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INTERAÇÃO COMUNITÁRIA PRÁTICA Elany Portela Sumário Termos Médicos .................................................................................................................................................................................. 03 Anamnese .......................................................................................................................................................................................................................... 16 Sinais Vitais ......................................................................................................................................................................................................................... 19 Técnicas ..................................................................................................................................................................................................................................... 21 Ectoscopia ..................................................................................................................................................................................................................... 27 3 Elany Portela Sintomas Gerais FEBRE: Síndrome caracterizada pela elevação da temperatura central do corpo para acima de 37,5°C (axilar), 37,8°C (oral) e 38°C (retal) associada a um aumento no ponto de ajuste hipotalâmico (o que a diferencia de uma hipertermia, que não provoca alteração no centro hipotalâmico). A febre não é uma doença, é um mecanismo de resposta do organismo a alguma anomalia. ASTENIA: Fraqueza generalizada do corpo humano. Depressão do estado geral, que causa insuficiências funcionais múltiplas. Designa igualmente o enfraquecimento das funções de um órgão ou sistema. ALTERAÇÕES DE PESO: Quilos adicionados à massa corporal, geralmente como resultado da alimentação em excesso ou da falta de atividades físicas. SUDORESE: é o ato de produzir e libertar suor, que tem início quando a temperatura corporal central é superior a 37ºC. Necessária para o controle da temperatura corporal, sobretudo durante o exercício físico ou em alterações do ambiente; É regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático, através da estimulação das glândulas sudoríparas por nervos específicos. CALAFRIOS: Sinônimo popular de arrepio. Contração involuntária dos músculos voluntários, acompanhada de palidez cutânea e sensação de frio. Tremor e bater de dentes, acompanhado de frio, antes de um acesso febril. Pele e Fâmeros Lesões de pele: MÁCULA: é uma lesão plana e sem relevo ou alteração circunscrita da cor da pele. PÁPULA: Elevações cutâneas circunscritas consistentes, em geral de pequeno tamanho e de evolução fugaz, que podem ser epiteliais, dérmicas e mistas. BOLHA: Uma bolha é uma pequena bolsa de fluido corporal (linfa, soro, plasma, sangue ou pus) dentro das camadas superiores da pele, tipicamente causadas por fricção forçada, queimaduras, congelamento, exposição a produtos químicos ou infecção. EXANTEMA: Erupção visível ou palpável da superfície da pele, geralmente no contexto de uma doença infecciosa. Termos Médicos 4 Elany Portela MUCOSAS é o nome dado ao conjunto formado por epitélio mais tecido conjuntivo que reveste as cavidades úmidas do corpo, em contraste com a pele onde a superfície é seca. PELOS: Estrutura filiforme que emerge da pele dos mamíferos. No homem, elas podem ser particularmente densas no crânio, no rosto, nas axilas e na região pubiana. UNHAS: lâmina dura, formada de queratina, que recobre a última falange dos dedos das mãos e dos pés. PRURIDO: Sensação de irritação que provoca coceira na pele, geralmente, causada pela liberação de substâncias químicas particulares ao organismo; comichão ou coceira. SENSIBILIDADE: consiste na capacidade perceptiva sensorial referente às sensações físicas. Crânio, Face e Pescoço Dor (localizar), CEFALEIA: dor de cabeça *alterações no pescoço (tumoração, alteração nos movimentos, pulsações). TUMORAÇÃO NO PESCOÇO: podem ser primitivos (quando tem a origem no próprio pescoço) ou secundários (metastáticos, ou seja, que surgiram em outros órgãos e se disseminaram para o pescoço. Qualquer tecido presente no pescoço pode originar um tumor, principalmente na faringe, laringe e tireoide DISTONIA CERVICAL: é caracterizada por contrações involuntárias (espasmos) de longa duração (contínua crônica) ou contrações periódicas e intermitentes dos músculos do pescoço, fazendo com que o pescoço vire em formas diferentes. PULSO LATEJANTE: pulso cardíaco mais rápido do que o normal sentido por meio da artéria carótida. Visão DOR OCULAR: Sensação decorrente de estimulação dos terminais sensitivos dos olhos. Por se tratar de dor, existe muita subjetividade entre pacientes. SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO: Camada superficial do olho com irritada, geralmente, gerado por uma sensação de arei nos olhos PRURIDO: Coceira nos olhos. Causado, por exemplo, por alergia, irritação, cisco, fumaça etc. ACUIDADE VISUAL: Clareza de percepção da visão. ESCOTOMAS: Múltiplos pontos luminosos no campo visual. Envolve a perda parcial ou total da visão. DIPLOIDIA: Visão dupla. O indivíduo enxerga duas imagens. FOTOFOBIA: Temor a luz. AMOUROSE: perda completa da visão, sem lesão no olho. Afeta os nervos óptico. Ouvido 5 Elany Portela OTALGIA: Dor de ouvido. OTORRAGIA: Sangramento que escorre pelo conduto auditivo externo. OTORREIA: Secreção serosa, muco ou pus que escorre pelo conduto auditivo externo. HIPOACUSIA: Diminuição da acuidade auditiva (surdez). Relacionado com a exposição a ruídos altos, desgastes relacionados a idade, lesões etc. ZUMBIDO: Ruído de intensidade variada, percebido continuamente ou intermitente. Não está relacionado com ruídos externos. PRURIDO: Coceira intensa no ouvido. Excesso de cera, coceiras ou alergias. VERTIGEM: Impressão subjetiva de deslocamento, de rotação do corpo ou do meio, acompanhada por distúrbios do equilíbrio. PLENITURA AURICULAR Sensação de ouvido tampado. É uma sensação de vertigem severa, aumento de zumbido e diminuição da audição. Nariz OBSTRUÇÃO NASAL: nariz entupido. PRURIDO coceira cutânea que pode ocorrer por conta de uma doença de pele, uma afecção geral ou não ter uma causa detectável. SECREÇÃO: passagem de material formado pela célula do seu interior para o exterior da membrana plasmática. EPISTAXE: eliminação de sangue pelo nariz. ESPIRRO: ato reflexo caracterizado por uma profunda inspiração seguida de expiração brusca com a glote semifechada. O ruído é causado pelo ar expirado com violência. HIPOSMIA/ANOSMIA: Diminuição ou desaparecimento total do olfato. CACOSMIA: Alteração do olfato que leva as pessoas afetadas a gostar de odores desagradáveis ou fétidos. PAROSMIA: perversão do sentido do olfato. Cavidade bucal e Anexos POLIFAGIA: Ingestão aumentada de alimentos quando se carece da sensação de saciedade. INAPETÊNCIA: diminuição ou falta de apetite. GEOFAGIA: vício de comer terra. SIALORREIA: salivação abundante, o mesmo que ptialismo. HALITOSE: mau hálito, hálito desagradável. DOR DENTÁRIA: Dor ou inflamação no dente ou em torno dele, muitas vezes causada por cáries ou infecção. ULCERAÇÃO: processo patológico que leva à formação de úlcera ou trata-se da própria úlcera, principalmente quando em vias de formação 6 Elany Portela Faringe ODINOFAGIA: dor de garganta DISFAGIA: dificuldade para a deglutição. Ex.: megaesôfago chagásico HALITOSE: presença de odor desagradável na cavidade oral PIGARRO: é uma forte perturbação na garganta que vem acompanhada por mucosidades, tornando-a seca e causando desconfortoRONCO: som decorrente da vibração que ocorre na garganta, em função da diminuição do espaço nos músculos da garganta Laringe DISPNEIA: dificuldade para respirar ao nível de trato respiratório inferior ESTRIDOR: ruído ápero por obstrução das vias aéreas altas DISFONIA: dificuldade na fonação, alteração no volume e tom da voz, e alteração neuromuscular da função das cordas vocais e palato Mamas DOR: é uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade NÓDULO: lesão sólida, elevada, com mais de 1 cm de diâmetro Secreção: substâncias produzidas pelas células a partir de outras substâncias presentes na corrente sanguínea (intestino, cólon, reto e ânus) SECREÇÃO Intestino, Cólon, Reto e ânus DIARREIA: Perturbação intestinal caracterizada por aumento do número de evacuações que se tornam de consistência líquida ou pastosa. ESTEATORREIA: Presença excessiva de gorduras nas fezes. DISTENSÃO ABDOMINAL: Manifestação de desordens gastrintestinais funcionais caracterizadas por um aumento na pressão abdominal associado a um aumento visível no diâmetro abdominal total. FLATULÊNCIA: Acúmulo de gases intra- abdominais, frequentemente acompanhada de sensação de distensão do abdome. MELENA: Evacuação de fezes de cor negra, que indica presença de sangue digerido no conteúdo fecal. Fezes moles e pastosas, em “borra de café” e de odor bastante fétido. ENTERORRAGIA: Sangramento pelo ânus, vermelho vivo, proveniente do tubo digestivo baixo (cólon descendente, sigmoide, ânus e reto) OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: Aumento no intervalo entre as evacuações, acompanhada de fezes ressecadas e dificuldade na eliminação das mesmas. É definida como uma alteração do hábito intestinal na qual o indivíduo fica sem evacuar por mais de 3 dias. Também conhecida como prisão de ventre. 