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Desenvolvimento Embrionário: Mecanismo de Fecundação

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EMBRIOLOGIA 
 
 
Elany Portela
 
 
 
158 
Elany Portela 
Sumário 
 Mecanismo de Fecundação .............................................................................................................................................. 159 
 Primeira Semana. ..................................................................................................................................................................................................... 165 
 Segunda Semana ..................................................................................................................................................................................................... 169 
 Terceira Semana ....................................................................................................................................................................................................... 174 
 Quarta a Oitava Semana ............................................................................................................................................................... 183 
 Músculo Esquelético ....................................................................................................................................................................................... 187 
 
159 
Elany Portela 
Mecanismo de Fecundação 
Células Germinativas 
Primordiais 
Teratoma Sacrococcígeo -> teratomas 
são tumores compostos por tecidos das 
três camadas germinativas. 
Na terceira semana do desenvolvimento 
embrionário não se sabe ainda o sexo do 
feto 
Na sétima semana desenvolve-se um 
mesoderma (intermediário) que produz 
uma elevação chamada crista genital que 
vai receber um grupo de células chamadas 
células germinativas primordiais, que saíram 
do saco vitelino e vão migrando pela parte 
ventral do intestino em formação e 
chegam até a crista genital. 
Quando chegam na crista podem 
prosseguir de duas formas: 
1. Se na fecundação o cromossomo 
que uniu com o ovócito foi o Y, 
então tem-se um indivíduo XY, os 
genes de Y liberam substâncias que 
induzem a crista a dar origem a um 
testículo e a célula germinativa 
primordial vai se diferenciar em 
espermatogônia. 
2. Se na fecundação o 
espermatozoide trouxe um 
cromossomo X, tem-se um 
indivíduo XX, que na crista genital 
diferencia-se em ovogônia. 
Células germinativas primordiais são 
pluripotenciais e durante os mecanismos 
de migração elas podem se multiplicar e 
proliferar originando tumores. 
Reprodução 
Os ovários e testículos são formados na 
fase embrionária e as células que originam 
os gametas também. 
Somente na puberdade os indivíduos 
voltam a produzir gametas: 
Masculino - é direto, as espermatogônias 
fazem a espermatogênese formando o 
espermatozoide na puberdade. 
Feminino – começa no período 
embrionário, por meio da ovogênese. As 
ovogonias, que no final da fase embrionária 
são de 300-400 mil crescem e se tornam 
o ovócito I que é envolvido por células do 
ovário, tornando-se o folículo ovariano. 
Inicia-se a meiose I que para no diplóteno 
da prófase I. (tem-se o dictióteno). 
Na puberdade a hipófise libera FSH e LH 
que induzem o ovário a produzir 
estrógeno e progesterona. O dictióteno 
continua o processo da meiose, o que 
origina o ciclo ovariano. 
Um ovócito primário completa a meiose I 
durante a ovulação. 
 
 
 
 
 
Ovulação -14º dia- houve fecundação = 1º dia 
do desenvolvimento embrionário. 
14º dia = 38 semanas / última menstruação = 
40 semanas / último dia do ciclo = 36 semanas 
de gestação 
 
160 
Elany Portela 
Inicia-se a meiose II que para na metáfase 
II, se ocorrer a entrada do espermatozoide 
essa célula vai continuar a meiose II. 
Quando parado na metáfase II da meiose 
o ovócito em desenvolvimento está 
envolvido por células foliculares (que 
formam o folículo ovariano). Estas células 
produzem estrogênio e progesterona e 
envolvem o ovócito II formando a coroa 
radiada, um grupo forma o cumulus 
oofurus (grupo de células cubicas que liga 
o ovócito a camada granulosa, é 
importante na captura do ovócito II pelas 
fimbrias da tiba) e o restante forma as 
camadas externas ao antro folicular 
(camada granulosa). Externamente a 
camada granulosa células do tecido 
conjuntivo organizam e formam a Teca 
Interna (vascularizada e produtora de 
hormônios) e a Teca Externa (formada de 
tecido conjuntivo frouxo do folículo 
ovariano) do folículo ovariano maduro.. 
 
Na ovulação há ruptura da parede do 
folículo maduro e liberação do ovócito na 
tuba uterina 
O ovócito II não é o único que é liberado 
para a tuba uterina, mas também 
estruturas do folículo ovariano. (coroa 
radiada, zona pelúcida e um pouco do 
fluido folicular e são recolhidos para o terço 
superior da tuba uterina através dos 
movimentos das fimbrias da tuba. 
 
Ovócito II 
 
 
Estruturas que o acompanham: 
Primeiro glóbulo polar = indica que 
acabou a meiose I 
Espaço Perivitelínico 
Glicoproteínas -> Zona pelúcida 
(moléculas ZP): A zona pelúcida é um 
grupo de glicoproteínas produzidas pelo 
ovócito I que participa diretamente no 
processo de reconhecimento celular e 
penetração do espermatozoide, assim 
como, depois da fecundação impede a 
entrada de outros espermatozoides. 
Coroa radiada: Grupo de células cúbicas 
que possuem uma matriz extracelular rica 
em ácido hialurônico. Essas células se 
organizam em torno do ovócito e vieram 
de mitoses do epitélio cubico simples do 
folículo ovariano uni laminar 
Grânulos corticais = lisossomos 
Caminho do Espermatozoide: 
Coroa radiada -> Zona pelúcida -> Espaço 
perivitelinico -> fusão com a membrana plasmática 
Membrana 
Plasmática Espaço Perivitelínico 
 
161 
Elany Portela 
. 
 
Espermatozoide 
 
É produzido nos testículos (um indivíduo 
adulto produz cerca de 200 milhões de 
espermatozoides por dia. 
O espermatozoide é armazenado no 
epidídimo. 
Possui cabeça, peça intermediária e cauda 
(flagelo). 
Cabeça -> possui um núcleo com 23 
cromossomos simples e altamente 
compactados e condensados (é o núcleo 
com maior taxa de condensação da 
espécie humana). 
Acrossoma = se origina do complexo de 
golgi e contém diversas enzimas que vão 
perfurar as camadas que envolvem o 
ovócito. Possui membrana externa e 
interna. 
Abaixo do núcleo tem-se um centríolo 
que ajuda na formação do fuso da meiose 
I do zigoto após a fecundação. 
Peça intermediária -> possui 
concentração de mitocôndrias que 
realizam a respiração celular aeróbica, 
produzindo ATP que vai ser liberado para 
o flagelo ( O ATP servirá de energia para 
o movimento flagelar). 
Flagelo -> é constituído de microtúbulos 
organizados em 2 microtúbulos centrais 
rodeados por 9 pares de microtúbulos 
periféricos. Dentro dos flagelos existem 
também mais de 200 tipos diferentes de 
proteína, entre estes a DINEÍNA que 
realiza a lise do ATP liberando energia para 
o movimento dos microtúbulos. 
Maturação 
Quando armazenado no epidídimo o 
espermatozoide sofre um processo de 
maturação. 
A proteína da membrana do 
espermatozoide (receptor do 
espermatozoide) quando no reprodutor 
feminino encontra com as estruturas do 
ovócito e encaixa em uma dessas 
estruturas. Quando isso ocorre essa 
proteína determina a especificidade da 
espécie (reconhece que o ovócito é da 
mesma espécie. 
Uma capa de moléculas é colocada pelo 
epidídimo envolta da cabeça .do 
espermatozoide. Essa capa protege a 
proteína citada anteriormente até a 
chegada dela no ovócito. (A 
DECAPACITAÇÃO é o acumulo de 
moléculas na superfície da membrana 
plasmática do espermatozoide) 
No epidídimo também é acrescentado a 
MP do espermatozoide uma proteína 
chamada beta defensina, que ajuda na 
sobrevivência do espermatozoide quando 
ele estiver em contato com o aparelho 
reprodutor feminino. (evita que o corpo 
Ovo metalécito (ovócito II) sai do ovário no 14º dia 
do ciclo menstrual e cai na cavidade peritoneal, 
após é reconhecido pelas franjas da tuba uterina, 
que captura essa estrutura que passaa ficar do 
terço superior da tuba uterina (local onde ocorrerá 
a fecundação). 
 
