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Teste Multidisciplinar - Minerva Foods

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Minerva Foods - Geral Aberta 
Discorra sobre: 
a) os desafios da cadeia produtiva do agronegócio para a sua sustentabilidade 
social, ambiental e econômica (aborde os três pilares do Fundo pela Amazônia). 
O agronegócio trata-se de um setor econômico bastante importante para a 
sociedade mundial, pois envolve uma cadeia de produção alimentar que interliga 
vários setores, como a agricultura, a pecuária e a indústria, além do comércio que 
consome seus produtos. Nesse setor, o emprego de tecnologia é intenso, não sendo 
restrito ao campo rural, estando também presente no campo industrial, com indústrias 
de sementes, adubos, agrotóxicos e outros insumos agrícolas. 
Além desses segmentos, podemos citar como integrante no agronegócio 
o comércio, seja varejista, seja atacadista, que lida com os produtos voltados para o 
meio rural. Armazenamento, logística, distribuição e até o marketing dessas atividades 
comerciais também estão agrupados no agronegócio. Com isso, podemos perceber 
que vários setores da economia estão relacionados ao agronegócio, o que mostra sua 
força e importância socioeconômica. 
Pois bem, devido a sua complexidade e diversas cadeias produtivas 
envolvidas, podemos dizer que o agronegócio abrange os três setores da economia: 
primário, secundário e terciário. O primário está relacionado à produção rural, tanto 
agrícola quanto na pecuária. O segundo setor está ligado às agroindústrias, grandes 
fazendas que plantam e processam a matéria-prima em escala industrial, como as 
grandes fazendas produtoras de laranja que já produzem o suco engarrafado, pronto 
para ser vendido/consumido. Daí chegamos ao terceiro setor, o de comércio. 
A distribuição e venda dos produtos rurais movimentam bilhões pelo mundo, tornando 
a atividade altamente lucrativa e sofisticada devido ao grau de complexidade dos três 
setores. 
Logo, o ciclo do agronegócio pode ser divido em três etapas: 
 
 Produção rural 
 Agroindústria 
 Envolvimento do setor de comércio e logística 
 
Assim, a complexidade do agronegócio faz com que seja uma atividade 
econômica que envolve, praticamente, todas as etapas da economia. Primeiro temos 
os médios e grandes proprietários rurais com suas variadas atividades: criação de 
gado, plantação de lavouras, frutos, extração vegetal, entre outros. 
Na economia brasileira, o agronegócio possui papel fundamental, pois gera 
renda e emprego, e permite ao Brasil grande destaque no comércio internacional. O 
país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas e o primeiro em 
algumas commodities como: café, açúcar, suco de laranja, tabaco, álcool, carne de 
frango e bovina, por exemplo. 
Pois, o agronegócio apresenta historicamente saldos comerciais positivos, e 
desde a década passada é o único responsável por manter a balança comercial 
brasileira positiva. Ou seja, as importações do Brasil são possíveis apenas devido à 
sustentabilidade do agronegócio nacional. 
Uma vez que, apesar da importante representatividade do agronegócio para o 
país, devem-se destacar as crescentes preocupações com os impactos ambientais 
provocadas pela agricultura e pecuária. Principalmente quando relacionado ao 
consumo de água, aplicação de agrotóxicos e fertilizantes, emissão de gás metano, 
desmatamento de áreas para expansão do agronegócio. 
https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-primario.htm
https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-secundario.htm
https://brasilescola.uol.com.br/economia/setor-terciario.htm
O conceito de desenvolvimento sustentável é entendido como um conjunto das 
variáveis: economia, sociedade e meio ambiente integradas. Ou seja, parte-se da ideia 
de que o crescimento econômico deve considerar também a importância da proteção 
ambiental e inclusão social (Comitê Nacional de Organização Rio+20, 2011). 
O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento 
Sustentável - Rio+20 apresenta os objetivos do desenvolvimento sustentável a partir 
da realização de ações focadas e coerentes. Foram definidos 17 objetivos e 169 
metas, com foco no fim da pobreza e fome, no acesso universal à educação e 
à recursos fundamentais como a água e a energia, por exemplo. 
O desenvolvimento sustentável agrega o conceito antigo de desenvolvimento 
contínuo no aspecto econômico com o entendimento atual do compromisso com a 
preservação do meio ambiente. Ou seja, o processo econômico é muito importante, 
mas deve ocorrer respeitando as limitações ambientais e os aspectos sociais. E este é 
o grande desafio contemporâneo. 
Deste modo, o Brasil possui umas das legislações ambientais mais severas do 
mundo. É um dos raros países que exigem a manutenção de áreas de preservação 
permanente à custa do proprietário rural e impõem cotas de preservação de vegetação 
nativa. 
O agronegócio, portanto responde a questões legais sobre os aspectos 
ambientais, embora se entenda ainda existir a necessidade de aprimorar o 
desenvolvimento de práticas sustentáveis nos diversos setores econômicos do país. 
É possível, portanto, verificar a crescente demanda mundial por produtos com 
impacto ambiental reduzido. O selo da sustentabilidade tem constituído exigência cada 
vez mais frequente no mercado exterior, principalmente por países desenvolvidos. São 
identificadas diversas oportunidades como o cultivo de produtos orgânicos, extração 
de materiais de forma sustentável, bem como geração de energia elétrica a partir dos 
resíduos produzidos na agricultura e pecuária. 
Portanto, também temos que falar do Fundo JBS pela Amazônia que é uma 
associação civil brasileira sem fins lucrativos dedicados a fomentar e financiar 
iniciativas e projetos que visam o desenvolvimento sustentável do Bioma 
Amazônico, promovendo a conservação e uso sustentável da floresta, a melhoria da 
qualidade de vida da população que nela reside e o desenvolvimento com uso 
de tecnologia e ciência aplicada. 
São apoiadas ações em três frentes: 
 