7 Elany Portela HEMATOQUEZIA: Eliminação de sangue pelo ânus, de origem do colón ascendente ou transverso; as fezes são “amarronzadas”. PRURIDO ANAL: Intensa irritação na região do ânus, coceira da região anal. DOR ABDOMINAL: Manifestação aguda ou crônica de incômodo na região abdominal. Pode expressar disfunções orgânicas do abdômen. Respiratório SIBILO: os sibilos são sons respiratórios musicais que podem ser audíveis tanto pelo paciente como por outras pessoas. Os sibilos sugerem obstrução parcial das vias respiratórias por secreções e inflamação tecidual na asma ou consequente a um corpo estranho. Som de frequência aguda gerado pelo colabamento dos bronquíolos, principalmente na expiração. DOR TORÁCICA: as queixas de dor ou desconforto torácico levantam a hipótese de cardiopatia, mas com frequência se originam em estruturas localizadas no tórax e no pulmão. DISPNEIA: a dispneia é a conscientização não dolorosa, porém desconfortável, da respiração que é inadequada em relação ao nível de esforço. Esse sintoma importante exige avaliação meticulosa, porque é comum ser secundário a doenças cardíacas ou pulmonares. TOSSE: a tosse é uma manifestação comum de importância variável, que pode variar de trivial até muito grave. Em geral, a tosse é uma resposta reflexa a estímulos que irritam receptores localizados na laringe, na traqueia ou nos brônquios calibrosos. Esses estímulos incluem muco, pus e sangue, bem como agentes externos como poeira, corpos estranhos e até mesmo ar extremamente quente ou frio. Embora a tosse geralmente “indique” uma condição nas vias respiratórias, também pode ter origem cardiovascular. HEMOPTISE: A hemoptise consiste na eliminação de sangue proveniente dos pulmões pela tosse; o aspecto varia desde o escarro com raias de sangue até sangue vivo. EXPECTORAÇÃO: expulsão, por meio da tosse, de secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões. TIRAGEM: a tiragem é um fenômeno patológico caracterizado por retração inspiratória que pode ser observada nos espaços intercostais, nas fossas supraclaviculares, infraclaviculares, subesternal, de grau variável, às vezes muito acentuada, com a particularidade de persistir durante toda a inspiração. Resulta da predominância da pressão atmosférica em relação à pressão intratorácica, que se acha diminuída pela redução do volume de ar inspirado. Indica sofrimento respiratório grave. Cardiovascular PALPITAÇÕES: As palpitações consistem na percepção consciente e desconfortável dos batimentos cardíacos. Ao se referir a esse tipo de sensação, o paciente usa termos diversos, como se o coração 8 Elany Portela estivesse pulando, acelerando, tremendo, batendo forte ou parando. As palpitações podem decorrer de batimentos cardíacos irregulares, de aumento ou redução rápida da frequência cardíaca, ou de contração cardíaca mais vigorosa. EDEMA: o edema representa o acúmulo exagerado de líquido no espaço intersticial extracelular ASTENIA: fraqueza, cansaço físico intenso SÍNCOPE: perda súbita da consciência, geralmente acompanhada de perda do tônus postural. LIPOTIMIA: desfalecimento, desmaio fugaz, sem haver perda de consciência. CIANOSE: coloração azul da pele e mucosas por oxigenação insuficiente do sangue. Esôfago e Estômago REGURGITAÇÃO: alguns pacientes não chegam efetivamente a vomitar, mas eliminam o conteúdo esofágico ou gástrico sem náuseas ou ânsia de vômito. NAUSEAS: as náuseas, descritas frequentemente como “sensação de estômago embrulhado”, podem evoluir para ânsia de vômito e vômitos. A ânsia de vômito: descreve um espasmo involuntário do estômago, do diafragma e do esôfago, que antecede e culmina no vômito, a expulsão vigorosa do conteúdo gástrico pela boca. Anorexia é a perda ou a ausência de apetite DISFAGIA.: os pacientes, mais raramente, relatam dificuldade para deglutir, em virtude do comprometimento da passagem de alimentos sólidos ou líquidos da boca até o estômago, ou disfagia. O alimento parece “grudar”, “empacar” ou até mesmo “não descer direito”, sugerindo transtornos da motilidade ou anomalias estruturais. A sensação de bolo na garganta ou na região retroesternal, sem associação à deglutição, não é disfagia verdadeira. ERUCTAÇÃO: eliminação de gases pela boca, popularmente "arroto", tem como causa principal a aerofagia. DISPEPSIA: dificuldade de digestão, determinada por fatores gástricos, hepáticos, pancreáticos ou intestinais HEMATEMESE: vômito de sangue proveniente do trato gastrintestinal superior ou ocasionalmente da nasofaringe e pulmão. PIROSE: azia, sensação de calor ou queimação no estômago (região retroesternal ou epigástrica). SOLUÇO: Espasmos involuntários do diafragma, geralmente de curta duração e que não são um sinal de algo grave. Urinário MICÇÕES Ato de urinar; eliminação de urina da bexiga DISÚRIA Dificuldade para urinar. Pode produzir ardor, dor, micção intermitente POLACIÚRIA Necessidade de urinar com mais frequência que o normal. 9 Elany Portela NICTÚRIA micção noturna frequente ENURESE Perda noturna do controle da bexiga ou enurese, geralmente em crianças. HEMATÚRIA Sangue na urina POLIÚRIA Expelir quantidades anormalmente grandes de urina SECREÇÃO URETRAL Produto específico elaborado por glândula, no caso a uretra ESTRANGÚRIA Eliminação lenta e dolorosa de urina em consequência de espasmo OLIGÚRIA Produção de urina abaixo do normal. Órgãos Genitais Masculino LESÕES Alteração patológica de qualquer órgão ou tecido; alteração na estrutura ou na atividade funcional de um órgão ou tecido, determinada por doença ou traumatismo. NÓDULOS Lesão de consistência sólida, maior do que 0,5cm de diâmetro, saliente na hipoderme. Em geral não produz alteração na epiderme que a recobre. HEMOSPERMIA Presença de sangue na ejaculação. PRIAPISMO Ereção prolongada do pênis, geralmente sem excitação sexual. EDEMA Acúmulo anormal de líquidonos espaços intercelulares dos tecidos ou em diferentes cavidades corporais CORRIMENTO URETRAL Secreção anormal e abundante da uretra DISFUNÇÃO SEXUAL Dificuldade na resposta sexual, desejo e orgasmo ou dor persistente e recorrente DOR Sensação desagradável, variável em intensidade e em extensão da localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especializadas em sua recepção. Órgãos Genitais Feminino DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: POLIMENORRÉIA, AMENORREIA, MENORRAGIA POLIMENORRÉIA Aumento da frequência das menstruações. AMENORREIA Ausência de período menstrual. Pode ser primária: nas mulheres que nunca menstruaram, ou secundária: em mulheres que já estão tendo períodos menstruais e que deixaram de tê-los. MENORRAGIA Fluxo menstrual intenso. DISMENORREIA Dor associada à menstruação. Em uma porcentagem importante de mulheres é um sintoma normal. Em alguns casos está associada a doenças ginecológicas (endometriose, etc.). CORRIMENTO VAGINAL Uma mistura de fluidos e células da vagina que varia de esbranquiçada e pegajosa a transparente e aguada, possivelmente exalando um odor. CICLO MENSTRUAL as transformações cíclicas que ocorrem no útero, sendo também chamado de ciclo uterino. O ciclo menstrual tem duração de cerca de 28 10 Elany Portela dias, entretanto, podem ocorrer variações, como ciclos de 20 a 40 dias DISPAREUNIA Coito doloroso para a mulher ANORGASMIA Incapacidade de realizar o orgasmo, no coito. Endócrino POLIFAGIA comer em excesso devido a fome excessiva ou apetite elevado. POLIDPSIA Sede intensa mesmo após beber muito líquido. NÓDULOS NO PESCOÇO é a presença de um caroço, massa ou inchaço na região do pescoço. GALACTORRÉIA é a produção de leite pelas mamas fora do período de lactação normal (pós-parto). PREFERÊNCIA CLIMÁTICA Algumas pessoas tem sensibilidades a tipos climáticos devido a distúrbios endócrinos, como por exemplo na menopausa há sensações de ondas de calor PERDA OU GANHO DE PESO Alteração no peso em relação aos hormônios NANISMO Estatura reduzida resultante de uma condição genética ou médica. GIGANTISMO é uma doença rara na qual o organismo produz hormônio do crescimento em excesso, que se deve geralmente à presença de um tumor benigno na hipófise, conhecido por adenoma hipofisário, fazendo com que os órgãos e partes do corpo cresçam mais que o normal. PUBERDADE PRECOCE: Condição em que o corpo de uma criança começa a mudar muito cedo para a idade adulta. Antes dos 8 anos. PUBERDADE TARDIA: refere-se à ausência de maturação sexual no tempo esperado. O diagnóstico é medido por hormônios gônadas (testosterona e estradiol), hormônio luteinizante e hormônio folículo estimulante. O tratamento, quando necessário, geralmente envolve reposição hormonal específica. Mulheres acima de 18 anos. BÓCIO aumento do volume da glândula tireoide, de caráter crônico (Ocorre geralmente em indivíduos de regiões montanhosas ou distantes do mar e deve- se a problemas de absorção e fixação de iodo). INFERTILIDADE é a dificuldade de um casal obter gravidez no período de um ano tendo relações sexuais sem o uso de nenhuma forma de anticoncepção. HISURTISMO desenvolvimento na mulher de uma pilosidade excessiva e de