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Bioquímica e Biofísica – 1º Bimestre
TERMODINÂMICA
- Toda e qualquer mudança que ocorre no universo.
SISTEMA = porção definida no espaço 
· Aberto: troca energia, trabalho e matéria. Orgânicos são sempre abertos.
· Fechado: não troca matéria.
ENTORNO = tudo que envolve o sistema e com ele se relaciona/ ambiente. Não tem limite.
ENERGIA
Interna potencial – composição química
 cinética – calor
Externa potencial – depende da altura
 cinética – depende da velocidade
PROPRIEDADES
Intensivas – independem da massa – pressão, temperatura, voltagem, viscosidade.
Extensivas – dependem da massa – volume, quantidade de matéria, densidade, quantidade de energia.
1ª LEI DA TERMODINÂMICA
Conservação da energia
- A energia não pode ser criada nem destruída, apenas convertida de uma forma em outra.
- A soma de todos os tipos de energia é constante a energia do universo é constante.
- Toda transformação é acompanhada de uma produção de energia térmica (calor).
- Qualquer forma de energia ou trabalho pode ser totalmente convertida em calor. A recíproca não é verdadeira. Calor não pode ser totalmente convertido em trabalho, uma parte continua calor. 
Exemplo: a glicose ingerida na alimentação é quebrada formando ATP. Este é convertido em energia mecânica para a contração muscular. Uma parte se converte em calor.
2ª LEI DA TERMODINÂMICA
Transferência de Energia.
- A energia espontaneamente se desloca dos níveis mais altos para os níveis mais baixos, do + para o – energético.
- É possível fazer o inverso, com a realização de trabalho. Todo sistema que realiza trabalho tem sua energia diminuída.
- A cada transformação da energia há uma piora na qualidade da energia, pois aparecem formas cada vez mais incapazes de realizar trabalho ENTROPIA.
Transporte Passivo: é aquele que ocorre a favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia química. 
Difusão Simples: passagem de solutos de apolares a favor de um gradiente de concentração, pelos lipídios de membrana. Interfere calor (fluidez), tamanho, solubilidade das moléculas nos lipídios, gradiente de concentração. 
Difusão Facilitada: transporte de solutos polares através de proteínas de membrana (a proteína funciona como um catalisador). Interfere diferença de concentração, afinidade da proteína pelo soluto. 
Proteína canal canal aberto para os dois lados.
Proteína carreadora um dos lados está fechado e o substrato se liga a um sítio, fazendo abertura para o outro lado. 
ENTROPIA
- Grau de desordem do sistema.
- Qualidade de energia incapaz de realizar trabalho.
- No universo aumenta sempre. Presença constante em todos os sistemas, processos e mudanças que ocorrem no universo.
- Nos seres vivos é controlada com gasto energético.
- Os seres vivos procuram atingir o mais alto nível de organização, informação e eficiência, justamente pelo processo de diminuir sua Entropia.
- A diferença entre o estado hígido (saúde) e estados patológicos, é apenas no grau de Entropia, que está aumentando no segundo caso.
- Grau máximo de entropia nos seres vivos óbito.
- Nível intermediário doença.
Exemplo: diabetes.
Linguagem biológica = lesões nas células beta pancreáticas, falta de insulina ou utilização defeituosa.
Linguagem termodinâmica = aumento de entropia na utilização da glicose, lipídios e outros metabólitos.
- Os seres vivos vivem enquanto lutam pela diminuição de sua Entropia: Isto resulta em aumento da Entropia Ambiental.
- Viver é retirar organização do ambiente, é estar em permanente não-equilíbrio com o ambiente.
- O equilíbrio é a morte do sistema biológico.
ENTALPIA
- Conteúdo de calor do sistema.
- A Entalpia aparece como uma mudança de entalpia (ΔH) nas transformações que ocorrem:
Na síntese de compostos ΔHf - Entalpia da transformação.
Quando uma substância é dissolvida ΔHs - Entalpia de solução.
Quando uma reação acontece ΔHr -Entalpia de reação.
Reação Exotérmica
Libera calor, ΔH<0.
Em certas reações rápidas, a liberação súbita de calor aquece o sistema. Ex: dissolução NaOH em água, dissolução H2SO4, combustão de etanol.