 Conservação e restauração da floresta 
Com iniciativas focadas em: 
1. Trabalhar na restauração, remediação e conservação da 
floresta no Bioma Amazônico; 
2. Aumentar a produtividade das áreas já exploradas; 
3. Promover a implantação de sistemas agroecológicos (foco 
no manejo da produção com conservação ambiental, 
biodiversidade, ciclos biológicos e qualidade de vida). 
 Desenvolvimento socioeconômico das comunidades 
1. Com iniciativas focadas em: 
2. Incentivar e impulsionar programas de bioeconomia para o 
desenvolvimento das comunidades; 
3. Fomentar ações que gerem inclusão social e aumento de 
renda às comunidades locais; 
4. Desenvolver a educação e a saúde local. 
 Desenvolvimento científico e tecnológico 
Com iniciativas focadas em: 
1. Investir em ciência aplicada para apoiar o desenvolvimento 
sustentável e engajar os setores produtivos (com foco na 
geração de negócios); 
2. Fomentar e acelerar o uso de tecnologias inovadoras 
combinando geração de riqueza com respeito ao meio 
ambiente. 
 
Entretanto, O desafio de preservar a Amazônia não envolve apenas o poder 
público. Criar uma rede de proteção no ―pulmão do mundo‖ também é a missão de 
grandes empresas. 
Como parte do ambicioso programa Juntos pela Amazônia, a JBS anunciou a 
constituição de um Fundo com o objetivo de financiar iniciativas e projetos para 
ampliar a conservação e restauração da floresta, bem como promover o 
desenvolvimento sustentável das comunidades que nela vivem. 
O Fundo está estruturado sobre três pilares: conservação e restauração da 
floresta, desenvolvimento socioeconômico das comunidades e desenvolvimento 
científico e tecnológico. ―Definimos os três pilares separados, mas quando a gente 
olha eles estão totalmente conectados‖, afirma Joanita. ―Não dá para fazer 
bioeconomia sem ciência e tecnologia e sem pensar que tem de fazer preservação.‖ 
A estratégia da empresa começa com a conservação e restauração, mostrando 
que a floresta de pé é um ativo valioso, num movimento que envolve as pessoas que 
moram no bioma. ―Sem geraruma qualidade de vida melhor para quem vive na região, 
é difícil educar de forma a sustentar o meio ambiente, a se desafiar para fazer uma 
bioeconomia‖, diz Joanita. 
O desafio será grande: são mais de 20 milhões de pessoas morando na região. 
E é aí que o desenvolvimento científico e tecnológico vai ajudar a derrubar barreiras 
que impedem o desenvolvimento de uma produção mais moderna e sustentável. 
 