aspecto masculino em locais normalmente desprovidos de pelos, geralmente devido a um desequilíbrio hormonal. ACANTOSE NIGRANS Doença de pele caracterizada por manchas escuras resultantes de uma hiperceratose (aumento da camada mais superficial da pele) e hiperpigmentação (lesões de cor cinza e engrossadas que dão aspecto verrucoso), podendo afetar pessoas saudáveis ou estar associada a outras doenças como diabetes, obesidade, 11 Elany Portela doenças ovarianas, distúrbios metabólicos, doenças da tireoide e câncer do aparelho digestivo. Hematológico HEMORRAGIAS são escoamento de sangue fora dos vasos sanguíneos PETÉQUIAS mancha roxa ou hemorragia puntiforme. Hemorragias minúsculas, de 1 a 2 mm de diâmetro, esparsas. As petéquias se formam por diapedese, ou seja, não há lesão no vaso, geralmente as hemácias fluem pela parede intacta do vaso. EQUIMOSES ocorre por ruptura de vaso (pode ser gerada por traumatismos ou por enfraquecimento da parede vascular, por exemplo), e então há o extravasamento do sangue para fora do vaso. A equimose se apresenta em manchas planas, difusas e irregulares, é conhecida como hemorragia em lençol, justamente por não provocarem elevação no local. É observada como uma mancha roxa na pele, causada por alguma pancada, por exemplo. Não há necessidade de nenhuma interferência, ela desaparece sozinha ao longo dos dias. HEMATOMAS Já o hematoma, também ocasionado por ruptura de vaso. Ocorre um acúmulo (coleção) de sangue no tecido, formando uma elevação, um alto relevo. Uma causa importante de hematomas é o pós-operatório imediato (poucas horas após o procedimento cirúrgico), por exemplo. Pode ser necessário remover os hematomas, dependendo do tamanho e da localização, podendo ser removido por uma cirurgia simples ou aguardar alguns dias e realizar o esvaziamento com uma agulha. GENGIVORRAGIA Sangramento nas gengivas ADENOMEGALIAS É o aumento dos linfonodos do pescoço. ESPLENOMEGALIA também denominada megalosplenia, consiste no aumento do volume do baço ICTERÍCIA é uma coloração amarela da pele e/ou olhos causada por um aumento na concentração de bilirrubina na corrente sanguínea Locomotor DOR (LOCALIZAR, COLUNA VERTEBRAL) Localização cervical, dorsal, lombossacral; ARTRALGIAS dor articular ARTRITES Inflamação de uma ou mais articulações, causando dor e rigidez que podem piorar com a idade. DEFORMIDADES Alteração de um órgão ou de parte de um órgão em consequência de diversos tipos de processos patológicos (traumatismos, doenças, posições viciosas, etc.). Quando a alteração é congénita, designa-se malformação. TRAUMAS é uma definição ampla usada para descrever lesões causadas por uma 12 Elany Portela força externa devido a acidentes, violência ou autoagressão. LIMITAÇÃO DE MOVIMENTOS CÂIMBRAS uma contração vigorosa e involuntária de um ou mais grupamentos musculares RIGIDEZ PÓS REPOUSO A rigidez é a sensação de que o movimento da articulação está limitado ou é difícil. A rigidez articular causada por inflamação geralmente ocorre ou é pior imediatamente após acordar ou após repouso ou imobilidade prolongados. CREPITAÇÃO ARTICULAR. estalos nas articulações Vascular Periférico CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE Dor, geralmente nas pernas, causada por pouco fluxo de sangue, geralmente durante o exercício. Muitas vezes, indica doença arterial periférica. Sensação de cãibra, resultado do suprimento de oxigênio diminuído. ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA E ALTERAÇÕES TRÓFICAS são sintomas que podem estar associados a doenças do sistema vascular periférico. Ex. alteração trófica de pele: Ocorrem normalmente quando a isquemia (Redução do fluxo sanguíneo, ocasionada por obstrução ou vaso constrição) é grave. Nota-se a queda de pelos, unhas espessadas, irregulares e de crescimento lento, pele seca e descamativa, calosidades e úlceras isquêmicas. Essas úlceras são dolorosas e frequentemente advém de traumas, porém podem aparecer espontaneamente. Além disso, a temperatura do meio pode afetar a vasoconstrição (temperatura fria) ou vasodilatação (temperatura quente) ocasionando condições patológicas. FENÔMENO DE RAYNAUD Condição em que algumas áreas do corpo ficam dormentes e frias em certas circunstâncias. Artérias menores que fornecem sangue para a pele se contraem excessivamente em reação ao frio, limitando o fornecimento de sangue para a área afetada. ÚLCERAS lesão aberta, com perda de substância, em tecido cutâneo ou mucoso, causando desintegração e necrose. EDEMA é o intumescimento de partes molesdecorrente do aumento de líquido intersticial. O líquido predominante é água, mas pode haver acúmulo de líquido rico em células e proteínas, se houver infecção ou obstrução linfática. O edema pode ser generalizado ou local DERMATITE OCRE Inflamação cutânea na parte inferior das pernas, causada por acúmulo de líquido. A dermatite de estase é causada por acúmulo de fluidos devido a varizes, problemas de circulação ou doença cardíaca. Neurológico SONOLÊNCIA grande vontade de dormir; sono, soneira CONFUSÃO Incapacidade de pensar ou raciocinar de maneira focada e clara 13 Elany Portela CEFALEIA Uma sensação dolorosa em qualquer parte da cabeça, desde aguda até incômoda, podendo ocorrer junto com outros sintomas. VERTIGEM Sensação repentina de movimento giratório do próprio corpo ou dos arredores, normalmente causada por uma movimentação muito rápida da cabeça. CONVULSÕES contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro. AMNÉSIA Incapacidade de se lembrar de eventos por um período de tempo, muitas vezes devido a lesão cerebral, doenças ou aos efeitos de drogas ou álcool. AMBLIOPIA Diminuição da visão devido a um desenvolvimento visual anormal. A redução da acuidade visual pode ocorrer apenas num olho (ambliopia unilateral) ou, então, nos dois olhos (ambliopia bilateral). Popularmente chamado de “olho preguiçoso”. HEMIANOPSIA Perda parcial ou completa da visão em uma das metades do campo visual de um ou ambos os olhos. Os subtipos incluem: hemianopsia altitudinal, caracterizada por um defeito visual acima ou abaixo do meridiano horizontal do campo visual; a hemianopsia homônima se refere a um defeito visual que afeta igualmente a ambos os olhos, e ocorre tanto à esquerda ou à direita da linha média do campo visual; a hemianopsia binasal consiste em perda de visão nos hemicampos nasais de ambos os olhos; a hemianopsia bitemporal é a perda bilateral de visão dos campos temporais; a quadrantanopsia refere-se à perda de visão em um quarto do campo visual em um ou ambos os olhos. DISBASIA perturbação no andar, causada por distúrbios no sistema nervoso. DISTÚRBIOS DO SONO são perturbações que afetam a capacidade para adormecer, dormir de forma contínua ou permanecer acordado ou são comportamentos anômalos durante o sono, como o sonambulismo. DISARTRIA Fraqueza nos músculos usados para fala, o que muitas vezes faz com que a fala fique arrastada ou lenta. DISGRAFIA A disgrafia, perturbação da linguagem escrita que abrange as competências mecânicas da escrita manifesta-se por uma fraca prestação na escrita em crianças com inteligência pelo menos na média, que não têm uma desordem neurológica distinta e/ou uma deficiência sensório-motora” DISLEXIA A dislexia é um transtorno que afeta habilidades básicas de leitura e linguagem. Ela tem as suas raízes em sistemas cerebrais responsáveis pelo processamento fonológico. Essa diferença no processamento fonológico faz com que pessoas com dislexia tenham dificuldade para processar os sons das palavras e associá-los com as letras ou sequência de letras que os representam. 14 Elany Portela DISFASIA Alteração descoordenada da fala; distúrbio da fala; dificuldade ou incapacidade de estruturar ordenadamente as frases, normalmente relacionada com uma lesão cortical. PLEGIAS Falta completa de força muscular, paralisia dos movimentos causada por uma lesão neurológica, que afeta os centros nervosos, as vias motoras, o sistema muscular. PARESIAS Paralisia incompleta; interrupção parcial do movimento voluntário de uma estrutura corporal (nervosa ou muscular), normalmente causada por alguma lesão neurológica. PARESTESIAS Sensação de formigamento, geralmente temporária, ocorrendo muitas vezes nos braços, nas mãos, nas pernas ou nos pés. ASTENIA consiste na condição de perda ou diminuição da força física. Este termo médico é entendido como sinônimo de fadiga do corpo, que pode ser de origem orgânica ou psíquica. TIQUES Um som ou movimento repetitivo e compulsivo que, muitas vezes, é difícil de controlar. Psíquico AVALIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA É o estado de lucidez em que a pessoa se encontra. Inclui o reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado momento, e a capacidade de responder a estímulos. • Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo. • Sonolência: Lentificação dos processos ideacionais. • Torpor: Está dormindo, exceto quando estimulado. - Coma: não pode ser acordado. ATENÇÃO capacidade para centrar-se em uma atividade. O seu exame envolve observar: a vigilância, a tenacidade e a concentração ORIENTAÇÃO - avaliar • Orientação autopsíquica: em relação à Pessoa: Pergunte a respeito de seus dados pessoais e investigue se reconhece familiares e as pessoas com as quais está em contato. • Orientação alopsíquica: orientação quanto ao Tempo e Espaço PENSAMENTO Conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar estímulos externos e internos, analisar, abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar. O pensamento é avaliado, por meio da linguagem, nos seguintes aspectos: forma, fluxo e conteúdo. MEMÓRIA capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas, experiências ou estímulos sensoriais. Sua análise engloba a avaliação das memórias imediata, recente e remota. 