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TECNOLOGIA DO CAFÉ História, variedade dos grãos e principais regiões produtoras de café A planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. A partir de 1615 o café começou a ser saboreado no continente Europeu, trazido por viajantes em suas frequentes viagens ao oriente. Alemães, franceses e italianos procuravam desesperadamente uma maneira de desenvolver o plantio em suas colônias. O crescente mercado consumidor europeu propiciou a expansão do plantio de café em países africanos. Através dos colonizadores europeus, o café chegou ao Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas. Foi por meio das Guianas que chegou ao norte do Brasil. O Brasil tem condições climáticas que favorecem o cultivo do café em 15 regiões produtoras. Essa diversidade garante cafés variados de Norte a Sul do País. Diante de diversos climas, altitudes e tipos de solo, os produtores brasileiros obtêm variados padrões de qualidades e aromas, entre as duas espécies cultivadas, o café arábica e o café robusta, os quais apresentam uma grande variedade de linhagens. Regiões com maior altitude produzem café com mais qualidade, com maior grau de doçura, sabor e acidez. História, variedade dos grãos e principais regiões produtoras de café café COMUM x CAFÉ ESPECIAL A espécie arábica possui grãos de maior qualidade, enquanto que espécie robusta ou conilon apresenta qualidade inferior. Um grão de café é considerado especial quando é isento de defeitos, maturo apresentando homogeneidade de tamanho e coloração. Deve ter características diferentes do comum possuir sabor extremamente doce e delicado. O café comum apresenta vários defeitos, como grãos fermentados, quebrados, imaturos, doentes. Após a torrefação visualmente esses defeitos são minimizados, mas o sabor desse café é adstringente e amargo. BENEFICIAMENTO DO CAFÉ São utilizados no Brasil alguns métodos de beneficiamento: natural, o cereja descascada, e café desmucilado. No processo natural, ou tradicional, os frutos colhidos são secados ao sol em um terreiro (preferencialmente cimentado ou asfaltado). Depois de aproximadamente 15 ou 20 dias, os frutos são descascados. Este método produz um café mais doce. No método chamado de cereja descascada, os frutos depois de colhidos têm a polpa removida mecanicamente em uma máquina. Em seguida, os grãos são secados em terreiro (como no método tradicional). Porém, o tempo de secagem é bastante reduzido, por volta de três dias. Este método diminui o risco de grãos fermentados. Existe ainda o método de desmucilagem do café, onde a polpa é totalmente removida. Os grãos são colocados em tanques de alvenaria para fermentar durante 24 horas. Concluída a fermentação, a massa de despolpado precisa ser lavada até a retirada completa da mucilagem, com água. O BLEND E A TORREFAÇÃO O cultivo, beneficiamento, a escolha do ponto de maturação, a forma de processamento, são de fundamental importância para a qualidade do café. Etapas que podem atribuir características diferentes a cada tipo de grão. Após o beneficiamento o grão segue para a torrefação, esse processo é responsável por acentuar o aroma, doçura, acidez e sabor. Durante a torrefação ocorre fenômeno de pirólise, liberando mais de 2.000 substâncias e também a caramelização responsável pela mudança de coloração do grão. A torra inicia-se a 200 ° C da parte interna para a externa do grão. Café mais densos, cultivados em elevadas altitudes levam mais tempo para atingir a temperatura correta. Após atingir essa temperatura, se deve ter cuidado para que não ocorra uma torra excessiva. Pois quando se atinge 200 °C a temperatura dos grãos se eleva rapidamente. O café pode ficar cru, ou seja ter ponto de torra muito claro. O óleo que está dentro do grão pode se expandir para fora, resultando em um grão oleoso, acelerando o processo de oxidação e perda das suas características. Após a torra é realizado o resfriamento que deve ser ocorrer o mais rápido possível para preservar todas as características do café. A mistura de grãos com diferentes graus de torra é chamado de blend. Pode ser feita a junção da torra média de coloração clara para realçar a acidez e outra escura que realça o corpo. Depois de torrado a vida útil do café é muito curta 15 dias para café expresso e 180 dias para café comercializados em supermercados.
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