 
b) relacionando às oportunidades de equacionar tais riscos atuando pelo 
terceiro setor. 
Segundo Oliveira e Haddad (2001), o termo Terceiro Setor, conhecido como 
―Sociedade Civil‖, tem uma particularidade na América Latina. Resumidamente, é 
composta por uma iniciativa privada, criada formal ou informalmente a partir de um 
grupo de atores sociais cujo objetivo será sempre de interesse público. Neste caso, as 
causas abrangem assuntos nos quais o mercado não atende e o setor público não 
supre as necessidades de forma democrática. 
Fernandes (1997) contribui com outra definição: o Terceiro Setor é destinado 
às Organizações Não Governamentais (ONG’s), que se diferencia na essência das 
atividades desenvolvidas tanto pelo Estado quanto pelas entidades privadas. Segundo 
o autor, este fenômeno diferenciador deve-se aos objetivos referentes às causas 
coletivas, no que diz a respeito ao exercício da cidadania. 
https://www.girodoboi.com.br/wp-content/uploads/2020/09/plataforma-verde-pilar-programa-juntos-pela-amazonia.jpg
A Organização da Sociedade Civil (OSC), segundo o Observatório do Terceiro 
Setor, ganhou força após a ONU ter utilizado a nomenclatura. Porém, em termos 
jurídicos na legislação brasileira, uma OSC não possui reconhecimento. É considerada 
como ONG, pois desenvolve projetos sociais sem finalidade lucrativa. 
Após um breve relato sobre a regulamentação e as naturezas do Terceiro 
Setor, é preciso entender a dimensão de atuação destas organizações em território 
brasileiro. Segundo a Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais 
(Abong), lançada em dezembro de 2012, no Brasil existiam, naquele ano, 290.7 mil 
organizações, dentre as quais Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos 
(FASFIL), com pelo menos 28% provenientes de instituições religiosas e, em seguida, 
com 15,5%, de associações patronais. Embora os dados possam ter sofrido 
alterações, esta pesquisa é a mais recente dos últimos levantamentos realizados. 
Um dos maiores objetivos de uma Organização do Terceiro Setor (OTS) é 
promover a integração social e, para a sua permanência, depende de apoios e 
parcerias de organizações públicas e privadas. As Organizações do Terceiro Setor 
englobam associações, fundações, instituições religiosas e Organizações Sociais 
(OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e as 
Organizações Não Governamentais (ONG’s), sendo o último conceituado 
anteriormente. É dever das OTS cumprirem os cinco critérios de serem: ―privadas, 
sem fins lucrativos, institucionalizadas, auto-administradas e voluntária7, ou seja, ter 
iniciativa privada com seus lucros voltados para as atividades tendo como base o 
trabalho voluntário. 
No Brasil, as OTS podem ser divididas em: 
 
 Igrejas e instituições Religiosas: Foram as precursoras, segundo registros 
históricos, das atividades voluntárias e possuem reconhecimento juridicamente 
de suas práticas; 
 Organizações não governamentais e movimentos sociais: ―Direitos do cidadão‖ 
é a base da causa para o bem coletivo destas instituições. 
 Empreendimentos sem fins lucrativos: As atividades praticadas por estas 
instituições requerem doações para a prática de um projeto. 
 Fundações Empresariais: Ocorre quando as instituições privadas provenientes 
do Segundo Setor adotam uma política de responsabilidade social. 
 
