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AULA 7: Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT) e perícia trabalhista

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Saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho
Aula 7: Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho
(PLANSAT) e perícia trabalhista
Apresentação
Nesta aula, vamos aprender sobre o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
Além disto, vamos estudar os objetivos e princípios da Política Nacional de Segurança e Saúde aplicada ao trabalho e, para
completar, �caremos sabendo como funciona o processo de uma perícia trabalhista.
Objetivos
De�nir o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho;
Discutir o processo de uma perícia trabalhista e sua importância na segurança e na saúde.
A importância de uma política e de um plano nacional de
segurança e saúde
Na primeira aula, vimos que as de�nições dos padrões estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)
deverão ser cumpridas por todos os países que as rati�cam.
Entre as principais normas
internacionais, estão as
recomendações e as convenções
coletivas, que produzem efeitos
diferentes no ordenamento jurídico
brasileiro. Assim, o Plano Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho
(PLANSAT) foi instituído pelo Decreto
nº 7.602, de 7 de novembro de 2011,
como aplicação prática da Política
Esta convenção, justamente, dispõe
sobre segurança e saúde dos
trabalhadores e o meio ambiente de
trabalho, e estabelece o dever do
Estado-Membro de elaborar uma
política nacional sobre o tema. Além
disto, o PLANSAT também atende ao
que está de�nido como o plano de
ação mundial sobre a saúde dos
trabalhadores, determinado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho– PNSST, para atendimento
da Convenção Coletiva nº 155.
Os objetivos do PNSST estão determinados, segundo o
próprio PNSST (2012), como sendo:
O de promoção da saúde;
Melhoria da qualidade de vida do trabalhador;
Prevenção de acidentes e de danos à saúde
relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele,
por meio da eliminação ou redução dos riscos nos
ambientes de trabalho.
Os princípios do PNSST se baseiam na precedência em ações de
promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e
reparação, ou seja, de prevenção com diálogo social.
No alcance destes objetivos, o governo entendeu, no Decreto nº 7.602, que deverá realizar ações contínuas de articulação,
com representantes de trabalhadores e de empregadores, com diretrizes claras de promoção de saúde e segurança nos
ambientes de trabalho, seja no reforço de sistemas de segurança em atividades de alto risco ou na formação de
capacitação e estudos contínuos em segurança e saúde dos trabalhadores, e exigência de gestão na saúde e segurança
aos empregadores.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Neste decreto, também houve a determinação, na data
de sua publicação, da participação obrigatória dos
ministérios existentes na época - Saúde, Previdência
Social e Trabalho e Emprego - que, em conjunto,
participariam da sua implementação e que
�scalizariam e avaliariam as normas e processos
aplicáveis na esfera pública e privada.


Este esforço conjunto representou um avanço na busca
de maiores garantias de um ambiente e relações de
trabalho em melhores condições, o que signi�ca que os
três ministérios irão compartilhar informações para
fomentar as práticas pertinentes à área de segurança e
de saúde.
Este esforço conjunto representou um avanço na busca
de maiores garantias de um ambiente e relações de
trabalho em melhores condições, o que signi�ca que os
três ministérios irão compartilhar informações para
fomentar as práticas pertinentes à área de segurança e
de saúde.
A criação e aprovação do Plano Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho (PLANSAT) foi realizada no ano de
2012, e seu objetivo foi de instituir ações para
diminuição no número de acidentes e mortes de
funcionários no trabalho e prestar assistência aos
acidentados.
De acordo com o PLANSAT (2012), entre tais iniciativas, podemos citar a proposta de estabelecimento de fundo para
reabilitação pro�ssional. A responsabilidade de sua elaboração �cou a cargo de uma Comissão Tripartite com
representantes do governo, trabalhadores e empregadores, e no trabalho, houve uma preocupação de padronização dos
critérios quanto à caracterização de riscos e agravos relacionados aos processos de trabalho e construção de banco de
dados relativo aos indicadores de gestão do plano para uma revisão periódica.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A importância na criação
da Comissão Tripartite está
em assegurar uma atuação
coerente e sistemática do
Estado na promoção do
trabalho seguro e saudável
e na prevenção dos
acidentes e doenças
relacionados ao trabalho.
Sua coordenação é
realizada por
representantes do governo,
em um sistema de rodízio
anual.
Segundo o PLANSAT
(2012), as políticas públicas
podem ser desenvolvidas
somente pelo Estado ou,
em um formato mais
moderno, em parceria com
diferentes entidades
representativas de
segmentos da sociedade
afetados por um problema
a ser enfrentado.
Na perspectiva
democrática, políticas
devem ser desencadeadas
por demandas da
sociedade e apoiadas no
conhecimento técnico, para
determinar as ações que
conduzam de maneira
e�caz ao cenário desejado,
em confronto com a
situação real.


