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Custos Logísticos A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Valquiria Pinheiro de Souza Revisão Textual: Profa. Ms. Rosemary Toffoli 5 • Introdução • Gestão de estoque na cadeia logística • Administrando os estoques Em um primeiro momento, analisaremos a – Gestão de Estoques na Cadeia de Logística. Veja o item Mapa Mental, para entender de forma sintetizada e estruturada a visão holística desta unidade. Leia o conteúdo teórico, em material complementar, você pesquisará um pouco mais sobre o tema da unidade III– Gestão de Estoques na Cadeia de Logística. · Nesta disciplina, trataremos de alguns aspectos de Gestão de Estoques na Cadeia de Logística. Para o estudo desses aspectos, usaremos como base os conceitos de Introdução à gestão de estoque na cadeia logística; Gestão de estoque na cadeia logística Gestão do processo de classificação de materiais; Administrando os estoques. A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística 6 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Contextualização O mercado exige das empresas atuar com velocidade e flexibilidade sem relegar a oferta de produtos e serviços com preços reduzidos e elevados níveis de qualidade. A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística refere-se às mercadorias, produtos (finais ou inacabados) ou outros elementos na posse de um agente econômico (empresa). É usada, sobretudo, no domínio da logística e da contabilidade. A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente todo o tipo de empresas. Desde o início da sua história, que a humanidade tem usado estoques de variados recursos, de modo a suportar o seu desenvolvimento e sobrevivência, tais como ferramentas e alimentos. No meio empresarial, se, por um lado, o excesso de estoques representa custos operacionais e de capital empatado, por outro, níveis baixos de estoque podem originar perdas de economias e custos elevados devido à falta de produtos. Regra geral, não é tarefa fácil encontrar o ponto ótimo ou mais conhecido como ponto de equilíbrio de estoque. Com a competição global, a logística tem como desafio identificar esse ponto de equilíbrio para sustentar a qualidade da prestação de serviços, atender às necessidades dos clientes e, ainda, não onerar o consumidor com custo muito alto e forte aumento de preços. 7 1. Introdução Foi visto no capítulo anterior que supply chain (Ching, 2010, p.67), ou cadeia de logística integrada, tem como uma das principais finalidades agregar valor ao cliente sob diversas formas já demonstradas. O conceito de valor ao cliente pode ter diversas interpretações, o valor agregado ao cliente pode ser entendido como proporcionar ao cliente produtos e serviços que têm um valor maior do que os oferecidos por concorrentes em mercados semelhantes. O mercado é formado por empresas- cliente, conquistar mercado significa deslocar concorrentes dos clientes em comum. Para o cliente privilegiar um fornecedor em relação a outro, este deve proporcionar algo mais (ou valor) que seus concorrentes não ofereçam. Para (Ching, 2010, p.67), o valor para o cliente pode ser interpretado como o valor presente da diferença entre o que ele estaria disposto a pagar pelos produtos e serviços do fornecedor menos o que o fornecedor recebe como receita, isto é, o preço que o cliente paga. Se, no entanto, o fornecedor aumentar seus preços e todos os demais fatores permanecerem os mesmos, esta percepção do valor pelo cliente diminuirá ou terá um efeito negativo. Isso pode resultar em volumes menores de compras ou, o que é pior, desviar seus volumes para outros fornecedores concorrentes. O cliente pode entender que outro(s) fornecedor(es) esteja(m) proporcionando um valor maior a ele. Para Pensar Como o cliente pode perceber o valor agregado do produto ou serviço? De acordo (Ching, 2010, p.68), com o valor percebido pelo cliente está na melhor combinação entre qualidade, serviço ao cliente, preço e prazo de entrega para os produtos e serviços demandados pelos clientes. Qualidade X Serviço ao Cliente Preço X Prazo De Entrega Valor = Um melhor desempenho na cadeia de logística requer: • Maior qualidade nos processos; • Focar nas necessidades do serviço prestado ao cliente; • Prover melhoria na estrutura de custos, ou seja, o que é repassado no preço do produto ou serviço; • Reduzir de prazos (produção e entrega); 8 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Uma cadeia de logística tradicional tem um time-to-marketing (ciclo de reposição) muito extenso, estoque de abastecimento elevado e sobrecarga de custos onerosa. O estoque de abastecimento (Ching, 2010, p.69) ao longo de toda a cadeia pode chegar tranquilamente a 200 dias parados nas fábricas, armazéns, depósitos e lojas, sem contar o estoque parado no fornecedor da matéria-prima. Fonte: (Ching, 