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Minerva Foods - Geral Aberta Discorra sobre: a) os desafios da cadeia produtiva do agronegócio para a sua sustentabilidade social, ambiental e econômica (aborde os três pilares do Fundo pela Amazônia). O agronegócio trata-se de um setor econômico bastante importante para a sociedade mundial, pois envolve uma cadeia de produção alimentar que interliga vários setores, como a agricultura, a pecuária e a indústria, além do comércio que consome seus produtos. Nesse setor, o emprego de tecnologia é intenso, não sendo restrito ao campo rural, estando também presente no campo industrial, com indústrias de sementes, adubos, agrotóxicos e outros insumos agrícolas. Além desses segmentos, podemos citar como integrante no agronegócio o comércio, seja varejista, seja atacadista, que lida com os produtos voltados para o meio rural. Armazenamento, logística, distribuição e até o marketing dessas atividades comerciais também estão agrupados no agronegócio. Com isso, podemos perceber que vários setores da economia estão relacionados ao agronegócio, o que mostra sua força e importância socioeconômica. Pois bem, devido a sua complexidade e diversas cadeias produtivas envolvidas, podemos dizer que o agronegócio abrange os três setores da economia: primário, secundário e terciário. O primário está relacionado à produção rural, tanto agrícola quanto na pecuária. O segundo setor está ligado às agroindústrias, grandes fazendas que plantam e processam a matéria-prima em escala industrial, como as grandes fazendas produtoras de laranja que já produzem o suco engarrafado, pronto para ser vendido/consumido. Daí chegamos ao terceiro setor, o de comércio. A distribuição e venda dos produtos rurais movimentam bilhões pelo mundo, tornando a atividade altamente lucrativa e sofisticada devido ao grau de complexidade dos três setores. Logo, o ciclo do agronegócio pode ser divido em três etapas: Produção rural Agroindústria Envolvimento do setor de comércio e logística Assim, a complexidade do agronegócio faz com que seja uma atividade econômica que envolve, praticamente, todas as etapas da economia. Primeiro temos os médios e grandes proprietários rurais com suas variadas atividades: criação de gado, plantação de lavouras, frutos, extração vegetal, entre outros. Na economia brasileira, o agronegócio possui papel fundamental, pois gera renda e emprego, e permite ao Brasil grande destaque no comércio internacional. O país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas e o primeiro em algumas commodities como: café, açúcar, suco de laranja, tabaco, álcool, carne de frango e bovina, por exemplo. Pois, o agronegócio apresenta historicamente saldos comerciais positivos, e desde a década passada é o único responsável por manter a balança comercial brasileira positiva. Ou seja, as importações do Brasil são possíveis apenas devido à sustentabilidade do agronegócio nacional. Uma vez que, apesar da importante representatividade do agronegócio para o país, devem-se destacar as crescentes preocupações com os impactos ambientais provocadas pela agricultura e pecuária. Principalmente quando relacionado ao consumo de água, aplicação de agrotóxicos e fertilizantes, emissão de gás metano, desmatamento de áreas para expansão do agronegócio. https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-primario.htm https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-secundario.htm https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-terciario.htm O conceito de desenvolvimento sustentável é entendido como um conjunto das variáveis: economia, sociedade e meio ambiente integradas. Ou seja, parte-se da ideia de que o crescimento econômico deve considerar também a importância da proteção ambiental e inclusão social (Comitê Nacional de Organização Rio+20, 2011). O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 apresenta os objetivos do desenvolvimento sustentável a partir da realização de ações focadas e coerentes. Foram definidos 17 objetivos e 169 metas, com foco no fim da pobreza e fome, no acesso universal à educação e à recursos fundamentais como a água e a energia, por exemplo. O desenvolvimento sustentável