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Intoxicação medicamentosa

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1. Conceituar intoxicação e interação medicamentosa.
Intoxicação medicamentosa: 
· É um efeito medicamentoso dose-dependente, com apresentação de efeito adversos que varia com a predisposição individual do usuário e com as várias interações enzimáticas de indução ou inibição do metabolismo da droga. A intoxicação pode ser local (por exemplo, em pele e mucosas) ou pode ser sistêmica, dependendo das propriedades físico-químicas do tóxico, do seu mecanismo de ação e da via de exposição.
· Quanto menor o índice terapêutico, maior a chance de um paciente se intoxicar com o medicamento.
Interação medicamentosa quando os efeitos de uma droga são alterados pela presença de outra droga, de alimento, de bebida ou de alguns agentes químicos ambientais.
· O resultado pode ser prejudicial se a interação provoca aumento na toxicidade da droga afetada. Os pacientes, por exemplo, que estão usando varfarina podem começar a sangrar se usarem concomitante- mente azapropazona ou fenilbutazona{ Os AINEs possuem uma ação que promove inibição, central e/ou periférica, de uma enzima chamada ciclooxigenase, comumente conhecida como COX} sem redução da dose da varfarina.
· A redução da eficácia devido a uma interação pode também ser, às vezes, tão prejudicial quanto o aumento da eficácia.
· 
· Os pacientes, por exemplo, que usam varfarina, se tomarem rifampicina{A rifampicina é um antibiótico bactericida que age ligando-se e inibindo a RNA polimerase dependente de DNA nas células procarióticas, porém não nas eucarióticas.}, precisam de mais varfarina para manter anticoagulação adequada.
· 
· Os pacientes que usam tetraciclinas ou quinolônicos devem evitar antiácidos e laticínios porque os efeitos desses antibacterianos podem ser anulados.
· Algumas interações em que uma droga não afeta realmente outra podem representar simples efeitos aditivos das duas drogas com efeitos similares. Como exemplo temos o uso combinado de dois ou mais depressores de SNC ou de duas drogas que aumentam o intervalo QT.
2. Conceituar farmacocinética e farmacodinâmica.
O conceito de farmacocinética 
· É o percurso que a medicação realiza no corpo humano, ou no organismo que está sendo medicado, e também toda a ação que a droga administrada sofre ao ser absorvida, transformada ou biotransformada até o seu processo de eliminação corpórea.
O conceito de farmacodinâmica
· Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que estuda e analisa os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, bem como os mecanismos de ação e a relação entre a concentração do fármaco, os efeitos desejáveis ou colaterais.
3. Descreva o mecanismo do citocromo P450:
· O citocromo P450 é um grupo de enzimas que atua no metabolismo da maioria dos medicamentos. As interações medicamentosas envolvendo os P450 podem ser de dois tipos: indução ou inibição enzimática. Inibição é a redução da atividade enzimática devido a interação direta com o medicamento podendo ser competitiva, não competitiva e imcompetitiva.
· A primeira é a competição entre o inibidor e o substrato pelo mesmo sítio ativo enzimático. O não competitivo o inibidor se fixa a um sítio enzimático distinto do substrato. Alguns alimentos também podem afetar inibindo a família P450, como aqueles ricos em flavonóides (cítricos, frutas vermelhas, chá verde, grapefruit, cacau, entre outros) provavelmente via intestinal.
4. Qual a ação farmacológica do Paracetamol.
5. Descreva o mecanismo tóxico desta substância
· A intoxicação por paracetamol está entre as principais causas de falência hepática no mundo, sendo importante o diagnóstico precoce para o estabelecimento do tratamento adequado e consequente diminuição da mortalidade.
FISIOPATOLOGIA:
· O principal metabólito tóxico do paracetamol, imina de N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI), é produzido no sistema enzimático do citocromo hepático P450; a glutationa depositada no fígado desintoxica este metabólito. Uma superdosagem esgota o depósito hepático de glutationa. Como resultado, NAPQI se acumula, causando necrose hepatocelular e, possivelmente, dano a outros órgãos (p. ex., rins e pâncreas). 
· Teoricamente, doenças hepáticas decorrentes de álcool ou desnutrição aumentam o risco de toxicidade, pois as enzimas hepáticas pré requisitadas aumentam a formação de NAPQI e a desnutrição (também comum em alcoólatras) reduz o depósito de glutationa hepática. No entanto, as doses terapêuticas de paracetamol para os pacientes alcoólatras não estão associadas a lesões hepáticas.
DOSE:
· Para causar toxicidade, a superdosagem oral aguda precisa ser em um total de ≥ 150 mg/kg (cerca de 7,5 g em adultos) em 24 h.
DEFINICÃO:
· Não é um AINES (anti-inflamatório, antipirético, analgésico)
· Analgésico de ação central
· Propriedade anti-inflamatória mínima
FATORES DE RISCO: 
(Para intoxicação com paracetamol)
· Idade > 40 anos
· ↓ da glutationa (jejum, doença hepática crônica, má nutrição)
· Upregulation do citocromo P450 (álcool)
· Não pode tomar paracetamol depois de beber.