2010, p.69) - Time-to-market de uma cadeia de logística tradicional. Em termos de custos do produto, vejam. Fonte: (Ching, 2010, p.69) 9 Um produto que é vendido ao consumidor a $ 300 tem a seguinte estrutura de custo: Fonte: (Ching, 2010, p.70) Para um preço final de venda de $ 300, o custo total da cadeia de logística é de $ 84 e a margem total realizada na cadeia de $ 216. Para Pensar Por que essa margem tão alta em relação aos custos? É preciso tomar cuidado na análise e considerar que existe um efeito em cascata nas margens de venda. A margem de venda do fabricante vai incidir sobre toda a sua estrutura de custos. O que é preço de venda do fornecedor (na qual inclui uma margem de $ 6) passa a ser seu custo variável, e, consequentemente, sua margem de venda de $ 38 incide sobre seus próprios custos ($ 62) mais o preço de compra (preço do fornecedor) ($ 20). Esse mesmo raciocínio vale adiante. A margem de venda do atacadista incide sobre seu custo de aquisição de $ 4 + o preço de compra de $ 120. Em resumo o consumidor acaba pagando o preço. As empresas que conseguirem reduzir esse efeito oneroso para o consumidor vão agregar valor a ele e conquistar um diferencial competitivo difícil de ser alcançado por seus concorrentes. Para tanto, devem ser criativas, na busca da melhor solução. (Ching, 2010, p.70) A cadeia de logística integrada, supply chain, surge como a proposta de solução. Alguns custos já não existiriam nesse novo contexto. Os custos de aquisição de $ 12 seriam eliminados. Uma parcela significativa dos custos indiretos de fabricação pode ser reduzida em consequência dos pedidos firmes dos clientes, redução dos níveis de estoques, menos trabalho de engenharia com programação set up de máquinas etc. Então, uma redução de 1/3 é factível, e ela será igual a $ 11. 10 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Em termos de custos variáveis, o supply chain vai proporcionar maior confiabilidade do processo de fabricação com melhoria da qualidade e diminuição dos níveis de retrabalho, perdas e sucatas etc. uma redução mínima de 10% pode ser esperada, e ela será igual a $ 4. O somatório da economia desses três custos totaliza $ 27. Refletindo essas economias nas estruturas dos quatro integrantes da cadeia e calculando as margens de venda especificas de cada integrante, terminaríamos com um preço de venda de $ 220 ao consumidor. O consumidor teria um ganho de $ 80, ou uma redução de 27%. A proposta final do supply chain vai mais além. Parte-se do preço que o consumidor final estaria disposto a pagar pelo produto ou serviço e aplica-se um desconto para se chegar ao preço final de venda. Esse desconto ou diferença é o valor agregado para o cliente. A partir daí, o cálculo é feito para trás, aplicando margens de venda consistentes para todos os integrantes para se achar aos respectivos preços de venda. (Ching, 2010, p.71) Margem consiste não significativa margem igual para todos os integrantes da cadeia. Significativa margem que respeita a empresa e sua estrutura de custos após todos osganhos e economias já refletidos. Isto significa que o fornecedor ou o cliente não vão querer tirar vantagem um do outro, caso lhes seja possível. (Ching, 2010, p.70) A relação fornecedor-cliente é de total confiança e respeito mútuo, e tem como objetivo final vender com um valor agregado ao consumidor. O preço final pode ser de $ 220, $ 250 ou $ 180. Com base nesse preço, todos os integrantes discutem uma margem consistente para cada um (que pode se menor do que estava sendo praticado), e o resultado final é um aumento nos volumes e clientes satisfeitos. Uma palavra final sobre o time-to-marketing, ou ciclo total da cadeia de logística. Uma redução desse prazo não somente cria considerável vantagem competitiva, mas também contribui para reduzir custos e aumentar o volume. Um estudo da Andersen Consulting mostra que com o supply chain uma empresa de produtos ao consumidor reduziu o time-to-market em 40% e os custos de operação em 9%, além de gerar vendas incrementais de US$ 8 milhões. (Ching, 2010, p.71) Vejam o exemplo na figura a seguir: Fonte: (Ching, 2010, p.72) 11 Da avaliação da situação atual da empresa (Ching, 2010, p.73), bem como das tendências deve sair uma lista de oportunidades e pontos fracos, tais como: • Níveis de estoques atuais e esperados; • Capacidade e competências atuais e demandadas; • Tecnologias e sistemas a serem desenvolvidos; • Processos estratégicos que devem ser integrados; • Práticas adotadas por todos os integrantes; • Relacionamento entre os integrantes; • Custo total da cadeia; • Ciclos dos produtos; • Níveis de serviço atuais e esperados; • Valor a ser criado aos clientes. A logística representa um fato econômico em virtude da distância existente tanto de recursos (fornecedores), quanto de seus consumidores – e esse é um desafio para a logística. Se a logística conseguir diminuir o intervalo entre sua produção e a demanda, fazendo com que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem, fica comprovado que ambos serão favorecidos, empresa e consumidor. A logística gera um ambiente competitivo que remete á dar melhores condições de sobrevivência para as empresas e isto se justifica porque as empresas estão instaladas num ambiente dinâmico em processo acelerado de constantes mudanças, em razão dos avanços da tecnologia, alterações na economia e em outros fatores, a empresa tem de se adaptar a todo instante às novas realidades, colocando à prova seu desempenho e procurando sempre superar sua gestão empresarial. 