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Apresentação A disciplina Finanças e Formação de Preços apresenta os conceitos fundamentais para a formação dos preços dos produtos e serviços, bem como as estratégias utilizadas pelo mercado para a configuração das margens necessárias para a fixação dos preços dos produtos ou serviços junto aos consumidores, demonstrando valores justos para a aceitação desses. A precificação é uma verdadeira arte no mundo dos negócios. Principalmente quando se tratar de um mercado competitivo, com uma gama variada de produtos e serviços, cada qual com características próprias, com maior ou menor especificidade, o formador de preços de venda assume um papel significativo no processo de geração de caixa e rentabilidade do empreendimento. Considera-se que, entre as diversas ferramentas gerenciais, a fixação dos preços de venda é, sem dúvida, uma das que apresentam as maiores dificuldades em seu manejo. Apresentação Vários fatores podem explicar essa constatação, entre os quais o desconhecimento do comportamento do consumidor e de suas percepções em relação aos produtos e serviços disponíveis ou em desenvolvimento. A disciplina Finanças e Formação de Preços mostra os diferentes aspectos envolvidos no estabelecimento de uma política de preços de vendas. Por meio de exemplos reais, apresenta a aplicação prática de diferentes estratégias mercadológicas de preços, estabelecendo uma relação com os resultados financeiros previstos. O ambiente de negócios Introdução O negócio de uma empresa pode ser definido como a orientação específica de sua atividade empresarial, enquanto “modelo de negócio” define o que a empresa pretende fazer, por que fazer e como fazer. O ambiente de negócios Introdução A definição do negócio é necessária para que todos colaboradores da empresa tenham visão e compreensão comuns, bem como unidade na direção dos esforços e investimentos. O Marketing admite inúmeras interpretações e enfoques. Consideramos que a essência do Marketing é a busca permanente do melhor ajustamento entre duas grandes forças no mercado: alguém que pretende ofertar algo (produto/mercadoria/serviço) e alguém que pretende demandar algo (consumidor). Segundo as abordagens tradicionais de Marketing, o preço é um dos componentes- chave do composto mercadológico à disposição dos gestores para serem coerentemente interrelacionados e manipulados para o complexo processo de influenciar o comportamento de compra dos consumidores-alvos. O ambiente de negócios Introdução As teorias de Marketing mais recentes abordam a questão da precificação como uma das funções essenciais em ambientes de concorrência. Nesse sentido, a precificação desponta como elemento essencial da gestão econômica-financeira e mercadológica da empresa. O ambiente de negócios Modelar um negócio requer que todos os colaboradores da empresa tenham visão e compreensão comuns (cada visão descreve uma estrutura de metas para a organização). O ambiente de negócios É importante observar que os produtos e serviços comercializados pelas empresas são os meios pelos quais os clientes satisfazem suas necessidades que se tornam desejos quando são dirigidos a objetos específicos capazes de satisfazê-los. O cliente satisfaz sua necessidade e seu desejo com a aquisição de produtos. O ambiente de negócios O ambiente de negócios de uma empresa, como o de qualquer outra entidade, é o padrão de todas as condições e influências externas que afetam sua vida e seu desenvolvimento. Podemos classificar ambiente de negócios em ambiente externo (ambiente geral e ambiente operacional) e ambiente interno (organização). A essência do Marketing Duas vias: Uma de criação do valor, maximização de satisfação, fidelização, etc. na relação ofertante versus consumidor, por meio de produtos/mercadorias e serviços. Cabe, nesse sentido, enfatizar que a teoria de Marketing tem como foco a busca por essa satisfação dos clientes. Uma de retorno na relação consumidor versus ofertante, visando, por meio dela, a maximizar os interesses destes últimos (financeiros ou não). Aspectos gerais do Marketing O Marketing destaca-se como um dos fatores-chave para que as empresas possam atingir suas metas, uma vez que se trata de uma ferramenta dirigida no sentido de realizar a satisfação do cliente, ou seja, orientada para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores. Aspectos gerais do Marketing Existem quatro opções disponíveis para que o homem possa obter o produto ou serviço que irá satisfazer sua necessidade ou desejo, sendo eles a autoprodução, a coerção, a súplica e a troca. Nesse sentido, se existem quatro opções disponíveis para a obtenção do objeto de necessidade ou de desejo do homem, percebe-se que a troca é a abordagem com a qual o Marketing preocupa-se, uma vez que esse “espaço de troca” existe quando os consumidores querem satisfazer seus desejos, e a empresa tem um produto/serviço disponível para saciar sua necessidade. E é justamente nesse “espaço de troca” que o Marketing se realiza, pois, “marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca”. Aspectos gerais do Marketing Nesse sentido, evidencia-se a importância de um ajustamento mercadológico no que tange à criação de valor para que o consumidor sinta-se motivado e convencido a realizar a compra efetiva dos produtos ou serviços oferecidos e que a empresa aumente seu valor patrimonial. O formato sistêmico do Marketing na empresa O processo de estratégia de Marketing de uma empresa possui a responsabilidade de orientar os negócios, promovendo uma adequada articulação das atividades organizacionais com seu ambiente de atuação. É um sistema complexo, ao mesmo tempo em que se mostra agregado é, de certa forma, fragmentado. Ele se apresenta com sendo o mesmo nos diferentes níveis, porém numa abordagem sistêmica, busca os interesses plurais da organização. Aspectos gerais do Marketing Existem quatro opções disponíveis para que o homem possa obter o produto ou serviço que irá satisfazer sua necessidade ou desejo, sendo eles a autoprodução, a coerção, a súplica e a troca. Nesse sentido, se existem quatro opções disponíveis para a obtenção do objeto de necessidade ou de desejo do homem, percebe-se que a troca é a abordagem com a qual o Marketing preocupa-se, uma vez que esse “espaço de troca” existe quando os consumidores querem satisfazer seus desejos, e a empresa tem um produto/serviço disponível para saciar sua necessidade. E é justamente nesse “espaço de troca” que o Marketing se realiza, pois, “marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca”. Aspectos gerais do Marketing Aspectos gerais do Marketing O Marketing na nova realidade das organizações contribui para as decisões, tanto no nível corporativo quanto nos de unidades de negócios e operacionais. Nesse sentido, o Marketing se posiciona no início do processo de planejamento estratégico tendo o cliente como função de controle e o marketing como função integradora. Aspectos gerais do Marketing O composto mercadológico As organizações utilizam diversas ferramentas e mecanismos para a criação e sustentação de relacionamentos com consumidores finais. Se uma empresa deseja posicionar-se perante o mercado de determinada maneira, ela deverá desenvolver o composto mercadológico para atingir esses objetivos específicos. O composto mercadológico O composto mercadológico é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização. Vamos abordar três dessas combinações de ferramentas estratégicas: os 4 Ps, os 4 Cs e os 4 As. 4 Ps: Produto, Preço, Ponto de Venda e Promoção Os 4 Ps que foram formulados no início da década de 60 pelo professor Jerome McCarthy (Universidade de Michigan). Cada elemento do composto mercadológico – produto, preço, ponto de venda (viasde distribuição) e promoção (comunicação da empresa com o mercado) – tem potencial para afetar o processo de compra em vários estágios. 4 Ps: Produto, Preço, Ponto de Venda e Promoção Produto O produto é o que a empresa produz ou desenvolve e, posteriormente, oferece ao cliente. É algo que pode ser oferecido a um mercado, para sua apreciação, aquisição, uso ou consumo, que pode satisfazer um desejo ou uma necessidade. Preço O preço é a quantia monetária atribuída ao produto/mercadoria/serviço para efeitos de sua transação. Compete ressaltar que esse conceito difere, em sua essência, do “valor” atribuído pelo consumidor ao produto. Este último resulta da avaliação do conjunto de atributos que o consumidor visualiza num bem ou serviço e aos quais, subjetivamente, atribui um valor.Uma posição muito favorável é aquela em que os dois conceitos equiparam-se. De qualquer forma, o valor de transação deve ter sempre um duplo enfoque: 4 Ps: Produto, Preço, Ponto de Venda e Promoção Preço O financeiro, visando assegurar a cobertura dos custos e o resultado da empresa (elemento essencial para sua sobrevivência e crescimento). O mercadológico, com o objetivo de ser acessível e atraente ao consumidor-alvo, gerando sua fidelização e sendo ao mesmo tempo competitivo num contexto globalizado. Ponto de Venda Consiste na escolha das melhores vias de distribuição dentro da estrutura existente (logística) para os produtos, de forma a torná-los acessíveis ao consumidor, no lugar certo, no tempo exato e ao menor custo possível. 4 Ps: Produto, Preço, Ponto de Venda e Promoção Promoção A promoção compreende todo o processo e comunicação da empresa com o mercado, nos seus mais variados métodos promocionais (venda pessoal, venda em massa e promoção de vendas), visando à identificação do produto e à difusão de sua atratividade para o consumidor. 