agrega o conceito antigo de desenvolvimento contínuo no aspecto econômico com o entendimento atual do compromisso com a preservação do meio ambiente. Ou seja, o processo econômico é muito importante, mas deve ocorrer respeitando as limitações ambientais e os aspectos sociais. E este é o grande desafio contemporâneo. Deste modo, o Brasil possui umas das legislações ambientais mais severas do mundo. É um dos raros países que exigem a manutenção de áreas de preservação permanente à custa do proprietário rural e impõem cotas de preservação de vegetação nativa. O agronegócio, portanto responde a questões legais sobre os aspectos ambientais, embora se entenda ainda existir a necessidade de aprimorar o desenvolvimento de práticas sustentáveis nos diversos setores econômicos do país. É possível, portanto, verificar a crescente demanda mundial por produtos com impacto ambiental reduzido. O selo da sustentabilidade tem constituído exigência cada vez mais frequente no mercado exterior, principalmente por países desenvolvidos. São identificadas diversas oportunidades como o cultivo de produtos orgânicos, extração de materiais de forma sustentável, bem como geração de energia elétrica a partir dos resíduos produzidos na agricultura e pecuária. Portanto, também temos que falar do Fundo JBS pela Amazônia que é uma associação civil brasileira sem fins lucrativos dedicados a fomentar e financiar iniciativas e projetos que visam o desenvolvimento sustentável do Bioma Amazônico, promovendo a conservação e uso sustentável da floresta, a melhoria da qualidade de vida da população que nela reside e o desenvolvimento com uso de tecnologia e ciência aplicada. São apoiadas ações em três frentes: Conservação e restauração da floresta Com iniciativas focadas em: 1. Trabalhar na restauração, remediação e conservação da floresta no Bioma Amazônico; 2. Aumentar a produtividade das áreas já exploradas; 3. Promover a implantação de sistemas agroecológicos (foco no manejo da produção com conservação ambiental, biodiversidade, ciclos biológicos e qualidade de vida). Desenvolvimento socioeconômico das comunidades 1. Com iniciativas focadas em: 2. Incentivar e impulsionar programas de bioeconomia para o desenvolvimento das comunidades; 3. Fomentar ações que gerem inclusão social e aumento de renda às comunidades locais; 4. Desenvolver a educação e a saúde local. Desenvolvimento científico e tecnológico Com iniciativas focadas em: 1. Investir em ciência aplicada para apoiar o desenvolvimento sustentável e engajar os setores produtivos (com foco na geração de negócios); 2. Fomentar e acelerar o uso de tecnologias inovadoras combinando geração de riqueza com respeito ao meio ambiente. Entretanto, O desafio de preservar a Amazônia não envolve apenas o poder público. Criar uma rede de proteção no ―pulmão do mundo‖ também é a missão de grandes empresas. Como parte do ambicioso programa Juntos pela Amazônia, a JBS anunciou a constituição de um Fundo com o objetivo de financiar iniciativas e projetos para ampliar a conservação e restauração da floresta, bem como promover o desenvolvimento sustentável das comunidades que nela vivem. O Fundo está estruturado sobre três pilares: conservação e restauração da floresta, desenvolvimento socioeconômico das comunidades e desenvolvimento científico e tecnológico. ―Definimos os três pilares separados, mas quando a gente olha eles estão totalmente conectados‖, afirma Joanita. ―Não dá para fazer bioeconomia sem ciência e tecnologia e sem pensar que tem de fazer preservação.‖ A estratégia da empresa começa com a conservação e restauração, mostrando que a floresta de pé é um ativo valioso, num movimento que envolve as pessoas que moram no bioma. ―Sem geraruma qualidade de vida melhor para quem vive na região, é difícil educar de forma a sustentar o meio ambiente, a se desafiar para fazer uma bioeconomia‖, diz Joanita. O desafio será grande: são mais de 20 milhões de pessoas morando na região. E é aí que o desenvolvimento científico e tecnológico vai ajudar a derrubar barreiras que impedem o desenvolvimento de uma produção mais moderna e sustentável. b) relacionando às oportunidades de equacionar tais riscos atuando pelo terceiro