXPECTORAÇÃO: expulsão, por meio da 
tosse, de secreções provenientes da 
traqueia, brônquios e pulmões. 
TIRAGEM: a tiragem é um fenômeno 
patológico caracterizado por retração 
inspiratória que pode ser observada nos 
espaços intercostais, nas fossas 
supraclaviculares, infraclaviculares, 
subesternal, de grau variável, às vezes 
muito acentuada, com a particularidade de 
persistir durante toda a inspiração. Resulta 
da predominância da pressão atmosférica 
em relação à pressão intratorácica, que se 
acha diminuída pela redução do volume de 
ar inspirado. Indica sofrimento respiratório 
grave. 
Cardiovascular 
 
PALPITAÇÕES: As palpitações consistem 
na percepção consciente e desconfortável 
dos batimentos cardíacos. Ao se referir a 
esse tipo de sensação, o paciente usa 
termos diversos, como se o coração 
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Elany Portela 
estivesse pulando, acelerando, tremendo, 
batendo forte ou parando. As palpitações 
podem decorrer de batimentos cardíacos 
irregulares, de aumento ou redução rápida 
da frequência cardíaca, ou de contração 
cardíaca mais vigorosa. 
EDEMA: o edema representa o acúmulo 
exagerado de líquido no espaço intersticial 
extracelular 
ASTENIA: fraqueza, cansaço físico intenso 
SÍNCOPE: perda súbita da consciência, 
geralmente acompanhada de perda do 
tônus postural. 
LIPOTIMIA: desfalecimento, desmaio 
fugaz, sem haver perda de consciência. 
CIANOSE: coloração azul da pele e 
mucosas por oxigenação insuficiente do 
sangue. 
Esôfago e Estômago 
 
REGURGITAÇÃO: alguns pacientes não 
chegam efetivamente a vomitar, mas 
eliminam o conteúdo esofágico ou gástrico 
sem náuseas ou ânsia de vômito. 
NAUSEAS: as náuseas, descritas 
frequentemente como “sensação de 
estômago embrulhado”, podem evoluir 
para ânsia de vômito e vômitos. 
A ânsia de vômito: descreve um espasmo 
involuntário do estômago, do diafragma e 
do esôfago, que antecede e culmina no 
vômito, a expulsão vigorosa do conteúdo 
gástrico pela boca. 
Anorexia é a perda ou a ausência de 
apetite 
DISFAGIA.: os pacientes, mais raramente, 
relatam dificuldade para deglutir, em 
virtude do comprometimento da 
passagem de alimentos sólidos ou líquidos 
da boca até o estômago, ou disfagia. O 
alimento parece “grudar”, “empacar” ou 
até mesmo “não descer direito”, sugerindo 
transtornos da motilidade ou anomalias 
estruturais. A sensação de bolo na 
garganta ou na região retroesternal, sem 
associação à deglutição, não é disfagia 
verdadeira. 
ERUCTAÇÃO: eliminação de gases 
pela boca, popularmente "arroto", tem 
como causa principal a aerofagia. 
DISPEPSIA: dificuldade de digestão, 
determinada por fatores gástricos, 
hepáticos, pancreáticos ou intestinais 
HEMATEMESE: vômito de sangue 
proveniente do trato gastrintestinal 
superior ou ocasionalmente da nasofaringe 
e pulmão. 
PIROSE: azia, sensação de calor ou 
queimação no estômago (região 
retroesternal ou epigástrica). 
SOLUÇO: Espasmos involuntários do 
diafragma, geralmente de curta duração e 
que não são um sinal de algo grave. 
Urinário 
 
MICÇÕES Ato de urinar; eliminação de 
urina da bexiga 
DISÚRIA Dificuldade para urinar. Pode 
produzir ardor, dor, micção intermitente 
POLACIÚRIA Necessidade de urinar 
com mais frequência que o normal. 
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Elany Portela 
 
NICTÚRIA micção noturna frequente 
ENURESE Perda noturna do controle da 
bexiga ou enurese, geralmente em 
crianças. 
HEMATÚRIA Sangue na urina 
POLIÚRIA Expelir quantidades 
anormalmente grandes de urina 
SECREÇÃO URETRAL Produto específico 
elaborado por glândula, no caso a uretra 
ESTRANGÚRIA Eliminação lenta e 
dolorosa de urina em consequência de 
espasmo 
OLIGÚRIA Produção de urina abaixo do 
normal. 
 
Órgãos Genitais Masculino 
LESÕES Alteração patológica de qualquer 
órgão ou tecido; alteração na estrutura ou 
na atividade funcional de um órgão ou 
tecido, determinada por doença ou 
traumatismo. 
NÓDULOS Lesão de consistência sólida, 
maior do que 0,5cm de diâmetro, saliente 
na hipoderme. Em geral não produz 
alteração na epiderme que a recobre. 
HEMOSPERMIA Presença de sangue na 
ejaculação. 
PRIAPISMO Ereção prolongada do pênis, 
geralmente sem excitação sexual. 
EDEMA Acúmulo anormal de líquidonos 
espaços intercelulares dos tecidos ou em 
diferentes cavidades corporais 
CORRIMENTO URETRAL Secreção 
anormal e abundante da uretra 
DISFUNÇÃO SEXUAL Dificuldade na 
resposta sexual, desejo e orgasmo ou dor 
persistente e recorrente 
DOR Sensação desagradável, variável em 
intensidade e em extensão da localização, 
produzida pela estimulação de 
terminações nervosas especializadas em 
sua recepção. 
Órgãos Genitais Feminino 
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: 
POLIMENORRÉIA, AMENORREIA, 
MENORRAGIA 
POLIMENORRÉIA Aumento da frequência 
das menstruações. 
AMENORREIA Ausência de período 
menstrual. Pode ser primária: nas mulheres 
que nunca menstruaram, ou secundária: 
em mulheres que já estão tendo períodos 
menstruais e que deixaram de tê-los. 
MENORRAGIA Fluxo menstrual intenso. 
DISMENORREIA Dor associada à 
menstruação. Em uma porcentagem 
importante de mulheres é um sintoma 
normal. Em alguns casos está associada a 
doenças ginecológicas (endometriose, etc.). 
CORRIMENTO VAGINAL Uma mistura de 
fluidos e células da vagina que varia de 
esbranquiçada e pegajosa a transparente 
e aguada, possivelmente exalando um 
odor. 
CICLO MENSTRUAL as transformações 
cíclicas que ocorrem no útero, sendo 
também chamado de ciclo uterino. O ciclo 
menstrual tem duração de cerca de 28 
10 
Elany Portela 
dias, entretanto, podem ocorrer variações, 
como ciclos de 20 a 40 dias 
DISPAREUNIA Coito doloroso para a 
mulher 
ANORGASMIA Incapacidade de realizar o 
orgasmo, no coito. 
 
Endócrino 
POLIFAGIA comer em excesso 
devido a fome excessiva ou apetite 
elevado. 
POLIDPSIA Sede intensa mesmo após 
beber muito líquido. 
NÓDULOS NO PESCOÇO é a presença 
de um caroço, massa ou inchaço na região 
do pescoço. 
GALACTORRÉIA é a produção de 
leite pelas mamas fora do período de 
lactação normal (pós-parto). 
PREFERÊNCIA CLIMÁTICA Algumas 
pessoas tem sensibilidades a tipos 
climáticos devido a distúrbios endócrinos, 
como por exemplo na menopausa há 
sensações de ondas de calor 
PERDA OU GANHO DE PESO Alteração 
no peso em relação aos hormônios 
NANISMO Estatura reduzida resultante de 
uma condição genética ou médica. 
GIGANTISMO é uma doença rara na qual 
o organismo produz hormônio do 
crescimento em excesso, que se deve 
geralmente à presença de um tumor 
benigno na hipófise, conhecido por 
adenoma hipofisário, fazendo com que os 
órgãos e partes do corpo cresçam mais 
que o normal. 
PUBERDADE PRECOCE: Condição em 
que o corpo de uma criança começa a 
mudar muito cedo para a idade adulta. 
Antes dos 8 anos. 
PUBERDADE TARDIA: refere-se à 
ausência de maturação sexual no tempo 
esperado. O diagnóstico é medido por 
hormônios gônadas (testosterona e 
estradiol), hormônio luteinizante e 
hormônio folículo estimulante. O 
tratamento, quando necessário, 
geralmente envolve reposição hormonal 
específica. Mulheres acima de 18 anos. 
 
BÓCIO aumento do volume da glândula 
tireoide, de caráter crônico (Ocorre 
geralmente em indivíduos de regiões 
montanhosas ou distantes do mar e deve-
se a problemas de absorção e fixação de 
iodo). 
INFERTILIDADE é a dificuldade de um 
casal obter gravidez no período de um ano 
tendo relações sexuais sem o uso de 
nenhuma forma de anticoncepção. 
HISURTISMO desenvolvimento na mulher 
de uma pilosidade excessiva e de aspecto 
masculino em locais normalmente 
desprovidos de pelos, geralmente devido a 
um desequilíbrio hormonal. 
ACANTOSE NIGRANS Doença de pele 
caracterizada por manchas escuras 
resultantes de uma hiperceratose 
(aumento da camada mais superficial da 
pele) e hiperpigmentação (lesões de cor 
cinza e engrossadas que dão aspecto 
verrucoso), podendo afetar pessoas 
saudáveis ou estar associada a outras 
doenças como diabetes, obesidade, 
11 
Elany Portela 
doenças ovarianas, distúrbios metabólicos, 
doenças da tireoide e câncer do aparelho 
digestivo. 
Hematológico 
 
HEMORRAGIAS são escoamento de 
sangue fora dos vasos sanguíneos 
PETÉQUIAS mancha roxa ou hemorragia 
puntiforme. Hemorragias minúsculas, de 1 a 
2 mm de diâmetro, esparsas. As petéquias 
se formam por diapedese, ou seja, não há 
lesão no vaso, geralmente as hemácias 
fluem pela parede intacta do vaso. 
 