4 Cs: Cliente, Conveniência, Comunicação e Custo Vamos pensar em como seriam os 4Ps na ótica dos compradores e chegamos aos 4 Cs. Mais importante do que ter um produto ou serviço para ofertar é ter um cliente para satisfazer. Os clientes não estão interessados apenas no preço final, estão interessados também nos custos totais de obtenção e utilização do produto ou serviço. Uma vez o cliente satisfeito é, ao menos teoricamente, um cliente fiel. O custo não pode estar acima das possibilidades e expectativas do comprador. Para reter um cliente é preciso proporcionar diversas conveniências com o objetivo de tornar esse cliente fiel. Esta conveniência deve ser oferecida não apenas em termos de localização e disponibilização, mas também em todos os produtos e serviços oferecidos. A comunicação (interação) deve ser objetiva e clara para informar os principais pontos e dar oportunidade para que o consumidor possa, se necessário, responder, questionar e/ou criticar. 4 Cs: Cliente, Conveniência, Comunicação e Custo 4 As: Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação As responsabilidades administrativas de uma equipe de marketing giram em torno de quatro funções básicas denominadas 4 As: Análise; Adaptação; Ativação e Avaliação. Para que os 4 As do composto mercadológico tenha lugar, eles precisam estar coordenados com as atividades de outras áreas funcionais da empresa e seguir os objetivos e as metas estabelecidos no planejamento de Marketing. A análise consiste basicamente em identificar e compreender as forças vigentes no mercado em que opera ou pretende operar a empresa no futuro, permitindo a identificação de oportunidades, ameaças, mudanças e tendências do mercado. A adaptação é o processo de adequar a oferta da empresa (produtos/serviços) às forças externas detectadas por meio da análise. A adaptação é necessária devido ao próprio ciclo de vida do produto (design, marca, embalagem, preço e assistência aos clientes). 4 As: Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação A ativação é o conjunto de medidas destinadas a fazer com que o produto chegue de forma adequada ao consumidor em potencial e, por meio da comunicação, seja visto como atraente. A avaliação é o controle sobre os processos de comercialização e é exercida por meio da auditoria de marketing: um exame periódico, formal e imparcial de todas as operações de marketing, a partir de um acompanhamento sistemático dos objetivos e padrões de desempenho da empresa. O significado do preço A partir do momento em que as pessoas passaram a produzir mais que o necessário para sua própria subsistência, gerando excedente com destino ao mercado, surgiu o preço. Atualmente, o preço está em tudo, ao redor dos agentes econômicos e, assim, tem sido estudado principalmente pela economia, finanças, marketing e mesmo psicologia. Alguns desses pontos de vista: Na economia clássica, tem-se o preço como restrição orçamentária. Na economia neoclássica, há o preço de equilíbrio de oferta e demanda. A psicologia o considera como sinal de imagem do produto. A organização industrial toma o preço como uma variável decisória em várias estruturas de mercado, como o preço de monopólio, oligopólio e duopólio. O significado do preço Alguns desses pontos de vista: No Marketing, o preço pertence ao composto mercadológico, englobando conceitos como descontos, promoções de preço, desnatação e penetração de mercado, preço por pacote, preço de referência e discriminação de preços. O preço vem atuando ao longo da história como um dos principais fatores de escolha dos consumidores, alternado seu grau de importância conforme as características intrínsecas do produto, do mercado e do ambiente macroeconômico em que está situado. Assim, muitas decisões de compras de produtos/mercadorias/serviços são tomadas com base nos seus preços. Dessa forma, para as empresas, o preço é um elemento significativo na determinação de sua participação no mercado e na formação de sua rentabilidade. É também um instrumento de comunicação e posicionamento dos produtos. O significado do preço Pode-se dizer, portanto, que o preço é a soma dos valores monetários que os consumidores trocam pelo benefício de possuírem ou usufruírem de um produto/mercadoria/serviço. O preço constitui a combinação entre a maximização do resultado, a satisfação do consumidor, a otimização, a produção, a distribuição e a manutenção da qualidade dos produtos. Grande parte de compras de produtos/mercadorias/serviços são tomadas com base nos seus preços. Componentes do preço No Marketing, o preço é considerado uma variável chave, pois, normalmente, os preços tendem a indicar “quais” produtos/mercadorias/serviços devem ser produzidos e em que quantidades. Componentes do preço Os preços variam para mais ou para menos, sob a ação de