setor. Segundo Oliveira e Haddad (2001), o termo Terceiro Setor, conhecido como ―Sociedade Civil‖, tem uma particularidade na América Latina. Resumidamente, é composta por uma iniciativa privada, criada formal ou informalmente a partir de um grupo de atores sociais cujo objetivo será sempre de interesse público. Neste caso, as causas abrangem assuntos nos quais o mercado não atende e o setor público não supre as necessidades de forma democrática. Fernandes (1997) contribui com outra definição: o Terceiro Setor é destinado às Organizações Não Governamentais (ONG’s), que se diferencia na essência das atividades desenvolvidas tanto pelo Estado quanto pelas entidades privadas. Segundo o autor, este fenômeno diferenciador deve-se aos objetivos referentes às causas coletivas, no que diz a respeito ao exercício da cidadania. https://www.girodoboi.com.br/wp-content/uploads/2020/09/plataforma-verde-pilar-programa-juntos-pela-amazonia.jpg A Organização da Sociedade Civil (OSC), segundo o Observatório do Terceiro Setor, ganhou força após a ONU ter utilizado a nomenclatura. Porém, em termos jurídicos na legislação brasileira, uma OSC não possui reconhecimento. É considerada como ONG, pois desenvolve projetos sociais sem finalidade lucrativa. Após um breve relato sobre a regulamentação e as naturezas do Terceiro Setor, é preciso entender a dimensão de atuação destas organizações em território brasileiro. Segundo a Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong), lançada em dezembro de 2012, no Brasil existiam, naquele ano, 290.7 mil organizações, dentre as quais Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL), com pelo menos 28% provenientes de instituições religiosas e, em seguida, com 15,5%, de associações patronais. Embora os dados possam ter sofrido alterações, esta pesquisa é a mais recente dos últimos levantamentos realizados. Um dos maiores objetivos de uma Organização do Terceiro Setor (OTS) é promover a integração social e, para a sua permanência, depende de apoios e parcerias de organizações públicas e privadas. As Organizações do Terceiro Setor englobam associações, fundações, instituições religiosas e Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e as Organizações Não Governamentais (ONG’s), sendo o último conceituado anteriormente. É dever das OTS cumprirem os cinco critérios de serem: ―privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas, auto-administradas e voluntária7, ou seja, ter iniciativa privada com seus lucros voltados para as atividades tendo como base o trabalho voluntário. No Brasil, as OTS podem ser divididas em: Igrejas e instituições Religiosas: Foram as precursoras, segundo registros históricos, das atividades voluntárias e possuem reconhecimento juridicamente de suas práticas; Organizações não governamentais e movimentos sociais: ―Direitos do cidadão‖ é a base da causa para o bem coletivo destas instituições. Empreendimentos sem fins lucrativos: As atividades praticadas por estas instituições requerem doações para a prática de um projeto. Fundações Empresariais: Ocorre quando as instituições privadas provenientes do Segundo Setor adotam uma política de responsabilidade social. Um ponto em comum entre estas Organizações que integram o Terceiro Setor é que uma agenda neoliberal fez com que as organizações fossem pressionadas a adotar posturas de transparência em relação às atividades. Isso ocorreu graças à facilidade do acesso à informação e à globalização que facilitou o processo de participação popular, ou seja, dando voz e espaço para a comunidade pudesse ser ouvidas e, sobretudo, agora são capazes de interferir na decisão de uma organização. O impacto do projeto social seja de ordens religiosas, sociais, ambientalistas, dentre outros, varia de acordo com o projeto social que as ONG’s estejam voltadas. Este fenômeno deve-se aos movimentos sociais abrangerem uma diversidade de assuntos voltados para a cidadania. Sendo assim, cabe à organização determinar o segmento de atuação de acordo com um foco de uma necessidade social e que esteja enquadrada dentro dos parâmetros exigidos em lei. Pois bem, o contraponto entre o Estado Liberal e o Estado Social por meio da análise do direito