15 Elany Portela • Memória imediata: que cobre os últimos 5 minutos. • Memória recente: engloba os últimos dias e horas. • Memória remota: desde os primeiros anos de vida. INTELIGÊNCIA conjunto de habilidades cognitivas resultante dos diferentes processos intelectivos. Inclui raciocínio, planejamento, resolução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, aprendizagem rápida e aprendizagem a partir da experiência. Para avaliação, utiliza-se de comparação AFETIVIDADE experiência imediata e subjetiva das emoções sentidas em relação à situação. Inclui a manifestação externa da resposta emocional do paciente a eventos. Avalia-se o humor/afeto pela expressão facial, gestos, tonalidade afetiva da voz, conteúdo do discurso e psicomotricidade, choro fácil, risos imotivados, etc. COMPORTAMENTO é o conjunto de procedimentos ou reações do indivíduo ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio. Pode designar um grupo de atividades ou limitar-se a uma só, o comportamento singular. ALUCINAÇÕES A percepção de ter visto, ouvido, tocado, provado ou cheirado algo que não estava realmente no local. 16 Elany Portela Identificação 1. Nome completo 2. Idade 3. Data de Nascimento 4. Sexo / Gênero 5. Cor 6. Naturalidade 7. Procedência atual e remota 8. Estado civil 9. Profissão 10. Escolaridade 11. Endereço 12. Religião 13. Filhos 14. Viagens Recentes Queixa Principal Motivo pelo qual o paciente procura atendimento. Problema atual referido mais importante e quanto tempo (duração do problema). A duração pode ou não ser descrita neste campo. A queixa principal deve ser registrada entre aspas nas palavras do paciente. Não aceitar “rótulos diagnósticos”. História da Moléstia Atual Caracterizar e organizar cronologicamente os sintomas e sinais referidos e/ou percebidos e as relações entre eles, considerando os aspectos sejam eles biológicos, psicológicos ou socioculturais, dentro do contexto de vida da pessoa. Investigar o sintoma-guia definido na QP contendo uma avaliação cronológica: Início (súbito, progressivo, fator desencadeante) Características do sintoma:Localização Tipo Duração Intensidade Frequência Irradiação Fatores de melhora ou piora (entra o uso de medicamentos como possível fator de melhora ou não) Evolução Procura médica Situação atual (Registrar como o sintoma está no momento da anamnese) Sintomas associados Revisão dos sistemas e Aparelhos ou Interrogatório sintomatológico Abordar sintomas, em ordem cefalocaudal, que podem estar relacionados com a queixa principal ou sugestivos de outra alteração do paciente. Investigar no mínimo 3 sintomas por sistema, não abordar diagnóstico/patologia e descrever em termos técnicos. Sintomas gerais: Febre, astenia, alterações de peso, sudorese, calafrios Anamnese 17 Elany Portela Pele e fâneros: lesões de pele (mácula, pápula, bolha, exantema, etc..), mucosas, pelos, unhas, prurido, sensibilidade, temperatura. Crânio, face e pescoço: dor (localizar), alterações no pescoço (tumoração, alteração nos movimentos, pulsações). Olhos: dor ocular, sensação de corpo estranho, prurido, lacrimejamento, edema palpebral, acuidade visual, escotomas, diplopia, fotofobia, amaurose. Ouvidos: Otalgia, otorreia, otorragia, hipoacusia, acusia, zumbido, prurido, vertigem, plenitura auricular. Nariz: Obstrução nasal, prurido, secreção, epistaxe, espirros, hiposmia, cacosmia, parosmia. Cavidade bucal e anexos: polifagia, inapetência, geofagia, sialorréia, halitose, dor dentária, ulcerações. Faringe: Odinofagia, disfagia, tosse, halitose, pigarro e ronco. Laringe: Dispnéia, estridor, disfonia, pigarro. Parede torácica: Dor, alterações no formato do tórax, dispnéia Mamas: dor nódulo, secreção. Respiratório: dor torácica, tosse, hemoptise, chiado, expectoração, dispnéia, tiragem Cardiovascular: dor precordial, palpitações, dispneia, lipotimia, síncope, edema, cianose, alterações do sono, astenia. Esôfago e estômago: Disfagia, pirose, regurgitação, eructação, hematêmeses, soluço, náuseas, dispepsia. Intestinos, cólon, reto e ânus: diarreia, esteatorréia, distensão abdominal, flatulência, melena, enterorragia, obstipação intestinal, hematoquezia, prurido anal, dor abdominal Urinário: micções, disúria, polaciúria, nictúria, enurese, hematúria, poliúria, oligúria, estrangúria, secreção uretral. Orgãos genitais masculinos: lesões, nódulos, priapismo, dor, edema, hemospermia, corrimento uretral, disfunção sexual. Orgãos genitais femininos: Distúrbios menstruais (polimenorréia, amenorreia, menorragia), dismenorreia, corrimento vaginal, dispareunia, anorgasmia, ciclo menstrual Endócrino: polifagia, polidpsia, nódulos no pescoço, galactorréia, preferência climática, perda ou ganho de peso, nanismo, gigantismo, puberdade precoce ou tardia, bócio, infertilidade, hisurtismo, acantose nigrans. Hematológico: hemorragias (petéquias, equimoses, hematomas, gengivorragia), adenomegalias, esplenomegalia, icterícia. 18 Elany Portela Locomotor: dor (localizar, coluna vertebral), artralgias, artrites, deformidades, traumas, limitação de movimentos, câimbras, rigidez pós repouso, crepitação articular. Vascular periférico: claudicação intermitente, alterações de temperatura, alterações tróficas, Fenômeno de Raynaud, úlceras, edema, dermatite ocre. Neurológico: sonolência, confusão, cefaleia, vertigem, convulsões, amnésia, ambliopia, hemianopsia, disbasia, distúrbios do sono, disartria, disgrafia, dislexia, disfasia, plegias, paresias, parestesias, astenia, tiques. Psíquico: avaliação de consciência, atenção, orientação, pensamento, memória, inteligência, afetividade e comportamento; alucinações. Antecedentes pessoais fisiológicos ou História fisiológica Identificar situações pregressas relevantes da pessoa. Gestação e nascimento (número de irmãos, doenças na gravidez, complicações no parto) DNPM (Desenvolvimento Neuro Psico Motor) Desenvolvimento sexual (puberdade, menarca, sexarca, menopausa, orientação sexual) Diurese e evacuação Sono Vida sexual ativa (uso de proteção ou contracepção). História Patológica Pregressa 1. Doença da infância; 2. Doenças prévias 3. Alergias 4. Cirurgias (qual procedimento e quando foi realizado) 5. Traumatismo (e as consequências) 6. Transfusões sanguíneas 7. História obstétrica 8. Vacinação 9. Exames de rastreamento para câncer de mama, colo do útero e próstata 10. Medicações em uso (qual, posologia, motivo, quem prescreveu). Hábitos e estilo de vida 1. Alimentação e ingesta hídrica 2. Tabaco, 3. Bebidas alcoólicas, 4. Drogas ilícitas 5. Ocupação atual e anteriores 6. Atividade física 7. Lazer História Familiar Identificar situações relacionadas a familiares, óbitos e doenças. Investigar avós, pais, irmãos, filhos, cônjuge. Buscar presença na família de Hipertensão, Diabetes, Doenças Cardiovasculares, Câncer, Tabagismo, Etilismo, Uso de Drogas, Violência Doméstica, Gemelaridade, autoextermínio, Síndromes. História Sócio – Econômica Caracterizar condições de moradia, trabalho, relações pessoais e profissionais. Dinâmica familiar, renda, valores, vícios, crenças e expectativas em relação à vida. Sumarização Sintetiza os dados coletados e apresenta um resumo para o professor/ preceptor. 19 Elany Portela Temperatura Normotermia: Temperatura axilar: 35,8 – 37 ºC Temperatura oral: 36,3 – 37,4 ºC Temperatura retal: 37 – 38ºC Hipotermia: Grave: menor que 33 ºC Moderada: 33 – 35 ºC Leve: 35 – 35,8 ºC Hipertermia: Febrícula: 37,2 – 37,5 ºC Febril: 37,5 – 37,9 ºC Febre: 38 – 39 ºC Pirexia: 39,1 – 40 ºC Hiperpirexia: acima de 40 ºC Pulso Recém Nascido: 120 a 140 bpm Lactente: 100 a 120 bpm Segunda infância e Adolescência: 80 a 100 bpm Adulto: 60 a 100 bpm Bradicardia – pulso abaixo do normal Normocardia – pulso normal Taquicardia – pulso acima do normal Taquisfigmia: pulso fino e taquicardico Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico Frequência Respiratória Recém-nascido: até 44 irpm Adulto: 14 a 20 irpm Eupneia: respiração normal Bradipneia: abaixo do normal Taquipneia: acima do normal Dispneia: dificuldade respiratória Ortopneia: respiração facilitada em posição vertical Apnéia: parada respiratória Pressão Arterial Em mmHg Normal: Sistólica: menor que 120 Diastólica: menor que 80 Elevada: Sistólica: 120-129 Diastólica: menor que 80 Hipertensão estágio I: Sistólica: 130-139 Sinais Vitais 20 Elany Portela Diastólica: 80-89 Hipertensão estágio II: Sistólica: maior ou igual a 140 Diastólica: maior ou igual a 90 ***TABELA ANTIGA (7ª diretriz): Circunferência Abdominal Glicemia Capilar IMC Classificações da obesidade de acordo com o IMC (peso/altura2): • Abaixo do peso: abaixo de 18,5 • Normal 18,5 a 24,9 • Sobrepeso: 25 a 29,9 kg/m2 • Obesidade grau I: 30 a 34,9 kg/m2 • Obesidade grau II: 35 a 39,9 kg/m2 • Obesidade grau III : igual ou superior a 40 kg/m2 (obesidade mórbida). 