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- A Hb humana é uma molécula tetramérica de dois polipeptídios α-globina e dois polipeptídios β-globina. Um único grupo prostético heme está associado não covalentemente a cada apoproteína globina. - As cadeias laterais das histidinas estão orientadas perpendicularmente e de cada lado do grupo prostético heme. Um dos nitrogênios do grupo imidazol da cadeia lateral da histidina proximal não variável (HisF8) está próximo o suficiente para ligar-se diretamente ao átomo de Fe2+. No lado oposto do plano do heme, a histidina distal (HisE7), a qual está muito longe do ferro do heme para a ligação direta, funciona para estabilizar o O2 ligado por ponte de hidrogênio. - Uma vez sequestrado dentro de uma bolsa hidrofóbica criada pelo peptídeo de globina empacotado, o heme está em um ambiente protetor que minimiza a oxidação espontânea do Fe2+ (ferroso) a Fe3+ (férrico: enferrujando) na presença de O2. Tal ambiente é também essencial para as globinas ligarem- se e liberarem O2. Se o átomo de ferro se tornasse oxidado ao estado férrico, o heme não poderia mais interagir reversivelmente com o O2, comprometendo sua função no armazenamento e no transporte de O2. - A maior fração de O2 transportada no sangue e armazenada nos músculos está complexada com o ferro (ferroso, Fe2+) nas proteínas Hb e Mb, respectivamente. A Hb é uma proteína tetramérica com quatro sítios de ligação ao O2 (grupos heme). O nitrogênio impede a mudança de ferro II para ferro III e a ligação do FeII é associada a ligações com a histidina e com as moléculas de oxigênio. - Composto por um anel porfirídico, o qual é constituído por uma histidina (confere estabilidade química para a ligação que será realizada com o ferro). - Hemoglobina adulto (HbA) - 4 cadeias (duas alfa e duas beta) - Hemoglobina fetal (HbF) – 4 cadeias (duas alfa e duas gama) = Modificação após o nascimento da criança/ Essa conformação confere ao feto uma maior capacidade de agregar o oxigênio - A Hb precisa ser capaz de ligar O2 eficientemente quando entra no alvéolo pulmonar durante a respiração e de liberar O2 para o ambiente extracelular com eficiência similar ou quando o eritrócito circula pelos capilares teciduais. - Quando a Hb desoxigenada se torna oxigenada, alterações estruturais significantes se estendem por toda a molécula da proteína. Na bolsa do heme, como consequência da coordenação do O2 com o ferro e uma nova orientação dos átomos na estrutura do heme, a histidina proximal e a hélice F à qual ela pertence mudam suas posições - Local de ocorrência da troca gasosa. - Pneumócitos tipo I: responsável pela troca gasosa - Pneumócitos tipo II: responsável pela liberação de surfactante (DPPC) - Presença de pequenos vasos (rede de capilares) em torno do alvéolo, pelos quais ocorrerão as trocas. - Grau de agitação dos gases permitem que passem pelas paredes de alvéolos e vasos, - Líquido que reduz de forma significativa a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração. Originam-se, pois, as forças de atração entre as moléculas adjacentes do líquido são muito mais fortes do que aquelas entre o líquido e o gás, resultando em uma diminuição da superfície líquida, gerando uma pressão no interior do alvéolo. - Composição: 80% de fosfolipídeos, 8% de lipídeos e 12% de proteínas. - Sintetizados e liberados pelos pneumócitos do tipo II. - Mecanismo que fundamenta a cooperatividade na ligação do oxigênio pela hemoglobina envolve uma mudança entre dois estados conformacionais da molécula da hemoglobina, a qual se difere na afinidade pelo oxigênio. - Transição entre essas estruturas é acompanhada pelo rompimento das ligações não