da propriedade. Ele afirma que ―a propriedade sempre foi justificada como modo de proteger o indivíduo e sua família contra as necessidades materiais, ou seja, como forma de prover à sua subsistência‖ (Estado Liberal). Todavia, na civilização contemporânea, a propriedade privada deixou de ser o único, senão o melhor meio de garantia da subsistência individual ou familiar para em seu lugar aparecerem outros direitos (Estado Social) tais como ―a garantia de emprego e salário justo e as prestações sociais devidas ou garantidas pelo Estado, como a previdência https://monografias.brasilescola.uol.com.br/comunicacao-marketing/o-terceiro-setor-sua-contribuicao-social-estudo-caso-coletivo.htm#sdfootnote7sym contra os riscos sociais, a educação e a formação profissional, a habitação, o transporte e o lazer. Sendo assim, o terceiro setor necessita em grande parte da ajuda da sociedade e do governo para sobreviver. Sendo a arrecadação de recursos relevante para o alcance de seus objetivos, as entidades precisam demonstrar transparência e comprovar sua capacidade de gerir eficientemente os recursos a elas confiados. Neste sentido as ESFL podem minimizar os riscos aos quais estão expostas: dependência de recursos de terceiros, escassez de recursos para o excesso de demanda social, excesso de normativos a serem observados para estar em conformidade com a lei, entre outros, com a implementação ou manutenção de controles internos. Assim, um sistema de controle interno adequado à realidade destas entidades, onde as pessoas estejam comprometidas, principalmente os dirigentes, proporcionará maior segurança aos doadores, ao governo e os beneficiários, aumentando o interesse em aplicar recursos em entidades eficazes sem desperdiçá-los em outras entidades que não possuem essa preocupação. Conquistar e perpetuar a confiança do doador por meio de melhores práticas administrativas e profissionalização é algumas das transformações recentes em que o terceiro setor está passando, buscando formas de melhor aplicar seus recursos. Além de fazer bem feito, é preciso saber divulgar o que foi realizado. A transparência das informações e o fato da instituição ser bem e profissionalmente administrada darão maior segurança e possibilitarão um fluxo maior de doações‖. É importante notar que a administração deve se preocupar com os excessos, não permitindo a implementação de um sistema de controle interno demasiadamente burocrático e inflexível. Ele deve dar liberdade adequada para seus funcionários e prestadores de serviços, evitando oportunidades de erro e fraude, e permitindo o acompanhamento, a análise do desempenho, a adequação as normas internas e externas, bem como a exatidão dos dados financeiros e contábeis. Portanto, o sistema de controle interno beneficia as entidades do terceiro setor na medida em que as mantém no caminho da sua missão e dos seus objetivos, provendo benefícios para a comunidade, e reduzindo a possibilidade de ocorrência de perdas, desmoralização pública, aplicação de penalidades legais, por meio de desqualificação e perda de incentivos fiscais e títulos, necessários e essenciais à manutenção da entidade e continuidadeda prestação de seus serviços. Nas seções seguintes é analisada a aplicação prática desses aspectos conceituais por meio de uma pesquisa empírica realizada junto aos gestores de diversas entidades sem fins lucrativos. c) desfrutando da distribuição de responsabilidades com a sociedade e os incentivos fiscais possíveis para as empresas. Saber como funcionam as Leis de Incentivo Fiscal é uma das maiores dificuldades encontradas pelas organizações do terceiro setor. Assim como conseguir obter os fundos necessários para realizar o pagamento de despesas, cumprir com as devidas obrigações e executar projetos. Dessa forma vale lembrar que o terceiro setor é composto por organizações sem fins lucrativos. Ou seja, são organizações da sociedade civil (OSC), instituições religiosas, entidades beneficentes, clubes de serviço de trabalho voluntário, entre outros. Porém, como alternativa para a fala de recursos, temos a captação de recursos através das Leis de Incentivo Fiscal. As Leis de Incentivo são uma espécie de renúncia fiscal