162 
Elany Portela 
feminino se defenda atacando o 
espermatozoide) 
Junto com o espermatozoide é eliminado 
a secreção da próstata e da vesícula 
seminal = Sêmen ou Esperma . 
O canal vaginal é ácido (pH 5,5), o que 
mata e diminui a motilidade dos 
espermatozoides 
A secreção da próstata contém 
bicarbonato que vai elevar o pH vaginal ( 
5,5 – 7- 8,3) 
Aumento do LH = estimula as glândulas 
do colo do útero a produzirem uma 
secreção rala e fluida que deixam o canal 
do útero aberto facilitando a passagem dos 
espermatozoides. 
Prostaglandina = presentes no esperma 
estimulam o peristaltismo da parede do 
útero, facilitando a subida dos 
espermatozoides. 
Depois de uns 6-7 minutos no canal vaginal 
o esperma coagula. Isso ocorre por causa 
da enzima vesiculase que começa a 
desnaturar as enzimas do esperma. 
O esperma estando mais viscoso dificulta a 
passagem dos espermatozoides formando 
um tampão. Não permite a passagem de 
outros espermatozoides, mas evita que os 
que já ganharam o útero retornem ao 
canal vaginal. 
As secreções da parede uterina se 
encaixam em proteínas da MP do 
espermatozoide ativando a proteína G. 
Proteína G -> é uma proteína 
transmembrana, sua parte voltada para o 
meio intracelular ativa a enzima adenilato 
ciclase que converte ATP em AMPc 
(hidrólise do ATP). 
O AMPc promove o aumento da taxa de 
cálcio dentro do espermatozoide. Esse 
cálcio ativa várias vias metabólicas. Neste 
caso o cálcio estimula a proteína DINEÍNA, 
aumentando a quebra do ATP, liberando 
muita energia para flagelo, aumentando, 
assim, a velocidade do espermatozoide. 
(HIPERATIVAÇÃO) 
A secreção do útero e da tuba tiram a 
capa de moléculas da cabeça do 
espermatozoide (CAPACITAÇÃO) 
Capacitação = passa a ter a capacidade 
de reconhecer a célula como sendo da 
mesma espécie., pois a proteína receptora 
do espermatozoide fica exposta. 
Chegam apenas cerca de 200 
espermatozoides no terço superior da 
tuba uterina 
Fecundação 
Quando o espermatozoide chega na coroa 
radiada a hialuronidase presente na MP 
dele cliva o ácido hialurônico presente nas 
células da corona radiata. 
Na zona pelúcida o receptor do 
espermatozoide se encaixa no ZP3, 
reconhecendo que a célula em que ele vai 
se encaixar é da mesma espécie. 
Para penetrar na zona pelúcida tem que 
ocorrer a reação acrossomica (o 
receptor do espermatozoide é acoplado a 
proteína G que ativa a enzima fosforilase 
que cliva os fosfolipideos da membrana 
produzindo IP3 (trifosfato de inusitol) 
O IP3 promove o aumento de Cálcio 
dentro do espermatozoide (na cabeça) 
que promove a fusão da membrana 
externa do acrossomo com a membrana 
do espermatozoide. 
 
163 
Elany Portela 
Quando isso ocorrer haverá formação de 
poros que permitem a liberação das 
enzimas presentes no espermatozoide 
(para a zona pelúcida). Essas enzimas 
rasgam a zona pelúcida. 
Enzimas presentes no acrossomo: 
acrossina, hialuronidase, proteína ácida, 
beta glucoronidase. 
A ZP2 e ZP1 atuam regulando o acesso do 
espermatozoide ao ovócito e bloqueando 
a entrada de novos espermatozoides. 
A membrana interna do acrossomo ainda 
está inteira e vai se combinar com a ZP2 
(e é como se puxasse o espermatozoide 
para atravessar a zona pelúcida). 
A membrana do espermatozoide usando a 
fertilina (proteína da membrana do 
espermatozoide) vai se fusionar com a 
membrana do ovócito II. 
Após ocorre a penetração do 
espermatozoide no ovócito II – só as 
organelas entram, a MP fica de fora 
Após a penetração, o ovócito II começa a 
ter uma reação a entrada do 
espermatozoide . Os grânulos corticais são 
liberados para o espaço perivitelinico e as 
enzimas desses grânulos tem contato com 
a zona pelúcida, modificando sua 
permeabilidade e não permitem a entrada 
de outros espermatozoides. (Reação 
Zonal). 
As células possuem carga elétrica . O 
ovócito tem carga de -70mV, mas quando 
o espermatozoide penetra ele permite a 
entrada de Cálcio que tem carga positiva. 
Alterando a voltagem de -70mV para 
=20mV (o que também impede a entrada 
de outros espermatozoides) 
O espermatozoide entrou com 
mitocôndria, mas esta sofrerá digestão 
intracelular de modo que vai ficar apenas o 
núcleo do espermatozoide (por isso as 
mitocôndrias paternas não participam da 
fertilização) 
A entrada do espermatozoide aumenta o 
teor de cálcio dentro do ovócito II, que vai 
ativar enzimas que fazem os ovócitos 
completarem a meiose II 
Fertilização 
Fertilização: É a junção do 
espermatozoide com o ovulo. 
Fecundação: É a penetração do 
esqueleto do espermatozoide na zona 
pelúcida do ovócito secundário. 
ANFIMIXIA = união dos 2 núcleos (masc 
+ fem = 46 cromossomos) óvulo -> 
zigoto 
Descondensação dos núcleos = aumento 
do volume 
Duplicação dos cromossomos e do 
centríolo 
Após a duplicação do DNA a membrana 
nuclear se desfaz e os cromossomos 
duplicados vão parear no plano equatorial 
da célula. Tem-se o zigoto, pois já há 46 
cromossomos, e este está na fase da 
metáfase entrando na primeira divisão 
celular que forma as 2 primeiras células: os 
blastômeros 
Objetivo da fecundação: Finaliza a meiose 
II, forma o óvulo, restaura o número 
diploide de cromossomos, determina a 
variabilidade genética e o sexo do embrião, 
também inicia a segmentação (mitoses). 
 
164 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode entrar mais de 1 espermatozoide na 
fecundação? Explique 
É difícil pois tem-se a barreira elétrica e a 
impermeabilidade da ZP. Se entrar 2 
espermatozoides nessa etapa forma-se uma 
célula 3n, que não se desenvolve pois não há 
pareamento. 
 