Reação Endotérmica
Absorve calor, ΔH>0.
Ex: síntese do benzeno, fotossíntese. 
ENERGIA LIVRE
- A entalpia e a entropia podem ser combinadas em uma relação que fornece a Energia Livre (ΔG) de um processo ou reação:
Energia Livre = (Entalpia) – (Entropia)
ΔG = ΔH – TΔS
ΔG > 0
Absorção de energia, não espontâneo. 
ΔG < 0
Liberação de energia, espontâneo. 
ΔG = 0 
Equilíbrio.
 A energia livre de Gibbs tende a sempre diminuir, ou seja, a reação tende a atingir o estado de equilíbrio, ΔG = 0. 
Essa Energia Livre (G) é capaz de realizar Trabalho a volume e pressão constantes. 
Alguns processos ou mudanças desprendem energia livre, e são chamados de Exergônicos, e o G é negativo. Ex: hidrólise de ATP.
Outros processos ou mudanças absorvem Energia Livre, são chamados Endergônicos e o G é positivo. Ex: síntese de ATP. 
Mesmo com G negativo nenhuma reação ocorre sem fornecer energia inicial energia de ativação. Depois a energia livre é liberada.
CATÁLISE
Agentes capazes de modificar a energia de ativação (EA) são catalisadores (↓EA, ↑ v reação, não modificam , aparecem inalterados no fim da reação, têm especificidade). Sem catálise não há vida!
Catalisador + aumenta a velocidade.
Catalisador - diminui a velocidade.
Catalisadores biológicos = enzimas.
pH E SISTEMA TAMPÃO
pH = Potencial Hidrogeniônico 
A concentração de H+ de uma solução é medida em unidades de pH.
pH = -log [H+]
[H+] influencia: a velocidade das reações químicas; a forma e função das proteínas; integridade da célula.
80 mM de H+ são ingeridos ou produzidos pelo metabolismo por dia.
Em excesso desestabiliza o meio.
Tampão é qualquer substância capaz de se ligar reversivelmente aos íons hidrogênio, mantendo o pH do meio constante. São soluções formadas por ácido fraco + base conjugada ou hidróxido fraco + ácido conjugado. Leva o nome da base conjugada.
Tampão + H+ ↔ H+Tampão
H+Tampão + OH- ↔ H2O + Tampão
	 Meio
	Valor
	Sangue
	7,35 a 7,45
7,35 = venoso 
7,4 = arterial / plasma
	Líquido Intersticial
	7,35
	Intracelular
	6 – 7,4
6,9 = citosol hepatócitos
<5,0 = matriz lisossomal
	Urina
	4,5 - 8
	HCl gástrico
	0,8 
	Suco pancreático
	7,8 – 8,0
	Saliva
	6,4 -7,0 
ÁCIDO = composto capaz de doar prótons (Bronsted-Lowry) ou íons H+ (Arrhenius) ou receber um par de elétrons em uma ligação coordenada (Lewis).
BASE = composto capaz de receber prótons (Bronsted-Lowry) ou íons H+ (Arrhenius) ou doar um par de elétrons em uma ligação coordenada (Lewis).
Para sistemas biológicos a definição mais adequada é a de Bronsted-Lowry.
Princípio de Le Chatelier
Dissociação parcial – ao ser atingido o equilíbrio químico ácido-base, qualquer alteração no sistema é contrariada até ser atingido um novo estado de equilíbrio. 
Poder Tamponante
Capacidade de Segurar o pH
· Quantidade de ácido forte que é necessário para variar o pH em uma unidade
· Quanto > o nº de moles para add. + eficiente é o tampão
pK Valor de pH em que a solução está no equilíbrio, ou seja a quantidade de ácido = quantidade de base. Ex: tampão acetato, pKa = 4,76
Faixa de controle do Tampão
pKa±2
pKa
moléculas
protonadas
moléculas
desprotonadas
Tampão amônia 8,25 – 10,25 
Tampão fosfato 5,86 – 7,86
Equação de Handerson-Halsselbach
pH = pKa + log ([A-]/[HA])
· O pH depende das concentrações de ácido e base.
· O sistema tampão será mais eficiente quando [A-] = [HA], ou seja, quando o pH = pKa
· O tampão se liga aos íons H+ e estabiliza o pH.
pH e EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
As alterações de pH afetam :
1) A ionização dos aminoácidos e consequentemente a atividade enzimática (desnaturação das proteínas pelo pH ).