criada pelo poder público. Isto é, tem o objetivo de estimular o investimento, crescimento ou geração de empregos de um determinado setor, promovendo seu desenvolvimento social e econômico. Em resumo, o governo abre mão de recursos que receberia por meio https://www.bhbit.com.br/terceiro-setor/o-que-e-terceiro-setor-significado/ de impostos. Dessa forma gera incentivos para a cultura, o esporte, a saúde e o desenvolvimento social. Com isso, pessoas e empresas têm a opção de destinar uma parte do imposto para projetos culturais, esportivos e sociais de acordo com sua preferência. Tais incentivos abrangem o âmbito federal, estadual e municipal. Por lei, algumas empresas são obrigadas a realizar a tributação do Lucro dessa forma com base no critério de faturamento, como exemplo: Bancos comerciais, bancos de investimentos ou de desenvolvimento Sociedades de crédito, financiamento e investimento Crédito imobiliário Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio Distribuidora de títulos e valores mobiliários Cooperativas de crédito Empresas de seguro privado e capitalização Entidades de previdência privada aberta Empresas com lucros, rendimentos ou ganhos oriundos do exterior (multinacionais) Em resumo, como dito anteriormente, as leis de incentivo tem caráter cultural, esportivo e social. Portanto para atender aos requisitos as doações devem ser feitas diretamente a: Fundos do Idoso Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente Projetos de caráter cultural e artístico, autorizados pelo Ministério da Cultura Projetos desportivos e paradesportivos, autorizados pelo Ministério do Esporte Projetos executados por entidades que implementam o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, ou o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – PRONAS/PCD A carga tributária do Brasil é um peso para muitas empresas e os incentivos fiscais são maneiras de pagar menos impostos porque contribuem na redução de vários tipos de cargas tributárias no nosso país. Oferecido no âmbito municipal, estadual e federal como previsto em lei, os incentivos fiscais são uma medida legal para que as empresas possam economizar dinheiro para futuros investimentos. Além disso, eles, economicamente falando, auxiliam na geração de empregos e de maiores investimentos para determinados setores da economia. É muito mais simples do que você imagina. Uma empresa tem a opção de destinar parte dos seus impostos (que já paga ao governo) para projetos de bem-estar social ou qualquer outro que escolha colaborar. Como falamos, os benefícios fiscais são oferecidos pelo governo , seja federal, seja estadual, seja municipal. Eles são concedidos por meio da dedução, da eliminação (direta ou indireta), da isenção e da compensação, entre outros modelos de redução da carga tributária. Quando uma empresa é contemplada por algum desses formatos, ela precisa destinar uma parte dos impostos que seriam pagos ao governo concedente do auxílio a algum projeto de cunho social. Para os abatimentos oferecidos na esfera federal, por exemplo, é obrigatório que a companhia seja optante pelo Lucro Real, devendo, então, ser tributada com base nesse valor. Já aquelas que optam pelo Lucro Resumido ou Arbitrado não podem usufruir dos incentivos federais. Entre os impostos federais que têm um maior índice de alíquota reduzida, é possível dar maior destaque para: IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica; CSLL - Contribuição Social pelo Lucro Líquido; IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; PIS - Programa de Integração Social; COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. No caso daqueles de âmbitos estadual e municipal, o tipo de tributação é indiferente, uma vez que eles não impactam a apuração de impostos, tais como: ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (esfera estadual); ISS - Imposto sobre Serviços (esfera municipal); IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano (esfera municipal). Aqui no Brasil, há mais de 20 anos, o país desenvolve projetos ligados às leis de incentivos fiscais. Como já mencionamos, aqui temos diferentes modalidades, sendo elas emitidas pelos governos federal, estadual e