165 
Elany Portela 
Primeira Semana 
 
Na fertilização ocorre a fusão dos pró-
núcleos (pelas membranas) formando o 
zigoto. Os cromossomos duplos alinham-se 
da placa metafásica dando origem a 
primeira clivagem. Reconstitui-se o número 
diploide de cromossomos da espécie, 
aumenta a variabilidade genética e o sexo 
do embrião é determinado, também se 
inicia a segmentação (mitoses sequências 
para formação do embrião e do feto). 
Do primeiro dia para o segundo ocorre a 
primeira mitose, formando-se 2 novas 
células (BLASTÔMEROS), que diminuem 
de tamanho pois estão envolvidas pela 
zona pelúcida. 
Tem-se o rolar do zigoto pela mucosa da 
tuba uterina, à medida que isso acontece 
as mitoses também ocorrem. 
2º dia = SEGMENTAÇÃO 
A segunda mitose origina 4 células (3º dia) 
– citocinese em ângulo de 90º com a 
primeira ( e o nº de células aumenta e o 
tamanho diminui) -> os corpúsculos polares 
foram absorvidos. 
Do 3º para o 4º dia o número de células 
vai para 8 (micrômeros envolvidos pela 
zona pelúcida). 
IMPORTÂNCIA DA ZONA PELÚCIDA 
As células teriam contato direto com a 
tuba podendo ocorrer a implantação antes 
do momento correto ou no local errado 
 - Gravidez ectópica* 
- Não permite a passagem de 
espermatozoides, mas permite a 
passagem de líquidos 
É porosa e permite a entrada de 
substâncias da mucosa da tuba uterina que 
servem de nutrientes. 
 
 
166 
Elany Portela 
Quando há o estágio de 8 a 16 células ou 
16 a 32 células já se tem um condensado 
de células caracterizadas como MÓRULA 
(3º-4º dia) -> a mórula ainda está envolvida 
na zona pelúcida. 
Quando forma a mórula as células passam 
por um fenômeno chamado 
COMPACTAÇÃO, essas células produzem 
diferentes tipos de especialização de 
membrana. 
As zônulas de oclusão (maior 
concentração nas células externas) e 
junções comunicantes (mais internas) são 
produzidas pelas células centrais da mórula., 
enquanto a periferia faz isso entre si. 
As zônulas de oclusão evitam a difusão 
livre de substâncias externas ao embrião, 
formando um ambiente isolado para o 
desenvolvimento das mitoses embrionárias. 
A mórula absorve fluido da cavidade 
uterina, que atravessa a ZP determinando 
a formação de um espaço que 
gradativamente aumentade tamanho, 
chamado cavidade blastocística ou 
blastocele. 
As células superficiais da mórula também 
contribuem para a formação do blastocele, 
produzindo um líquido que promove um 
aumento da cavidade blastocística. As 
células na região apical são mais ricas em 
proteínas Na+/K+ATPase, que deixam o 
meio líquido hipertônico, que aumenta a 
absorção de líquidos e consequentemente 
aumenta a cavidade blastocística. 
Desta forma os blastômeros são divididos 
em 2 grupos: TROFOBLASTO 
(externamente, e foi formado por uma 
camada de blastômeros que se divide mais 
rapidamente) e EMBRIOBLASTO 
(formado por uma camada que se divide 
mais lentamente) 
A compactação permite o sincronismo das 
células de mórula de modo que comece a 
diferenciação que leva a formação do 
trofoblasto e do embrioblasto 
COMPACTAÇÃO = desenvolvimento de 
especializações da membrana. É 
importante pois no 5º dia as secreções da 
tuba uterina estão vazando para o interior 
da mórula e as células começam a ser 
pressionados por esses líquidos que 
acabam separando essas células ( separam 
as células centrais das células da periferia 
em um dos cantos) = SEGREGAÇÃO DE 
CÉLULAS DA MÓRULA (ocorre devido a 
compactação; forma uma cavidade 
blastocele caracterizando então o 5º dia da 
fase de BLÁSTULA) 
5º-6º Dia 
EMBRIOBLASTO -> massa de células que 
ficam internamente (é desse grupo que vai 
surgir o embrião) 
TROFOBLASTO -> grupo de células da 
periferia. Contribui para o desenvolvimento 
dos anexos embrionários 
BLASTOCELE -> cavidade cheia de 
líquido ( nessa etapa o embrião é chamado 
de blastocisto) 
1ª Clivagem -> longitudinal 
2ª Clivagem -> perpendicular / 1ª mitose 
3ª Clivagem -> meridional / 2ª mitose 
 
167 
Elany Portela 
Blastocisto Tardio -> está maior, não 
possui zona pelúcida, a massa que forma o 
embrião está em um dos polos e a 
camada de células que reveste a cavidade 
chama-se blastocele. 
A zona pelúcida se desintegra 
naturalmente, as proteínas não 
conseguem mais se sustentar. -> Permite 
o aumento do blastocisto 
O blastocisto flutua na cavidade uterina 
sendo alimentado pela secreção da tuba 
uterina, como a ZP degenerou , o 
blastocisto inicia sua adesão à parede 
uterina. 
 
No 7º dia ocorre a DELAMINAÇÃO 
(organizar, enfieiras as células) de uma 
camada de células do embrioblasto e dá 
origem a um tecido HIPOBLASTO 
(organização de uma camada de células 
cúbicas). O restante das células 
6º dia - O trofoblasto passa por 
diferenciação dando origem a 2 tecidos 
SINCICIOTROFOBLASTO (invade a 
parede do endométrio e o embrião se 
implanta) e o CITOTROFOBLASTO ( que 
forma a periferia do embrião) 
A camada de células do citotrofoblasto à 
medida que sofrem mitose fornece células 
para o sinciciotrofoblasto, as células 
perdem a MP fusionando-se uma com as 
outras aumentando o tamanho do 
sinciciotrofoblasto que continua invadindo a 
camada funcional do endométrio. 
PARTE FUNCIONAL DO ENDOMÉTRIO: 
possui veias e artérias espiraladas, além de 
capilares que sofrem modificações para 
estabelecer uma nutrição para o embrião 
em desenvolvimento 
O endométrio é um epitélio colunar 
simples com células ciliadas e células 
secretoras, a lâmina própria é formada de 
tecido conjuntivo denso não modelado, 
rico em vasos sanguíneos com fibroblastos 
que começam a modificar à medida que 
ocorre a implantação do embrião. 
A implantação a nível molecular envolve a 
integração de moléculas do 
sinciciotrofoblasto e do tecido endometrial. 
Colágeno, integrinas, laminina e ácido 
hialurônico participam desta adesão. Em 
seguida enzimas do tipo de colagenase, 
digerem a matriz extracelular do 
endométrio, permitindo a penetração do 
embrião em desenvolvimento na parede 
uterina. 
Neste período, a liberação de histamina, 
promove vasodilatação e edema, 
leucócitos penetram no endométrio e 
produzem moléculas que impedem o 
mecanismo de defesa da mãe reconheça 
o embrião como corpo estranho. 
As células do sinciciotrofoblasto produzem 
proteínas de adesão que se ligam ao 
epitélio endometrial. O embrião penetra na 
camada superficial do endométrio. Esse 
tipo de implantação é chamado de 
IMPLANTAÇÃO INVASIVA 
 
 
A pílula do dia seguinte promove uma inflamação 
no endométrio que impede o blastocisto tardio de 
se fixar no endométrio 
 