21 Elany Portela Temperatura Termômetro de coluna de mercúrio ou de outro líquido a. Técnica de uso 1. Retire o termômetro do estojo protetor. 2. Limpe-o com algodão embebido em álcool etílico a 70% (p/p). 3. Verifique se a coluna de mercúrio se encontra abaixo de 35ºC. Não segure o termômetro pelo bulbo, pois isso pode alterar a mensuração da temperatura. 4. Caso o termômetro não esteja abaixo de 35ºC, reduza a coluna de líquido utilizando força centrífuga (agitar rapidamente o termômetro para baixo, segurando-o pela extremidade contrária ao bulbo). 5. Posicione adequadamente o bulbo do termômetro na via para mensuração . 6. Deixe-o no lugar pelo tempo indicado na bula/manual para a via escolhida. 7. Faça a leitura mantendo o termômetrono nível dos olhos e rodando-o entre os dedos até que a linha de mercúrio possa ser vista. Registre o valor e informe o resultado ao paciente. 8. Limpe-o conforme a técnica de higiene. 9. Guarde-o no estojo protetor. 10. Armazene-o em lugar protegido de temperaturas extremas, umidade, luz direta e poeira. Não o deixe ao alcance de crianças. b. Técnica de higiene Lave o termômetro com água e sabão. Em seguida, mergulhe a ponteira (bulbo) em álcool etílico a 70% (p/p) por pelo menos um minuto e seque-a com algodão. Qualquer outro produto químico pode danificar o acessório. Não coloque o termômetro em água fervente. Para uso profissional desse termômetro, em alguns países utiliza-se revestimento descartável a cada atendimento. c. Vias para mensuração Axilar e oral. Termômetro digital a. Técnica de uso 1. Retire o termômetro do estojo protetor. 2. Limpe-o com algodão embebido em álcool etílico a 70% (p/p). 3. Ligue o termômetro pressionando o botão Liga/Desliga, que geralmente fica ao lado do visor. Um sinal sonoro será ouvido. Técnicas 22 Elany Portela 4. Verifique se, no visor, aparece o ícone <L> intermitente. O termômetro estará pronto para mensuração. (Obs.: O ícone pode não aparecer caso: a temperatura ambiente seja superior a 32°C; o aparelho esteja sem bateria ou com defeito). 5. Posicione adequadamente o sensor do termômetro na via para mensuração (item C). 6. Aguarde a mensuração. Quando finalizada, um sinal sonoro será ouvido. 7. Retire o termômetro da via de mensuração. 8. Registre o valor da temperatura mostrado no visor e informe o resultado ao paciente. 9. Desligue o termômetro, pressionando ligeiramente o botão Liga/Desliga. 10. Limpe-o, conforme a técnica de higiene. 11. Guarde-o no estojo protetor. 12. Armazene-o em lugar protegido de temperaturas extremas, umidade, luz direta e poeira. Não o deixeao alcance de crianças. b. Técnica de higiene Limpe o termômetro com algodão embebido em álcool etílico a 70% (p/p), deixe em contato por pelo menos um minuto e tenha cuidado para que o álcool não entre em contato com o visor. Finalize limpando com um algodão seco. Não umedeça o sensor com álcool por longos períodos para evitar danos. Remova a bateria, caso não vá utilizar o termômetro por um longo período. Para uso profissional desse termômetro, em alguns países utiliza-se revestimento descartável a cada atendimento Técnica Axilar . 1. Lavar as mãos e informar o procedimento ao paciente; 2. Fazer a limpeza do termômetro com álcool etílico a 70% (p/p); 3. Acomodar o paciente sentado e pedir permissão para expor a axila ou solicitar que ele mesmo o faça; 4. Afastar a roupa do paciente para expor totalmente a axila, pois o termômetro deve estar em contato somente com a pele; 5. Afastar o braço do paciente do corpo para permitir a colocação do termômetro na axila; 6. Limpar a axila do paciente com algodão embebido em álcool etílico a 70% (p/p); 7. Secar a axila com papel toalha ou algodão; 8. Posicionar a ponta do termômetro no centro da axila e informar que o paciente deverá manter o braço pressionado contra o corpo para fechar a cavidade axilar; 9. Flexionar o antebraço e apoiar sobre o tórax; 23 Elany Portela 10. Aguardar a mensuração conforme as indicações do acessório escolhido 11. Remover o termômetro, fazer a leitura, registrar e informar o paciente o resultado; 12. Fazer higiene conforme recomendado. Técnica Oral Usar um termômetro com bulbo alongado individual. A técnica oral é contra indicada em crianças, pacientes agitados e confusos e após ingestão de bebidas quentes ou geladas. 1. Lavar as mãos e informar o procedimento ao paciente; 2. Fazer a limpeza do sensor com água e sabão, quando possível, e a desinfecção com álcool etílico a 70% (p/p); 3. Informar que o paciente não poderá ter ingerido alimentos ou bebidas nos últimos 30 minutos; 4. Acomodar o paciente em posição confortável; 5. Pedir que o paciente abra a boca e exponha a língua para frente e para cima; 6. Colocar o termômetro debaixo da língua e deslizando-o lentamente ao longo da linha da gengiva, em direção à porção posterior da boca (parte mais interna), de forma que o bulbo do termômetro fique sob a língua do lado esquerdo ou direito do frênulo lingual; 7. Informar que o paciente deverá manter a língua abaixada, a boca fechada e respirar somente pelo nariz, enquanto o registro se processa; 8. Aguardar a mensuração conforme as indicações do acessório escolhido 9. Remover o termômetro, fazer a leitura, registrar e informar o paciente o resultado; 10. Fazer higiene conforme recomendado. Técnica Retal Usar um termômetro de bulbo arredondado individual. A técnica retal é contra indicada em pacientes no pós-operatório de cirurgias de reto ou com problemas ou infecções na região anal e em pacientes agitados. Acrescentar gaze com lubrificante e papel higiênico na bandeja com o material. Colocar o paciente em decúbito lateral flexionando uma das coxas sobre o abdome Afastar as nádegas e introduzir o bulbo do termômetro 2 a 3 cm no reto, em direção ao umbigo. Cobrir o paciente e aguardar pelo menos 3 minutos, não se afastando do paciente. Retirar o termômetro limpando-o com papel higiênico assim como o ânus do paciente e cobri-lo novamente Fazer a leitura e a anotação indicando o local em que foi verificado a temperatura 24 Elany Portela Descer o mercúrio, lavar o termômetro com água e sabão e recolocá-lo na solução desinfetante. Pulso 1. Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente sobre o procedimento; 3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, e com o braço sempre apoiado; Pulso radial: Localizar a arteria radial, e palpá-la. Empregando os dedos indicador e médio com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo, e vice versa. Pulso carotídeo: Para realizar a palpação, coloca-se o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita, e vice-versa. Pulso braquial: Coloca-se a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utiliza-se o polegar para palpar a artéria braquial. O braço do paciente deve estar em repouso com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima. Frequência Respiratória 1. Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento. Não se deve contar ao paciente que sua FR está sendo verificada, uma vez que inconscientemente alteramos o nosso padrão respiratório. 3. Colocar o paciente em decúbito dorsal e com o tórax e o abdome descobertos; 4. Observar os ciclos respiratórios e contar durante 1 minuto inteiro; 5. Anotar; 6. Lavar as mãos ao término. Pressão Arterial Preparo do paciente: 1. Deixar o paciente em repouso por pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. Ele deve ser orientado sobre o procedimento e instruindo a não conversar durante a medida. 2. Certificar-se de que o paciente NÃO: o Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; o Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; o Fumou nos 30 minutos anteriores. 3. Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração, livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. Para a medida propriamente: 1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; 2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 25 Elany Portela 4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à PA sistólica; 5. Palpara artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; 6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação; 7. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); 8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. 9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; 11. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero; 12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto seja controverso; 13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente; 14. Anotar os valores exatos e o braço em que a pressão arterial foi medida. Circunferência Abdominal A MEDIDA NÃO DEVE SER FEITA SOBRE A ROUPA 1. O paciente deverá estar de pé, com os braços relaxados ao lado do corpo e com os pés levemente afastados. 2. A fita é colocada no plano horizontal ao nível da cintura natural, parte mais estreita do tronco. 3. Havendo dificuldade de identificar a cintura, considerar a medida horizontal no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca 4. A medida deve ser tomada ao final de uma expiração normal, sem comprimir a pele. 5. O ponto inicial da fita (ponto zero) deve estar acima do valor medido. - O valor observado deve ser registrado com precisão de 0,1cm. Por exemplo: 97,3cm; 102,0cm. Glicemia Capilar 1. Identificar o paciente 2. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante, 3. Higienizar as mãos 4. Reunir o material dentro da cuba rim 5. Verificar se o aparelho de leitura está calibrado e pronto para o procedimento 6. Colocar luvas de procedimento 7. Limpar a polpa digital de eleição do paciente com algodão embebido no álcool a 70% aguardar secar; 26 Elany Portela 8. Introduzir a tira teste no aparelho, evitando tocar na parte reagente; 9. Lancetar a polpa digital e coletar material na fita reagente, para a leitura glicêmica; 10. Aguardar o tempo necessário para que o aparelho realize a leitura; 11. Pressionar o local da punção o suficiente para suspender o sangramento; 12. Descartar imediatamente a lanceta; 13. Realizar a leitura do índice glicêmico e limpar o dedo do paciente com algodão embebido em álcool a 70% e depois o seco; 14. Certificar-se de que não há prolongamento do período de sangramento; 15. Desprezar o material utilizado na caixa para perfurocortante; 16. Retirar luva de procedimentos e desprezá-la no lixo; 17. Higienizar as mãos; 18. Registrar a taxa de glicemia capilar do paciente. 27 Elany Portela Também conhecida como exame físico geral ou somatoscopia, a ectoscopia é uma avaliação global do doente, a primeira etapa do exame físico, devendo ser iniciada ao primeiro contato com o paciente. Seu objetivo é obter dados gerais independente dos vários sistemas orgânicos e da queixa do paciente. O exame físico começa tão logo que avistamos o paciente: obesidade ou emagrecimento, grandes deformidades, aspecto incomum da pele, movimentos involuntários (tiques), posição anormal no leito (notados num relance), postura, afeto, maneira de relacionamento com as pessoas, vestuário, higiene, cuidados pessoais e eventuais odores. Avaliação do Estado Geral Avaliação subjetiva baseada na observação do doente. Deve ser avaliado a idade aparente, o vestuário e a higiene. Pode ser dividida em: 1. Bom Estado Geral (BEG): Paciente que mantém o aspecto físico, intelectual e emocional compatível com sua idade e condição social; 2. Regular Estado Geral (REG): Paciente manifesta sinais da doença, mas não se encontra prostrado, nem teve condição nutricional e consciência significativamente 3. Mau Estado Geral (MEG): paciente apresenta manifestações da doença com evidências clínicas de perda de peso, desidratação, alteração do nível de consciência e confusão mental. Nível de Consciência • Estado de vigília: é o normal percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo. • Obnubilado: certa confusão mental e distúrbios de ideação. • Coma leve - grau 1: comprometimento da consciência leve; paciente é capaz de atender ordens simples como abrir e fechar os olhos, levantar os braços e responder algumas perguntas pessoais; reage bem e de modo apropriado à estimulação dolorosa e a deglutição se faz normalmente. • Coma médio - grau 2: perda da consciência é quase total (perceptividade bastante reduzida); responde apenas à estimulação dolorosa enérgica e o faz desapropriamente; a deglutição é feita Ectoscopia 28 Elany Portela com dificuldade; estão preservados os reflexos tendinosos, cutâneos e pupilar. • Coma profundo - grau III: perda completa da consciência. O paciente não responde a solicitações externas; não há deglutição; nenhum estímulo doloroso desperta reação. Observam-se arreflexia tendinosa, cutânea e pupilar, relaxamento completo da musculatura e incontinência esfinctérica. • Coma depassé – grau IV: além da perda total de consciência, perde-se as funções vitais. Fala e Linguagem Durante a entrevista, é necessário prestar atenção na linguagem do paciente (fala). Alterações na fala: • Disfonia ou afonia: alteração do timbre da voz causada por algum problema no órgão fonador (voz rouca, fanhosa, ou bitonal). • Dislalia: alterações menores da fala, comuns em crianças, como trocas de letras. Ex; tasa/casa. • Disritmolalia: distúrbios no ritmo da fala como gagueira e a taquilalia. • Disartria: alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), de hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). • Disfasia: depende de uma perturbação na elaboração cortical da fala (pode ser de recepção ou sensorial, expressão ou motora, misto). • Retardo do desenvolvimento da fala na criança (pode ser indicativo de problema neurológico). • Disgrafia: perda da capacidade de escrever. • Dislexia: perda da capacidade de ler. Estado de Hidratação Parâmetros: alteração abrupta de peso; alterações na pele (umidade, elasticidade e turgor); alterações nas mucosas (umidade); fontanelas (crianças); alterações oculares; estado geral. • Um paciente está normalmente hidratado quando a oferta de líquidos e eletrólitos for feita de acordo com a necessidade do organismo e quando não houver perdas extras (diarréia, vômitos, sudorese excessiva, etc) sem uma reposição adequada. • Estado normal: pele rósea (brancos), boa elasticidade, leve grau de umidade, mucosas úmidas, não há alterações oculares, nem perda abrupta de peso. • O estado geral é bom e a criança apresenta-se alegre, comunicativa e de sorriso fácil. Desidratação: é a diminuição de água e eletrólitos do organismo. Caracteriza-se por: sede; queda abrupta de peso; pele 29 Elany Portela seca, com elasticidade e turgor diminuídos, mucosas secas, olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos; fontanelas deprimidas (crianças); estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento; e oligúria. A desidratação pode ser classificada conforme 2 aspectos: intensidade e osmolaridade . 1)Intensidade – baseia-se na perda de peso: Leve ou 1ºGrau: perda de peso até 5%. Moderada ou 2ºGrau: perda de peso de 5 a 10%. Grave ou 3ºGrau: perda de peso acima de 10%. 2)Osmolaridade – baseia-se no nívelsanguíneo de sódio: Isotônica: sódio em níveis normais. Hipotônica: sódio baixo. Hipertônica: sódio acima dos limites normais. Altura e Outras Medidas Antropométricas A altura é chamada de medida plantar- vértice, é a mais comum de ser medida, contudo, existem outras: 1. Envergadura: estende-se entre os extremos dos membros superiores, com esse em abdução de 90º graus; 2. Distância pubovértice: entre a cabeça e a sínfise pubiana ; 3. Distância puboplantar: entre a sínfise pubiana e a planta do pé. Também são importantes a circunferência abdominal (logo acima da crista ilíaca) e a relação cintura-quadril (razão entre a circunferência da cintura, que é medida em um ponto entre o final da dos arcos costais e a crista ilíaca; e o quadril, ao nível das espinhas ilíacas anteriores). Peso Índice de massa corporal (IMC): razão entre o peso em kg e o quadrado da altura em metros. • Baixo peso: IMC inferior a 20. • Normal: IMC de 20-24,9 • Sobrepeso: IMC de 25-29,9 • Obesidade: IMC maior que 30. Existem algumas variações do peso: 1. Magreza: o paciente está abaixo do peso normal, existem dois tipos de magreza, a constitucional (a pessoa é daquele jeito) e a 30 Elany Portela patológica (alguma coisa aconteceu e para ela ficar nesse estado). 2. Caqueixa: magreza extrema 3. Sobrepeso 4. Obesidade pode ser dividida em dois grupos. Na obesidade central ou androide, a gordura se localiza mais no tórax e abdômen, a deposição de gordura não é somente subcutânea, mas também intra-abdominal, mais comum em homens. Na obesidade periférica ou ginecoide, a gordura se deposita nas coxas, nádegas e regiões próximas à pelve, mais comum em mulheres. Estado Nutricional É necessário avaliar o peso; musculatura; panículo adiposo; desenvolvimento físico; estado geral; pele, pelos e olhos. • Nutrição normal: elementos referidos encontram dentro dos limites normais. • Desnutrição: desvio nutritivo em geral. Ocorre quando o peso está abaixo do normal, a musculatura atrofiada e tecido adiposo escasso [a pele torna-se seca e rugosa (lixa); os pelos mudam de cor e se tornam mais finos, de fácil queda; e nos olhos observa-se sequidão – relacionada com xeroftalmia ]. Classificação de Gomes: -Grau 1: perda de 10% do peso. -Grau 2: perda de 25% do peso. -Grau 3: perda de 40% de peso ou mais. • Sobrepeso e Obesidade: excesso de tecido gorduroso no organismo. Em 30% dos casos os fatores genéticos são determinantes.(relacionar com hipertensão, diabetes, doença isquêmica do coração e alguns tipos de câncer). Desenvolvimento Físico É uma avaliação extremamente complicada que necessita de inúmeros dados, mas que, para simplificar, na prática só se utiliza a altura e o peso. Classificação: Desenvolvimento normal. Hiperdesenvolvimento: tem como sinônimo de gigantismo (diferenças de grau e qualidade). Hipodesenvolvimento: tem como sinônimo nanismo (diferenças de grau e qualidade). Hábito grácil: constituição corporal frágil e delgada caracterizada por ossatura fina, musculatura pouco desenvolvida juntamente com altura e peso abaixo do normal. Infantilismo: persistência das características infantis na vida adulta. Fácies É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante de traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Não apenas os elementos estatísticos, mas também o olhar, os movimentos da asa do nariz e a posição da boca. 31 Elany Portela Certas doenças imprimem na face traços característicos e o diagnóstico vem da simples observação do rosto do paciente Fácies normais ou atípicas: face que não se relaciona com nenhum tipo de patologia Fácies típicas: estão relacionadas com algum tipo de patologia. Esclerodérmica 1. Fácies hipocráticas: olhos fundos, parados e inexpressivos, nariz afinado e lábios delgados. Palidez cutânea e uma discreta cianose labial. Indica doença grave. 