municipal. Conforme a empresa opta e se enquadra nas determinações para investir em um formato de incentivo fiscal, o próximo passo é escolher qual área será contemplada — saúde, cultura, tecnologia, educação ou esporte. Dependendo da instituição, mais de uma área poderá ser beneficiada. A seguir, confira uma lista dos principais modelos em cada esfera governamental e saiba um pouco mais sobre eles. Âmbito federal Lei do Audiovisual: foi elaborada para incentivar a produção e a distribuição de todo e qualquer material de produção audiovisual, como filmes e documentários. Dessa forma, a Lei n. 8.685 de 1.993 é exclusivamente voltada a filmes brasileiros independentes e as empresas privadas podem auxiliar na produção dessas obras, comprando ou não partes dos direitos de comercialização; Fundo Nacional do Idoso: foi criado com o intuito de promover iniciativas e projetos que possam garantir os direitos dos idosos e a sua integração efetiva na sociedade. A Lei n. 12.213 de 2010 reduziu determinado valor do Imposto de Renda, mediante a doação de pessoa física ou jurídica para os fundos nacionais, estaduais ou municipais; Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet): já citada neste texto, ela é voltada para a cultura; Lei Federal de Incentivo ao Esporte: a verba destinada por esse incentivo permite a compra de materiais e de uniformes, a alimentação em eventos esportivos, a construção e a reforma de locais destinados a essas práticas, a participação em campeonatos e a organização de eventos. Além disso, pessoas físicas e jurídicas também podem financiar diretamente os atletas das mais diversas modalidades esportivas, como deixa bem claro o texto na íntegra da Lei n. 11.438 de 2006; PRONON — Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica: visa a aplicar recursos de iniciativa privada a pesquisas e a tratamentos de pacientes com câncer. A Lei n. 12.715 de 2012 já aplicou cerca de 800 mil reais de doações de empresas privadas no Centro de Pesquisas Oncológicas de Florianópolis, cujas quantias auxiliaram na melhoria da estrutura do local, no tratamento dos pacientes e nas ampliações das pesquisas; PRONAS/PCD — Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência: foi criado para captar recursos voltados à pesquisa. Assim como o PRONON, permite que pessoas físicas e jurídicas colaborem com doações. Além disso, parte desse dinheiro é voltada para a formação e para o treinamento de novos colaboradores; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8685.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11438.htmhttps://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12715-17-setembro-2012-774180-norma-pl.html Incentivo ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital: o PATVD estabelece, entre outras coisas, como devem ser montados os equipamentos de TV Digital de acordo com as normas de segurança e como aprovar ou não os projetos apresentados. Além disso, prevê a necessidade de conferir os investimentos das pessoas jurídicas em atividades de pesquisas e de desenvolvimento; incentivos para a Lei da Informática: criada em 1991, a Lei n. 8.248 estimula a instalação de plantas fabris, a contratação de recursos humanos e o aumento da produção de bens de informática para a população em geral. Ela também busca aumentar a competitividade entre as empresas brasileiras; incentivos ligados à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo: como um meio de estabelecer medidas de incentivo à capacitação tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional de nosso país, foi criada a Lei n. 10.973 de 2004. Ela também serve de apoio e estímulo aos inventores independentes para que eles também tenham acesso ao sistema produtivo; benefícios fiscais para as empresas de Tecnologia da Informação: são concedidos desde que seja feito o investimento em atividades de pesquisa, de desenvolvimento e de inovação desse setor, de acordo com a Lei n. 13.674 de 2018. Os benefícios somente incidirão em bens e serviços de tecnologias da informação e comunicação e que são apresentados como projeto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTIC). Âmbito estadual PIE — Lei de Incentivo ao Esporte: é uma lei