EQUIMOSES ocorre por ruptura de vaso 
(pode ser gerada por traumatismos ou por 
enfraquecimento da parede vascular, por 
exemplo), e então há o extravasamento 
do sangue para fora do vaso. A equimose 
se apresenta em manchas planas, difusas 
e irregulares, é conhecida como 
hemorragia em lençol, justamente por não 
provocarem elevação no local. É 
observada como uma mancha roxa na 
pele, causada por alguma pancada, por 
exemplo. 
Não há necessidade de nenhuma 
interferência, ela desaparece sozinha ao 
longo dos dias. 
HEMATOMAS Já o hematoma, também 
ocasionado por ruptura de vaso. Ocorre 
um acúmulo (coleção) de sangue no 
tecido, formando uma elevação, um alto 
relevo. Uma causa importante de 
hematomas é o pós-operatório imediato 
(poucas horas após o procedimento 
cirúrgico), por exemplo. Pode ser 
necessário remover os hematomas, 
dependendo do tamanho e da localização, 
podendo ser removido por uma cirurgia 
simples ou aguardar alguns dias e realizar 
o esvaziamento com uma agulha. 
GENGIVORRAGIA Sangramento nas 
gengivas 
ADENOMEGALIAS É o aumento dos 
linfonodos do pescoço. 
ESPLENOMEGALIA também denominada 
megalosplenia, consiste no aumento do 
volume do baço 
ICTERÍCIA é uma coloração amarela da 
pele e/ou olhos causada por um aumento 
na concentração de bilirrubina na corrente 
sanguínea 
Locomotor 
 
DOR (LOCALIZAR, COLUNA 
VERTEBRAL) 
 Localização cervical, 
 dorsal, 
 lombossacral; 
ARTRALGIAS dor articular 
ARTRITES Inflamação de uma ou mais 
articulações, causando dor e rigidez que 
podem piorar com a idade. 
DEFORMIDADES Alteração de um órgão 
ou de parte de um órgão em 
consequência de diversos tipos de 
processos patológicos (traumatismos, 
doenças, posições viciosas, etc.). Quando a 
alteração é congénita, designa-se 
malformação. 
TRAUMAS é uma definição ampla usada 
para descrever lesões causadas por uma 
12 
Elany Portela 
força externa devido a acidentes, violência 
ou autoagressão. 
LIMITAÇÃO DE MOVIMENTOS 
CÂIMBRAS uma contração vigorosa e 
involuntária de um ou mais grupamentos 
musculares 
RIGIDEZ PÓS REPOUSO A rigidez é a 
sensação de que o movimento da 
articulação está limitado ou é difícil. A 
rigidez articular causada por inflamação 
geralmente ocorre ou é pior 
imediatamente após acordar ou após 
repouso ou imobilidade prolongados. 
CREPITAÇÃO ARTICULAR. estalos nas 
articulações 
Vascular Periférico 
 
CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE Dor, 
geralmente nas pernas, causada por pouco 
fluxo de sangue, geralmente durante o 
exercício. Muitas vezes, indica doença 
arterial periférica. Sensação de cãibra, 
resultado do suprimento de oxigênio 
diminuído. 
ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA E 
ALTERAÇÕES TRÓFICAS são sintomas 
que podem estar associados a doenças do 
sistema vascular periférico. Ex. alteração 
trófica de pele: Ocorrem normalmente 
quando a isquemia (Redução do fluxo 
sanguíneo, ocasionada por obstrução ou 
vaso constrição) é grave. Nota-se a queda 
de pelos, unhas espessadas, irregulares e 
de crescimento lento, pele seca e 
descamativa, calosidades e úlceras 
isquêmicas. Essas úlceras são dolorosas e 
frequentemente advém de traumas, 
porém podem aparecer 
espontaneamente. Além disso, a 
temperatura do meio pode afetar a 
vasoconstrição (temperatura fria) ou 
vasodilatação (temperatura quente) 
ocasionando condições patológicas. 
FENÔMENO DE RAYNAUD Condição em 
que algumas áreas do corpo ficam 
dormentes e frias em certas circunstâncias. 
Artérias menores que fornecem sangue 
para a pele se contraem excessivamente 
em reação ao frio, limitando o 
fornecimento de sangue para a área 
afetada. 
ÚLCERAS lesão aberta, com perda de 
substância, em tecido cutâneo ou mucoso, 
causando desintegração e necrose. 
EDEMA é o intumescimento de partes 
molesdecorrente do aumento de líquido 
intersticial. O líquido predominante é água, 
mas pode haver acúmulo de líquido rico 
em células e proteínas, se houver infecção 
ou obstrução linfática. O edema pode ser 
generalizado ou local 
DERMATITE OCRE Inflamação cutânea 
na parte inferior das pernas, causada por 
acúmulo de líquido. A dermatite de estase 
é causada por acúmulo de fluidos devido a 
varizes, problemas de circulação ou 
doença cardíaca. 
Neurológico 
SONOLÊNCIA grande vontade de dormir; 
sono, soneira 
CONFUSÃO Incapacidade de pensar ou 
raciocinar de maneira focada e clara 
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Elany Portela 
CEFALEIA Uma sensação dolorosa em 
qualquer parte da cabeça, desde aguda até 
incômoda, podendo ocorrer junto com 
outros sintomas. 
VERTIGEM Sensação repentina de 
movimento giratório do próprio corpo ou 
dos arredores, normalmente causada por 
uma movimentação muito rápida da 
cabeça. 
CONVULSÕES contratura involuntária da 
musculatura, que provoca movimentos 
desordenados. Geralmente é 
acompanhada pela perda da consciência. 
As convulsões acontecem quando há a 
excitação da camada externa do cérebro. 
AMNÉSIA Incapacidade de se lembrar de 
eventos por um período de tempo, muitas 
vezes devido a lesão cerebral, doenças ou 
aos efeitos de drogas ou álcool. 
AMBLIOPIA Diminuição da visão devido a 
um desenvolvimento visual anormal. A 
redução da acuidade visual pode ocorrer 
apenas num olho (ambliopia unilateral) ou, 
então, nos dois olhos (ambliopia bilateral). 
Popularmente chamado de “olho 
preguiçoso”. 
HEMIANOPSIA Perda parcial ou completa 
da visão em uma das metades do campo 
visual de um ou ambos os olhos. Os 
subtipos incluem: hemianopsia altitudinal, 
caracterizada por um defeito visual acima 
ou abaixo do meridiano horizontal do 
campo visual; a hemianopsia homônima se 
refere a um defeito visual que afeta 
igualmente a ambos os olhos, e ocorre 
tanto à esquerda ou à direita da linha média 
do campo visual; a hemianopsia binasal 
consiste em perda de visão nos 
hemicampos nasais de ambos os olhos; a 
hemianopsia bitemporal é a perda bilateral 
de visão dos campos temporais; a 
quadrantanopsia refere-se à perda de 
visão em um quarto do campo visual em 
um ou ambos os olhos. 
 
DISBASIA perturbação no andar, causada 
por distúrbios no sistema nervoso. 
DISTÚRBIOS DO SONO são perturbações 
que afetam a capacidade para adormecer, 
dormir de forma contínua ou permanecer 
acordado ou são comportamentos 
anômalos durante o sono, como o 
sonambulismo. 
DISARTRIA Fraqueza nos músculos 
usados para fala, o que muitas vezes faz 
com que a fala fique arrastada ou lenta. 
DISGRAFIA A disgrafia, perturbação da 
linguagem escrita que abrange as 
competências mecânicas da escrita 
manifesta-se por uma fraca prestação na 
escrita em crianças com inteligência pelo 
menos na média, que não têm uma 
desordem neurológica distinta e/ou uma 
deficiência sensório-motora” 
DISLEXIA A dislexia é um transtorno que 
afeta habilidades básicas de leitura e 
linguagem. Ela tem as suas raízes em 
sistemas cerebrais responsáveis pelo 
processamento fonológico. Essa diferença 
no processamento fonológico faz com que 
pessoas com dislexia tenham dificuldade 
para processar os sons das palavras e 
associá-los com as letras ou sequência de 
letras que os representam. 
14 
Elany Portela 
DISFASIA Alteração descoordenada da 
fala; distúrbio da fala; dificuldade ou 
incapacidade de estruturar ordenadamente 
as frases, normalmente relacionada com 
uma lesão cortical. 
 
PLEGIAS Falta completa de força 
muscular, paralisia dos movimentos 
causada por uma lesão neurológica, que 
afeta os centros nervosos, as vias motoras, 
o sistema muscular. 
PARESIAS Paralisia incompleta; 
interrupção parcial do movimento 
voluntário de uma estrutura corporal 
(nervosa ou muscular), normalmente 
causada por alguma lesão neurológica. 
PARESTESIAS Sensação de 
formigamento, geralmente temporária, 
ocorrendo muitas vezes nos braços, nas 
mãos, nas pernas ou nos pés. 
ASTENIA consiste na condição de perda 
ou diminuição da força física. Este termo 
médico é entendido como sinônimo de 
fadiga do corpo, que pode ser de origem 
orgânica ou psíquica. 
TIQUES Um som ou movimento repetitivo 
e compulsivo que, muitas vezes, é difícil de 
controlar. 
 
Psíquico 
 
AVALIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA É o 
estado de lucidez em que a pessoa se 
encontra. Inclui o reconhecimento da 
realidade externa ou de si mesmo em 
determinado momento, e a capacidade de 
responder a estímulos. 
• Vigil: Apresenta abertura ocular 
espontânea, estado alerta e 
responsivo. 
• Sonolência: Lentificação dos 
processos ideacionais. 
• Torpor: Está dormindo, exceto 
quando estimulado. - Coma: não 
pode ser acordado. 
 
