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TOXICOLOGIA DOS PARACETAMOL

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1 
 
 
RESUMOS – YURI ALMEIDA 
 
Logotype 
 
 
 
 
1. Introdução e definição 
- O paracetamol é um dos principais 
medicamentos responsáveis por intoxicação 
e por falência hepática (39% no EUA e 73% 
no UK) / Também é chamado autominofeno. 
É analgésico, antipirético e um fraco anti-
inflamatório (bloqueia COX3 e tem fraco 
efeito em COX1). 
- Dose Recomendada: Adultos → 325-
650mg, sendo a dose limite diária de 4g / 
Crianças → 10=15mg/kg/dose, sendo a dose 
limite de 75mg/kg. / Esses valores podem ser 
alterados caso o paciente tenha fatores pré-
dispostos, como etilismo, problemas 
hepáticos, entre outros, além de fazer uso de 
medicamentos que sejam indutores 
enzimáticos, como o Fenobarbital e a 
Fenitoína. 
 
2. Toxicodinâmica 
- Ainda não se conhece bem a 
Toxicodinâmica do paracetamol, mas sabe-
se que age inibindo COX3 (ação no SNC – 
febre e dor), sendo daí o seu efeito 
analgésico e antitérmico, devido a inibição da 
conversão de ácido araquidônico em 
prostaglandina / É um fármaco que não altera 
a agregação plaquetária (assim como a 
dipirona também não), podendo ser usado 
em casos de dengue e COVID. 
3. Toxicocinética 
- Via oral e inalatória (acontece em 
trabalhadores de fábricas, apesar de raro) / 
Tempo de absorção entre 1-4h / Alimentos 
retardam sua absorção / Meia vida de 2-4h / 
Metabolização hepática (via dos sulfatos e 
glicuronídeos – por conjugação) / Mais do 
que 90% é eliminado pela urina, enquanto os 
outros 5-10% é metabolizado por uma 
enzima chamada CYP450 2EI ou 1ª2, 
formando um metabólito tóxico (n-
acetilparabenzioquinona-imina) que é 
conjugado com a glutationa e eliminado sob 
forma de ácido mercatúrico na urina. 
 ↳ Paracetamol em excesso faz com 
que aquela via dos 90% seja desviada para a 
via do CYP 2E1, elevando a quantidade do 
metabólito tóxico formado, fazendo com que 
haja uma falta de glutationa para conjugá-lo 
e formar ácido mercatúrico. Esse metabólito 
se acumula e pode causar necrose hepática 
/ Álcool e isoniazida são indutores dessa 
enzima. 
↳ Jejum piora a intoxicação, já que há uma 
redução de glutationa, consequentemente 
uma menor eliminação do metabólito em 
forma de ácido úrico / Quanto menor os 
metabólitos sulfatados e glicuronizados, 
menor a utilização dessa via, que representa 
mais de 90% do processo. 
TOXICOLOGIA DO PARACETAMOL 
 2 
 
 
RESUMOS – YURI ALMEIDA 
 
Logotype 
2.Fases da intoxicação 
- Fase I) (2-24h) Mal-estar, náuseas, vômitos, 
anorexia, presença de nenhuma alteração 
laboratorial (não há ainda liberação de ALT e 
AST, que são marcadores de lesão hepática) 
- Fase II) (24-72h) Dor cólica em hipocôndrio 
direito / Alterações laboratoriais: aumento 
das aminotransferases (ALT e AST), 
alteração da bilirrubina, redução dos fatores 
de coagulação (protrombina) e redução da 
função renal. 
- Fase III) (3-4 dias) Sintomas gastrintestinais, 
necrose hepática, alterações laboratoriais 
mais intensas, podendo haver insuficiência 
hepática fulminante e óbito. 
- Fase IV) (4-10 dias) Se o paciente 
sobreviver a fase III, há recuperação da 
função hepática e renal e melhora clínica e 
laboratorial – se o dano hepático não tiver 
sido muito intenso / Regeneração hepática 
total acontece de 3-6 meses. 
 
5. Tratamento 
- Carvão ativado + lavagem gástrica até 24h 
após a ingestão / Se o paciente apresentar 
vômitos, usar um antiemético 
(metoclopramida) + reposição 
hidroeletrolítica / Usar o antídoto n-
acetilsisteína, já que este fornece grupos 
sulfídricos que ajudam a produzir glutationa 
→ dose de ataque (140mg/kg) + Dose de 
manutenção (70mg/kg ) a cada 4h, snedo 
permitido até 17 doses. 
- Pode-se utilizar o nomograma de Rumack-
Matthew para detectar se o paciente vai ter 
ou não hepatotoxicidade. 
 
 
Nomograma de Rumack-Matthew para 
ingestões únicas de paracetamol 
Representação gráfica semilogarítmica dos 
níveis de paracetamol versus 
tempo. Cuidados no uso deste gráfico: 
 As coordenadas do tempo 
referem-se ao tempo de 
ingestão. 
 Níveis séricos dosados antes 
de 4 h não podem representar 
níveis máximos. 
 O gráfico deve ser usado 
somente em relação a uma 
única ingestão aguda 
 3 
 
 
RESUMOS – YURI ALMEIDA 
 
Logotype 
 Inclui-se uma linha sólida 
inferior a 25% abaixo do 
nomograma padrão para 
permitir possíveis erros nos 
ensaios plasmáticos 
de acetaminofeno e tempo 
estimado a partir da ingestão 
de uma overdose. 
Adaptado de Rumack BH, Matthew H: 
Acetaminophen poisoning and toxicity. Pediatrics 55 
(6): 871–876, 1975; reproduzido com permissão 
de Pediatrics.

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