168 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
169 
Elany Portela 
Segunda Semana 
Do sétimo para o oitavo dia o embrioblasto 
continua a delaminação (organiza um 
grupo de células que ficam em fileira), mas 
dessa vez são células colunares dando 
origem ao epiblasto 
O embrião corresponde ao epiblasto 
(colunar simples) e hipoblasto( cúbico 
simples) = DISCO BILAMINAR 
Citotrofoblasto fornece células para o 
sinciciotrofoblasto, que vai crescendo e 
invadindo o endométrio. 
O endométrio é um epitélio colunar 
simples com células ciliadas e não ciliadas e 
tecido conjuntivo rico em vasos 
sanguíneos e glândulas tortuosas por 
causa da progesterona. 
O endométrio possui capilares 
microscópicos de 8-10 micrômeros e sem 
fenestras nas laterais. Um conjunto de 
fibroblastos produz fibra colágena 
Muitas células do endométrio sofrem 
apoptose facilitando a implantação. 
Dorsalmente ao epiblasto diferenciam-se 
em amnioblastos que delimitam uma 
cavidade (âmnio) produzido por cavitação 
A membrana amniótica deriva do epiblasto 
e é caracterizada por uma camada de 
tecido epitelial pavimentoso simples. Desta 
forma aparece o primeiro anexo 
embrionário. 
Ventralmente a cavidade blastocistica 
passa a ser chamada de cavidade 
exocelômica. 
BLASTOCELE 
8º - 9º dia 
Formação da cavidade amniótica na região 
do epiblasto, a cavidade é revestida por um 
grupo de células achatadas (epitélio 
pavimentoso simples) que formam a 
membrana amniótica. 
O sinciciotrofoblasto é erosivo, vai 
rasgando o conjuntivo liberando 
hialuronidase e colagenase 
O endométrio reage a entrada do 
embrião, os fibroblastos do endométrio 
diminuem o mecanismo de fibra colágena 
e começam a armazenar mais glicogênio. 
O capilar que era continuo aumenta o 
diâmetro e sua lateral enche-se de 
fenestras tornando-se um capilar 
sinusoide que permite maior troca de 
substâncias. -> REAÇÃO DECIDUAL 
Os fibroblastos passam a chamar células 
deciduais e o endométrio de decídua 
As células deciduais produzem inibidores 
enzimáticos e que modulam a ação de 
hidrolases liberados pelo sinciciotrofoblasto. 
9º - 10º - 11º dias 
O embrião está completamente dentro do 
endométrio, fica uma ferida pequena 
causada pela entrada do embrião. Nesse 
local ocorre cicatrização, os fibroblastos 
formam colágenos que fecham a ferida. 
Como saiu sangue tem mecanismo de 
coagulação, macrófagos. Entre outros e há 
formação do tampão de coagulação 
Quando o endométrio é totalmente 
fechado por epitélio tem-se o 12º dia. 
 
170 
Elany Portela 
À medida que o sinciciotrofoblasto invade 
o endométrio ele passa a ter outras 
funções. Atua na fagocitose, transporte de 
nutrientes e gases do embrião para a 
placenta em formação e vice-versa. O 
transporte efeito por difusão, difusão 
facilitada, transporte ativo, pinocitose e 
transcitose. 
O sinciciotrofoblasto começa a 
desenvolver espaços (lacunas), pois partes 
do sincício estão sendo degradadas por 
apoptose, mas ele ainda está vivo e 
crescendo 
Crescimento da cavidade amniótica 
9-10-11 dias um grupo de células do 
hipoblasto formam um grupo de células 
achatadas que vão cobrir toda a blastocele 
-> MEMBRANA DE HEUSER ou 
MEMBRANA EXOCELOMICA 
Cavidade exocelomica é formada (anterior 
blastocele) 
A cavidade exocelômica é revestida por 
uma membrana de células epiteliais 
pavimentosas simples, o teto dela pelo 
hipoblasto, uma camada de epitélio cubico 
simples. 
O sincício continua crescendo e destruindo 
glândulas e vasos sanguíneos sinusoides. 
O sangue materno começa a escorrer 
enchendo as lacunas do sinciciotrofoblasto.que estão cheios de glicogênio – os 
nutrientes da mãe vão passar para o 
embrião. Por meio de difusão. Inicia-se uma 
circulação da mãe para o embrião. 
Estabelece-se uma CIRCULAÇÃO 
UTEROPLACENTÁRIA que vai alimentar o 
embrião 
O sincício desde o 7º dia está produzindo 
HCG (gonadotrofina coriônica humana) e 
bHCG que chega até o ovário e tem 
função de manter o corpo lúteo em 
funcionamento, mantendo a liberação de 
progesterona pelo corpo lúteo (26º dia do 
ciclo menstrual) que continua estimulando 
o crescimento e desenvolvimento do 
endométrio uterino, impedindo a luteólise. 
Sangramento na gravidez pode ocorrer 
nesse período, pois algumas regiões do 
útero podem não estar recebendo 
progesterona, podendo descamar. 
Hipoblasto está produzindo grupo de 
células cubicas que vai substituir a 
membrana de células achatadas 
(exocelomica). Quando ocorrer essa 
substituição a cavidade exocelomica passa 
a ser chamada de VESÍCULA UMBILICAL 
PRIMITIVA OU SACO VITELINO 
PRIMITIVO. (segundo anexo embrionário) 
Imediatamente a produção dessas novas 
células há formação de um tecido 
conjuntivo frouxo pelo hipoblasto. entre o 
citotrofoblasto e o saco vitelino primitivo 
esse tecido chama-se de MESODERMA 
EXTRAEMBRIONÁRIO. 
Há formação no mesoderma 
extraembrionário de espaços celômicos 
extraembrionários. Esses espaços tendem 
a se fundirem e após um tempo formar 
uma cavidade única., que recebe o nome 
de CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO O 
celoma divide o mesoderma 
extraembrionário em folheto somático do 
mesoderma e folheto esplâncnico do 
mesoderma. 
13º – 14º dia 
Uma pequena região do mesoderma 
extraembrionário não se forma celoma 
extraembrionário e dá origem ao 
PEDÍCULO DO EMBRIÃO – futuro cordão 
embrionário 
 
171 
Elany Portela 
Agora tem-se 2 lâminas do mesoderma 
extraembrionário: 
1 MESODERMA ESPLÂNCNICO 
EXTRAEMBRIONÁRIO = que envolve o 
saco vitelino = 
2 MESODERMA SOMÁTICO 
EXTRAEMBRIONÁRIO = é externo e 
também recobre o âmnio 
O celoma extraembrionário está 
crescendo e pressionando o saco vitelino 
primitivo, um pedaço do saco vitelino sai 
dele e a outra parte fica com o embrião 
VESÍCULA UMBILICAL SECUNDÁRIA ou 
SACO VITELINO SECUNDÁRIO (parte do 
saco vitelino que fica com o embrião) 
Os restos do saco vitelino primitivo serão 
absorvidos até seu desaparecimento 
O embrião corresponde ao epiblasto e 
hipoblasto, destas camadas surgem os 
diversos tecidos e órgãos que formarão o 
indivíduo. As demais estruturas estão 
relacionadas com a formação dos anexos 
embrionários 
 