· Diagnóstico:
- Níveis de paracetamol no soro
- Nomograma de Rumack-Matthew
SINAIS E SINTOMAS:
· Intoxicação leve pode não causar sintomas e, quando presente, os sintomas da intoxicação por paracetamol grave são geralmente discretos até ≥ 48 h após a ingestão. Os sintomas que ocorrem em 4 estágios ( Estágios da intoxicação aguda por paracetamol) compreendem anorexia, náuseas, vômitos e dor abdominal no quadrante superior. Pode ocorrer insuficiência renal e pancreatite, ocasionalmente sem insuficiência hepática. Após > 5 dias, a hepatotoxicidade melhora ou progride para insuficiência de múltiplos órgãos, a qual pode ser fatal.
DIAGNÓSTICO:
- Níveis de paracetamol no soro
- Nomograma de Rumack-Matthew
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1334795987Protocolos%20DF_Intox.pdf
TRATAMENTO:
· N-acetilcisteína oral ou IV
· Possível carvão ativado
· Carvão ativado é administrado se o paracetamol provavelmente ainda permanecer no trato gastrintestinal.
· N-acetilcisteína é um antídoto para intoxicação por acetaminofen. Este fármaco é precursor da glutationa, diminuindo a toxicidade do paracetamol por elevar o depósito de glutationa hepática e também, possivelmente, por outros mecanismos. Ela ajuda a prevenir a hepatoxicidade desativando o metabólito tóxico NAPQI do paracetamol antes que cause dano às células hepáticas. No entanto, ela não reverte o dano já causado às células hepáticas.
· Na intoxicação aguda, N-acetilcisteína é recomendada se a hepatotoxicidade for provavelmente baseada na dose do paracetamol ou em seu nível sérico. O fármaco é mais eficaz se introduzida em 8 h após a ingestão do paracetamol. Após 24 h, o benefício do antídoto é questionável, mas deve ser administrado. Se o grau de toxicidade for incerto, a N-acetilcisteína deve ser administrada até a toxicidade ser descartada.
· A n-acetilcisteína é igualmente eficaz se for dada por via oral ou IV. A terapia IV é feita por infusão contínua. Uma dose de impacto de 150 mg/kg, em 200 mL de 5% D/W, dada por 15 minutos, é seguida por doses de manutenção de 50 mg/kg, em 500 mL de 5% D/W, dados a cada 4 h, depois 100 mg/kg, em 1.000 mL de 5% D/W, dados por 16 h. Em crianças, a dose deve ser ajustada para diminuir o volume total do líquido descartado; a consulta a um centro de controle é recomendada.
· A dose de impacto da n-acetilcisteína por via oral é de 140 mg/kg. Esta dose é seguida por 17 doses adicionais de 70 mg/kg, a cada 4 h. O gosto da n-acetilcisteína não é agradável; ela é administrada diluída 1:4 em bebida carbonada ou suco de fruta, podendo ainda causar vômitos. Se estes ocorrerem, pode-se utilizar antiemético; se os vômitos ocorrerem após 1 h da ingestão do fármaco, é necessário repetir a dose. No entanto, o vômito pode ser prolongado e pode limitar o uso oral. Reações alérgicas não são comuns, mas ocorreram com uso oral e IV.
6. Cite as interações medicamentosa mais comuns com:
a. Metronidazol
· O metronidazol é um bactericida potente, com excelente atividade contra bactérias anaeróbicas estritas (cocosgram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos) e certos protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase.
· O metronidazol age interrompendo a produção de material genético pelas bactérias. Consequentemente, as bactérias morrem. O metronidazol é geralmente tomado por via oral, mas pode ser administrado por via intravenosa.
· Metronidazol é indicado em:
· Vaginites por Gardnerella vaginalis; Giardíase; Amebíase e. 
· Tratamento de infecções causadas por bactérias anaeróbias como Bacteroides fragilis e outros bacteróides, Fusobacterium sp, Clostridium sp, Eubacterium sp e cocos anaeróbios.
a. Aminofilina 
· Seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido, mas envolve a inibição da fosfodiasterase e o consequente aumento das concentrações de AMP cíclico no músculo liso, bloqueio dos receptores da adenosina, alteração da concentração dos íons cálcio e inibição dos efeitos das prostaglandinas bem como da liberação de histamina e leucotrienos. Estimula o centro respiratório medular, talvez por aumentar a sensibilidade do mesmo às ações estimulantes do dióxido de carbono e aumentar a ventilação alveolar.
a. Varfarina
· Mecanismo de Ação: O efeito anticoagulante da varfarina é mediado através da inibição dos fatores de coagulação vitamina K-dependentes (II, VII, IX e X). Este efeito da varfarina resulta na síntese de formas imunologicamente detectáveis porém biologicamente inativas destas proteínas de coagulação
7. Caracterizar a atuação da vigilância sanitária no controle de medicamentos
Os medicamentos seguem a normas rígidas para poderem ser utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e comercialização.  A Anvisa é responsável pelo registro de medicamentos, pela autorização de funcionamento dos laboratórios farmacêuticos e demais empresas da cadeia farmacêutica, e pela regulação de ensaios clínicos e de preços. Divide com os estados e municípios a responsabilidade pela inspeção de fabricantes e pelo controle de qualidade dos medicamentos, realizando a vigilância pós-comercialização, as ações de farmacovigilância e a regulação da promoção de medicamentos. 
Medicamentos/substâncias sujeitos a controle especial, também chamados medicamentos/substâncias controlados, são aqueles que têm ação no sistema nervoso central podendo causar dependência física ou química.
A inclusão/exclusão de tais substâncias nas Listas da Portaria SVS/MS 344/98 e suas atualizações, é definida pela Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária - ANVISA/MS.

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