2. Fácies Renal: edema proporcionado ao redor dos olhos, com palidez cutânea. Indica doenças difusas dos rins, como a síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. 3. Fácies Leonina: alterações faciais produzidas pelo mal de Hansen, como pele espessa, grandes lepromas, os supercílios caem, o nariz se espessa e alarga, lábios tornam-se grossos e proeminentes, bochechas e mento deformam-se. 4. Fácies Adenoidina: nariz pequeno e afiliado com boca sempre entreaberta. Indica indivíduos com dificuldade de respiração, como hipertrofia da adenoide. 5. Fácies Parkinsoniana: cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel, olhar fixo, supercílios elevados e a fronte enrugada (espanto). Indica a doença de Parkinson. 6. Fácies Basedowiana: olhos brilhantes (exoftalmia), pode ter presença de bócio. Indica hipertireoidismo 7. Fácies Mixedematosas: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca e espessa, pálpebras infiltradas e enrugadas, cabelos secos 32 Elany Portela e sem brilho. Expressão indicativa de desanimo e, apatia e estupidez. 8. Fácies Acromegálicas: saliências nas arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, acompanhado do aumento do nariz, orelha e lábios. Indica acromegalia. 9. Fácies Cushingoide ou de Lua- Cheia: rosto arredondado. Indica a síndrome de Cushing por hiperfusão do córtex suprarrenal. 10. Fácies Mongoloide: existe uma fenda palpebral (prega cutânea) que torna os olhos oblíquos e afastados, rosto arredondado, boca quase entreaberta. Indica uma provável síndrome de Down . 11. Fácies de Depressão: cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante (em grande maioria, fixo no chão). Indica indiferença, tristeza e sofrimento moral, como a síndrome da depressão. 12. Fácies de Pseudobulbar: súbitas crises de riso e choro, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-las, dando um aspecto espasmódico a face. Indica a paralisia pseudobulbar. 13. Fácies de Paralisia Facial Periférica: é bastante comum e impede o indivíduo de exercer alguns movimentos, como fechar as pálpebras, mexer os lábios, repuxamento da boca. A paralisia periférica é caracterizada por uma falta de movimento na hemiface, diferente da paralisia central, onde o terço inferior da face permanece imóvel. 14. Fácies Miastênicas ou Fácies de Hutchinson: ptose (queda ou localização anormalmente baixa de um órgão) palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Indica miastenia grave e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra. 15. Fácies de Deficiente Mental: boca constantemente entreaberta, hipertelorismo e estrabismo, olhar desprovido de objeto, olhos se movimentam sem se fixar em nada. Pode ocorrer um sorriso meio aberto sem motivação e que se acentua com qualquer tipo de resposta. 16. Fácies etílica: olhos avermelhados e rubor na face, há lito ruim, voz pastosa e sorriso meio indefinido. 17. Fácies Esclerodérmica: [MÚMIA] característica fundamental é a imobilidade facial, a pele torna-se apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é inexpressiva e imutável. Atitude e Decúbito Posição adotada pelo paciente no leitoou fora dele por comodidade, hábito ou com objetivo de conseguir alívio para 33 Elany Portela algum padecimento. Elas podem ser voluntárias ou involuntárias. Atitudes voluntárias: dependem da vontade do paciente. • Atitude ortopnéica (ortopnéia): posição para aliviar a falta de ar. Situações como insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. Paciente na beira da cama, com os pés no chão, com as mãos apoiadas no colchão . • Atitude Genupeitoral (“prece maometana”): doente fica com joelhos e tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax põe-se em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos. Facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico . • Atitude de cócoras: observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica. A posição traz alívio da hipóxia generalizada que acompanha cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso ao coração. • Atitude Parkinsoniana: paciente com a doença de Parkinson, ao se pôr em pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores, e ao caminhar parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. • Atitude em decúbito: posição de que está deitado. Como o paciente prefere ficar no leito por hábito ou por alívio de algum padecimento. -Decúbito lateral: posição costuma ser adotada quando há uma dor de origem pleurítica. Ele se deita sobre o lado da dor. (Gestante – esquerdo; ascite, hepatoesplenomegalia volumosa,]). 34 Elany Portela -Decúbito dorsal: com as pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia. Observado nos processos inflamatórios pelviperitoniais – abdome agudo.(peritonite, apendicite) -Decúbito ventral: paciente deita-se de bruços e, às vezes coloca um travesseiro debaixo do ventre. Observados em cólica intestinal intensa. -Decúbito com flexão da coluna: posição antálgica (pacientes com hérnia de disco). Atitudes involuntárias: atitudes que independem da vontade do paciente. • Atitude passiva: paciente fica na posição em que é colocado no leito. Observada em pacientes inconscientes e comatosos. • Órtotono: todo tronco e membros estão rígidos. • Opistótono: contratura da musculatura lombar – o corpo passa a se apoiar na cabeça e calcanhares, emborcando-se como um arco. Observa-se na meningite e tétano. • Emprostótono: paciente forma uma concavidade voltada para diante. Observada em casos de tétano, meningite e na raiva. • Pleurostótono: o corpo se curva lateralmente. Observada em casos raros de tétano, meningite e raiva. • Posição em gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante. Observada em irritação meníngea – mais comum em crianças. • Torcicolo: atitude involuntária de um segmento do corpo. • Mão pêndula da paralisia radial: involuntária de um segmento do corpo. Mucosas Facilmente examinadas a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho , são as mucosas conjuntivais (olhos) e mucosas labiobucal, lingual e gengival.. O método de exame é a inspeção com manobras que exponham as mucosas à visão do examinador. É necessária uma boa iluminação e às vezes o uso de uma lanterna. Parâmetros analisados: coloração, umidade e pequenas lesões. Coloração: • Normocoradas: róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das mucosas. • Descoramento das mucosas: diminuição ou perda da coloração róseo- avermelhada. Avaliação quantitativa em escala de uma a quatro cruzes (+,++,+++,++++). 35 Elany Portela • Hipercoradas: coloração vermelho- arroxeada (em decorrência do aumento de hemácias na área, como ocorre em infecções e policitemias). • Cianose: coloração azulada das mucosas. • Icterícia: coloração amarelada ou amarelo-esverdeada das mucosas (decorrente de bilirrubina). Umidade Traduz o estado de hidratação. • Úmidas: normal. • Secas: perda de brilho, aspecto ressequido. Pequenas Lesões Pele É necessário avaliar perdas, elasticidade, líquidos, solidez, edemas e cor. Para fazer o exame da pele é preciso uma iluminação adequada, desnudamento das partes a serem examinadas e conhecimento prévio dos procedimentos semiotécnicos. Coloração: Palidez: desaparecimento da cor normal da pele. É generalizada quando se encontra em toda extensão do corpo do paciente, ou localizada e segmentar, quando só está em um lugar (possível isquemia). Vermelhidão ou eritrose: a coloração apresenta-se muito mais forte que o normal, também pode ser generalizada ou localizada. Cianose: diferencia-se quanto a intensidade (leve, moderada ou intensa) ou quanto a área de abrangência (cianose central, periférica, mista, por alterações da hemoglobina). Fenômeno de Raynaud é a alteração cutânea das pequenas arteríolas nas extremidades dos membros, inicia-se com palidez, depois extrema cianose, e por último retorno do sangue Icterícia: coloração amarelada da pele e mucosas devido ao acúmulo de bilirrubina no corpo. Albinismo: alteração genética em que o indivíduo desenvolve uma cor branco-leitosa, decorrente da deficiência de melanina. Bronzeamento artificial: pode trazer inúmeros riscos à saúde, como grandes alterações endócrinas e a doença de Addison. Dermografismo, também chamado de urticária factícia, é uma reação vasomotora que não apresenta significado semiológico Umidade Apreciação da umidade começa com a inspeção, mas o método adequado é a palpação. Com as polpas digitais e com a palma da mão -umidade normal. -pele seca. -umidade aumentada ou pele sudorenta 36 Elany Portela Textura É a disposição dos elementos que compõe o tecido. Pode ser avaliada pela palpação com as polpas digitais -normal, -pele lisa e fina -pele áspera -pele enrugada Espessura É avaliada por meio da palpação em pinça. – pinçamento de uma dobra cutânea usando o polegar e o indicador. -normal -atrófica (translúcida, permite a visualização