 
ANEXOS (são membranas) 
ÂMNIO 
SACO VITELINO 
CÓRION (saco coriônico) 
Saco coriônico é constituído pelo 
mesoderma somático extraembrionário, 
citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto . 
Pedículo de conexão 
A cavidade celomática passa a ser 
chamada de cavidade coriônica que 
corresponde ao celoma extraembrionário. 
14º dia 
Devido a formação do celoma 
extraembrionário, o saco vitelino primitivo 
diminui de tamanho, e uma nova migração 
de células do hipoblasto forma uma 
cavidade pequena, o saco vitelino 
secundário revestida pelo endoderma. No 
14º dia, no embrião bilaminar, em uma 
região oposta ao pedículo do embrião, as 
células tornam-se cilíndricas formando a 
placa pré-cordal, uma área espessada de 
forma circular, futuro local da membrana 
bucofaringea, e em sequência a boca. 
VILOSIDADE CORIÔNICA PRIMÁRIA = é 
formado por células diferenciadas do 
citotrofoblastos, que formam vilosidades 
que vão servir de conexão pra passagem 
de nutrientes entre o embrião e a mãe 
PLACA PRÉ-CORDAL = na região do 
hipoblasto as células se tornam colunares 
se formando ao lado oposto do pedículo 
do embrião. Fala para o embrião que ele 
tem eixos de desenvolvimento. O lado da 
placa é o cranial e o lado oposto é o caudal. 
** EXPLIQUE O DESENVOLVIMENTO 
EMBRIONÁRIO ATÉ A FORMAÇÃO DO SACO 
VITELINO SECUNDÁRIO** 
No início essa cavidade era a blastocele, a 
blastocele foi revestida por uma membrana 
exocelômica vinda do hipoblasto e a cavidade 
passou a ser chamada de cavidade exocelômica, 
em seguida o hipoblasto começou a produzir um 
grupo de células cúbicas e envolveu a cavidade 
substituindo a membrana exocelômica e a cavidade 
passou a ser chamado de saco vitelino primitivo. 
Em seguida, com o desenvolvimento do celoma 
extraembrionário, que pressiona o saco vitelino 
primitivo, fazendo com que este perca uma parte, 
o remanescente voltado para o embrião forma o 
saco vitelino secundário 
 
172 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
173 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
174 
Elany Portela 
Terceira Semana 
 
 
O epiblasto em sua região mediana, 
formou uma elevação, da região caudal 
para direção da placa pré-cordal originando 
a linha primitiva, resultado da proliferação 
e migração de células do epiblasto para 
região mediana do embrião. 
Na região cranial da linha primitiva, 
aglomera-se um grupo de células e forma 
o nó primitivo que logo invagina e forma 
a fosseta primitiva (não apresentada na 
figura),esta acompanha o sulco primitivo 
que desenvolve na linha primitiva. 
A linha primitiva cresce no sentido 
cefalocaudal e serve como local de 
migração de células do epiblasto para 
formação dos folhetos embrionários 
(mesoblasto, endoblasto e ectoblasto), da 
notocorda, do mesoderma cardiogênico e 
do mesênquima, que é o tecido conjuntivo 
do embrião. 
 
 
A linha primitiva desaparece no final da 4º 
semana (à medida que as células do 
epiblasto vão migrando). À porção cefálica 
do nó primitivo inicia a formação do 
processo notocordal. 
 
 
 
O âmnio, epiblasto, hipoblasto e saco 
vitelino secundário estão recobertos pela 
membrana coriônica. No 15º dia do 
desenvolvimento embrionário há uma 
aglomeração de células na superfície do 
epiblasto que produz uma linha que cresce da 
região central para a caudal. Estabelece-se o 
eixo craniocaudal do embrião. (epiblasto – 
células totipotenciais) 
Células do epiblasto migram pela linha 
primitiva para formar os órgãos, 
tecidos... (as diferentes estruturas do 
embrião). 
Linha primitiva = sulco primitivo 
(invaginação), nó primitivo (borda elevada) 
e fosseta primitiva (depressão) que crescem 
para a região caudal. 
Teratoma Sacrococcígeo – ocorrerá se a 
linha primitiva permanecer (tem-se células 
capazes de originar os 3 tecidos) 
embrionários) 
 
175 
Elany Portela 
 
 
 
 
 
 
 
As células da linha primitiva vão 
substituir o hipoblasto formando o 
endoderma definitivo (pode ser que 
tenham células restantes do hipoblasto, 
que vai se degenerando). O epiblasto 
também forma mesoderma. As células 
migram e formam os três tecidos ao 
mesmo tempo. – Os folhetos 
embrionários vieram do epiblasto - 
Disgenesia Caudal (sirenomielia) - 
Quando ocorre a migração de células do 
hipoblasto tem que migrar células 
suficientes para a formação de órgãos. 
Quando há migração insuficiente na região 
lombo sacral ocorre a fusão dos brotos dos 
membros 
Agentes teratogênicos – faz com que as 
células do embrião errem (ex.: álcool, 
nicotina, medicamentos...) 
O mesoderma intraembrionário é dividido em 
3 partes (para axial, intermediário e lateral), 
por isso tem-se três rotas de migração. Um 
grupo de células do epiblasto migra pela região 
cranial do nó primitivo para a região pré-cordal 
dando origem a notocorda. 
Mesoderma para axial, grupo de células 
migrou pela região caudal do nó e pela região 
cranial da linha primitiva. 
Mesoderma intermediário, grupo de células 
do epiblasto que migram pela região mediana 
da linha primitiva 
Mesoderma lateral, grupo de células do 
epiblasto migram pela região caudal da linha 
primitiva. 
 
176 
Elany Portela 
No 16º dia, uma evaginação do saco vitelino 
para o pedículo do embrião, forma o 
“anexo embrionário alantoide”. O embrião 
continua envolto dorsalmente pela 
cavidade amniótica e ventralmente a 
cavidade do saco vitelino. O celoma 
extraembrionário envolve o embrião, saco 
vitelinoe âmnio, juntamente com o 
mesoderma extraembrionário somático 
que reveste o celoma extraembrionário e 
o âmnio. O mesoderma extraembrionário 
esplâncnico reveste o saco vitelino 
secundário. 
A região do mesoderma extraembrionário 
que não formou o celoma 
extraembrionário é o pedículo do embrião 
no qual aparece a evaginação do saco 
vitelino denominado alantoide. O pedículo 
do embrião irá formar o cordão umbilical. 
Além do epiblasto e hipoblasto, continua o 
desenvolvimento dos folhetos do 
mesoderma extraembrionário. Note que o 
folheto somático do mesoderma 
extraembrionário envolve o âmnio e toda 
região externa do embrião. O espaço 
entre os dois folhetos extraembrionários 
corresponde ao celoma extraembrionário 
que é a cavidade coriônica. 
Com a formação da linha primitiva, células 
profundas dessa região diferenciam e 
forma o mesênquima, o tecido conjuntivo 
embrionário. Um grupo de células do 
epiblasto migra pela linha primitiva, formam 
inicialmente o mesoblasto, que diferencia 
em mesoderma intraembrionário outro 
grupo de células ao migrarem pela linha 
primitiva substitui em parte as células do 
hipoblasto e junto com este formam o 
endoderma intraembrionário (uma camada 
de células cúbicas). Neste caso ficam 
remanescentes do hipoblasto mais células 
que migraram do epiblasto pela linha 
primitiva para formar à endoderma 
intraembrionário. As células do epiblasto 
que ficaram na região dorsal, passa a ser o 
ectoderma . Desta maneira surgem os três 
folhetos embrionários e o embrião passa a 
ser um disco trilaminar. Um grupo de 
células do epiblasto migra a frente da placa 
pré-cordal e forma o mesoderma 
cardiogênico, região de desenvolvimento 
do coração. Na extremidade cefálica e 
caudal do embrião, não se verifica a 
formação de mesoderma 
intraembrionário, assim o ectoderma faz 
contato com o endoderma 
intraembrionário, suas células fusionam 
constituindo as membranas, na região 
cefálica, a membrana bucofaríngea, e na 
região caudal, a membrana cloacal. A 
membrana cloacal está voltada para o lado 
do pedículo do embrião, futuro cordão 
umbilical. 
À medida que células do epiblasto migram 
para formação dos folhetos embrionários 
junto com o crescimento do tecido 
mesenquimal, ocorre à separação do 
ectoderma do endoderma. Entretanto em 
3 regiões de um embrião na 3º semana 
estes tecidos permanecem juntos, 
cefalicamente na membrana bucofaringea, 
caudalmente na membrana cloacal e na 
região do processo notocordal. 
Na região da membrana bucofaringea, as 
células são colunares no endoderma, pois 
correspondem as células da placa pré-
cordal que se formaram no final da 
segunda semana. 
Os folhetos do mesoderma 
extraembrionário estão em continuação 
com o mesoderma intraembrionário. O 
folheto somático do mesoderma extra e 
intraembrionário em contato com o 
ectoderma dão origem a somatopleura, 
 