2. Gestão de estoque na cadeia logística Para Lucena e Almeida (2012) a administração de materiais na empresa é um conjunto de atividades com a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização, no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo melhor preço. 12 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Independente do ramo de atividade da empresa, quase todas as atividade requer materiais e serviços. Em geral, no comércio, o envolvimento com materiais atinge de 70% a 85% do orçamento, na indústria entre 50% a 65%, e em prestadora de serviços está entre 10% a 15%. Lucena e Almeida (2012) As principais atribuições da área de controle de materiais. Administração de estoques Controlar as compras pendentes de entrega; Estabelecer os níveis de estoques; Determinar dos métodos de reposição de estoque; Classificar os materiais para melhor controle; Controlar fisicamente os materiais / mercadorias. Administração de compras Definir os processos de compra; Estabelecer políticas de negociações; Auditar – estabelecer diligencia de compras; Manter um cadastro e parcerias com fornecedores. Administração física Definir processos de recebimento e expedição de materiais; Controlar a movimentação de materiais; Determinar métodos de armazenagem; Controlar a alienação de materiais. Fonte de autora - adaptado: Lucena e Almeida (2012) Para Lucena e Almeida (2012) o sistema de administração de materiais pode ser, decomposto em vários subsistemas, tais como: • Gestão de estoques: responsável pela gestão econômica dos estoques, por meio do planejamento e da programação da compra de material; • Classificação de material: responsável pela identificação (especificação), codificação e cadastramento de todos os materiais. • Cadastramento de fornecedores: encarregado da pesquisa de mercado e do cadastramento dos fornecedores; 13 • Aquisição: responsável pela gestão, negociação e contratação de compras de material através do processo de licitação. • Diligenciamento: responsável pelo acompanhamento do fornecimento de compras. • Movimentação de materiais: responsável pela seleção de equipamentos e formas de movimentação de materiais dentro da empresa. • Armazenagem: encarregados pela gestão física de materiais, compreendendo a guarda, preservação, embalagem, expedição e recepção dos materiais. • Inspeção de recebimento: encarregado da verificação física e documental do recebimento do material podendo verificar os atributos qualitativos exigidos pela empresa. • Alienação de material: responsável pelo estudo e proposição de alienação (venda, doação, permuta de itens obsoletos e irrecuperáveis à organização). • Padronização e normalização de material: cabe à obtenção do menor número de variedades existentes de determinado tipo de material. O conjunto dos sistemas de administração de materiais e suas respectivas unificações e especificação direciona medidas para redução de estoques. 2.1 Gestão de processo de classificação de materiais O processo de classificação é destinado ao apoio das atividades de suprimento. A classificação de materiais visa à identificação, codificação e catalogação de todos os itens de material de uma organização. O sistema de classificação é primordial para qualquer área de material, pois, sem ele, não pode existir um planejamento eficiente de estoques, aquisições corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento. Existem diversos materiais/produtos que são semelhantes e um dos objetivos da classificação dos produtos é estabelecer controles para que um produto não seja confundido com outro. Cada produto tem um código especifico que permitirá: • Identificar o produto; • Definir modelos e referencial; • Descrever o detalhamento do item (cor, tamanho, gramatura, etc.); • Apresentar características que individualizem o produto independente das referências do fabricante. • Atribuir uma nomenclatura padronizada aos itens (produtos/materiais); • Identificar as descrições técnicas (aspectos físicos, químicos, elétricos); • Conter informações de aplicação, embalagem unidade de fornecimento. 