Desta maneira, a PNSST estabelece uma gestão que pode ser considerada técnica, realizada pela Comissão Tripartite, e
uma outra, que seria uma gestão executiva, conduzida por um comitê executivo constituído pelos ministérios da época:
Trabalho e Emprego, Saúde e Previdência Social.
Assim, caberá à Comissão Tripartite acompanhar a implementação, divulgação e propor sua revisão periódica, em
processo de melhoria contínua, tanto da PNSST e do PLANSAT, e ao Comitê Executivo, a coordenação e supervisão da
PNSST e do PLANSAT, atuação para garantia de recursos para aplicação das ações planejadas em saúde e segurança,
consolidação e manutenção das ações de saúde e segurança para um relatório anual das atividades desenvolvidas e
proposição de campanhas sobre saúde e segurança no trabalho.
O PLANSAT contém oito objetivos e a estratégia é dividida em tarefas de curto, médio e longo prazos, além de um
conjunto de regulamentações de caráter permanente.
A estrutura do PLANSAT envolve as seguintes etapas:
Objetivos;
Estratégias;
Ações permanentes de curto, médio e longo prazos.
Leia o documento, a seguir, para ver informações mais detalhadas de cada desdobramento dos objetivos, com seus
respectivos responsáveis e seus prazos de�nidos de cada uma das ações planejadas.
Leitura
Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.
A preocupação da segurança e da saúde em um país como o Brasil se justi�ca na medida em que as estatísticas o�ciais
mostram que, no período entre 2012 e 2018, houve 4,86 milhões de acidentes de trabalho com 17.753 fatalidades.
Um trabalho de planejamento com ações preventivas de segurança e saúde é importante, porque um país com dimensões
continentais e com uma população numerosa deve ter uma preocupação com o crescimento do número de pessoas
empregadas anualmente, processo que deve estar sendo acompanhado com uma redução da quantidade de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais.
Se o maior ativo das empresas são seus colaboradores, também elas deverão participar ativamente das políticas públicas
que considerem ações preventivas de segurança e saúde, algo vital para as organizações socialmente responsáveis em
que os princípios, a ética e a transparência impõem o cuidado com os seus recursos humanos.
A perícia trabalhista como elemento elucidador em
reclamatórias trabalhistas
O reconhecimento constitucional dos direitos fundamentais sociais, como visto em aulas passadas, impõe uma e�cácia
jurídica imediata a esses direitos, que passam a integrar o sistema de proteção do trabalhador e a incidir diretamente nas
relações trabalhistas.
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Um dos problemas relativos aos direitos fundamentais sociais é o aprofundamento daspolíticas especí�cas com tutela do
governo, pois a Constituição prevê uma série de direitos trabalhistas em seu artigo 7º e fora dele, com o problema de que
alguns artigos ainda permanecem pendentes de uma regulamentação complementar.
Muitos casos entre empresas e colaboradores acabam em disputas judiciais, seja por lacunas na regulamentação
complementar, dúvidas ou negligência na aplicação legal objetiva dos direitos trabalhistas.
A perícia, para que seja realizada, é determinada por um juiz responsável por um processo trabalhista, no objetivo de
embasar a justiça com dados sobre a questão, que pode ser sobre divergências entre o pagamento dos honorários,
doenças ocupacionais ou quaisquer outros motivos no período do contrato de trabalho.
Desta maneira, o juiz indica um pro�ssional considerado neutro para avaliar a questão, que não atenderá aos interesses de
nenhuma das partes envolvidas no processo trabalhista, no único objetivo de fornecer as análises técnicas à justiça. A
atuação do perito do juiz deverá ser completamente independente e em favor da justiça.
Nas disputas entre empresas e colaboradores, a perícia trabalhista deve
esclarecer as controvérsias técnicas ocorridas na relação de trabalho que
não puderem ser comprovadas com documentos – ou não tenham sido
comprovadas –, ou ainda, quando houver dúvidas acerca da legitimidade
das informações disponíveis.
De modo geral, a perícia analisa os aspectos ambientais
do trabalho, como o grau de exposição aos agentes
nocivos. Ela analisa, de acordo com as bases das Normas
Regulamentadoras, o grau de insalubridade e/ou
periculosidade das atividades laborais exercidas pelo
colaborador reclamante, entre outros, através de um
laudo técnico a ser apresentado ao juiz.
Para ser considerado válido, esse documento deve ser
objetivo, claro, conciso, exato e com rigor técnico. Além
disso, precisa conter uma descrição, em detalhes, de
todos os fatos observados pelo perito e que o levaram a
determinada conclusão.