ATENÇÃO capacidade para centrar-se 
em uma atividade. O seu exame envolve 
observar: a vigilância, a tenacidade e a 
concentração 
ORIENTAÇÃO - avaliar 
• Orientação autopsíquica: em relação 
à Pessoa: Pergunte a respeito de 
seus dados pessoais e investigue se 
reconhece familiares e as pessoas 
com as quais está em contato. 
• Orientação alopsíquica: orientação 
quanto ao Tempo e Espaço 
 
PENSAMENTO Conjunto de funções 
integrativas capazes de associar 
conhecimentos novos e antigos, integrar 
estímulos externos e internos, analisar, 
abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar. O 
pensamento é avaliado, por meio da 
linguagem, nos seguintes aspectos: forma, 
fluxo e conteúdo. 
MEMÓRIA capacidade de registrar, fixar 
ou reter, evocar e reconhecer objetos, 
pessoas, experiências ou estímulos 
sensoriais. Sua análise engloba a avaliação 
das memórias imediata, recente e remota. 
15 
Elany Portela 
• Memória imediata: que cobre os 
últimos 5 minutos. 
• Memória recente: engloba os 
últimos dias e horas. 
• Memória remota: desde os 
primeiros anos de vida. 
 
INTELIGÊNCIA conjunto de habilidades 
cognitivas resultante dos diferentes 
processos intelectivos. Inclui raciocínio, 
planejamento, resolução de problemas, 
pensamento abstrato, compreensão de 
ideias complexas, aprendizagem rápida e 
aprendizagem a partir da experiência. Para 
avaliação, utiliza-se de comparação 
AFETIVIDADE experiência imediata e 
subjetiva das emoções sentidas em 
relação à situação. Inclui a manifestação 
externa da resposta emocional do 
paciente a eventos. Avalia-se o 
humor/afeto pela expressão facial, gestos, 
tonalidade afetiva da voz, conteúdo do 
discurso e psicomotricidade, choro fácil, 
risos imotivados, etc. 
COMPORTAMENTO é o conjunto de 
procedimentos ou reações do indivíduo ao 
ambiente que o cerca em determinadas 
circunstâncias, o meio. Pode designar um 
grupo de atividades ou limitar-se a uma só, 
o comportamento singular. 
ALUCINAÇÕES A percepção de ter visto, 
ouvido, tocado, provado ou cheirado algo 
que não estava realmente no local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
Identificação 
1. Nome completo 
2. Idade 
3. Data de Nascimento 
4. Sexo / Gênero 
5. Cor 
6. Naturalidade 
7. Procedência atual e remota 
8. Estado civil 
9. Profissão 
10. Escolaridade 
11. Endereço 
12. Religião 
13. Filhos 
14. Viagens Recentes 
 
Queixa Principal 
Motivo pelo qual o paciente procura 
atendimento. 
Problema atual referido mais importante e 
quanto tempo (duração do problema). A 
duração pode ou não ser descrita neste 
campo. 
A queixa principal deve ser registrada 
entre aspas nas palavras do paciente. Não 
aceitar “rótulos diagnósticos”. 
História da Moléstia Atual 
Caracterizar e organizar cronologicamente 
os sintomas e sinais referidos e/ou 
percebidos e as relações entre eles, 
considerando os aspectos sejam eles 
biológicos, psicológicos ou socioculturais, 
dentro do contexto de vida da pessoa. 
Investigar o sintoma-guia definido na QP 
contendo uma avaliação cronológica: 
Início (súbito, progressivo, fator 
desencadeante) 
 
Características do sintoma:Localização 
 Tipo 
 Duração 
 Intensidade 
 Frequência 
 Irradiação 
 
Fatores de melhora ou piora (entra o uso 
de medicamentos como possível fator de 
melhora ou não) 
Evolução 
Procura médica 
Situação atual (Registrar como o sintoma 
está no momento da anamnese) 
Sintomas associados 
 
Revisão dos sistemas e Aparelhos ou 
Interrogatório sintomatológico 
 
Abordar sintomas, em ordem cefalocaudal, 
que podem estar relacionados com a 
queixa principal ou sugestivos de outra 
alteração do paciente. Investigar no mínimo 
3 sintomas por sistema, não abordar 
diagnóstico/patologia e descrever em 
termos técnicos. 
 
Sintomas gerais: Febre, astenia, 
alterações de peso, sudorese, calafrios 
Anamnese 
17 
Elany Portela 
 
Pele e fâneros: lesões de pele (mácula, 
pápula, bolha, exantema, etc..), mucosas, 
pelos, unhas, prurido, sensibilidade, 
temperatura. 
 
Crânio, face e pescoço: dor (localizar), 
alterações no pescoço (tumoração, 
alteração nos movimentos, pulsações). 
 
Olhos: dor ocular, sensação de corpo 
estranho, prurido, lacrimejamento, edema 
palpebral, acuidade visual, escotomas, 
diplopia, fotofobia, amaurose. 
 
Ouvidos: Otalgia, otorreia, otorragia, 
hipoacusia, acusia, zumbido, prurido, 
vertigem, plenitura auricular. 
 
Nariz: Obstrução nasal, prurido, secreção, 
epistaxe, espirros, hiposmia, cacosmia, 
parosmia. 
 
Cavidade bucal e anexos: polifagia, 
inapetência, geofagia, sialorréia, halitose, 
dor dentária, ulcerações. 
 
Faringe: Odinofagia, disfagia, tosse, halitose, 
pigarro e ronco. 
 
Laringe: Dispnéia, estridor, disfonia, pigarro. 
 
Parede torácica: Dor, alterações no 
formato do tórax, dispnéia 
 
Mamas: dor nódulo, secreção. 
 
Respiratório: dor torácica, tosse, 
hemoptise, chiado, expectoração, dispnéia, 
tiragem 
 
Cardiovascular: dor precordial, palpitações, 
dispneia, lipotimia, síncope, edema, cianose, 
alterações do sono, astenia. 
 
Esôfago e estômago: Disfagia, pirose, 
regurgitação, eructação, hematêmeses, 
soluço, náuseas, dispepsia. 
 
Intestinos, cólon, reto e ânus: diarreia, 
esteatorréia, distensão abdominal, 
flatulência, melena, enterorragia, 
obstipação intestinal, hematoquezia, 
prurido anal, dor abdominal 
 
Urinário: micções, disúria, polaciúria, 
nictúria, enurese, hematúria, poliúria, 
oligúria, estrangúria, secreção uretral. 
 
Orgãos genitais masculinos: lesões, 
nódulos, priapismo, dor, edema, 
hemospermia, corrimento uretral, 
disfunção sexual. 
 
Orgãos genitais femininos: Distúrbios 
menstruais (polimenorréia, amenorreia, 
menorragia), dismenorreia, corrimento 
vaginal, dispareunia, anorgasmia, ciclo 
menstrual 
 
Endócrino: polifagia, polidpsia, nódulos no 
pescoço, galactorréia, preferência 
climática, perda ou ganho de peso, 
nanismo, gigantismo, puberdade precoce 
ou tardia, bócio, infertilidade, hisurtismo, 
acantose nigrans. 
 
Hematológico: hemorragias (petéquias, 
equimoses, hematomas, gengivorragia), 
adenomegalias, esplenomegalia, icterícia. 
 
18 
Elany Portela 
Locomotor: dor (localizar, coluna 
vertebral), artralgias, artrites, deformidades, 
traumas, limitação de movimentos, 
câimbras, rigidez pós repouso, crepitação 
articular. 
 
Vascular periférico: claudicação 
intermitente, alterações de temperatura, 
alterações tróficas, Fenômeno de Raynaud, 
úlceras, edema, dermatite ocre. 
 
Neurológico: sonolência, confusão, 
cefaleia, vertigem, convulsões, amnésia, 
ambliopia, hemianopsia, disbasia, distúrbios 
do sono, disartria, disgrafia, dislexia, disfasia, 
plegias, paresias, parestesias, astenia, tiques. 
 
Psíquico: avaliação de consciência, 
atenção, orientação, pensamento, 
memória, inteligência, afetividade e 
comportamento; alucinações. 
 
Antecedentes pessoais fisiológicos ou 
História fisiológica 
Identificar situações pregressas relevantes 
da pessoa. 
Gestação e nascimento (número de 
irmãos, doenças na gravidez, complicações 
no parto) 
DNPM (Desenvolvimento Neuro Psico 
Motor) 
Desenvolvimento sexual (puberdade, 
menarca, sexarca, menopausa, orientação 
sexual) 
Diurese e evacuação 
Sono 
Vida sexual ativa (uso de proteção ou 
contracepção). 
História Patológica Pregressa 
1. Doença da infância; 
2. Doenças prévias 
3. Alergias 
4. Cirurgias (qual procedimento e 
quando foi realizado) 
5. Traumatismo (e as consequências) 
6. Transfusões sanguíneas 
7. História obstétrica 
8. Vacinação 
9. Exames de rastreamento para 
câncer de mama, colo do útero e 
próstata 
10. Medicações em uso (qual, posologia, 
motivo, quem prescreveu). 
 
Hábitos e estilo de vida 
1. Alimentação e ingesta hídrica 
2. Tabaco, 
3. Bebidas alcoólicas, 
4. Drogas ilícitas 
5. Ocupação atual e anteriores 
6. Atividade física 
7. Lazer 
 
História Familiar 
Identificar situações relacionadas a 
familiares, óbitos e doenças. 
Investigar avós, pais, irmãos, filhos, cônjuge. 
Buscar presença na família de Hipertensão, 
Diabetes, Doenças Cardiovasculares, 
Câncer, Tabagismo, Etilismo, Uso de 
Drogas, Violência Doméstica, 
Gemelaridade, autoextermínio, Síndromes. 
 