14 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística 3. Administrando os estoques Estoque representa qualquer quantidade de material / produto que seja de alguma forma armazenada, para utilização futura (venda, entrega, consumo interno, etc.) durante um determinado período. Exemplos: Indústria: • Matéria prima no almoxarifado / estoque (galpão); • Matéria prima no processo de produção; • Produtos acabados no almoxarifado; • Materiais auxiliares ou complementares dos produtos; Comércio: • Produtos no almoxarifado / estoque (galpão); • Produtos nas prateleiras e gondolas; Serviços: • Materiais no almoxarifado; • Materiais auxiliares necessários à realização dos serviços; Principais objetivos do controle de estoques • Evitar desvios, perdas, validade e furtos; • Identificar as necessidades de reposição do estoque; • Identificar itens que não tem giro de vendas, ou seja, estão encalhados; • Entender a influência do estoque nos custos da empresa; • Analisar a capacidade de capital de giro para manter os estoques justos; • Estabelecer processos que informe o departamento de compras “quanto, quando e o que comprar”. A seguir um roteiro resumido de como administrar os estoques: a) Manter um inventáriofísico período dos estoques (controle e contagens); b) Estabelecer as previsões de vendas e consumo; c) Identificar as curvas ABC dos estoques; 15 d) Parametrizar os estoques, como: i. Tempo de reposição; ii. Estoque mínimo de segurança; iii. Estoque máximo. e) Estabelecer um modelo de gestão de estoques – tipo de reposições continua ou periódica; f) Analisar os processos de estoque – giro de estoque. A seguir um modelo de inventário de estoques Modelo Sebrae 2012. Conforme modelo acima o inventário de estoque segue os passos a seguir: • Proceder a um levantamento dos itens em estoque; • Criar um código para cada produto; • Contar e registrar a quantidade armazenada; • Identificar o valor unitário e calcular o valor total em estoque. 16 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística A seguir um modelo de previsão de vendas e consumo Conforme modelo acima sobre previsão de vendas e consumo segue os passos a seguir: • Proceder a um levantamento de todos os itens de estoque; • Calcular a media de vendas/consumo dos últimos meses Continua... A seguir um modelo de previsão de vendas e consumo 17 Continuação... Conforme modelo acima sobre previsão de vendas e consumo segue os passos a seguir: • Multiplicar o consumo médio pelo valor unitário, obtendo o valor monetário mensal de cada produto; • Somar todos os valores e obterá o valor total de consumo. Como obter a classificação ABC dos estoques? A curva ABC segrega os estoques em três grupos, demonstrando graficamente com eixos de valores e quantidades, que considera os materiais divididos em três grandes grupos, de acordo com seus valores de preço/custo e quantidades. Os materiais “classe A” representam a minoria da quantidade total e a maioria do valor total; “classe C”, a maioria da quantidade total e a minoria do valor total; “classe B”, valores e quantidades intermediárias. O controle da “classe A” é mais intenso; e os controles das “classes B e C”, menos sofisticados. Lucena e Almeida (2012) O primeiro passo é ordenar os itens de forma que se obtenham a classificação do maior valor para o menor valor. Veja exemplo a seguir: 18 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Descobrindo do ABC dos estoques, vejam passo a passo. • Acumular o valor dos custos totais (planilha ou sistema); • Calcular a participação percentual de cada item, dividindo seu valor mensal pelo valor total do estoque; • Classificar as classes, ou seja, ABC do estoque veja abaixo: Como analisar a classificação ABC dos estoques? Vamos lá!! Para os itens da Classe “A”: • Estes itens devem ocupar as posições mais estratégicas nas prateleiras, de fácil colocação e retiradas; • Manter um controle rigoroso de entrada, saída e saldos destes itens; • Comprar estes itens baseado em necessidades reais, calculadas; • Manter um estoque de segurança baixo; • Negociar com fornecedores a garantia de entrega para a segurança dos estoques baixo. 19 Para os itens da Classe “B e C”: • Manter um controle moderado evitando sua falta; • Comprar quantidades maiores, poisos baixos valores envolvidos nestes itens faz com que despesas como frete, contato com fornecedores, tornem-se mais elevados; • Manter estoques de segurança maiores. Como identificar estoque mínimo? Vejamos... Identificar a quantidade mínima de uma mercadoria ou matéria - prima que a empresa deve manter em estoque para atender as suas necessidades por determinado período. Então temos: Como identificar reposição estoque? Vejamos... Identificar a quantidade media mensal de produtos vendidos dividido pela frequência de compras da mercadoria/matéria-prima. 