2) O sistema cardiovascular - uma redução de pH diminuí o débito cardíaco e a pressão arterial; aumento no pH provoca a constrição das arteríolas e pode levar a uma arritmia.
3) A pressão parcial de CO2 interferindo com a oxigenação dos tecidos (dificulta a liberação de O2 pela hemoglobina).
4) Os problemas com as trocas gasosas ou com o equilíbrio ácido-baseconstituem a base de inúmeras doenças do sistema respiratório e dos rins.
TAMPÕES NO PLASMA
1) Fosfato (importante no rim)
Os principais elementos do sistema-tampão fosfato são H2PO4- (ácido fosfórico) e HPO42- (fosfato). 
H2PO4- ↔ HPO42- + H+
- Ao acrescentar ácido forte o hidrogênio é aceito pelo HPO42- e convertido em H2PO4-, formando um ácido fraco. 
- Quando se acrescenta base forte o OH- é tamponado pelo H2PO4- formando HPO42- e água.
O tampão fosfato é especialmente importante nos líquidos tubulares dos rins por duas razões: o fosfato geralmente fica muito concentrado nos túbulos, aumentando o poder tamponante do sistema; o líquido tubular tem pH ligeiramente menor do que o extracelular, fazendo com que a faixa operacional do tampão fique próxima do pK do sistema (6,8). 
2) Bicarbonato (+ importante)
O sistema-tampão bicarbonato consiste em uma solução aquosa contendo dois ingredientes: um ácido fraco (H2CO3) e um sal bicarbonato como o NaHCO3. 
O H2CO3 é formado pela reação do gás carbônico com a água. 
Anidrase carbônica é uma enzima abundante nos alvéolos onde o CO2 é liberado e nas células epiteliais dos túbulos renais, onde o CO2 reage com água formando H2CO3. Este se ioniza fracamente formando H+ e HCO3-. 
 
O sal bicarbonato ocorre principalmente como bicarbonato de sódio no líquido extracelular. 
Quando se acrescenta um ácido forte à solução-tampão bicarbonato o H+ em excesso é tamponado pelo HCO3-, formando H2CO3. Este se dissocia, formando CO2 e água. O dióxido de carbono é eliminado através dos pulmões na respiração. Quando há excesso desse gás ocorre hiperventilação para jogar essa substância para fora do corpo. Quando se acrescenta uma base forte ocorre o mecanismo oposto.
Na acidose, o rim além de excretar o ácido, aumenta a secreção tubular de H+ para reabsorver o bicarbonato, diminuindo sua excreção. O bicarbonato no sangue se junta aos íons H+ formando ácido carbônico. Na alcalose ocorre o mecanismo oposto.
3) Proteína (+ abundante)
Importante no interior das células. Embora o pH intracelular seja ligeiramente mais baixo varia na mesma proporção que o meio extracelular. Existe pouca difusão de H+ e HCO3- através da membrana celular. Embora o tampão bicarbonato influencie o interior da célula demora um pouco. 
Nas hemácias, a hemoglobina é um tampão importante: H+ + Hb ↔ HHb
 
Regulação Respiratória do Balanço Acidobásico
O aumento da ventilação elimina o CO2 do líquido extracelular, que por ação das massas reduz a concentração de H+. Em contrapartida menor ventilação aumenta o CO2, elevando a concentração de H+ no líquido extracelular. Se a formação metabólica de CO2 aumenta a PCO2 do líquido extracelular também aumenta. Por outro lado, menor intensidade metabólica reduz a PCO2. Se a ventilação pulmonar aumenta, CO2 é expelido pelos pulmões e a PCO2 no líquido extracelular diminui.