da rede venosa), -hipertrófica Temperaturas Utiliza-se a palpação com o dorso dos dedos. Nunca confundir temperatura corporal com temperatura da pele. -normal -aumentada (processos inflamatórios) -diminuída (hipotermia corporal) Elasticidade e Mobilidade Elasticidade é a propriedade do tegumento cutâneo de se estender quando tracionado, e mobilidade se refere a suas capacidades de movimentar os planos fundos subjacentes. Semiotécnica: pinça-se uma prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo uma certa tração, ao fim da qual solta-se a pele. Para a mobilidade: pousa-se a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e movimenta-se a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as estruturas. Elasticidade: -elasticidade normal. -aumento da elasticidade ou pele hiperelástica. -diminuição da elasticidade ou hipoelasticidade. Mobilidade: -mobilidade normal. -mobilidade diminuída ou ausente. -mobilidade aumentada. Turgor É a capacidade da pele, após ser esticada, retornar ao modo inicial. Avalia-se pinçando com o polegar e o indicador uma prega da pele que engloba o tecido subcutâneo. -Turgor normal: prega de pele ao ser solta se desfaz rapidamente. -Turgor diminuído: prega ao ser solta se desfaz lentamente (indica desidratação). Sensibilidade Dolorosa, que seria a dor, podendo sofrer inúmeras variações tanto para ser diminuída como para sofrer aumento; 37 Elany Portela Tátil, exercidas pelos receptores de Meissner, de Merkel e as terminações nervosas livres. Térmica, que pode ser pesquisada usando tubos de água com diferentes temperaturas Integridade Lesões elementares Modificações do tegumento cutâneo por processos inflamatórios, degenerativo, circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de deformação. Semiotécnica: inspeção e palpação. Lesões elementares primárias: 1. .Planas / Alterações de cor Mancha ou mácula: são modificações de coloração da pele sem alterações de relevo ou espessamento. Divide-se em: -Máculas pigmentares: alterações do pigmento melânico (ocorrem por deposição de melanina, pigmentos endógenos e exógenos). Leucodermia: mancha branca por diminuição ou ausência de melanina (hipocromia ou acromia) . Hipocromia: redução da pigmentação. Acromia: ausência completa de pigmentação. 38 Elany Portela Hipercromia: Cor variável por aumento de melanina ou outros pigmentos como sais biliares e carotenóides -Máculas vasculares: decorrem de distúrbios da microcirculação da pele (congestão ou constrição vascular ou extravasamento de hemácias). São diferenciadas de manchas hemorrágicas por desaparecerem após compressão. Subdividem-se em: Eritema: mancha de coloração vermelha decorrente de uma vasodilatação e desaparece com a digito-pressão ou vitropressão. Pode assumir tonalidades e padrões variados como: eritema cianótico, rubro ou exantemático. Surgem nas doenças exantemáticas (sarampo, varicela, rubéola), na escarlactina, na sífilis, na moléstia reumática, nas septicemias, nas alergias cutâneas e em muitas outras afecções . Telangiectasias: dilatação dos vasos terminais, isto é, arteríolas, vênulas e capilares, permanente na derme superficial, constituindo lesão linear, sinuosa, estelar ou puntiforme. Púrpura: mancha vermelho-violácea que não desaparece à digito ou vitropressão, formada por sangue extravascular visível, ou seja, por extravasamento de hemácias na derme. .Apresentam-se como equimoses (placas) e petéquias (puntiformes). Mancha angiomatosa: Aparece em decorrência de neoformação vascular na derme. Consiste de lesão eritematosa que regride quase que totalmente à digito ou vitropressão. 39 Elany Portela Mancha anêmica: Mancha branca permanente por diminuição ou ausência de vasos sanguíneos. Consiste de área clara na pele, geralmente bem delimitada, decorrente de hipogenesia vascular ou hiperreatividade local às aminas vasoconstritoras. 2. Sólidas: Elevações Edematosas Urtica: Lesão com relevo, consistente, edematosa, circunscrita, de cor vermelho-róseo ou branco- porcelana, efêmera, circundada por halo eritematoso ou anêmica. A urtica é lesão decorrente de edema dérmico, ao invés de infiltração celular. Angioedema: representa uma área de edema circunscrito, que pode ocorrer no subcutâneo, causando tumefação. É de localização nos lábios (macro-queilia), mais comum no superior. Geralmente tem aparecimento súbito, não é depressível à palpação, indolor, sendo de causa alérgica. Pode vir acompanhado de urticária e macroglossia. Formações Sólidas Pápula: lesão sólida e circunscrita, menor que 1cm de diâmetro, elevada (que faz relevo em relação aos planos circunjacentes), com superfície plana ou encurvada. Pode ser epidérmica, dérmica ou mista. Observada em leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções medicamentosas, acne, hanseníase, sífilis secundária tardia. 40 Elany Portela Placa: lesão elevada, maior que 1cm, geralmente de superfície plana. Obs.: A superfície da placa pode ser também descamativa, crostosa, queratinizada ou macerada. Pode ser constituída pela confluência de várias pápulas (placa papulosa).(Obs.: O termo "placa" também é empregado para a confluência de máculas, sendo então denominada a lesão placa maculosa). Nódulos: Infiltrado sólido circunscrito, geralmente bem delimitado, persistente, de localização dérmica ou hipodérmica, podendo ser elevado ou situado profundamente na derme, medindo 1 a 3 cm de diâmetro. Costuma ser mais palpável que visível. Observados em: furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, cistos, neoplasias, sífilis, bouba, cisticercose. Goma: nódulo ou tumor que se liquefaz no centro, drenando, por ulceração ou fistulização, substância que varia conforme o processo básico. Observam-se na sífilis, tuberculose e micoses. Vegetação: Pápula elevada, pediculada ou não, de superfície irregular, ocasionalmente sangrante. Pode ser recoberta por superfície queratósica dura, inelástica e amarelada, recebendo o nome de verrucosidade ou lesão verrucosa. Observa-se nas verrugas, bouba, leishmaniose, sífilis, blastomicose, 41 Elany Portela esporotricose, condilomas acumilados, tuberculose, granuloma venéreo, epitelioma, dermatites medicamentosas. 3. Conteúdo líquido: Coleções de líquidos Vesícula: pequena cavidade de localização geralmente intraepidérmica (podendo ser subcórnea, intraepitelial ou subepidérmica), de conteúdo claro, medindo menos de 1cm de diâmetro. A lesão é elevada e circunscrita. A superfície pode ser esférica, pontiaguda ou umbilicada. Frequentemente ocorre turvação (pustulização) de seu conteúdo. Observada na herpes simples e zoster, varicela, queimaduras e nos eczemas. Bolhas: elevação circunscrita da pele, maior que 1cm. Situa-se na epiderme ou entre a epiderme e a derme. Seu conteúdo é inicialmente seroso e claro - pode depois ser purulento ou hemorrágico. Dependendo do nível de formação, a bolha pode ser flácida e fugaz (como nos pênfigos) ou tensa e duradoura (como na dermatite herpetiforme de Dühring - Brocq). Quando a bolha é provocada por queimadura, denomina-se flictena. (encontradas nas queimaduras, em algumas piodermites e alergias medicamentosas). Pústula: elevação circunscrita da epiderme, pequena cavidade similar à vesícula, de conteúdo purulento (vesícula ou bolha). A pústula pode ser séptica, como no impetigo ou na acne juvenil, ou asséptica, como na psoríase pustulosa.(surge na varicela, herpes zoster, queimaduras, piodermites, acne). 42 Elany Portela Abscesso: é uma coleção de pús localizada e profunda, situada na derme ou tecido subcutâneo, geralmente acompanhada de sinais inflamatórios (edema, rubor, calor e dor) causada por infecção, inflamação ou degeneração tumoral. Pode situar-se em qualquer órgão. Na pele, pode desenvolver-se a partir de foliculite profunda, traumatismos ao redor de corpo estranho ou outras infecções mais profundas. Pode drenar na pele como coleção purulenta, mas geralmente apresenta-se como nódulo eritematoso. Observa-se no: hordéolo ou terçol (“viúva”), carbúnculo em paciente diabético. Cistos: cavidade revestida por epitélio, cujo conteúdo varia de líquido a pastoso. São tumores benignos derivados de anexos cutâneos, encontrados especialmente no couro cabeludo e no tórax. São geralmente solitários. -Cistos múltiplos aparecem na acne e em alguns distúrbios específicos (esteatocistoma múltiplo), bem como em locais específicos (cistos escrotais). A pele que recobre o cisto é móvel, exceto próximo do pequeno orifício central. Esse orifício existe na maioria dos cistos epidermóides e por ele podem entrar bactérias. (Dependendo de local do cisto, o epitélio poderá ser glandular ou queratinizado). Hematomas: coleção sanguínea localizada na derme ou tecido subcutânea, geralmente restrita ao local do trauma. Ex: Hematoma subungueal. Lesões elementares secundárias: 1. Alterações na consistência e espessura: Queratose: espessamento da camada córnea, de consistência endurecida e coloração esbranquiçada, amarelada ou pardacenta. Quando excessiva, a 43 Elany Portela queratose pode assumir aspecto de verrucosidade. Ex: Queratose seborreica da pele do idoso, queratose plantar, queratose difusa (ictiose). Liquenificação: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou
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