covalentes existentes e a formação de novas nas interfaces dos heterodímeros. - Estado T (tensionado): pressão do oxigênio é baixa nos tecidos e há menor afinidade pelo oxigênio. . As interações entre os heterodímeros são mais fortes - Estado R (relaxado): pressão do oxigênio é alta, portanto, tem maior ligação da hemácia com o oxigênio (pulmões) e maior afinidade pelo oxigênio. . As ligações não covalentes são, no total, mais fracas. - Apenas uma molécula de 2,3-BPG liga-se a esse sítio. Uma consequência fundamental das diferenças conformacionais entre os estados T e R é que a Hb desoxigenada interage preferencialmente com o 2,3-BPG negativamente carregado. - pH: A afinidade da Hb pelo oxigênio é muito sensível ao pH, um fenômeno conhecido como efeito Bohr. O efeito Bohr é descrito como um deslocamento para a direita na curva de saturação pelo O2 com o decréscimo do pH. Uma concentração maior de H+ (pH diminuído) favorece uma P50 aumentada (afinidade menor) para a ligação do O2 com a Hb, equivalente a um deslocamento dependente de H+ da Hb do estado R para o estado T. - CO2: A capacidade do CO2 de alterar a afinidade da Hb pelo O2 está intimamente relacionada ao efeito Bohr. O aumento na pCO2 nos capilares venosos diminui a afinidade da Hb pelo O2. Consequentemente, ocorre um deslocamento para a direita na curva de saturação pelo ligante conforme a pCO2 aumenta. CO2 é o principal produto da oxidação mitocondrial e, assim como o H+, é particularmente abundante em tecidos metabolicamente ativos. Uma vez se difundindo no sangue, o CO2 pode reagir com a Hb oxigenada, deslocar o equilíbrio na direção do estado T e promover a dissociação do O2 ligado. - Temperatura: Músculos em exercício não produzem apenas os efetores alostéricos H+ e CO2 como produtos do metabolismo aeróbico, mas também liberam calor. Como a ligação de O2 ao heme é um processo exotérmico, a afinidade da Hb pelo O2 diminui com o aumento na temperatura. Portanto, o microambiente de um músculo em exercício favorece profundamente uma liberação mais eficiente de O2 ligado à Hb no tecido circundante. - 2,3-BPG: Quando ligado à Hb, causa um aumento marcante na P50. Em uma extremidade do eixo de simetria bipolar, dentro da estrutura quaternária da Hb, existe uma fenda estreita definida por aminoácidos catiônicos de subunidades β-globina justapostas. Apenas uma molécula de 2,3-BPG liga- se a esse sítio. Uma consequência fundamental das diferenças conformacionais entre os estados T e R é que a Hb desoxigenada interage preferencialmente com o 2,3-BPG negativamente carregado. 2,3 2,3 - Sintetizada nos eritrócitos humanos em um desvio de uma etapa da via glicolítica. - Tem por função estabilizar a hemoglobina no seu estado funcional T (menor afinidade por oxigênio), com a finalidade de facilitar a liberação de O2 para os tecidos. - Enzimas que catalisam essas ações são sensíveis ao pH e à temperatura. - Age na 7ª etapa da glicólise, promovendo a desfosforilação do 1,3-difosfoglicerato. - Durante a hipóxia crônica (pO2 diminuída) secundária a uma doença pulmonar, anemia ou choque, o nível de 2,3-BPG aumenta. O resultado é uma maior estabilização do estado T desoxigenado, de baixa afinidade, e um deslocamento adicional da curva de saturação para a direita, o que facilita a liberação de mais O2 para os tecidos. Na maioria das circunstâncias, o deslocamento à direita tem um efeito insignificante na saturação da Hb pelo O2 nos pulmões. - O equilíbrio acidobásico envolve os pulmões, os eritrócitos e os rins. Os pulmões controlam as trocas de dióxido de carbono e oxigênio entre o sangue e a atmosfera; os eritrócitos transportam gases entre os pulmões e os tecidos; e os rins