20 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Como identificar estoque máximo? Vejamos... Identificar a quantidade máxima de uma mercadoria/ matéria-prima que a empresa deve estocar, procurando evitar um comprometimento desnecessário dos recursos financeiros. O controle de estoques é uma fase fundamental para os procedimentos logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção considerável do capital da empresa. Portanto, gerenciar os estoques representa uma oportunidade de redução de custos e aumento da lucratividade da empresa. Existem razões para manter o estoque mínimo, pois a armazenagem de mercadorias traz uma margem de segurança, mas exige investimento por parte da empresa. O ideal é manter a melhor gestão possível de estoque, a fim de se manter o equilíbrio entre a oferta e a demanda e como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. De acordo com Lucena e Almeida (2012), estoques servem para uma série de finalidades, ou seja: • Melhorar o nível de serviço; • Incentivar economias na produção; • Permitir economias de escala nas compras e no transporte; 21 • Agir como proteção contra aumentos de preços; • Proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento; • Servir como segurança contra contingências. O grande desafio dos administradores de estoque é a necessidade de prever as vendas antes de se estabelecer os níveis desejados de estoque. Seu objetivo é garantir que os estoques necessários estejam disponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo tempo em que os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados. Lucena e Almeida (2012). O gerenciamento dos estoques nas empresas é fundamental para a diminuição dos custos. Estoques elevados e precariamente administrados são fatores que oneram o preço final dos produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. A competitividade das empresas no mundo globalizado exige uma correta manutenção desse ativo, sendo fundamental manter apenas as quantidades necessárias para a produção. 22 Unidade: A Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Material Complementar Nesta unidade, temos o material complementar que é o artigo da autora Fernanda Costa Rabelo, “GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE LOGÍSTICA INTEGRADA”. A relevância do material é a apresentação da gestão estratégica de custos, que surge como uma resposta para atender às demandas do sistema econômico com relação às novas perspectivas e alternativas proporcionadas pela remodelação dos mercados em um contexto de busca por melhoria contínua da competitividade. Caro(a) aluno(a), seja curioso! Utilize esses materiais como fonte de pesquisa. O artigo pode também ser encontrado no site a seguir: • “Gestão de Estoques na cadeia de logística integrada”. http://www.supplychainonline.com.br/arquivos/Gestao%20Estoques%20Cadeia%20 Integrada_1.pdf Link alternativo: SUBIR NO SERVIDOR E INSERIR LINK AQUI (PDF na pasta) Procure entender também, quais são órgãos que estruturam o setor da logística. Para tanto, leia: • ASLOG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA Site: http://www.aslog.org.br Amplie seus conhecimentos! Espero que esses materiais contribuam para o desenvolvimento profissional de todos vocês. http://www.supplychainonline.com.br/arquivos/Gestao%2520Estoques%2520Cadeia%2520Integrada_1.pdf http://www.supplychainonline.com.br/arquivos/Gestao%2520Estoques%2520Cadeia%2520Integrada_1.pdf http://www.aslog.org.br 23 Referências ASLOG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. Conceitos e logística de gestão da cadeia de suprimento. Disponível em http.://www.aslog.org.br/novo/a_aslog.php.acesso em: 20 janeiro de 20102. BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição. São Paulo: Atlas, 2007. BIO,Sérgio Rodrigues; FARIA, Ana Cristina; ROBLES, Léo Tadeu, Embusca da vantagem competitiva: trade-offs de custos logísticosem cadeias desuprimentos. Artigo publicado na Revista de Contabilidade CRC-SP, São Paulo, v.6, n. 19, p. 5-18, mar. 2002. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial: O Processo de Integração da Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. CHING, Hong Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada – Supply Chain.4.ed. São Paulo: Atlas,2010. CONSELHO DOS PROFISSIONIAS DE GESTÃO DE SUPRIMENTOS – CSCMP. Conceitos e logística de gestão da cadeia de suprimento. Disponível em http.://www.cscmp.org. acesso em; 12 janeiro de 20102. CRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pioneira, 1997. FARIA, Ana. Cristina.; COSTA, Maria de Fatima Gameiro. Gestão de Custos Logísticos: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 2011. FLEURY, P. F. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2007. LAMBERT, Douglas M.; BURDUROGLU, Renan; Measuring and selling the value of logistics.International journal of logistics management. [S.I.],v.11, no. 1, EUA, 2000. LA LONDE, Bernard J.: POHLEN, Terrance L. Issues in supply chain costing. 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