177 
Elany Portela 
que reveste dorsalmente o corpo do 
embrião. O folheto esplâncnico do 
mesoderma extra e intraembrionário mais 
o endoderma dão origem a 
esplancnopleura, que reveste 
ventralmente o corpo do embrião. 
Os espaços entre o folheto esplâncnico e 
somático do mesoderma correspondem 
ao celoma extraembrionária coriônica. 
Células mesenquimais que migram da 
parte cefálica do nó primitivo crescem em 
direção a placa pré-cordal e formam o 
processo notocordal, A fosseta do nó 
primitivo se alonga no processo notocordal 
e forma o canal notocordal. A parte ventral 
do processo notocordal funde-se ao 
endoderma do saco vitelino secundário, 
em seguida começam a sofrer apoptose, 
formando inicialmente vários poros que 
conflui um com o outro e eliminam a 
região ventral do processo notocordal e 
do endoderma neste local, deixando a 
cavidade do saco vitelino em contato com 
a luz do canal notocordal. 
Temporariamente forma-se uma 
comunicação entre o saco vitelino 
secundário e a cavidade do âmnio, o canal 
neuro entérico. Na parte dorsal do 
processo notocordal, as células proliferam 
formando inicialmente a placa notocordal, 
que se dobra, originando a notocorda. Com 
o crescimento da notocorda fecha-se o 
canal neuro entérico. A notocorda induz o 
ectoderma a diferenciar em placa neural. 
No adulto o derivado da notocorda é o 
núcleo pulposo dos discos intervertebrais. 
 
Processo Notocordal: Grupo de células 
migram pela região cranial do nó primitivo 
para a região pré-cordal. Formando um 
cordão maciço de células. A fosseta 
primitiva invagina no cordão, abrindo um 
canal que separa o processo notocordal em 
região dorsal e ventral .Cresce para a região 
da membrana buco faríngea.(cresce para o 
lado contrário da linha primitiva) 
Ectoderma se diferencia para originar a 
placa neural. 
Saco vitelino secundário na região ventral. 
A parte ventral do canal notocordal e o 
endoderma sofrem apoptose. A parte 
ventral desaparece. 
A fosseta primitiva agora é um canal que 
liga o âmnio ao saco vitelino secundário. – 
CANAL NEUROENTÉRICO – 
A parte dorsal do processo notocordal 
cresce e fecha esse canal e começa a dobrar-
se sobre si mesmo. Iniciando a placa 
notocordal. Forma-se um cordão 
longitudinal – a NOTOCORDA - que serve 
como eixo de sustentação do embrião e é 
composta de tecido conjuntivo 
fribroelástico. 
A notocorda vai desaparecer, mas deixa 
uma estrutura no corpo (núcleo puposo dos 
discos intervertebrais) 
Uma parte da coluna vertebral vem do 
mesoderma para axial 
 
 
178 
Elany Portela 
A notocorda é um cordão de tecido 
conjuntivo fibroelástico que serve como 
eixo de sustentação do embrião e induz 
as células do ectoderma a se espessarem 
formando assim a. placa neural. 
Por indução da notocorda, o ectoderma 
suprajacente espessa-se e forma a placa 
no ectoderma, que é chamada de placa 
neural. As células desta placa são colunares. 
Esta placa se alarga enquanto a notocorda 
se alonga. No 18º dia a placa neural se 
invagina longitudinalmente e forma o sulco 
neural, as extremidades dorsais do sulco 
neural são proeminentes e formam as 
pregas neurais. 
No final da 3º semana as pregas neurais 
começam a se fusionar a partir da região 
central e começam a formar o tubo neural. 
A partir da quarte semana a extremidade 
cefálica e caudal as pregas neurais não 
fusionadas deixam duas aberturas o 
neuróporo rostral na região cefálica e o 
neuróporo caudal, na região caudal 
A borda externa das pregas neural direita 
e esquerda acima do tubo neural separa-
se do tubo neural e do ectoderma 
formando as cristas neurais, à medida que 
as pregas neurais se fusionam. O tubo 
neural em desenvolvimento forma na 
região cefálica, as vesículas encefálicas 
denominadas de pros encéfalos 
mesencéfalo e rombencéfalo. Do 4º 
somito para região caudal desenvolve-se a 
medula espinhal. As cristas neurais dão 
origem a diversas estruturas do embrião. 
Durante a migração de células do epiblasto 
pela linha primitiva ocorre uma segregação 
para a formação do mesoderma 
intraembrionário de acordo com a região 
de migração das células do epiblasto pela 
região da linha primitiva 
Células que migraram pela região mediana 
da linha primitiva formam o mesoderma 
intraembrionário lateral, e células do 
epiblasto que migraram pela região cefálica 
da linha primitiva formam o mesoderma 
para-axial. Uma vez formado o mesoderma 
intraembrionário, aparecem espaços que 
coalescem e formam o celoma 
intraembrionário. 
O celoma intraembrionário folheto divide o 
mesoderma lateral em dois folhetos: o 
esplâncnico do mesoderma 
intraembrionário em contato com o com 
o endoderma; e o folheto somático do 
mesoderma em contato com o 
ectoderma. 
No final da 3ª semana o mesoderma para-
axial começa a proliferar e formar pares 
FORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
Substâncias produzidas pela notocorda 
induzem o ectoderma da superfície a 
espessarem suas células, dando origem a 
placa neural. À medida que a notocorda 
cresce a placa neural cresce e a região central 
da placa invagina-se dando origem ao sulco 
neural. 
Tem-se também as pregas neurais.Fusão das pregas neurais (4 semana) 
Fechamento no tubo neural (neuroporo 
anterior e posterior – não ocorre ao mesmo 
tempo - 25 a 27 dias) 
Mesoderma para axial entumece e crescem 
da região cranial para a caudal – forma os 
SOMITOS (42 A 44 PARES) 
Se não fechar o neuróporo anterior tem-
se a anencefalia ou meroencefalia 
Se não fechar o neuroporo posterior 
tem-se a espinha bífida} 
 
 
179 
Elany Portela 
de intumescência lateralmente ao tubo 
neural na região cefálica para a região 
caudal, os somitos. 
No final da 5º semana existem por volta de 
42 a 44 somitos. A parede externa do 
corpo do embrião é formada pela 
somatopleura., que se constitui de folheto 
somático e ectoderma. 
A parede interna do corpo do embrião é 
proveniente da esplancnopleura, 
constituída do folheto esplâncnico mais 
endoderma. 
O mesoderma intermediário formará o 
sistema urogenital. O celoma 
intraembrionário à medida que ocorre a 
diferenciação se subdivide na cavidade 
pericárdica, cavidades pleurais e cavidade 
peritoneal. 
 