controlam a síntese de bicarbonato plasmático e a excreção do íon hidrogênio. - Os pulmões, os rins e os eritrócitos contribuem para a manutenção do equilíbrio acidobásico. Os pulmões controlam as trocas gasosas com o ar atmosférico. O dióxido de carbono gerado nos tecidos é transportado no plasma como bicarbonato; a hemoglobina dos eritrócitos contribui para o transporte de CO2. A hemoglobina também faz o tamponamento do íon hidrogênio derivado do ácido carbônico. Os rins reabsorvem o bicarbonatofiltrado nos túbulos proximais e produzem bicarbonato de novo nos túbulos distais, onde existe uma secreção efetiva de íon hidrogênio. Hb, hemoglobina. - Variação de pH: ocorre com os restos metabólicos que são liberados do sangue. . Oxidação da glicose: liberação de íons H+ . Quebra de aminoácidos: podem gerar amônia e sulfato . Respiração anaeróbica: gera o piruvato + NADH, que geram lactato e íons H+. - pH ácido: Uma concentração maior de H+ (pH diminuído) favorece uma P50 aumentada (afinidade menor) para a ligação do O2 com a Hb, equivalente a um deslocamento dependente de H+ da Hb do estado R para o estado T. - O pH sanguíneo é proporcional à razão entre o bicarbonato e a pressão parcial de dióxido de carbono. - Os componentes respiratório e metabólico do equilíbrio ácido-base estão intimamente ligados: um tenta compensar as alterações prejudiciais do outro. Quando o distúrbio primário é respiratório e causa acumulação de CO2, ocorre um aumento compensatório na reabsorção de bicarbonato pelo rim. Inversamente, a diminuição da pCO2 causará uma resposta renal, levando à diminuição da reabsorção de bicarbonato. - Quando o problema primário é metabólico, a diminuição da concentração de bicarbonato e a consequente diminuição do pH estimulam o centro respiratório a aumentar a frequência ventilatória. O CO2 é expirado e a pCO2 diminui. É por isso que pacientes com acidose metabólica hiperventilam. Por outro lado, o aumento do bicarbonato plasmático (causando um aumento do pH) leva à diminuição da frequência ventilatória e à retenção de CO2. Assim, a alteração compensatória tende sempre a normalizar a razão [bicarbonato]/pCO2, ajudando a trazer o pH de volta ao normal - Sistemas-tampão . O principal tampão que neutraliza os íons hidrogênio liberados pelas células é o bicarbonato. Outro tampão importante é a hemoglobina, que contribui para o tamponamento do íon hidrogênio gerado pela reação da anidrase carbônica. No interior das células, o íon hidrogênio é neutralizado por tampões intracelulares, principalmente as proteínas e os fosfatos. - Acidose: aumento primário da pCO2 ou a diminuição da concentração plasmática de bicarbonato. Uma concentração maior de H+ (pH diminuído) favorece uma P50 aumentada (afinidade menor) para a ligação do O2 com a Hb, equivalente a um deslocamento dependente de H+ da Hb do estado R para o estado T. . Desse modo, a acidose metabólica caracteriza-se pelo aumento primário da pCO2 ou a diminuição da concentração plasmática de bicarbonato. . Pode ser causada por um metabolismo anormal, o corpo produz excesso de ácido nas fases avançadas de choque (acidose lática) e em diabetes mellitus tipo 1 mal controlado (cetoacidose diabética). Além disso, pode ocorrer através da perda de bicarbonato pelo trato digestivo, devido á diarreia ou ileostomia. - Alcalose: diminuição da pCO2 ou o aumento do bicarbonato plasmático, o qual causa um aumento do pH) leva à diminuição da frequência ventilatória e à retenção de CO2. Durante exercícios intensos (anaeróbios) ocorre a liberação de ácido lático, promovendo a redução do pH e consequente estímulo à hiperventilação, que pode resultar na queda da pressão parcial de