História Sócio – Econômica 
Caracterizar condições de moradia, 
trabalho, relações pessoais e profissionais. 
Dinâmica familiar, renda, valores, vícios, 
crenças e expectativas em relação à vida. 
 
Sumarização 
Sintetiza os dados coletados e apresenta 
um resumo para o professor/ preceptor.
 
19 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura 
 
Normotermia: 
 
Temperatura axilar: 35,8 – 37 ºC 
Temperatura oral: 36,3 – 37,4 ºC 
Temperatura retal: 37 – 38ºC 
 
Hipotermia: 
 
Grave: menor que 33 ºC 
Moderada: 33 – 35 ºC 
Leve: 35 – 35,8 ºC 
 
Hipertermia: 
 
Febrícula: 37,2 – 37,5 ºC 
Febril: 37,5 – 37,9 ºC 
Febre: 38 – 39 ºC 
Pirexia: 39,1 – 40 ºC 
Hiperpirexia: acima de 40 ºC 
 
Pulso 
 
Recém Nascido: 120 a 140 bpm 
Lactente: 100 a 120 bpm 
Segunda infância e Adolescência: 80 a 
100 bpm 
Adulto: 60 a 100 bpm 
 
 Bradicardia – pulso abaixo do 
normal 
 Normocardia – pulso normal 
 Taquicardia – pulso acima do 
normal 
 
 Taquisfigmia: pulso fino e 
taquicardico 
 
 Bradisfigmia: pulso fino e 
bradicárdico 
 
Frequência Respiratória 
 
Recém-nascido: até 44 irpm 
Adulto: 14 a 20 irpm 
 
 Eupneia: respiração normal 
 Bradipneia: abaixo do normal 
 Taquipneia: acima do normal 
 Dispneia: dificuldade respiratória 
 Ortopneia: respiração facilitada em 
posição vertical 
 Apnéia: parada respiratória 
 
Pressão Arterial 
Em mmHg 
 
 Normal: 
Sistólica: menor que 120 
Diastólica: menor que 80 
 Elevada: 
Sistólica: 120-129 
Diastólica: menor que 80 
 Hipertensão estágio I: 
Sistólica: 130-139 
Sinais Vitais 
20 
Elany Portela 
Diastólica: 80-89 
 Hipertensão estágio II: 
Sistólica: maior ou igual a 140 
Diastólica: maior ou igual a 90 
 
***TABELA ANTIGA (7ª diretriz): 
 
 
 
Circunferência Abdominal 
 
 
 
Glicemia Capilar 
 
 
 
IMC 
Classificações da obesidade de acordo com 
o IMC (peso/altura2): 
• Abaixo do peso: abaixo de 18,5 
• Normal 18,5 a 24,9 
• Sobrepeso: 25 a 29,9 kg/m2 
• Obesidade grau I: 30 a 34,9 kg/m2 
• Obesidade grau II: 35 a 39,9 kg/m2 
• Obesidade grau III : igual ou superior a 40 
kg/m2 (obesidade mórbida). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura 
 
Termômetro de coluna de mercúrio ou 
de outro líquido 
a. Técnica de uso 
1. Retire o termômetro do estojo protetor. 
2. Limpe-o com algodão embebido em 
álcool etílico a 70% (p/p). 
3. Verifique se a coluna de mercúrio se 
encontra abaixo de 35ºC. Não segure o 
termômetro pelo bulbo, pois isso pode 
alterar a mensuração da temperatura. 
4. Caso o termômetro não esteja abaixo 
de 35ºC, reduza a coluna de líquido 
utilizando força centrífuga (agitar 
rapidamente o termômetro para baixo, 
segurando-o pela extremidade contrária 
ao bulbo). 
5. Posicione adequadamente o bulbo do 
termômetro na via para mensuração . 
6. Deixe-o no lugar pelo tempo indicado na 
bula/manual para a via escolhida. 
7. Faça a leitura mantendo o termômetrono nível dos olhos e rodando-o entre os 
dedos até que a linha de mercúrio possa 
ser vista. Registre o valor e informe o 
resultado ao paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
8. Limpe-o conforme a técnica de higiene. 
9. Guarde-o no estojo protetor. 
10. Armazene-o em lugar protegido de 
temperaturas extremas, umidade, luz 
direta e poeira. Não o deixe ao alcance de 
crianças. 
b. Técnica de higiene 
Lave o termômetro com água e sabão. 
Em seguida, mergulhe a ponteira (bulbo) 
em álcool etílico a 70% (p/p) por pelo 
menos um minuto e seque-a com algodão. 
Qualquer outro produto químico pode 
danificar o acessório. Não coloque o 
termômetro em água fervente. Para uso 
profissional desse termômetro, em alguns 
países utiliza-se revestimento descartável 
a cada atendimento. c. Vias para 
mensuração Axilar e oral. 
Termômetro digital 
a. Técnica de uso 
1. Retire o termômetro do estojo protetor. 
2. Limpe-o com algodão embebido em 
álcool etílico a 70% (p/p). 
3. Ligue o termômetro pressionando o 
botão Liga/Desliga, que geralmente fica ao 
lado do visor. Um sinal sonoro será ouvido. 
Técnicas 
22 
Elany Portela 
4. Verifique se, no visor, aparece o ícone 
<L> intermitente. O termômetro estará 
pronto para mensuração. (Obs.: O ícone 
pode não aparecer caso: a temperatura 
ambiente seja superior a 32°C; o aparelho 
esteja sem bateria ou com defeito). 
5. Posicione adequadamente o sensor do 
termômetro na via para mensuração (item 
C). 
6. Aguarde a mensuração. Quando 
finalizada, um sinal sonoro será ouvido. 
7. Retire o termômetro da via de 
mensuração. 
8. Registre o valor da temperatura 
mostrado no visor e informe o resultado 
ao paciente. 
9. Desligue o termômetro, pressionando 
ligeiramente o botão Liga/Desliga. 
10. Limpe-o, conforme a técnica de higiene. 
11. Guarde-o no estojo protetor. 
12. Armazene-o em lugar protegido de 
temperaturas extremas, umidade, luz 
direta e poeira. Não o deixeao alcance de 
crianças. 
b. Técnica de higiene 
Limpe o termômetro com algodão 
embebido em álcool etílico a 70% (p/p), 
deixe em contato por pelo menos um 
minuto e tenha cuidado para que o álcool 
não entre em contato com o visor. Finalize 
limpando com um algodão seco. Não 
umedeça o sensor com álcool por longos 
períodos para evitar danos. Remova a 
bateria, caso não vá utilizar o termômetro 
por um longo período. Para uso profissional 
desse termômetro, em alguns países 
utiliza-se revestimento descartável a cada 
atendimento 
Técnica Axilar 
. 
1. Lavar as mãos e informar o 
procedimento ao paciente; 
2. Fazer a limpeza do termômetro com 
álcool etílico a 70% (p/p); 
3. Acomodar o paciente sentado e pedir 
permissão para expor a axila ou solicitar 
que ele mesmo o faça; 
4. Afastar a roupa do paciente para expor 
totalmente a axila, pois o termômetro deve 
estar em contato somente com a pele; 
5. Afastar o braço do paciente do corpo 
para permitir a colocação do termômetro 
na axila; 
6. Limpar a axila do paciente com algodão 
embebido em álcool etílico a 70% (p/p); 
7. Secar a axila com papel toalha ou 
algodão; 
8. Posicionar a ponta do termômetro no 
centro da axila e informar que o paciente 
deverá manter o braço 
pressionado contra o corpo para fechar a 
cavidade axilar; 
9. Flexionar o antebraço e apoiar sobre o 
tórax; 
23 
Elany Portela 
10. Aguardar a mensuração conforme as 
indicações do acessório escolhido 
11. Remover o termômetro, fazer a leitura, 
registrar e informar o paciente o resultado; 
12. Fazer higiene conforme recomendado. 
Técnica Oral 
 
Usar um termômetro com bulbo alongado 
individual. 
A técnica oral é contra indicada em 
crianças, pacientes agitados e confusos e 
após ingestão de bebidas quentes ou 
geladas. 
1. Lavar as mãos e informar o 
procedimento ao paciente; 
2. Fazer a limpeza do sensor com água e 
sabão, quando possível, e a desinfecção 
com álcool etílico a 70% (p/p); 
3. Informar que o paciente não poderá ter 
ingerido alimentos ou bebidas nos últimos 
30 minutos; 
4. Acomodar o paciente em posição 
confortável; 
5. Pedir que o paciente abra a boca e 
exponha a língua para frente e para cima; 
6. Colocar o termômetro debaixo da língua 
e deslizando-o lentamente ao longo da 
linha da gengiva, em direção à porção 
posterior da boca (parte mais interna), de 
forma que o bulbo do termômetro fique 
sob a língua do lado esquerdo ou direito 
do frênulo lingual; 
7. Informar que o paciente deverá manter 
a língua abaixada, a boca fechada e respirar 
somente pelo nariz, enquanto o registro se 
processa; 
8. Aguardar a mensuração conforme as 
indicações do acessório escolhido 
9. Remover o termômetro, fazer a leitura, 
registrar e informar o paciente o resultado; 
10. Fazer higiene conforme recomendado. 
Técnica Retal 
Usar um termômetro de bulbo 
arredondado individual. 
A técnica retal é contra indicada em 
pacientes no pós-operatório de cirurgias 
de reto ou com problemas ou infecções 
na região anal e em pacientes agitados. 
Acrescentar gaze com lubrificante e papel 
higiênico na bandeja com o material. 
Colocar o paciente em decúbito lateral 
flexionando uma das coxas sobre o 
abdome 
Afastar as nádegas e introduzir o bulbo do 
termômetro 2 a 3 cm no reto, em direção 
ao umbigo. 
Cobrir o paciente e aguardar pelo menos 
3 minutos, não se afastando do paciente. 
Retirar o termômetro limpando-o com 
papel higiênico assim como o ânus do 
paciente e cobri-lo novamente 
Fazer a leitura e a anotação indicando o 
local em que foi verificado a temperatura 
24 
Elany Portela 
Descer o mercúrio, lavar o termômetro 
com água e sabão e recolocá-lo na 
solução desinfetante. 
Pulso 
1. Lavar as mãos; 
2. Orientar o paciente sobre o 
procedimento; 
3. Colocar o paciente em posição 
confortável, sentado ou deitado, e com o 
braço sempre apoiado; 
Pulso radial: Localizar a arteria radial, e 
palpá-la. Empregando os dedos indicador 
e médio com o polegar fixado no dorso 
do punho do paciente, sendo que o 
examinador usa a mão direita para 
examinar o pulso esquerdo, e vice versa. 
Pulso carotídeo: Para realizar a palpação, 
coloca-se o polegar esquerdo (ou o 
indicador e dedo médio) sobre a carótida 
direita, e vice-versa. 
Pulso braquial: Coloca-se a mão oposta 
por debaixo do cotovelo do paciente e 
utiliza-se o polegar para palpar a artéria 
braquial. O braço do paciente deve estar 
em repouso com o cotovelo esticado e 
as palmas da mão para cima. 
 