Um ponto em comum entre estas Organizações que integram o Terceiro Setor 
é que uma agenda neoliberal fez com que as organizações fossem pressionadas a 
adotar posturas de transparência em relação às atividades. Isso ocorreu graças à 
facilidade do acesso à informação e à globalização que facilitou o processo de 
participação popular, ou seja, dando voz e espaço para a comunidade pudesse ser 
ouvidas e, sobretudo, agora são capazes de interferir na decisão de uma organização. 
O impacto do projeto social seja de ordens religiosas, sociais, ambientalistas, 
dentre outros, varia de acordo com o projeto social que as ONG’s estejam voltadas. 
Este fenômeno deve-se aos movimentos sociais abrangerem uma diversidade de 
assuntos voltados para a cidadania. Sendo assim, cabe à organização determinar o 
segmento de atuação de acordo com um foco de uma necessidade social e que esteja 
enquadrada dentro dos parâmetros exigidos em lei. 
Pois bem, o contraponto entre o Estado Liberal e o Estado Social por meio da 
análise do direito da propriedade. Ele afirma que ―a propriedade sempre foi justificada 
como modo de proteger o indivíduo e sua família contra as necessidades materiais, ou 
seja, como forma de prover à sua subsistência‖ (Estado Liberal). Todavia, na 
civilização contemporânea, a propriedade privada deixou de ser o único, senão o 
melhor meio de garantia da subsistência individual ou familiar para em seu lugar 
aparecerem outros direitos (Estado Social) tais como ―a garantia de emprego e salário 
justo e as prestações sociais devidas ou garantidas pelo Estado, como a previdência 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/comunicacao-marketing/o-terceiro-setor-sua-contribuicao-social-estudo-caso-coletivo.htm#sdfootnote7sym
contra os riscos sociais, a educação e a formação profissional, a habitação, o 
transporte e o lazer. 
Sendo assim, o terceiro setor necessita em grande parte da ajuda da 
sociedade e do governo para sobreviver. Sendo a arrecadação de recursos relevante 
para o alcance de seus objetivos, as entidades precisam demonstrar transparência e 
comprovar sua capacidade de gerir eficientemente os recursos a elas confiados. 
Neste sentido as ESFL podem minimizar os riscos aos quais estão expostas: 
dependência de recursos de terceiros, escassez de recursos para o excesso de 
demanda social, excesso de normativos a serem observados para estar em 
conformidade com a lei, entre outros, com a implementação ou manutenção de 
controles internos. 
Assim, um sistema de controle interno adequado à realidade destas entidades, 
onde as pessoas estejam comprometidas, principalmente os dirigentes, proporcionará 
maior segurança aos doadores, ao governo e os beneficiários, aumentando o 
interesse em aplicar recursos em entidades eficazes sem desperdiçá-los em outras 
entidades que não possuem essa preocupação. Conquistar e perpetuar a confiança do 
doador por meio de melhores práticas administrativas e profissionalização é algumas 
das transformações recentes em que o terceiro setor está passando, buscando formas 
de melhor aplicar seus recursos. Além de fazer bem feito, é preciso saber divulgar o 
que foi realizado. A transparência das informações e o fato da instituição ser bem e 
profissionalmente administrada darão maior segurança e possibilitarão um fluxo maior 
de doações‖. 
É importante notar que a administração deve se preocupar com os excessos, 
não permitindo a implementação de um sistema de controle interno demasiadamente 
burocrático e inflexível. Ele deve dar liberdade adequada para seus funcionários e 
prestadores de serviços, evitando oportunidades de erro e fraude, e permitindo o 
acompanhamento, a análise do desempenho, a adequação as normas internas e 
externas, bem como a exatidão dos dados financeiros e contábeis. 
Portanto, o sistema de controle interno beneficia as entidades do terceiro setor 
na medida em que as mantém no caminho da sua missão e dos seus objetivos, 
provendo benefícios para a comunidade, e reduzindo a possibilidade de ocorrência de 
perdas, desmoralização pública, aplicação de penalidades legais, por meio de 
desqualificação e perda de incentivos fiscais e títulos, necessários e essenciais à 
manutenção da entidade e continuidadeda prestação de seus serviços. Nas seções 
seguintes é analisada a aplicação prática desses aspectos conceituais por meio de 
uma pesquisa empírica realizada junto aos gestores de diversas entidades sem fins 
lucrativos. 
 
