Buscar

Úlcera Gástrica


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Úlceras 
 
O que é: 
São "feridas" formadas no trato digestivo, 
principalmente pela ação do ácido clorídrico 
sendo chamadas então de Úlceras pépticas. 
Quando estão no estômago chamamos de úlceras 
gástricas e quando no duodeno, úlceras 
duodenais. Como ambas apresentam 
características muito semelhantes, por vezes são 
chamadas de Úlceras gastroduodenais. 
Fatores de risco: 
Podemos citar a infecção por Helicobacter pylori, 
tabagismo, etilismo, uso indiscriminado de AINES, 
entre outros, como idade superior a 50 anos, estase 
gástrica e gastrite crônica. 
Tipos de Úlceras gástricas: 
Tipo l: úlcera não relacionada à secreção excessiva 
de ácido e não tem associação com lesão 
duodenal. Sua localização é na curvatura menor 
do estômago. 
Tipo ll: nesse tipo de úlcera, há relação com 
aumento na secreção de ácido, há associação 
com lesão duodenal e sua localização é no corpo 
do estômago. 
Tipo lll: nessa tbm há associação à hipersecreção 
de ácido, há associação com lesão duodenal, mas 
ocorre em região pré-pilórica. 
Tipo lV: não tem relação com hipersecreção ácida, 
não há associação com lesão duodenal, mas sua 
localização é na parte superior da curvatura menor 
do estômago, próxima a junção gastroesofágica. 
Complicações das Úlceras: 
Três complicações importantes são: hemorragia 
(sangramento), obstrução e perfuração. 
Sintomas: 
Dentre os sintomas podemos destacar 
epigastralgia, sensação de não esvaziamento 
gástrico, náuseas, vômitos, pode haver dor 
abdominal difusa, dor após alimentação e perda 
de peso. 
Como fazer o diagnóstico? 
Como anamnese e exame físico [apesar de sugerir 
a presença de úlceras pépticas (devido fator de 
risco, sintomas, etc)] não são suficientes para 
confirmar diagnóstico, solicita-se alguns exames 
invasivos ou não invasivos. Lembrando que é 
importante a pesquisa de H. pylori. 
O principal exame solicitado é a endoscopia 
digestiva alta (EDA), sendo um exame invasivo que 
permite a visualização do trato digestivo e ao 
mesmo tempo a realização de outros 
procedimentos, como retirada de fragmentos para 
biópsia. Com a coleta de material por meio desse 
exame invasivo, podemos solicitar exame 
histológico, cultura e também ensaio rápido de 
urease que vão indicar a presença da bactéria. 
Obs: a bactéria produz urease :D 
Métodos não invasivos (indicados a pessoas com 
contraindicação à EDA) que podemos realizar são: 
Sorologia IgG para a bactéria e Teste respiratório 
da urease. A sorologia IgG não é utilizada após 
tratamento para ver se funcionou, para isso utiliza-
se o teste respiratório da urease, quatro semanas 
após o tratamento, onde o paciente ingere ureia 
marcada e como a bactéria produz urease, a ureia 
será metabolizada à amônia e bicarbonato. Então 
o CO2 liberado nos pulmões sairá marcado e o 
teste dará positivo para a presença da bactéria, 
indicando que o tratamento precisa continuar ou 
ser alterado. 
 
Tratamento farmacológico com ou sem H. pylori: 
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, 
tentar cicatrizar as úlceras, evitar recidivas e 
diminuir os fatores de risco. Para isso, algumas 
classes de medicamentos podem ser utilizadas, 
como: antiácidos, antagonistas do receptor H2 e 
inibidores da bomba de prótons. 
- Antiácidos: possuem ação sintomática diminuindo 
a acidez estomacal (aumentando o pH). 
Ex: Bicarbonato de sódio, hidróxido de magnésio, 
hidróxido de alumínio. 
- Antagonistas do receptor de h2 (de histamina): 
Atuam reduzindo a acidez estomacal e auxiliando 
no processo de cicatrização de úlceras. 
 
FAMOTIDINA (+ potente): 
Ataque: Famotidina – 40mg – via oral. Tomar 1x/dia 
ao deitar por 4-8 semanas. 
Manutenção: famotidina – 20mg – via oral. Tomar 
1x/dia ao deitar por tempo x. 
CIMETIDINA (- potente): 
Cimetidina – 800mg – via oral. Tomar 1cp/dia ao 
deitar por 4-8 semanas. 
Cimetidina – 400mg – via oral. Tomar 2x/dia 12/12h, 
no café da manhã e ao deitar por 4-8 semanas. 
- Inibidor da Bomba de Prótons: São importantes na 
inibição da secreção gástrica. 
OMEPRAZOL: 
Em úlcera comum: Omeprazol – 20mg – via oral. 
Tomar 1vez/dia no café da manhã por 4-8 
semanas. 
Em úlcera pouco responsiva: Omeprazol – 40mg – 
via oral. Tomar 1vez/dia no café da manhã por 8 
semanas. 
PANTOPRAZOL: 20mg e 40mg 
Para tratamento de úlceras: Pantoprazol – 40mg – 
via oral. Tomar 1x/dia no café da manha por 2-8 
semanas. 
O de 20mg é utilizado em quadros mais leves e não 
em úlceras. 
LANSOPRAZOL: *Deve ser tomado em jejum* 
Em úlceras: Lansoprazol – 30mg – via oral. Tomar 
1x/dia em jejum pela manhã por 4-8 semanas 
ESOMEPRAZOL: 
Em úlceras: Esomeprazol – 20mg – via oral. Tomar 
1x/dia por 4-8 semanas.

Mais conteúdos dessa disciplina