Frequência Respiratória 
1. Lavar as mãos; 
2. Orientar o paciente quanto ao 
procedimento. Não se deve contar ao 
paciente que sua FR está sendo verificada, 
uma vez que inconscientemente 
alteramos o nosso padrão respiratório. 
3. Colocar o paciente em decúbito dorsal 
e com o tórax e o abdome descobertos; 
4. Observar os ciclos respiratórios e 
contar durante 1 minuto inteiro; 
5. Anotar; 
6. Lavar as mãos ao término. 
 
Pressão Arterial 
Preparo do paciente: 
1. Deixar o paciente em repouso por pelo 
menos 5 minutos em ambiente calmo. Ele 
deve ser orientado sobre o procedimento 
e instruindo a não conversar durante a 
medida. 
2. Certificar-se de que o paciente NÃO: o 
Praticou exercícios físicos há pelo menos 
60 minutos; o Ingeriu bebidas alcoólicas, 
café ou alimentos; o Fumou nos 30 
minutos anteriores. 
3. Deve estar na posição sentada, pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso 
recostado na cadeira e relaxado. O braço 
deve estar na altura do coração, livre de 
roupas, apoiado, com a palma da mão 
voltada para cima e o cotovelo 
ligeiramente fletido. 
Para a medida propriamente: 
1. Obter a circunferência aproximadamente 
no meio do braço. Após a medida 
selecionar o manguito de tamanho 
adequado ao braço; 
2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 
2 a 3 cm acima da fossa cubital; 
3. Centralizar o meio da parte 
compressiva do manguito sobre a artéria 
braquial; 
25 
Elany Portela 
4. Estimar o nível da pressão sistólica pela 
palpação do pulso radial. O seu 
reaparecimento corresponderá à PA 
sistólica; 
5. Palpara artéria braquial na fossa cubital 
e colocar a campânula ou o diafragma do 
estetoscópio sem compressão excessiva; 
6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 
30 mmHg o nível estimado da pressão 
sistólica, obtido pela palpação; 
7. Proceder à deflação lentamente 
(velocidade de 2 mmHg por segundo); 
8. Determinar a pressão sistólica pela 
ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff), que é em geral fraco seguido 
de batidas regulares, e, após, aumentar 
ligeiramente a velocidade de deflação. 
9. Determinar a pressão diastólica no 
desaparecimento dos sons (fase V de 
Korotkoff); 
10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg 
abaixo do último som para confirmar seu 
desaparecimento e depois proceder à 
deflação rápida e completa; 
11. Se os batimentos persistirem até o nível 
zero, determinar a pressão diastólica no 
abafamento dos sons (fase IV de 
Korotkoff) e anotar valores da 
sistólica/diastólica/zero; 
12. Sugere-se esperar em torno de um 
minuto para nova medida, embora esse 
aspecto seja controverso; 
13. Informar os valores de pressões 
arteriais obtidos para o paciente; 
14. Anotar os valores exatos e o braço em 
que a pressão arterial foi medida. 
Circunferência Abdominal 
 
A MEDIDA NÃO DEVE SER FEITA SOBRE 
A ROUPA 
 
1. O paciente deverá estar de pé, com os 
braços relaxados ao lado do corpo e com 
os pés levemente afastados. 
 
2. A fita é colocada no plano horizontal ao 
nível da cintura natural, parte mais estreita 
do tronco. 
 
3. Havendo dificuldade de identificar a 
cintura, considerar a medida horizontal no 
ponto médio entre a última costela e a 
crista ilíaca 
 
4. A medida deve ser tomada ao final de 
uma expiração normal, sem comprimir a 
pele. 
 
5. O ponto inicial da fita (ponto zero) deve 
estar acima do valor medido. 
- O valor observado deve ser registrado 
com precisão de 0,1cm. Por exemplo: 
97,3cm; 102,0cm. 
 
Glicemia Capilar 
1. Identificar o paciente 
2. Explicar o procedimento ao paciente 
e/ou acompanhante, 
3. Higienizar as mãos 
4. Reunir o material dentro da cuba rim 
5. Verificar se o aparelho de leitura está 
calibrado e pronto para o procedimento 
6. Colocar luvas de procedimento 
7. Limpar a polpa digital de eleição do 
paciente com algodão embebido no álcool 
a 70% aguardar secar; 
26 
Elany Portela 
8. Introduzir a tira teste no aparelho, 
evitando tocar na parte reagente; 
9. Lancetar a polpa digital e coletar 
material na fita reagente, para a leitura 
glicêmica; 
10. Aguardar o tempo necessário para que 
o aparelho realize a leitura; 
11. Pressionar o local da punção o suficiente 
para suspender o sangramento; 
12. Descartar imediatamente a lanceta; 
13. Realizar a leitura do índice glicêmico e 
limpar o dedo do paciente com algodão 
embebido em álcool a 70% e depois o 
seco; 
14. Certificar-se de que não há 
prolongamento do período de 
sangramento; 
15. Desprezar o material utilizado na caixa 
para perfurocortante; 
16. Retirar luva de procedimentos e 
desprezá-la no lixo; 
17. Higienizar as mãos; 
18. Registrar a taxa de glicemia capilar do 
paciente. 
 
 
27 
Elany Portela 
Também conhecida como exame físico 
geral ou somatoscopia, a ectoscopia é uma 
avaliação global do doente, a primeira 
etapa do exame físico, devendo ser 
iniciada ao primeiro contato com o 
paciente. Seu objetivo é obter dados gerais 
independente dos vários sistemas 
orgânicos e da queixa do paciente. 
 
O exame físico começa tão logo que 
avistamos o paciente: obesidade ou 
emagrecimento, grandes deformidades, 
aspecto incomum da pele, movimentos 
involuntários (tiques), posição anormal no 
leito (notados num relance), postura, afeto, 
maneira de relacionamento com as 
pessoas, vestuário, higiene, cuidados 
pessoais e eventuais odores. 
 
Avaliação do Estado Geral 
 
Avaliação subjetiva baseada na observação 
do doente. Deve ser avaliado a idade 
aparente, o vestuário e a higiene. Pode ser 
dividida em: 
1. Bom Estado Geral (BEG): Paciente 
que mantém o aspecto físico, 
intelectual e emocional compatível 
com sua idade e condição social; 
2. Regular Estado Geral (REG): 
Paciente manifesta sinais da doença, 
mas não se encontra prostrado, 
nem teve condição nutricional e 
consciência significativamente 
3. Mau Estado Geral (MEG): paciente 
apresenta manifestações da doença 
com evidências clínicas de perda de 
peso, desidratação, alteração do 
nível de consciência e confusão 
mental. 
 
Nível de Consciência 
 
• Estado de vigília: é o normal percepção 
consciente do mundo exterior e de si 
mesmo. 
 
• Obnubilado: certa confusão mental e 
distúrbios de ideação. 
 
• Coma leve - grau 1: comprometimento 
da consciência leve; paciente é capaz de 
atender ordens simples como abrir e 
fechar os olhos, levantar os braços e 
responder algumas perguntas pessoais; 
reage bem e de modo apropriado à 
estimulação dolorosa e a deglutição se faz 
normalmente. 
 
• Coma médio - grau 2: perda da 
consciência é quase total (perceptividade 
bastante reduzida); responde apenas à 
estimulação dolorosa enérgica e o faz 
desapropriamente; a deglutição é feita 
Ectoscopia 
28 
Elany Portela 
com dificuldade; estão preservados os 
reflexos tendinosos, cutâneos e pupilar. 
 
• Coma profundo - grau III: perda 
completa da consciência. O paciente não 
responde a solicitações externas; não há 
deglutição; nenhum estímulo doloroso 
desperta reação. Observam-se arreflexia 
tendinosa, cutânea e pupilar, relaxamento 
completo da musculatura e incontinência 
esfinctérica. 
 
• Coma depassé – grau IV: além da 
perda total de consciência, perde-se as 
funções vitais. 
 
Fala e Linguagem 
 
Durante a entrevista, é necessário prestar 
atenção na linguagem do paciente (fala). 
 
Alterações na fala: 
 
• Disfonia ou afonia: alteração do timbre 
da voz causada por algum problema no 
órgão fonador (voz rouca, fanhosa, ou 
bitonal). 
 
• Dislalia: alterações menores da fala, 
comuns em crianças, como trocas de 
letras. Ex; tasa/casa. 
 
• Disritmolalia: distúrbios no ritmo da fala 
como gagueira e a taquilalia. 
 
• Disartria: alterações nos músculos da 
fonação, incoordenação cerebral (voz 
arrastada, escandida), de hipertonia no 
parkinsonismo (voz baixa, monótona e 
lenta) ou perda do controle piramidal 
(paralisia pseudobulbar). 
• Disfasia: depende de uma perturbação 
na elaboração cortical da fala (pode ser de 
recepção ou sensorial, expressão ou 
motora, misto). 
 