c) desfrutando da distribuição de responsabilidades com a sociedade e os 
incentivos fiscais possíveis para as empresas. 
Saber como funcionam as Leis de Incentivo Fiscal é uma das maiores 
dificuldades encontradas pelas organizações do terceiro setor. Assim como 
conseguir obter os fundos necessários para realizar o pagamento de despesas, 
cumprir com as devidas obrigações e executar projetos. 
Dessa forma vale lembrar que o terceiro setor é composto por organizações 
sem fins lucrativos. Ou seja, são organizações da sociedade civil (OSC), 
instituições religiosas, entidades beneficentes, clubes de serviço de trabalho 
voluntário, entre outros. Porém, como alternativa para a fala de recursos, temos 
a captação de recursos através das Leis de Incentivo Fiscal. 
As Leis de Incentivo são uma espécie de renúncia fiscal criada pelo poder 
público. Isto é, tem o objetivo de estimular o investimento, crescimento ou geração 
de empregos de um determinado setor, promovendo seu desenvolvimento social e 
econômico. Em resumo, o governo abre mão de recursos que receberia por meio 
https://www.bhbit.com.br/terceiro-setor/o-que-e-terceiro-setor-significado/
de impostos. Dessa forma gera incentivos para a cultura, o esporte, a saúde e o 
desenvolvimento social. 
Com isso, pessoas e empresas têm a opção de destinar uma parte do 
imposto para projetos culturais, esportivos e sociais de acordo com sua 
preferência. Tais incentivos abrangem o âmbito federal, estadual e municipal. 
Por lei, algumas empresas são obrigadas a realizar a tributação do Lucro dessa 
forma com base no critério de faturamento, como exemplo: 
 
 Bancos comerciais, bancos de investimentos ou de desenvolvimento 
 Sociedades de crédito, financiamento e investimento 
 Crédito imobiliário 
 Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio 
 Distribuidora de títulos e valores mobiliários 
 Cooperativas de crédito 
 Empresas de seguro privado e capitalização 
 Entidades de previdência privada aberta 
 Empresas com lucros, rendimentos ou ganhos oriundos do exterior 
(multinacionais) 
 
Em resumo, como dito anteriormente, as leis de incentivo tem caráter 
cultural, esportivo e social. Portanto para atender aos requisitos as doações devem 
ser feitas diretamente a: 
 
 Fundos do Idoso 
 Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 
 Projetos de caráter cultural e artístico, autorizados pelo Ministério da Cultura 
 Projetos desportivos e paradesportivos, autorizados pelo Ministério do 
Esporte 
 Projetos executados por entidades que implementam o Programa Nacional 
de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, ou o Programa Nacional de 
Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – PRONAS/PCD 
 
A carga tributária do Brasil é um peso para muitas empresas e os incentivos 
fiscais são maneiras de pagar menos impostos porque contribuem na redução de 
vários tipos de cargas tributárias no nosso país. 
Oferecido no âmbito municipal, estadual e federal como previsto em lei, os 
incentivos fiscais são uma medida legal para que as empresas possam economizar 
dinheiro para futuros investimentos. Além disso, eles, economicamente falando, 
auxiliam na geração de empregos e de maiores investimentos para determinados 
setores da economia. 
É muito mais simples do que você imagina. Uma empresa tem a opção de 
destinar parte dos seus impostos (que já paga ao governo) para projetos de bem-estar 
social ou qualquer outro que escolha colaborar. 
Como falamos, os benefícios fiscais são oferecidos pelo governo , seja federal, seja 
estadual, seja municipal. Eles são concedidos por meio da dedução, da eliminação 
(direta ou indireta), da isenção e da compensação, entre outros modelos de redução 
da carga tributária. 
Quando uma empresa é contemplada por algum desses formatos, ela precisa 
destinar uma parte dos impostos que seriam pagos ao governo concedente do auxílio 
a algum projeto de cunho social. Para os abatimentos oferecidos na esfera federal, por 
exemplo, é obrigatório que a companhia seja optante pelo Lucro Real, devendo, então, 
ser tributada com base nesse valor. Já aquelas que optam pelo Lucro Resumido ou 
Arbitrado não podem usufruir dos incentivos federais. 
Entre os impostos federais que têm um maior índice de alíquota reduzida, é 
possível dar maior destaque para: 
 
 IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica; 
 CSLL - Contribuição Social pelo Lucro Líquido; 
 IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; 
 PIS - Programa de Integração Social; 
 COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. 
 No caso daqueles de âmbitos estadual e municipal, o tipo de tributação é 
indiferente, uma vez que eles não impactam a apuração de impostos, tais 
como: 
 ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (esfera estadual); 
 ISS - Imposto sobre Serviços (esfera municipal); 
 IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano (esfera municipal). 
 