 
Na terceira semana ocorre o 
desenvolvimento do coração primitivo na 
área cardiogênica. Vasos sanguíneos que 
se formam nesta região por 
vasculogênese e angiogênese formarão 
no final dois tubos endocárdicos. Em um 
corte transversal esses tubos são 
constituídos de íntima, túnica muscular, 
geleia cardíaca e adventícia. 
Ocorre fusão dos tubos endocárdicos na 
terceira semana formam formando o 
coração primitivo tubular. 
A íntima da origem ao endocárdio, a túnica 
muscular forma o miocárdio e a adventícia 
formam o epicárdio. A geleia cardíaca 
participa do processo de septação do 
coração. Neste período os vasos 
sanguíneos formados ligam-se uns aos 
outros e ao coração formando o sistema 
circulatório primitivo que tem comunicação 
Destino do mesoderma lateral: 
Esplancnopleura: folheto esplâncnico + 
endoderma 
Somatopleura: folheto somático + 
ectoderma 
Destino do mesoderma intermediário: 
formação do sistema urogenital 
Destino dos somitos: (os pares são divididos 
em 3 subregiões- dermatomo, miotomo e 
esclerotomo) o esclerótomo formas as 
vértebras (metade de um lado e metade do 
outro somito) 
Um grupo de células de cima formam a derme 
(dermatomo) o outro grupo forma a 
musculatura estriada do corpo (miótomo) 
DERMOMIÓTOMO – enquanto o somito se 
diferencia o tubo neural em formação está 
lançando e recebendo inervação. 
 
180 
Elany Portela 
com o cordão umbilical e as vilosidades 
coriônicas da placenta. 
Não se distingue nesse período o tipo de 
vaso sanguíneo, mas sua circulação 
permite identificar a drenagem e irrigação 
sanguínea. As veias do sistema cardinal 
drenam o a corpo do embrião, as veias 
vitelinas drenam o saco vitelino e as veias 
umbilicais drenam o cordão umbilical. 
As aortas dorsais irrigam o embrião, a 
artéria vitelina irriga o saco vitelino e a 
artéria umbilical irriga as vilosidades 
coriônicas da placenta. 
As vilosidades coriônicas começaram a se 
formar no final da segunda semana. As 
vilosidades coriônicas primárias 
correspondem a aglomerados de células 
do citotrofoblasto e do sinciciotrofoblasto. 
Na terceira sema estas vilosidades são 
invadidas por mesênquima e formam as 
vilosidades coriônicas secundárias. Em 
seguida desenvolvem-se vasos sanguíneos 
nas vilosidades coriônicas secundárias 
dando origem as vilosidades coriônicas 
terciárias. 
 
 
 
 
À região do pedículo embrionário nesta 
semana é formada pelas veias umbilicais. 
Formação do Sistema Circulatório 
Primitivo 
Células do saco vitelino secundário migram 
para o próprio saco vitelino secundário 
(pedículo do embrião, córion, vilosidades 
coriônicas e diferentes partes do embrião) 
Esses células migram e param nesses lugares, 
se multiplicam e dão origem as ilhotas 
sanguíneas. 
Angioblastos (periferia) vão se diferenciar na 
parede de um tubo sanguíneo – células 
endoteliais. 
Emangioblastos (internamente) vão dar 
origem a hemácias nucleadas 
VASCULOGÊNESE = formação de vasos 
sanguíneos e sangue (vaso sanguíneo no 
alantoide, saco vitelino, córion, pedículo do 
embrião, vilosidade coriônica e na área 
cardiogênica) 
ANGIOGÊNESE = um vaso sanguíneo pré-
existente forma outro vaso que vão crescendo, 
se ramificando e ligando uns aos outros. 
Hemangioma: excesso de vasos sanguíneos, 
coleção anormalmente densas de vasos 
sanguíneos capilares 
Área cardiogênica: formação de 2 vasos 
sanguíneos (tubos endocárdicos) que se 
fusionam e formam um vaso de parede mais 
grossa, que é revestida internamente de 
células endoteliais (ENDOCÁRDIO) e 
externamente tem-se o músculo cardíaco 
(MIOCÁRDIO) por fora desse musculo tem-
se uma capa gelatinosa (GELEIA 
CARDÍACA) 
Tudo isso corresponde ao coração tubular 
primitivo, que já tem musculatura estriada 
cardíaca. O mesoderma cardiogênico está na 
frente da placa pré-cordal. Esse tubo tem 
movimento peristáltico que movimenta o 
sangue = circulação. 
 
181 
Elany Portela 
 
 
À medida que as células diferenciam eles 
formam os tecidos conjuntivos do 
embrião, entre eles O conjuntivo ósseo, 
cartilaginoso, adiposo, frouxo, mucoso, 
reticular, denso modelado e não modelado, 
exceto os conjuntivos da região da cabeça 
e do pescoço. Forma também as células 
musculares lisas, as células endoteliais e 
células mesoteliais. Outra estrutura que 
começa a ser diferenciada nessa semana 
e continua a sua diferenciação nas outras 
semanas são as cristas neurais. Elas 
migram para região da cabeça e pescoço 
em formação e originam o tecido 
conjuntivo desta região. 
Formam as leptomeninges que 
diferenciam em aracnoide e pia-máter. 
Originam os neurônios pseudounipolares 
da região dorsal da medula espinhal. 
Migram e formam a medular das 
suprarrenais, os melanócitos na pele e as 
células parafoliculares da tireoide. 
No início da terceira semana à medida que 
ocorre a diferenciação do epiblasto para 
formação dos 3 folhetos embrionários e 
do mesênquima, ocorre também à 
formação da área cardiogênica. Células do 
mesênquima migram à frente da área pré-
cordal e proliferam formando o 
mesoderma cardiogênico. Células 
provenientes do saco vitelino e da 
alantoide migram para diversas partes do 
corpo do embrião e formam por 
vasculogênese, vasos sanguíneos, e estes 
por angiogênese, originam novos vasos 
sanguíneos que conectam uns aos outros. 
Na parte visceral do mesoderma 
cardiogênico formam-se 2 tubos 
denominados de tubos endocárdicos, a 
eles se ligam a rede de vasos formados no 
corpo do embrião. 
Abrem - se pequenas lacunas no 
mesoderma que confluem dando origem 
ao celoma cardiogênico. 
Á medida que avança o desenvolvimento 
da terceira semana os tubos endocárdicos 
tendem a se encontrar na região central 
do mesoderma cardiogênico. Cada tubo 
Veia umbilical – traz sangue da placenta 
– rico em O2. 
Veias cardinais – do corpo do embrião – 
sangue venoso. 
Circulação incompleta = mistura sangue 
venoso e arterial no coração. 
Aorta dorsal direita e esquerda : distribui 
o sangue para o embrião. 
Artéria umbilical: tira o sangue venoso 
Vilosidade coriônica – surgiu no 14 dia da 
2 semana, na 3 semana as células da 
vilosidade coriônica primária são 
invadidas por mesênquima e se tornam a 
vilosidade coriônica secundária que 
realizam a vasculogênese (desenvolve 
vasos sanguíneos), tornam-se a vilosidade 
coriônica terciária. 
Na 2 semana formaram-se lacunas no 
sinciciotrofoblasto que foram preenchidas 
pelo sangue materno. O que era espaço 
aumentou de tamanho e está entre as 
vilosidades sendo chamado de espaço 
interviloso. Há uma circulação aberta, 
pois essa estrutura é aberta. 
O sangue materno tem que sair desses 
espaços e chegar aos vasos (atravessar 
sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto e 
parede arterial – BARREIRA 
HEMATOPLACENTÁRIA) 
 
