Buscar

As Facções no Sistema Prisional Gaúcho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

25/05/2021
Aluna: Rafaela Maria Boniatti
As Facções no Sistema Prisional Gaúcho - Sonáli da Cruz Zluhan
As facções surgem em decorrência da falência do estado que não sabe atuar com o crime. As pessoas que ditam as leis de segurança pública não têm noção da situação real das facções. As primeiras facções que surgiram foram em São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente já são tão grandes que são chamadas de máfia. Muitas surgem de dentro do presídio. As facções estão em todos os lugares em Porto Alegre, inclusive no interior. As facções surgiram para exigir, reivindicar seus direitos dentro da prisão, que muitas vezes não eram dados a eles. Isso veio a crescer e se expandiu por todo o estado.
A guerra entre as facções que ocorrem na rua, tem uma repercussão muito grande também dentro do presídio. A primeira que se formou no RS, foram “Os Manos”, que contratavam os “Bala na Cara” para matar pessoas, até que na metade da década passada os Bala na Cara perceberam que não precisavam mais trabalhar para os Manos, porque já haviam crescido tanto, que podiam ter a própria facção, que é extremamente violenta, ganhando território nas ruas. Quando surgiu os “Anti Balas”, que eram contra os Bala na Cara, desencadeou um estouro de violência. 
Os presos vão e voltam da prisão, e dependendo do poder deles, eles não são desarticulados, continuam com poder dentro da facção. Atualmente, o RS conta com a presença do PCC e Comando Vermelho no estado. Não há mais nenhum local no Rio Grande do Sul que não tenha uma facção. O grande perigo nas comunidades não são as facções, e sim a milícia. As pessoas das comunidades de sentem seguras quando tem alguém que deixa tudo em ordem, como as facções. 
No presídio central não há celas, e sim galerias, que comportam até 350 presos. Não há como controlar todos esses presos sem a própria organização deles. Lá dentro eles portam armas e drogas. As facções tem normas e as seguem, porque sabem o que pode acontecer se não seguirem. As facções usam os pontos fracos dos presos para corrompê-los e fazê-los entrar para a facção, e assim elas vão crescendo. Quando o preso entra na cadeia, ele precisa escolher uma facção, se não entrar em nenhuma, ele ou sua família podem correr perigo. O Estado não sabe como combater isso. 
Nas cantinas das prisões, há um comércio ilegal às custas do estado. O cantineiro de cada facção desce para a cantina com uma lista de compras e leva as compras para a facção, vendendo nas galerias por um preço absurdo. Quem comanda esse comércio é a facção. Desse modo, o preso se endivida muito, enquanto os líderes lucram.

Outros materiais