Regulação Renal do Balanço Acidobásico
Os rins controlam o balanço acidobásico ao excretar urina ácida ou básica. Grandes quantidades de HCO3- são filtradas continuamente para os túbulos, e se forem excretadas na urina, removem base do sangue. Grandes quantidades de H+ são secretadas no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, removendo assim ácido do sangue. Se for secretado mais H+ do que HCO3-, ocorrerá perda real de ácido do líquido extracelular. Por outro lado, se for filtrado mais HCO3- do que H+ secretado ocorrerá perda real de base. Quando ocorre alcalose os rins não conseguem reabsorver todo bicarbonato filtrado, aumentando assim a sua excreção. Como HCO3- tampona o hidrogênio no líquido extracelular, essa perda de bicarbonato significa o mesmo que acrescentar H+ ao líquido extracelular. Dessa forma, a remoção de bicarbonato eleva a concentração de H+. Na acidose os rins não excretam HCO3- na urina, mas reabsorvem todo HCO3- filtrado e produzem novo bicabornato que é acrescentado ao líquido extracelular.
Os rins regulam a concentração de H+ do líquido extracelular por três mecanismos fundamentais: secreção de H+, reabsorção de HCO3- e produção de novos HCO3-.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
GASOMETRIA
pH
Bicarbonato
pCO2
Causas
ACIDOSE METABÓLICA:
1- Diabete melito (cetoacidose)
2- Acidose láctica
3- Insuficiência renal (ácidos inorgânicos)
4- Diarréia grave (perda de bicarbonato)
5- Drenagem cirúrgica do intestino (perda de bicarbonato)
ACIDOSE RESPIRATÓRIA :
1- Doença obstrutiva crônica das vias aéreas
2- Asma grave
3- Ataque cardíaco
4- Depressão do centro respiratório (drogas)
5- Fraqueza dos músculos respiratórios (poliomelite , esclerose múltipla)
6- Deformidades torácicas (trauma)
7- Obstrução das vias aéreas
ALCALOSE METABÓLICA:
1- vômito (perda de cátions hidrogênio)
2- Sucção nasogástrica (perda de cátions hidrogênio)
3- hipocalemia (baixa conc. plasmática de K+) leva a um aumento na excreção de H+
4- Administração endovenosa de bicarbonato (após ataque cardíaco)
ALCALOSE RESPIRATÓRIA :
1- Hiperventilação (ansiedade, febre)
2- Doenças pulmonares associadas com hiperventilação
3- anemia (fadiga e dificuldades respiratórias)
4- intoxicação por salicilatos
VALORES DE REFERÊNCIA
Saber para próximo bimestre!!!
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
Proteínas
- Macromoléculas mais importantes da célula.
- Metade do peso seco de muitos organismos.
- Instrumentos – expressam a informação genética
- Milhares de diferentes espécies na célula – função específica (gene)
- 20 aa primários
- ≠ sequência e quantidade
Composição
As proteínas são compostas por quatro elementos químicos principais: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Podem também estar associados ferro, enxofre e fósforo por exemplo. Estes elementos formam as subunidades das proteínas que são os aminoácidos. As longas sequências de aminoácidos (a partir de 70, antes são consideradas como polipetídeos) diferem entre si pela ordem e pela quantidade dos mesmos. 
Funções
As proteínas possuem inúmeras funções, dentre as quais pode-se citar:
- função estrutural – ex. proteínas de membrana, actina e miosina
- transporte de solutos apolares no sangue – hemoglobina e lipoproteínas (transporte LDL e HDL)
- transporte através de membranas – bombas de Na+/K+
- enzimática – amilase, anidrase carbônica
- defesa – anticorpos, lisozimas (saliva, bactericidas)
- movimentação celular – actina e miosina
- armazenamento de substâncias – ferritina
- nutricional
- reguladora – hormônios e neurotransmissores
Aminoácidos
grupo carboxila
grupo amina
 Carga pela variação do pH
	pH
	- COOH
pK ~2,3
	- NH2
pK ~9,0
	carga
	1,0
	- COOH
	-NH3+
	+
	7,4
	- COO-
	-NH3+
	zwitterion
	12,0
	- COO-
	- NH2
	-
PI = ponto isoelétrico
Aminoácidos essenciais precisa ingerir!
Histidina, Isoleucina, Leucina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano, Valina
Condicionalmente essenciais se não consumir o corpo produz!
Ligação Peptídica
É a ligação que ocorre entre dois aminoácidos nos ribossomos. A ligação ocorre por desidratação entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina de outro, de forma rígida, com caráter de dupla ligação e planar. 