CO2 arterial. - Ataca as vias aéreas superiores e inferiores https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipotens%C3%A3o-arterial-e-choque/choque - Acessa a célula a ser parasitada via ECA (enzima convertora de angiotensina) e segue até o núcleo onde realizará a replicação do seu material genético. - O COVID possui alta afinidade às células do sistema respiratório, ao penetrá-las inicia o processo de replicação, o qual ocorre rapidamente por ser um vírus de RNA de fita simples. - Os alvéolos (locais de realização das trocas gasosas) passam a ter o funcionamento de seus pneumócitos prejudicado e passa a ser preenchido por um líquido, decorrente do processo inflamatório subsequente. - O vírus leva a injúria dos pneumócitos do tipo I, responsáveis pelas trocas gasosas, fazendo com que esse processo seja inibido devido à presença de líquido em seu interior, e dos pneumócitos do tipo dois, responsáveis pela produção de surfactante e manutenção do alvéolo sempre aberto para manutenção do estado anatômico (impede o colabamento), fazendo com que as paredes alveolares tornem-se flexíveis tendam a fechar. - O processo inflamatório caracteriza-se pela liberação de interleucinas (destaque para IL-1 e IL-6) e fatores de necrose tumoral (TNF-alfa), mediadores inflamatórios que viabilizam uma cascata metabólica a fim de combater o vírus. CONSEQUÊNCIAS 1º afetado: pneumócito do tipo II 2º afetado: pneumócito do tipo I – leva a hipóxia Aumento da permeabilidade capilar - FUNCIONAMENTO DA TNF-α . Possui 3 vias de resposta intracelular, intermediada por processos que ocorrem no meio extracelular. . A TNF- α encaixa-se em receptores de cnase (TNFr), os quais promoverão o desencadeamento de uma resposta intracelular. Inicialmente, o TNFr dispara a TRAD, a qual pode levar a duas diferentes respostas: morte celular (apoptose) ou multiplicação celular. . Apoptose *Ao ser fosforilado, o TRAD ativa o FADD, o qual funciona como start de proliferação química para a pró-caspase 8, esta será convertida em caspase 8. * A caspase 8 promoverá a ativação de uma resposta mitocondrial de uma unidade proteica chamada Bid, a qual possui 2 subunidades (Bak e Bax). As subunidades comunicar- se com o interior da mitocôndria para a promover a liberação de citocromo C. * Liberação de citocromo C gera uma resposta de ativação de uma nova caspase (caspase-9), que sinalizará a caspase-3, esta ativará CAD o qual levam a apoptose. . Proliferação Celular * Processo que bloqueia a via de apoptose. * TRAD sinaliza RIP e este comunica-se com TRAF-2, o qual tem caminhos que levam a diferentes respostas. Inicialmente, interage com a cIAP para que ela bloqueie a atividade das caspases (processo anti-apoptótico). * 2ª via: TRAF-2 ativa NIK e este desencadeia várias outras unidades proteicas a fim de sinalizar a produção de células imunes, realizada pelas NF-κβ. * 3ª via: via auxiliar no processo de proliferação de células imunes. TRAF-2 pode ativar a via da MKK3 ou da MEKK1, as quais chegaram no mesmo ponto com a produção de cFos e cJus. Estes, funcionarão como fator de transcrição a fim de promover mitose. - FASES PULMONARES 1- Proliferativa: presença de macrófagos, linfócitos T e outros = elementos de resposta imunológica 2- Fibrótica: com comprometimento da estrutura e funcionamento alveolar, a fim de tentar corrigir as lesões causadas no alvéolo. Estruturas proteicas fibrosas vão reparar as lesões provocadas (“cicatrização”), essas estruturas impedem que haja uma nova distensão alveolar. Obs: pode haver a perda de funcionalidade alveolar e ocorre em outras patologias, como no caso do efisema pulmonar.
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