inúmeros fatores: pouca ou muita demanda, pouca ou muita oferta, abusos do poder econômico, intervenção do Estado, instabilidade econômica ou política, variação de custos, etc. Enquanto o valor percebido pelo consumidor estabelece o teto de preço, o custo determina o seu piso. Estabelecer o valor correto do preço envolve a determinação do consumo, a análise do preço dos concorrentes e a estimativa de custos (os 3Cs – consumo, concorrência e custo). • Consumo: O consumo, pelos clientes, influencia o preço à medida que promove a demanda por um produto ou serviço. Nesse sentido, as empresas precisam sempre avaliar as decisões de precificação a partir da ótica dos clientes. Isso significa formar o preço a partir do que o cliente está disposto a pagar. Essa visão é extremamente subjetiva e de difícil mensuração, pois pressupõe uma pesquisa de mercado com os consumidores. Componentes do preço • Concorrentes: É necessário que as empresas estejam atentas às ações de seus concorrentes. Os mesmos produtos em outros concorrentes e até mesmo produtos alternativos ou substitutos podem afetar a demanda por produtos e serviços da empresa. Assim, a perspectiva dos concorrentes é uma possibilidade para formação do preço de venda, na qual a empresa procura formar o preço de seusprodutos e serviços a partir dos preços praticados pelos concorrentes. • Custos: Os custos influenciam a oferta de produtos e serviços, pois quanto mais baixo for o custo em relação aos preços pagos pelo cliente, maior será a capacidade de fornecimento por parte da empresa. Nesse sentido, pode-se estabelecer preços atrativos e obter retornos operacionais desejáveis. Nessa visão, a empresa forma o preço a partir dos custos, adicionando uma margem de ganho desejada pela empresa. Componentes do preço Dados os 3Cs – consumo, concorrência e custo – a empresa estará pronta para selecionar um preço. Os custos determinam o piso para o preço. Os preços dos concorrentes e o preço de substitutos oferecem um ponto de orientação. A avaliação de características singulares do produto estabelece um teto para o preço. A visão multidimensional do preço Apesar dos 3 Cs, a determinação de preços baseada apenas pelo custo total é provavelmente o método mais utilizado pela maioria das empresas na fixação do preço básico de seu produto não levando em consideração, muitas das vezes, os outros 2 Cs(consumo e concorrência). O modo como um potencial cliente percebe um produto ou uma loja faz com que ele tenha uma determinada preferência de compra por esse ou outro local. O que é recebido varia de um consumidor para outro, pois cada pessoa atribui um valor diferenciado de acordo com seu interesse. A visão multidimensional do preço Dessa forma, as decisões de preços devem levar em conta as percepções dos clientes. A fixação de um valor de venda deve abranger uma visão multidimensional, pois se constitui numa decisão de extrema relevância. Nessa visão multidimensional, a composição do preço envolve uma dimensão mais ampla, incluindo também o valor. O produto/serviço, juntamente com outras variáveis mercadológicas (propaganda, embalagem, promoções) atua no valor percebido pelo comprador. Esse valor é o que realmente importa. A visão multidimensional do preço As relações entre o preço, valor percebido e custo Existem três possíveis relações entre o preço, valor percebido e custo variável de um produto: Relação 1: Valor percebido > preço > custo variável; Relação 2: Preço > valor percebido > custo variável; Relação 3: Preço > custo variável > valor percebido. A relação 1 é aquela em que a empresa estabelece um preço que cobre os custos variáveis, mas tal preço é menor que o valor percebido pelo mercado. Certamente, esse não é um cenário maximizador de lucros, visto que o preço poderia ainda ser maior para igualar-se ao valor percebido. Na relação 2, o preço cobre os custos variáveis, mas também é mais alto que o valor percebido pelo mercado. Logo, comprar o produto significa um mau negócio para o comprador. As relações entre o preço, valor percebido e custo A relação 3 é semelhante à situação 2 no sentido de que o preço ainda é maior que o valor percebido, embora este seja inferior até aos custos de fabricação do produto. Nenhuma dessas relações é, portanto, ideal, pois qualquer nível de preço entre o valor percebido pelo cliente e os custos significa uma partilha de valores entre a empresa e o mercado. Na relação “ideal” (preço = valor percebido > custos variáveis), a empresa maximiza o lucro (supondo que os custos totais sejam os mínimos possíveis) e os compradores estariam satisfeitos, pois o preço não é maior que o valor que eles dão ao produto, produzindo, assim, uma “satisfação global”. As relações entre o preço, valor percebido e custo
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