1º aminoácido aminoterminal
último aminoácido carboxiterminal
Estrutura de Proteínas
Estrutura primária é a sequência linear dos aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
Estrutura secundária é a ajuste em que esses aminoácidos estabelecem com interações eletrostáticas entre os grupamentos químicos, formando dois tipos de conformação: α hélice (acima) e β pregueada (abaixo). 
Estrutura terciária é o formato tridimensional, gerada pelo empacotamento da estrutura terciária, com intensificação do aparecimento de interações por pontes de H ou dissulfeto ou ligações hidrofóbicas.
Estrutura quaternária é a união de 2 ou mais estruturas terciárias através de ligações de H, dipolo dipolo ou forças de Van der Waals.
Classificação quanto à forma
PROTEÍNAS GLOBULARES
- cadeias peptídicas fortemente enroladas
- forma globular ou esférica
- solúveis em sistemas aquosos (difundem facilmente)
ex: enzimas, proteínas sanguíneas de transporte e anticorpos
PROTEÍNAS FIBROSAS
- insolúveis em água- compridas e filamentosas
- cadeia polipeptídica estendida ao longo eixo
- função estrutural ou protetora
ex: queratina (cabelo e lã), fibroína (seda), colágeno (tendões), actina e miosina
Classificação quanto à composição dos aminoácidos
PROTEÍNAS SIMPLES
- por hidrólise liberam apenas aminoácidos livres
PROTEÍNAS CONJUGADAS
- apresentam outros componentes químicos além de a.a.
- porção protéica – APOPROTEÍNA
- porção não constituída por a.a. - GRUPO PROSTÉTICO
GRUPO PROSTÉTICO – importante na função biológica e são classificadas com base na natureza química do grupo prostético
DESNATURAÇÃO PROTÉICA 
Processo em que a proteína PERDE sua ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL e sua ATIVIDADE BIOLÓGICA. Perda total ou parcial das estruturas TERCIÁRIA e QUATERNÁRIA (rompimento). NÃO ocorre perda da ESTRUTURA PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA. DIMINUIÇÃO da SOLUBILIDADE ou torna-se INSOLÚVEL.
Agentes desnaturantes: 
- Calor 
- Extremos pH 
- Solventes orgânicos 
- Ureia 
- Detergentes 
- Metais pesados 
- Agitação vigorosa 
Príons 
-Os Príons apresentam-se em duas formas: a forma normal, não-causadora de doença, chamou-se PrPc (PrP celular); a forma patogênica foi chamada de PrPSc (PrP Scrapie). 
- A diferença entre os dois tipos de príons (PrPC e PrPSc) é somente uma questão de configuração molecular. 
- Enquanto o príon celular é uma proteína com uma estrutura dita alfa, em forma de hélice, o príon scrapie tem estrutura beta, em que a hélice se desdobra, formando uma fita esticada. 
Doenças Nutricionais e Genéticas podem Envolver Estrutura Secundária Enfraquecida 
- Escorbuto: não ocorre ligações covalentes cruzadas, com não formação da estrutura correta do colágeno. 
- Doenças de Menkes: a deficiência de cobre proporciona cabelo retorcido e retardo no crescimento. 
METABOLISMO DO FERRO
Formação das células sanguíneas = hemopoiese ou hematopoiese
Hemácias ou eitrocitos bicôncavas, 120 dias
Um homem adulto saudável contém cerca de 5,4 milhões de hemácias/μL de sangue 
Uma mulher adulta saudável contém cerca de 4,8 milhões de hemácias/μL de sangue 
IDADE x PRODUÇÃO DE ERITRÓCITOS
 Eritropoiese
Hipóxia nos rins (eritropoietina)
Testosterona
↓ teor de hemoglobina
↓ fluxo sanguíneo (isquemia)
Síntese de Hemácias e Hemoglobina
Para que ocorra o aumento da produção, tanto da hemoglobina quanto das hemácias, deve ocorrer hipóxia nas células renais. Com isto, aumenta a produção de eritropoietina no rim, este hormônio cai no sangue e vai para a medula óssea. Dessa forma, ocorre aumento no amadurecimento dos reticulócitos que são os precursores das hemácias. Por isso, ocorre aumento da quantidade de glóbulos vermelhos na circulação e maior entrega de O2 para os tecidos e também para o rim. Nesse momento para-se a produção de eritropoietina e a produção de hemácias. 
