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Estudo Dirigido - Texto: Uma Questão: O que é um Pai?

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Estudo Dirigido
 Texto: Uma Questão: O que é um Pai?
. Discutirmos em sala de aula, três casos em que tinham como finalidade refletimos sobre a questão que sempre se apresenta nos processos litigiosos: O que legitima a paternidade?
↝ O primeiro caso: “Paternidade e Afeto”, traz a história de Virgínia, Antônio, Rafael e Antônia. Antônio foi pai de Antônia até seus 6 anos de idade, quando sua mãe Virginia relatou que Rafael é o pai biológico da menina. Separando-se de Antônio a mãe leva embora Antônia, e o proíbe de ver a menina. Entra com o pedido de DNA, comprova que Rafael é o pai biológico e o juiz sem ao menos ouvir todos os envolvidos dá a Rafael o direito de ser o pai de Antônia. 
↝ O segundo caso: “O Pai e o Capricho Materno”, conta a história de Maria Clara, que com a separação dos pais, Judit e Carlos, foi privada da convivência e até mesmo de saber da existência de seu pai Carlos. Judit, ao se separar, excluiu Carlos de sua vida e da vida de sua filha, e mesmo Carlos recorrendo à justiça viu o novo esposo de sua ex-mulher, assumir o lugar de pai que ele tanto queria. Nesse caso a justiça mostrou-se bastante falha e o dinheiro teve grande influência na sua resolução. 
↝ O terceiro caso: “Paternidade Plural”, tem uma trama bem instigante, pois, é exatamente nele que caiu por terra a opinião de que pai é o biológico ou o que cria. Nesses casos tanto o pai-social, quanto o biológico queriam ter contato com o filho, e mais uma vez mostra-se o quanto o desejo materno pode modificar e terminar as histórias. E ao final desse caso vemos como pode ser dá uma situação quando a justiça realmente se implica. 
 Nos três casos fica explicito como o desejo e a fúria materna, impera sobre as decisões e o destino da criança. Em todos as histórias a mãe manipulou, mentiu, omitiu, e praticamente tirou ao pai-social ou biológico (como no segundo caso), o direito de ser pai. 
A teoria de que pai é aquele que cria ou que é o biológico, é para mim questionável diante da leitura desses casos, pois, vimos pais-sociais que queriam ser pais, e pais biológicos que também queriam, e acabaram sendo privados desse lugar pela postura e atitude das mães, ou pela falta de conhecimento e aprofundamento da justiça, ao lidar com casos tão delicados, quando se trata de relações familiares. 
Refletindo sobre, compreendo que cada caso precisa ser observado a luz de suas variáveis e singularidades, cada caso é único e com sua própria configuração, nesses casos não dá para se basear em outras histórias e desdobramentos esperados, precisa se basear na própria história e relação da família. Diante do exposto, fica explicito que pai é aquele que, quer ser pai.

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