paulista com o objetivo de incentivar projetos desportivos e paradesportivos voltados a pessoas jurídicas; ProAC — Programa de Ação Cultural: já mencionado neste artigo; redução da alíquota do ICMS de 18% para 12%: nesse caso, são contempladas empresas dos segmentos de couro e de calçados, de produtos alimentícios, de cosméticos, de brinquedos e outros; SPTec — Sistema Paulista de Parques Tecnológicos: projeto gerenciado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) e que aproxima centros de conhecimento do setor produtivo, além de oferecer oportunidades para as organizações transformarem pesquisas em produtos; Pró-Informática: Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Produtos da Indústria de Processamento Eletrônico de Dados; Pró-Trens: Programa de Incentivo ao Setor Ferroviário. Âmbito municipal Lei Mendonça: criada em 1990, a Lei n. 10.923 dispõe sobre incentivos a projetos culturais do município de São Paulo. Para isso, a pessoa jurídica pode fornecer recursos humanos ou financeiros; FUMCAD — Fundo Municipal da Criança e do Adolescente: objetiva o financiamento de projetos que garantam os direitos das crianças e dos adolescentes de acordo com o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Cada formato de benefício fiscal dispõe de algumas particularidades. Além das áreas de atuação para as quais serão destinados os fundos, existem outros fatores que diferenciam cada um, como o tributo usado para o abatimento, o teto percentual que poderá ser destinado para algum fim e a dedução máxima prevista por lei. Na esfera federal, os abatimentos de tributos são sempre realizados no IRPJ da empresa. Já os limites para a dedução podem ser de 1% (caso do PRONON, do https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/tecnologia/incentivo_desenvolvimento/padis_patvd/Programa-de-Apoio-ao-Desenvolvimento-Tecnologico-da-Industria-de-Equipamentos-para-TV-Digital-PATVD.html http://www.mdic.gov.br/index.php/inovacao/lei-de-informatica http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13674-11-junho-2018-786842-publicacaooriginal-155821-pl.html https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13674-11-junho-2018-786842-publicacaooriginal-155821-pl.html http://www.ipdeletron.org.br/assets/pdf/sptec.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/lei_de_incentivo/index.php?p=6 PRONAS/PCD, do Fundo Nacional do Idoso e da Lei Federal de Incentivo ao Esporte); de 3%, como é aplicado na Lei do Audiovisual; e de 4% na Lei Rouanet. Com exceção da Lei Federal de Incentivo à Cultura, todos os formatos federais usufruem de dedução máxima de 100%. No caso da Lei Rouanet, é possível que a empresa tenha dedução de 100% se enquadrada no artigo 18, ou de 40% do valor da doação e de 30% do montante do patrocínio pelo artigo 26. Os incentivos estaduais (ProAC e PIE) são tributados pelo ICMS, com limite de destinação de impostos de 3% e dedução máxima de 100%. Já no âmbito municipal, o FUMCAD é tributado no IRPJ das empresas, tendo limite de 1% na destinação de impostos e de 100% de dedução. No caso da Lei Mendonça, o abatimento é feito por meio do ISS ou do IPTU, sendo que o teto para a doação é de 20% e com a dedução máxima de 70%. Como foi visto, o incentivo fiscal ajuda as empresas na hora de tocar ou de expandir as suas operações. Ter conhecimento do tema, então, é fundamental, visto que o negócio pode se tornar mais conhecido pelo público por meio de iniciativas de cunho social, por exemplo. Ou seja, além de pagar menos impostos, esse montante pode se transformar em um investimento, que pode ser aportado nas diversas necessidades da companhia. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11501710/artigo-18-da-lei-n-8313-de-23-de-dezembro-de-1991 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11499482/artigo-26-da-lei-n-8313-de-23-de-dezembro-de-1991 https://www.linkedin.com/cws/share?url=https%3A%2F%2Fblog.upbrasil.com%2Fempreendedorismo%2Fentenda-o-que-sao-incentivos-fiscais-para-empresas%2F https://www.linkedin.com/cws/share?url=https%3A%2F%2Fblog.upbrasil.com%2Fempreendedorismo%2Fentenda-o-que-sao-incentivos-fiscais-para-empresas%2F
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