182 
Elany Portela 
endocárdico é constituído externamente 
pelo epicárdio, uma camada muscular o 
miocárdio primitivo, uma massa gelatinosa 
de tecido conjuntivo, a geleia cardíaca, e 
um revestimento endotelial,o endocárdio. 
O epicárdio é derivado de células 
mesoteliais do seio venoso. O miocárdio é 
formado pelo mesoderma esplâncnico que 
está em volta do celoma pericárdico. Os 
tubos endocárdicos ligam-se pela região 
anterior com as artérias arcos faríngeos, 
derivados do saco aórtico em 
desenvolvimento, e do lado venoso ligam-
se ao seio venoso que recebe as veias 
vitelínicas, veias umbilicais e veias cardinais. 
O coração primitivo está no espaço da 
cavidade pericárdica. 
Assim que ocorre a fusão dos tubos 
endocárdicos, forma-se um coração que 
começa a se contorcer pela proliferação 
desigual de suas células. Desta forma, 
começa o desenvolvimento das cavidades 
do coração primitivo. O sangue chega 
pelos seios venosos provenientes das 
veias vitelínicas, umbilicais e cardinais. Em 
seguida desemboca nos átrios primitivos, 
que contraem impulsionando o sangue 
para o ventrículo primitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
183 
Elany Portela 
Quarta a Oitava Semana 
 
O eixo longitudinal do embrião cresce mais 
que suas laterais. O rápido crescimento do 
embrião resulta em dobramentos caudais, 
cefálicos e das laterais simultaneamente. 
Parte do saco vitelino secundário é 
incorporado ao embrião formando o 
intestino médio. 
O âmnio acompanha o crescimento e 
envolve todo o corpo do embrião, e 
externamente ao âmnio está o córion. 
Ocorre o fechamento do sulco neural na 
região mediana para formar o tubo neural, 
deixando o neuróporo rostral e caudal. 
As pregas neurais na região anterior 
tornam-se mais espessas, fundem-se e 
formam o encéfalo, que apresenta 
dilatações que são as vesículas encefálicas 
(prosencefalo, mesencéfalo e 
rombencéfalo). 
O prosencefalo diferencia em telencéfalo 
e diencéfalo e o rombencéfalo subdivide-
se em mielencéfalo (forma o bulbo) e 
metencéfalo (forma ponte e cerebelo) 
O crescimento longitudinal do embrião 
promove o dobramento cefálico dessa 
área enviando o septo transverso e a área 
cardiogênica par a parte ventral do 
embrião. 
Parte do saco vitelino secundário é 
incorporado na região anterior formando o 
intestino anterior. No lado oposto ocorre a 
dobra caudal, parte do saco vitelino 
secundário é incorporado ao embrião e 
forma o intestino posterior, junto a esta 
região forma-se o alantoide. 
A região final do intestino posterior dilata 
formando a cloaca 
O intestino primitivo corresponde ao 
conjunto do intestino anterior, médio e 
posterior. 
O intestino primitivo é revestido pelo 
endoderma 
Tubo neural na região anterior está 
desenvolvendo as vesículas encefálicas e 
na região posterior a medula espinhal. 
Córion em contato com o endométrio 
forma as vilosidades coriônicas. E passa a 
ser chamado de córion frondoso na região 
do pedículo do embrião. Em outras áreas 
do córion as vilosidades involuem e torna-
se liso, passando a ser o córion liso. 
A placenta é o córion na região do 
pedículo do embrião que desenvolveu as 
vilosidades coriônicas e o endométrio nesta 
área. 
 
184 
Elany Portela 
Na futura região do pescoço desenvolve-
se arcos faríngeos que formará o aparelho 
faríngeo, que é formado na região da 
faringe primitiva, proveniente do intestino 
anterior, que se formou a partir da dobra 
encefálica que incorporou parte do saco 
vitelino secundário. 
O aparelho faríngeo desenvolve bolsas, 
arcos sulcos e membrana faríngeas e se 
diferenciam e formam o pescoço e 
regiões da cabeça. 
Desenvolvimento do placoide do cristalino 
que formará a lente do olho. 
Inicia o desenvolvimento das estruturas 
que formam as fossas nasais, o placoide 
nasal, que é um espessamento do 
ectoderma. 
Intumescimento do mesoderma para-axial 
resulta em somitos ao longo da região 
dorsal do embrião. Os somitos possuem 
proliferações celulares que formam o 
esclerótomo (origina a cartilagem e 
vértebras) , o demátomo (origina a derme) 
e miótomos (origina a musculatura estriada 
do corpo). 
Da 4º a 8º semana ocorre o crescimento 
do coração e do fígado. 
Mesoderma desenvolve os brotos dos 
membros superiores e inferiores (final da 
4ª semana e início da 5ª) 
Rins pronefros são substituídos pelos rins 
mesonefros, que fazem saliência externa 
do embrião. 
6ª semana – intestinos em formação 
invadem o celoma extraembrionário 
formando uma herniação na parte 
proximal do cordão umbilical. 
7ª semana – forma-se a gônada 
indiferenciada que recebe células do saco 
vitelino secundário e irão diferenciar em 
ovôgonias ou espermatogônias. 
A gônada indiferenciada está na região do 
rim metanefro em formação formando a 
crista urogenital. 
Prosencefalo cresce e aumenta o volume 
da região encefálica 
Placóide nasal afunda o mesênquima e 
forma a fosseta nasal que formará o saco 
nasal e depois as fossas nasais. 
Desenvolvimento do meato acústico 
externo pelo sulco do primeiro arco 
faríngeo 
Região do cristalino se desenvolveu e 
começou a invaginar formando a fosseta 
do cristalino. No fim da 8ª semana as 
pálpebras já estão formadas. 
Membros inferiores e superiores estão 
alongados, ocorre a formação dos raios 
digitais e desenvolvimento do punho, 
cotovelo e joelho. Há a separação dos 
dedos no final da 8ª semana 
Septação das cavidades do coração na 
região da proeminência cardíaca. 
Os defeitos mais comuns das falhas da parede 
anterior do corpo incluem onfalocele e 
gastrosquise, que juntos ocorrem em 1 de cada 
2.500 nascidos vivos. Em ambos os defeitos, 
uma porção do sistema gastrointestinal forma 
uma hérnia para fora da parede anterior do 
corpo, na região abdominal. No entanto, a 
onfalocele é coberta por uma membrana, em 
contraste com a gastrosquise, e o intestino 
projeta‑se através da parede do corpo. 
 
185 
Elany Portela 
Na 7ª semana o embrião já não tem mais 
cauda. Parte dos intestinos médio e 
posterior encontram-se no cordão 
umbilical formando a hérnia umbilical 
fisiológica. 
Fases do desenvolvimento embrionário: 
crescimento, morfogênese e 
diferenciação. 
Cordão umbilical com desenvolvimento da 
artéria e veia umbilical, que se continuam 
transversais a placenta formando a placa 
coriônica. Esta permite o contato com 
vasos cada vez menores nas vilosidades 
coriônicas. 
O espaço nas vilosidades coriônicas são 
chamados de espaços intervilosos e são 
drenados e irrigados pelas veias e artérias 
endometriais (que são espiraladas) 
A vilosidade coriônica possui uma vilosidade 
tronco da qual partem ramificações e 
formam vilosidades secundárias e terciarias. 
Estas podem estar encostadas na decídua 
basal formando as vilosidades de 
ancoragem. As vilosidades são constituídas 
pelo citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto 
que envolvem os capilares da vilosidade 
constituindo a barreira hematoplacentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elany Portela

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