• Retardo do desenvolvimento da fala na 
criança (pode ser indicativo de problema 
neurológico). 
 
• Disgrafia: perda da capacidade de 
escrever. 
 
• Dislexia: perda da capacidade de ler. 
 
Estado de Hidratação 
Parâmetros: alteração abrupta de peso; 
alterações na pele (umidade, elasticidade e 
turgor); alterações nas mucosas (umidade); 
fontanelas (crianças); alterações oculares; 
estado geral. 
 
• Um paciente está normalmente 
hidratado quando a oferta de líquidos e 
eletrólitos for feita de acordo com a 
necessidade do organismo e quando não 
houver perdas extras (diarréia, vômitos, 
sudorese excessiva, etc) sem uma 
reposição adequada. 
 
• Estado normal: pele rósea (brancos), boa 
elasticidade, leve grau de umidade, 
mucosas úmidas, não há alterações 
oculares, nem perda abrupta de peso. 
 
• O estado geral é bom e a criança 
apresenta-se alegre, comunicativa e de 
sorriso fácil. 
 
Desidratação: é a diminuição de água e 
eletrólitos do organismo. Caracteriza-se 
por: sede; queda abrupta de peso; pele 
29 
Elany Portela 
seca, com elasticidade e turgor diminuídos, 
mucosas secas, olhos afundados 
(enoftalmia) e hipotônicos; fontanelas 
deprimidas (crianças); estado geral 
comprometido, excitação psíquica ou 
abatimento; e oligúria. 
 
A desidratação pode ser classificada 
conforme 2 aspectos: intensidade e 
osmolaridade . 
 
1)Intensidade – baseia-se na perda de 
peso: 
 
 Leve ou 1ºGrau: perda de peso até 
5%. 
 Moderada ou 2ºGrau: perda de peso 
de 5 a 10%. 
 Grave ou 3ºGrau: perda de peso 
acima de 10%. 
 
2)Osmolaridade – baseia-se no nívelsanguíneo de sódio: 
 Isotônica: sódio em níveis normais. 
 Hipotônica: sódio baixo. 
 Hipertônica: sódio acima dos limites 
normais. 
 
Altura e Outras Medidas 
Antropométricas 
 
A altura é chamada de medida plantar-
vértice, é a mais comum de ser medida, 
contudo, existem outras: 
1. Envergadura: estende-se entre os 
extremos dos membros 
superiores, com esse em 
abdução de 90º graus; 
2. Distância pubovértice: entre a 
cabeça e a sínfise pubiana ; 
3. Distância puboplantar: entre a 
sínfise pubiana e a planta do pé. 
 
 
Também são importantes a 
circunferência abdominal (logo acima da 
crista ilíaca) e a relação cintura-quadril 
(razão entre a circunferência da cintura, 
que é medida em um ponto entre o final 
da dos arcos costais e a crista ilíaca; e o 
quadril, ao nível das espinhas ilíacas 
anteriores). 
 
Peso 
 
Índice de massa corporal (IMC): razão 
entre o peso em kg e o quadrado da altura 
em metros. 
• Baixo peso: IMC inferior a 20. 
• Normal: IMC de 20-24,9 
• Sobrepeso: IMC de 25-29,9 
• Obesidade: IMC maior que 30. 
 
Existem algumas variações do peso: 
1. Magreza: o paciente está abaixo 
do peso normal, existem dois 
tipos de magreza, a constitucional 
(a pessoa é daquele jeito) e a 
30 
Elany Portela 
patológica (alguma coisa 
aconteceu e para ela ficar nesse 
estado). 
2. Caqueixa: magreza extrema 
3. Sobrepeso 
4. Obesidade pode ser dividida em 
dois grupos. Na obesidade central 
ou androide, a gordura se localiza 
mais no tórax e abdômen, a 
deposição de gordura não é 
somente subcutânea, mas 
também intra-abdominal, mais 
comum em homens. Na obesidade 
periférica ou ginecoide, a gordura 
se deposita nas coxas, nádegas e 
regiões próximas à pelve, mais 
comum em mulheres. 
 
Estado Nutricional 
 
É necessário avaliar o peso; musculatura; 
panículo adiposo; desenvolvimento físico; 
estado geral; pele, pelos e olhos. 
 
• Nutrição normal: elementos referidos 
encontram dentro dos limites normais. 
 
• Desnutrição: desvio nutritivo em geral. 
Ocorre quando o peso está abaixo do 
normal, a musculatura atrofiada e tecido 
adiposo escasso [a pele torna-se seca 
e rugosa (lixa); os pelos mudam de 
cor e se tornam mais finos, de fácil 
queda; e nos olhos observa-se sequidão – 
relacionada com xeroftalmia ]. 
Classificação de Gomes: 
-Grau 1: perda de 10% do peso. 
-Grau 2: perda de 25% do peso. 
-Grau 3: perda de 40% de peso ou 
mais. 
 
• Sobrepeso e Obesidade: excesso de 
tecido gorduroso no organismo. Em 30% 
dos casos os fatores genéticos são 
determinantes.(relacionar com hipertensão, 
diabetes, doença isquêmica do coração e 
alguns tipos de câncer). 
 
Desenvolvimento Físico 
 
É uma avaliação extremamente 
complicada que necessita de inúmeros 
dados, mas que, para simplificar, na 
prática só se utiliza a altura e o peso. 
 
Classificação: 
 
 Desenvolvimento normal. 
 Hiperdesenvolvimento: tem como 
sinônimo de gigantismo (diferenças de 
grau e qualidade). 
 Hipodesenvolvimento: tem como 
sinônimo nanismo (diferenças de grau e 
qualidade). 
 Hábito grácil: constituição corporal 
frágil e delgada caracterizada por 
ossatura fina, musculatura pouco 
desenvolvida juntamente com altura e 
peso abaixo do normal. 
 Infantilismo: persistência das 
características infantis na vida adulta. 
 
Fácies 
 
É o conjunto de dados exibidos na face do 
paciente. É a resultante de traços 
anatômicos mais a expressão fisionômica. 
Não apenas os elementos estatísticos, mas 
também o olhar, os movimentos da asa do 
nariz e a posição da boca. 
 
31 
Elany Portela 
Certas doenças imprimem na face traços 
característicos e o diagnóstico vem da 
simples observação do rosto do paciente 
 
Fácies normais ou atípicas: face que 
não se relaciona com nenhum tipo de 
patologia 
 
Fácies típicas: estão relacionadas com 
algum tipo de patologia. 
Esclerodérmica 
 
 
1. Fácies hipocráticas: olhos fundos, 
parados e inexpressivos, nariz afinado 
e lábios delgados. Palidez cutânea e 
uma discreta cianose labial. Indica 
doença grave. 
 
2. Fácies Renal: edema proporcionado 
ao redor dos olhos, com palidez 
cutânea. Indica doenças difusas dos 
rins, como a síndrome nefrótica e 
na glomerulonefrite difusa aguda. 
 
3. Fácies Leonina: alterações faciais 
produzidas pelo mal de Hansen, 
como pele espessa, grandes 
lepromas, os supercílios caem, o 
nariz se espessa e alarga, lábios 
tornam-se grossos e proeminentes, 
bochechas e mento deformam-se. 
 
4. Fácies Adenoidina: nariz pequeno 
e afiliado com boca sempre 
entreaberta. Indica indivíduos com 
dificuldade de respiração, como 
hipertrofia da adenoide. 
 
5. Fácies Parkinsoniana: cabeça 
inclina-se um pouco para frente e 
permanece imóvel, olhar fixo, 
supercílios elevados e a fronte 
enrugada (espanto). Indica a doença 
de Parkinson. 
 
6. Fácies Basedowiana: olhos 
brilhantes (exoftalmia), pode ter 
presença de bócio. Indica 
hipertireoidismo 
 
 
7. Fácies Mixedematosas: rosto 
arredondado, nariz e lábios grossos, 
pele seca e espessa, pálpebras 
infiltradas e enrugadas, cabelos secos 
32 
Elany Portela 
e sem brilho. Expressão indicativa de 
desanimo e, apatia e estupidez. 
 
8. Fácies Acromegálicas: saliências nas 
arcadas supraorbitárias, proeminência 
das maçãs do rosto e maior 
desenvolvimento do maxilar inferior, 
acompanhado do aumento do nariz, 
orelha e lábios. Indica acromegalia. 
 
9. Fácies Cushingoide ou de Lua-
Cheia: rosto arredondado. Indica a 
síndrome de Cushing por hiperfusão 
do córtex suprarrenal. 
 
10. Fácies Mongoloide: existe uma 
fenda palpebral (prega cutânea) que 
torna os olhos oblíquos e afastados, 
rosto arredondado, boca quase 
entreaberta. Indica uma provável 
síndrome de Down 
. 
11. Fácies de Depressão: cabisbaixo, 
olhos com pouco brilho e fixos em 
um ponto distante (em grande 
maioria, fixo no chão). Indica 
indiferença, tristeza e sofrimento 
moral, como a síndrome da depressão. 
 
12. Fácies de Pseudobulbar: súbitas 
crises de riso e choro, involuntárias, 
mas conscientes, que levam o 
paciente a tentar contê-las, dando 
um aspecto espasmódico a face. Indica 
a paralisia pseudobulbar. 
 
13. Fácies de Paralisia Facial Periférica: é 
bastante comum e impede o indivíduo 
de exercer alguns movimentos, 
como fechar as pálpebras, mexer 
os lábios, repuxamento da boca. A 
paralisia periférica é caracterizada por 
uma falta de movimento na 
hemiface, diferente da paralisia central, 
onde o terço inferior da face 
permanece imóvel. 
 