Aqui no Brasil, há mais de 20 anos, o país desenvolve projetos ligados às leis 
de incentivos fiscais. Como já mencionamos, aqui temos diferentes modalidades, 
sendo elas emitidas pelos governos federal, estadual e municipal. 
Conforme a empresa opta e se enquadra nas determinações para investir em 
um formato de incentivo fiscal, o próximo passo é escolher qual área será 
contemplada — saúde, cultura, tecnologia, educação ou esporte. Dependendo da 
instituição, mais de uma área poderá ser beneficiada. 
A seguir, confira uma lista dos principais modelos em cada esfera 
governamental e saiba um pouco mais sobre eles. 
 
Âmbito federal 
 Lei do Audiovisual: foi elaborada para incentivar a produção e a distribuição 
de todo e qualquer material de produção audiovisual, como filmes 
e documentários. Dessa forma, a Lei n. 8.685 de 1.993 é exclusivamente 
voltada a filmes brasileiros independentes e as empresas privadas podem 
auxiliar na produção dessas obras, comprando ou não partes dos direitos de 
comercialização; 
 Fundo Nacional do Idoso: foi criado com o intuito de promover iniciativas e 
projetos que possam garantir os direitos dos idosos e a sua integração efetiva 
na sociedade. A Lei n. 12.213 de 2010 reduziu determinado valor do Imposto 
de Renda, mediante a doação de pessoa física ou jurídica para os fundos 
nacionais, estaduais ou municipais; 
 Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet): já citada neste texto, ela é voltada 
para a cultura; 
 Lei Federal de Incentivo ao Esporte: a verba destinada por esse incentivo 
permite a compra de materiais e de uniformes, a alimentação em eventos 
esportivos, a construção e a reforma de locais destinados a essas práticas, a 
participação em campeonatos e a organização de eventos. Além disso, 
pessoas físicas e jurídicas também podem financiar diretamente os atletas das 
mais diversas modalidades esportivas, como deixa bem claro o texto na íntegra 
da Lei n. 11.438 de 2006; 
 PRONON — Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica: visa 
a aplicar recursos de iniciativa privada a pesquisas e a tratamentos de 
pacientes com câncer. A Lei n. 12.715 de 2012 já aplicou cerca de 800 mil 
reais de doações de empresas privadas no Centro de Pesquisas Oncológicas 
de Florianópolis, cujas quantias auxiliaram na melhoria da estrutura do local, no 
tratamento dos pacientes e nas ampliações das pesquisas; 
 PRONAS/PCD — Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da 
Pessoa com Deficiência: foi criado para captar recursos voltados à pesquisa. 
Assim como o PRONON, permite que pessoas físicas e jurídicas colaborem 
com doações. Além disso, parte desse dinheiro é voltada para a formação e 
para o treinamento de novos colaboradores; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8685.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12213.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11438.htmhttps://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12715-17-setembro-2012-774180-norma-pl.html
 Incentivo ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da 
Indústria de Equipamentos para TV Digital: o PATVD estabelece, entre 
outras coisas, como devem ser montados os equipamentos de TV Digital de 
acordo com as normas de segurança e como aprovar ou não os projetos 
apresentados. Além disso, prevê a necessidade de conferir os investimentos 
das pessoas jurídicas em atividades de pesquisas e de desenvolvimento; 
 incentivos para a Lei da Informática: criada em 1991, a Lei n. 8.248 estimula 
a instalação de plantas fabris, a contratação de recursos humanos e o aumento 
da produção de bens de informática para a população em geral. Ela também 
busca aumentar a competitividade entre as empresas brasileiras; 
 incentivos ligados à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no 
ambiente produtivo: como um meio de estabelecer medidas de incentivo à 
capacitação tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e 
regional de nosso país, foi criada a Lei n. 10.973 de 2004. Ela também serve 
de apoio e estímulo aos inventores independentes para que eles também 
tenham acesso ao sistema produtivo; 
 benefícios fiscais para as empresas de Tecnologia da Informação: são 
concedidos desde que seja feito o investimento em atividades de pesquisa, de 
desenvolvimento e de inovação desse setor, de acordo com a Lei n. 13.674 de 
2018. Os benefícios somente incidirão em bens e serviços de tecnologias da 
informação e comunicação e que são apresentados como projeto ao Ministério 
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTIC). 
 