Outras evidências deverão ser consideradas no laudo técnico, como a sua metodologia, equipamentos utilizados e
devidamente calibrados, assim como a resposta aos quesitos formulados pelo juiz e partes interessadas. Eventuais
tabelas, exames ou anexos necessários para elucidar o entendimento da questão trabalhista reclamada também poderão
ser elaborados.
Há situações de litigâncias trabalhistas em que pode ser realizada uma perícia médica com a �nalidade de veri�car a
ocorrência de acidente de trabalho ou de doença ocupacional, além de uma perícia contábil no objetivo de elucidar
cálculos do processo mais complexos do que o habitual e que exigem conhecimentos especí�cos.
De modo geral, quando um juiz solicita uma perícia trabalhista, os pro�ssionais mais habilitados a realizarem tal tarefa são
médicos ou engenheiros. No entanto, segundo determinação legal, nada impede que agrônomos e arquitetos com curso
de especialização em Segurança do Trabalho possam desenvolver o trabalho.
O rito de uma perícia trabalhista deve obedecer a
determinadas etapas, que incluem o exame clínico do
trabalhador e a vistoria de seu local de trabalho.
No processo, cada uma das partes envolvidas, empresa e
ex-colaborador reclamante, indica seus assistentes
técnicos para acompanharem a perícia solicitada pelo
juiz.
A data da perícia é marcada pelo pro�ssional perito e
comunicada às partes interessadas nos autos do
processo. Estas recebem uma noti�cação indicando a
data de vistoria, o horário e o local em que ela será
realizada. Além disso, é enviada uma lista de documentos
que deverão ser apresentados, se for o caso.
No dia da vistoria, de modo geral, o reclamado é acompanhado apenas pelos representantes da reclamada (dono ou um
preposto deste, técnico de segurança etc.), não havendo a necessidade de o advogado do reclamante comparecer, apesar
de inexistirem impedimentos ao seu comparecimento, caso exija o reclamante.
Deve ser informado que a empresa não é obrigada a permitir a entrada de advogado (s) da parte reclamante na perícia, a
menos que haja uma autorização determinada no processo. É obrigatório o comparecimento de um reclamante nos casos
de perícia médica, enquanto que em casos de perícia técnica o seu comparecimento ocorrerá mediante uma ata judicial
determinando sua autorização de presença.
Os honorários da perícia trabalhista são pagos pela parte perdedora no �m de todo o processo, exceto se bene�ciária de
justiça gratuita, e têm um valor máximo tabelado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. O prazo de entrega do
laudo técnico varia de acordo com a organização da vara federal e do perito nomeado.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
As empresas que adotam uma postura socialmente
responsável e que têm um objetivo de crescimento
sustentável são menos propícias aos litígios ou
problemas judiciais, porque se envolvem na busca da
qualidade de vida e bem-estar do seu público interno.
 Atividade
1. Analise o texto desta aula e explique por que uma empresa privada deve participar ativamente das políticas públicas que
considerem ações preventivas de segurança e saúde.
2. Analise o texto desta aula e explique se a melhor estratégia de uma empresa está na busca da melhoria contínua da
segurança e saúde dos colaboradores nos seus processos de trabalho ou em reforçar seu quadro de assistentes técnicos
para perícias trabalhistas.
3. Descreva, baseando-se no que você aprendeu nesta aula, o rito de uma perícia trabalhista:
Notas
Título modal 1
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indústria tipográ�ca e de impressos.Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério do Trabalho e Emprego. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. In: ENIT,
Brasília, 2012. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Publicacao_e_Manual/CGNOR---
PLANSAT.pdf. Acesso em: 11 set. 2019.
CARDOSO, Raira. Investigação crucial. Perícias Judiciais em SST. In: Revista Proteção, n. 309. Rio Grande do Sul: Proteção
Publicações, 2017.
CONFEA. Decreto n° 345, de 27 de julho de 1990//normativos.confea.org.br/downloads/0345-90.pdf. Acesso em: 11 set.
2019.
CONFEA. Decreto n° 325, de 27 de novembro de 1990. Dispõe sobre o exercício pro�ssional, o registro e as atividades do
Engenheiro de Segurança do Trabalho, e dá outras providências. Brasília, [1987]. Disponível em:
//normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=373&idTipoEmen. Acesso em: 11 set. 2019.
JULIANO, Rui. Apostila Curso Perícias Judiciais: Manual de perícias. 1. ed. Rio Grande, RJ: 2017.
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MAIA NETO, Francisco. A Prova Pericial no Novo Processo Civil e na Arbitragem. 3. ed. Belo Horizonte: Delrey, 2015.
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Ambientais– NR 9 (PPRA);
Qualidade de vida e princípios de ergonomia no trabalho- NR 17.
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