14. Fácies Miastênicas ou Fácies de 
Hutchinson: ptose (queda ou 
localização anormalmente baixa de 
um órgão) palpebral bilateral que 
obriga o paciente a franzir a testa 
e levantar a cabeça. Indica miastenia 
grave e em outras miopatias que 
comprometem os músculos da 
pálpebra. 
 
15. Fácies de Deficiente Mental: boca 
constantemente entreaberta, 
hipertelorismo e estrabismo, olhar 
desprovido de objeto, olhos se 
movimentam sem se fixar em nada. 
Pode ocorrer um sorriso meio 
aberto sem motivação e que se 
acentua com qualquer tipo de 
resposta. 
 
16. Fácies etílica: olhos avermelhados e 
rubor na face, há lito ruim, voz 
pastosa e sorriso meio indefinido. 
 
17. Fácies Esclerodérmica: [MÚMIA] 
característica fundamental é a 
imobilidade facial, a pele torna-se 
apergaminhada, endurecida e 
aderente aos planos profundos, com 
afinamento do nariz e imobilização 
das pálpebras. A fisionomia é 
inexpressiva e imutável. 
 
Atitude e Decúbito 
 
Posição adotada pelo paciente no leitoou fora dele por comodidade, hábito ou 
com objetivo de conseguir alívio para 
33 
Elany Portela 
algum padecimento. Elas podem ser 
voluntárias ou involuntárias. 
 
 
Atitudes voluntárias: dependem da 
vontade do paciente. 
 
• Atitude ortopnéica (ortopnéia): posição 
para aliviar a falta de ar. Situações como 
insuficiência cardíaca, asma brônquica e 
ascites volumosas. Paciente na beira da 
cama, com os pés no chão, com as mãos 
apoiadas no colchão 
. 
• Atitude Genupeitoral (“prece 
maometana”): doente fica com joelhos e 
tronco fletido sobre as coxas, enquanto a 
face anterior do tórax põe-se em contato 
com o solo ou colchão. O rosto descansa 
sobre as mãos. Facilita o enchimento do 
coração nos casos de derrame pericárdico 
. 
• Atitude de cócoras: observada em 
crianças com cardiopatia congênita 
cianótica. A posição traz alívio da hipóxia 
generalizada que acompanha cardiopatias, 
em decorrência da diminuição do retorno 
venoso ao coração. 
 
• Atitude Parkinsoniana: paciente com a 
doença de Parkinson, ao se pôr em pé, 
apresenta semiflexão da cabeça, tronco e 
membros inferiores, e ao caminhar parece 
estar correndo atrás do seu próprio eixo 
de gravidade. 
 
 
• Atitude em decúbito: posição de que 
está deitado. Como o paciente prefere 
ficar no leito por hábito ou por alívio de 
algum padecimento. 
 
-Decúbito lateral: posição costuma 
ser adotada quando há uma dor de 
origem pleurítica. Ele se deita sobre 
o lado da dor. (Gestante – esquerdo; 
ascite, hepatoesplenomegalia 
volumosa,]). 
34 
Elany Portela 
-Decúbito dorsal: com as pernas 
fletidas sobre as coxas e estas sobre 
a bacia. Observado nos processos 
inflamatórios pelviperitoniais – 
abdome agudo.(peritonite, 
apendicite) 
-Decúbito ventral: paciente deita-se 
de bruços e, às vezes coloca um 
travesseiro debaixo do ventre. 
Observados em cólica intestinal 
intensa. 
-Decúbito com flexão da coluna: 
posição antálgica (pacientes com 
hérnia de disco). 
 
Atitudes involuntárias: atitudes que 
independem da vontade do paciente. 
 
• Atitude passiva: paciente fica na 
posição em que é colocado no leito. 
Observada em pacientes inconscientes e 
comatosos. 
• Órtotono: todo tronco e membros 
estão rígidos. 
• Opistótono: contratura da musculatura 
lombar – o corpo passa a se apoiar na 
cabeça e calcanhares, emborcando-se 
como um arco. Observa-se na meningite e 
tétano. 
• Emprostótono: paciente forma uma 
concavidade voltada para diante. 
Observada em casos de tétano, meningite 
e na raiva. 
• Pleurostótono: o corpo se curva 
lateralmente. Observada em casos raros de 
tétano, meningite e raiva. 
• Posição em gatilho: hiperextensão da 
cabeça, flexão das pernas sobre as coxas 
e encurvamento do tronco com 
concavidade para diante. Observada em 
irritação meníngea – mais comum em 
crianças. 
• Torcicolo: atitude involuntária de um 
segmento do corpo. 
• Mão pêndula da paralisia radial: 
involuntária de um segmento do corpo. 
 
Mucosas 
 
Facilmente examinadas a olho nu e sem 
auxílio de qualquer aparelho , são as 
mucosas conjuntivais (olhos) e mucosas 
labiobucal, lingual e gengival.. 
 
O método de exame é a inspeção com 
manobras que exponham as mucosas à 
visão do examinador. É necessária uma 
boa iluminação e às vezes o uso de uma 
lanterna. 
 
Parâmetros analisados: coloração, 
umidade e pequenas lesões. 
 
Coloração: 
 
• Normocoradas: róseo-avermelhada, 
decorrente da rica rede vascular das 
mucosas. 
• Descoramento das mucosas: 
diminuição ou perda da coloração róseo-
avermelhada. Avaliação quantitativa em 
escala de uma a quatro cruzes 
(+,++,+++,++++). 
35 
Elany Portela 
• Hipercoradas: coloração vermelho-
arroxeada (em decorrência do aumento 
de hemácias na área, como ocorre em 
infecções e policitemias). 
 
• Cianose: coloração azulada das mucosas. 
 
• Icterícia: coloração amarelada ou 
amarelo-esverdeada das mucosas 
(decorrente de bilirrubina). 
 
Umidade 
Traduz o estado de hidratação. 
 
• Úmidas: normal. 
• Secas: perda de brilho, aspecto 
ressequido. 
 
Pequenas Lesões 
 
Pele 
 
É necessário avaliar perdas, elasticidade, 
líquidos, solidez, edemas e cor. Para fazer 
o exame da pele é preciso uma iluminação 
adequada, desnudamento das partes a 
serem examinadas e conhecimento prévio 
dos procedimentos semiotécnicos. 
 
 Coloração: 
Palidez: desaparecimento da cor 
normal da pele. É generalizada 
quando se encontra em toda 
extensão do corpo do paciente, ou 
localizada e segmentar, quando só 
está em um lugar (possível isquemia). 
Vermelhidão ou eritrose: a 
coloração apresenta-se muito mais 
forte que o normal, também pode 
ser generalizada ou localizada. 
Cianose: diferencia-se quanto a 
intensidade (leve, moderada ou 
intensa) ou quanto a área de 
abrangência (cianose central, 
periférica, mista, por alterações da 
hemoglobina). 
Fenômeno de Raynaud é a alteração 
cutânea das pequenas arteríolas nas 
extremidades dos membros, inicia-se 
com palidez, depois extrema 
cianose, e por último retorno do 
sangue 
Icterícia: coloração amarelada da pele 
e mucosas devido ao acúmulo de 
bilirrubina no corpo. 
Albinismo: alteração genética em que 
o indivíduo desenvolve uma cor 
branco-leitosa, decorrente da 
deficiência de melanina. 
Bronzeamento artificial: pode trazer 
inúmeros riscos à saúde, como 
grandes alterações endócrinas e a 
doença de Addison. 
Dermografismo, também chamado 
de urticária factícia, é uma reação 
vasomotora que não apresenta 
significado semiológico 
 Umidade 
 
Apreciação da umidade começa com 
a inspeção, mas o método adequado 
é a palpação. Com as polpas digitais e 
com a palma da mão 
-umidade normal. 
-pele seca. 
-umidade aumentada ou pele 
sudorenta 
 
36 
Elany Portela 
 Textura 
É a disposição dos elementos que 
compõe o tecido. Pode ser avaliada 
pela palpação com as polpas digitais 
-normal, 
-pele lisa e fina 
-pele áspera 
-pele enrugada 
 
 Espessura 
É avaliada por meio da palpação 
em pinça. – pinçamento de uma 
dobra cutânea usando o polegar e o 
indicador. 
-normal 
-atrófica (translúcida, permite a 
visualização da rede venosa), 
-hipertrófica 
 
 Temperaturas 
Utiliza-se a palpação com o dorso 
dos dedos. Nunca confundir 
temperatura corporal com 
temperatura da pele. 
-normal 
-aumentada (processos 
inflamatórios) 
-diminuída (hipotermia corporal) 
 
 Elasticidade e Mobilidade 
Elasticidade é a propriedade do 
tegumento cutâneo de se estender 
quando tracionado, e mobilidade se 
refere a suas capacidades de 
movimentar os planos fundos 
subjacentes. 
 
Semiotécnica: pinça-se uma prega 
cutânea com o polegar e o indicador, 
fazendo uma certa tração, ao fim da 
qual solta-se a pele. Para a mobilidade: 
pousa-se a palma da mão sobre a 
superfície que se quer examinar e 
movimenta-se a mão para todos os 
lados, fazendo-a deslizar sobre as 
estruturas. 
 
Elasticidade: 
-elasticidade normal. 
-aumento da elasticidade ou pele 
hiperelástica. 
-diminuição da elasticidade ou 
hipoelasticidade. 
 
 
Mobilidade: 
-mobilidade normal. 
-mobilidade diminuída ou ausente. 
-mobilidade aumentada. 
 
 Turgor 
É a capacidade da pele, após ser 
esticada, retornar ao modo inicial. 
 
Avalia-se pinçando com o polegar e o 
indicador uma prega da pele que engloba 
o tecido subcutâneo. 
-Turgor normal: prega de pele ao ser 
solta se desfaz rapidamente. 
-Turgor diminuído: prega ao ser solta 
se desfaz lentamente (indica 
desidratação). 
 