- Quando o ferro é absorvido pelo intestino delgado, combina-se no plasma com uma beta-globulina, a apotransferrina formando transferrina que é transportada no plasma. Essa ligação é fraca, então pode ser liberado em qualquer momento, a qualquer tecido. 
- O excesso de ferro é depositado em todas as células do organismo, especialmente nas células reticuloendoteliais e nos hepatócitos. 
- No citoplasma da célula combina-se a apoferritina, formando ferritina. O ferro da ferritina é conhecido como ferro de armazenamento e sua quantidade é variável, desde pequena, até grande. 
- Quantidades menores de ferro são armazenadas de forma extremamente insolúvel, hemossiderina. Quando a quantidade de ferro no plasma é muito pequena o ferro é removido da ferritina com facilidade maior que da hemossiderina. 
- Uma característica peculiar da molécula de transferrina é a forte ligação com receptores de membrana celulares dos eritroblastos na MO. Em seguida, juntamente com o ferro fixado a ela é ingerido pelos eritoblastos por endocitose. Nessas células, a transferrina libera o ferro diretamente nas mitocôndrias, onde ocorre a síntese de heme. 
- Quando eritrócitos completam tempo de sobrevida a hemoglobina é ingerida pelas células do sistema monócito-macrófago. 
1 = macrófagos no baço, fígado e medula óssea vermelha fagocitam hemácias danificadas e rompidas separam em globina e heme.
2= globina aminoácidos retilizados
3 = ferro removido do heme da hemoglobina associa-se com transferrina que age como pt de transporte
4 = complexo ferro-transferrina vai para MO vermelha para a hemopoiese. É necessário: ferro (heme), aa (globina), vitamina B12, ácido fólico.
5 = hemácias produzidas entram na circulação
6 = ferro removido do heme, porção não-ferrosa é convertida em biliverdina (pig verde) e depois em bilirrubina (amarelo-alaranjado) que entra no sangue e vai para o fígado, onde é secretada como bile. Esta vai para ID e depois IG.
7 = no IG a bilirrubina vira urobilinogênio. Uma parte vai para o sangue e é convertido em urobilina (pig. Amarelo), outra é eliminada nas fezes como estercobilina (cor marrom).
Formação da Porfirina
Fígado e Medula Óssea
Porfiria não forma porfirina no fígado
Moléculas Transportadoras de Ferro
Ferritina e Hemossiderina armazenam ferro.
Ceruloplasmina transfere sangue da ferritina para transferrina. 
A ceruloplasmina transforma ferro III da ferritina em ferro II para que ele se desligue da ferritina e atravesse a MP. No meio extracelular, a mesma ceruloplasmina retira 1 elétron do ferro, transformando novamente em ferro III para liga-lo na transferrina e ser transportado para a medula óssea. 
Hemocromatose = mais absorção e armazenamento de ferro que o normal.
A hemoglobina é uma proteína com estrutura quaternária, que possui 4 subunidades (2α e 2 β) e tem a função de transportar oxigênio no sangue. 
A mioglobina é uma proteína com estrutura terciária que tem a função de armazenar oxigênio nos músculos. Mioglobina é mais parecida com unidade β da hemoglobina.
Ligação Cooperativa 
Cada grupo heme transporta 1 O2. A ligação do oxigênio na hemoglobina ocorre de forma cooperativa, ou seja, a primeira molécula de O2 é difícil de ligar a hemoglobina proteína alostérica. Quando a primeira liga muda a conformação da subunidade facilitando a ligação do segundo oxigênio. Quando a 2ª receber facilita a ligação da 3ª.
Estado T ou tenso subunidades β + afastadas pobre em O2.
Estado R ou relaxado rica em O2.
Curva sigmoide cooperação com O2.
Cinética da Hemoglobina
Idade – quanto mais jovem, maior afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. A hemoglobina fetal tem mais afinidade por O2. Temperatura – quanto menor, maior a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. pH- quanto maior, maior a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. Presença de 2,3 Bifosfoglicerato – diminui afinidade da hemoglobina pelo oxigênio.
 
 Efeito Bohr
Propriedades do Sangue em Repouso
Soro sangue coagulado. Plasma sem proteínas.
Comparação entre hemácia normal e falciforme
Normal = globulosa, solúvel
Falciforme= fibrosa, insolúvel

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