Âmbito estadual 
 PIE — Lei de Incentivo ao Esporte: é uma lei paulista com o objetivo de 
incentivar projetos desportivos e paradesportivos voltados a pessoas jurídicas; 
 ProAC — Programa de Ação Cultural: já mencionado neste artigo; 
 redução da alíquota do ICMS de 18% para 12%: nesse caso, são 
contempladas empresas dos segmentos de couro e de calçados, de produtos 
alimentícios, de cosméticos, de brinquedos e outros; 
 SPTec — Sistema Paulista de Parques Tecnológicos: projeto gerenciado 
pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia 
e Inovação (SDECTI) e que aproxima centros de conhecimento do setor 
produtivo, além de oferecer oportunidades para as organizações 
transformarem pesquisas em produtos; 
 Pró-Informática: Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de 
Produtos da Indústria de Processamento Eletrônico de Dados; 
 Pró-Trens: Programa de Incentivo ao Setor Ferroviário. 
 Âmbito municipal 
 Lei Mendonça: criada em 1990, a Lei n. 10.923 dispõe sobre incentivos a 
projetos culturais do município de São Paulo. Para isso, a pessoa jurídica pode 
fornecer recursos humanos ou financeiros; 
 FUMCAD — Fundo Municipal da Criança e do Adolescente: objetiva o 
financiamento de projetos que garantam os direitos das crianças e dos 
adolescentes de acordo com o previsto no Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA). 
 
Cada formato de benefício fiscal dispõe de algumas particularidades. Além das 
áreas de atuação para as quais serão destinados os fundos, existem outros fatores 
que diferenciam cada um, como o tributo usado para o abatimento, o teto percentual 
que poderá ser destinado para algum fim e a dedução máxima prevista por lei. 
Na esfera federal, os abatimentos de tributos são sempre realizados no IRPJ 
da empresa. Já os limites para a dedução podem ser de 1% (caso do PRONON, do 
https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/tecnologia/incentivo_desenvolvimento/padis_patvd/Programa-de-Apoio-ao-Desenvolvimento-Tecnologico-da-Industria-de-Equipamentos-para-TV-Digital-PATVD.html
http://www.mdic.gov.br/index.php/inovacao/lei-de-informatica
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13674-11-junho-2018-786842-publicacaooriginal-155821-pl.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13674-11-junho-2018-786842-publicacaooriginal-155821-pl.html
http://www.ipdeletron.org.br/assets/pdf/sptec.pdf
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/lei_de_incentivo/index.php?p=6
PRONAS/PCD, do Fundo Nacional do Idoso e da Lei Federal de Incentivo ao Esporte); 
de 3%, como é aplicado na Lei do Audiovisual; e de 4% na Lei Rouanet. 
Com exceção da Lei Federal de Incentivo à Cultura, todos os formatos federais 
usufruem de dedução máxima de 100%. No caso da Lei Rouanet, é possível que a 
empresa tenha dedução de 100% se enquadrada no artigo 18, ou de 40% do valor da 
doação e de 30% do montante do patrocínio pelo artigo 26. 
Os incentivos estaduais (ProAC e PIE) são tributados pelo ICMS, com limite de 
destinação de impostos de 3% e dedução máxima de 100%. 
Já no âmbito municipal, o FUMCAD é tributado no IRPJ das empresas, tendo 
limite de 1% na destinação de impostos e de 100% de dedução. No caso da Lei 
Mendonça, o abatimento é feito por meio do ISS ou do IPTU, sendo que o teto para a 
doação é de 20% e com a dedução máxima de 70%. 
Como foi visto, o incentivo fiscal ajuda as empresas na hora de tocar ou de 
expandir as suas operações. Ter conhecimento do tema, então, é fundamental, visto 
que o negócio pode se tornar mais conhecido pelo público por meio de iniciativas de 
cunho social, por exemplo. Ou seja, além de pagar menos impostos, esse montante 
pode se transformar em um investimento, que pode ser aportado nas diversas 
necessidades da companhia. 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11501710/artigo-18-da-lei-n-8313-de-23-de-dezembro-de-1991
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11499482/artigo-26-da-lei-n-8313-de-23-de-dezembro-de-1991
https://www.linkedin.com/cws/share?url=https%3A%2F%2Fblog.upbrasil.com%2Fempreendedorismo%2Fentenda-o-que-sao-incentivos-fiscais-para-empresas%2F
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