 Sensibilidade 
 Dolorosa, que seria a dor, 
podendo sofrer inúmeras variações 
tanto para ser diminuída como para 
sofrer aumento; 
 
37 
Elany Portela 
Tátil, exercidas pelos receptores 
de Meissner, de Merkel e as 
terminações nervosas livres. 
 
Térmica, que pode ser 
pesquisada usando tubos de água com 
diferentes temperaturas 
 
 Integridade Lesões elementares 
Modificações do tegumento cutâneo por 
processos inflamatórios, degenerativo, 
circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do 
metabolismo ou por defeito de 
deformação. Semiotécnica: inspeção e 
palpação. 
 
 
 
Lesões elementares primárias: 
 
1. .Planas / Alterações de cor 
 
Mancha ou mácula: são modificações de 
coloração da pele sem alterações de 
relevo ou espessamento. Divide-se em: 
 
-Máculas pigmentares: alterações do 
pigmento melânico (ocorrem por 
deposição de melanina, pigmentos 
endógenos e exógenos). 
 
Leucodermia: mancha branca por 
diminuição ou ausência de melanina 
(hipocromia ou acromia) 
. 
 
Hipocromia: redução da 
pigmentação. 
 
 
Acromia: ausência completa de 
pigmentação. 
 
38 
Elany Portela 
Hipercromia: Cor variável por 
aumento de melanina ou outros 
pigmentos como sais biliares e 
carotenóides 
 
 
-Máculas vasculares: decorrem de 
distúrbios da microcirculação da pele 
(congestão ou constrição vascular ou 
extravasamento de hemácias). São 
diferenciadas de manchas hemorrágicas 
por desaparecerem após compressão. 
Subdividem-se em: 
 
Eritema: mancha de coloração 
vermelha decorrente de uma 
vasodilatação e desaparece com a 
digito-pressão ou vitropressão. Pode 
assumir tonalidades e padrões 
variados como: eritema cianótico, 
rubro ou exantemático. Surgem nas 
doenças exantemáticas (sarampo, 
varicela, rubéola), na escarlactina, na 
sífilis, na moléstia reumática, nas 
septicemias, nas alergias cutâneas e 
em muitas outras afecções 
. 
Telangiectasias: dilatação dos vasos 
terminais, isto é, arteríolas, vênulas e 
capilares, permanente na derme 
superficial, constituindo lesão linear, 
sinuosa, estelar ou puntiforme. 
 
Púrpura: mancha vermelho-violácea que 
não desaparece à digito ou vitropressão, 
formada por sangue extravascular 
visível, ou seja, por extravasamento de 
hemácias na derme. .Apresentam-se 
como equimoses (placas) e petéquias 
(puntiformes). 
 
 
Mancha angiomatosa: Aparece em 
decorrência de neoformação vascular 
na derme. Consiste de lesão eritematosa 
que regride quase que totalmente à 
digito ou vitropressão. 
39 
Elany Portela 
 
 
Mancha anêmica: Mancha branca 
permanente por diminuição ou 
ausência de vasos sanguíneos. 
Consiste de área clara na pele, 
geralmente bem delimitada, 
decorrente de hipogenesia vascular 
ou hiperreatividade local às aminas 
vasoconstritoras. 
 
 
 
2. Sólidas: 
 
Elevações Edematosas 
 
Urtica: Lesão com relevo, 
consistente, edematosa, circunscrita, 
de cor vermelho-róseo ou branco-
porcelana, efêmera, circundada por 
halo eritematoso ou anêmica. A 
urtica é lesão decorrente de edema 
dérmico, ao invés de infiltração 
celular. 
 
Angioedema: representa uma área 
de edema circunscrito, que pode 
ocorrer no subcutâneo, causando 
tumefação. É de localização nos 
lábios (macro-queilia), mais comum 
no superior. Geralmente tem 
aparecimento súbito, não é 
depressível à palpação, indolor, 
sendo de causa alérgica. Pode vir 
acompanhado de urticária e 
macroglossia. 
 
 
Formações Sólidas 
 
Pápula: lesão sólida e circunscrita, 
menor que 1cm de diâmetro, elevada 
(que faz relevo em relação aos 
planos circunjacentes), com 
superfície plana ou encurvada. Pode 
ser epidérmica, dérmica ou mista. 
Observada em leishmaniose, 
blastomicose, verruga, erupções 
medicamentosas, acne, hanseníase, 
sífilis secundária tardia. 
40 
Elany Portela 
 
 
Placa: lesão elevada, maior que 1cm, 
geralmente de superfície plana. Obs.: 
A superfície da placa pode ser 
também descamativa, crostosa, 
queratinizada ou macerada. Pode ser 
constituída pela confluência de várias 
pápulas (placa papulosa).(Obs.: O 
termo "placa" também é empregado 
para a confluência de máculas, 
sendo então denominada a lesão 
placa maculosa). 
 
 
 
Nódulos: Infiltrado sólido circunscrito, 
geralmente bem delimitado, 
persistente, de localização dérmica 
ou hipodérmica, podendo ser 
elevado ou situado profundamente 
na derme, medindo 1 a 3 cm de 
diâmetro. Costuma ser mais palpável 
que visível. Observados em: 
furúnculo, eritema nodoso, 
hanseníase, cistos, neoplasias, sífilis, 
bouba, cisticercose. 
 
Goma: nódulo ou tumor que se 
liquefaz no centro, drenando, por 
ulceração ou fistulização, substância 
que varia conforme o processo 
básico. Observam-se na sífilis, 
tuberculose e micoses. 
 
 
Vegetação: Pápula elevada, pediculada 
ou não, de superfície irregular, 
ocasionalmente sangrante. Pode ser 
recoberta por superfície queratósica 
dura, inelástica e amarelada, recebendo 
o nome de verrucosidade ou lesão 
verrucosa. Observa-se nas verrugas, 
bouba, leishmaniose, sífilis, blastomicose, 
41 
Elany Portela 
esporotricose, condilomas acumilados, 
tuberculose, granuloma venéreo, 
epitelioma, dermatites medicamentosas. 
 
 
3. Conteúdo líquido: 
 
Coleções de líquidos 
 
Vesícula: pequena cavidade de 
localização geralmente 
intraepidérmica (podendo ser 
subcórnea, intraepitelial ou 
subepidérmica), de conteúdo claro, 
medindo menos de 1cm de diâmetro. 
A lesão é elevada e circunscrita. A 
superfície pode ser esférica, 
pontiaguda ou umbilicada. 
Frequentemente ocorre turvação 
(pustulização) de seu conteúdo. 
Observada na herpes simples e 
zoster, varicela, queimaduras e nos 
eczemas. 
 
 
Bolhas: elevação circunscrita da 
pele, maior que 1cm. Situa-se na 
epiderme ou entre a epiderme e a 
derme. Seu conteúdo é inicialmente 
seroso e claro - pode depois ser 
purulento ou hemorrágico. 
Dependendo do nível de formação, 
a bolha pode ser flácida e fugaz 
(como nos pênfigos) ou tensa e 
duradoura (como na dermatite 
herpetiforme de Dühring - Brocq). 
Quando a bolha é provocada por 
queimadura, denomina-se flictena. 
(encontradas nas queimaduras, em 
algumas piodermites e alergias 
medicamentosas). 
 
 
Pústula: elevação circunscrita da 
epiderme, pequena cavidade similar 
à vesícula, de conteúdo purulento 
(vesícula ou bolha). A pústula pode 
ser séptica, como no impetigo ou na 
acne juvenil, ou asséptica, como na 
psoríase pustulosa.(surge na varicela, 
herpes zoster, queimaduras, 
piodermites, acne). 
 
42 
Elany Portela 
Abscesso: é uma coleção de pús 
localizada e profunda, situada na 
derme ou tecido subcutâneo, 
geralmente acompanhada de sinais 
inflamatórios (edema, rubor, calor e 
dor) causada por infecção, 
inflamação ou degeneração tumoral. 
Pode situar-se em qualquer órgão. 
Na pele, pode desenvolver-se a 
partir de foliculite profunda, 
traumatismos ao redor de corpo 
estranho ou outras infecções mais 
profundas. Pode drenar na pele 
como coleção purulenta, mas 
geralmente apresenta-se como 
nódulo eritematoso. Observa-se no: 
hordéolo ou terçol (“viúva”), 
carbúnculo em paciente diabético. 
 
 
 
Cistos: cavidade revestida por 
epitélio, cujo conteúdo varia de 
líquido a pastoso. São tumores 
benignos derivados de anexos 
cutâneos, encontrados 
especialmente no couro cabeludo e 
no tórax. São geralmente solitários. 
 
-Cistos múltiplos aparecem na acne e em 
alguns distúrbios específicos 
(esteatocistoma múltiplo), bem como em 
locais específicos (cistos escrotais). A pele 
que recobre o cisto é móvel, exceto 
próximo do pequeno orifício central. Esse 
orifício existe na maioria dos cistos 
epidermóides e por ele podem entrar 
bactérias. (Dependendo de local do cisto, o 
epitélio poderá ser glandular ou 
queratinizado). 
 
 
Hematomas: coleção sanguínea 
localizada na derme ou tecido 
subcutânea, geralmente restrita ao 
local do trauma. Ex: Hematoma 
subungueal. 
 
Lesões elementares secundárias: 
 
1. Alterações na consistência e 
espessura: 
 
Queratose: espessamento da 
camada córnea, de consistência 
endurecida e coloração 
esbranquiçada, amarelada ou 
pardacenta. Quando excessiva, a 
43 
Elany Portela 
queratose pode assumir aspecto de 
verrucosidade. Ex: Queratose 
seborreica da pele do idoso, 
queratose plantar, queratose difusa 
(ictiose). 
 
 
Liquenificação: Espessamento da 
pele com acentuação dos sulcos ou

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