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Modalidades Ventilatórias em Ventilação Mecânica

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As modalidades ventilatórias são a maneira pela qual os ciclos ventilatórios serão disponibilizados pelo ventilador (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Modalidade Controlada: Na VM, a modalidade controlada funciona de modo semelhante a um “dispensador” de ar com demandas fixas. O ventilador irá dispensar (liberar) cada ciclo respiratório em intervalos de tempo predefinido pelo operador, não permitindo que o paciente interfira, ou seja, dispare o ventilador. A modalidade pode ser ajustada com limitação a volume controlado ou pressão controlada (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Indicações: Paciente sob ventilação mecânica com necessidade de repouso absoluto da musculatura respiratória. Dentre as suas indicações, estão os pacientes que não conseguem realizar esforço respiratório (traumatismo raquimedular, depressão do SNC por drogas, bloqueio neuromuscular), intraoperatório de pacientes anestesiados, pacientes com sedação profunda e uso de relaxante neuromuscular (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Vantagens: Repouso muscular (desde que o paciente não apresente estímulo respiratório) (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Desvantagens: Em função de seu princípio de funcionamento, não permite a interferência do paciente (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Modalidade Assistido-Controlada (A/C): A modalidade A/C é derivada da ventilação mecânica controlada. A grande diferença é permitir o ajuste de sensibilidade, ou seja, o paciente é capaz de disparar o ventilador, se fizer um esforço. A modalidade A/C pode ser definida como o modo de ventilação mecânica no qual todos os ciclos são idênticos, independentemente do modo de disparo: ventilador/tempo ou paciente/sensibilidade (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Indicação: Recomendada como modo inicial para a ventilação mecânica de pacientes submetidos a intubação orotraqueal (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
	Vantagens: Há uma redução do trabalho muscular, por causa do repouso da musculatura respiratória. Em condições normais, a musculatura respiratória é responsável por cerca 2-5% do consumo calórico global. Em paciente com insuficiência respiratória, a musculatura respiratória pode ser responsável por 20-30% do consumo energético e em torno de 12% do consumo de oxigênio. Em situações críticas, a redução do gasto energético e do consumo de oxigênio é uma estratégia terapêutica fundamental. Garantia da ventilação pulmonar, a modalidade A/C permite que o operador exerça controle rígido sobre os determinantes da ventilação pulmonar (frequência respiratória e volume corrente) a assim garantir uma ventilação mínima para uma troca gasosa adequada (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015). 
Desvantagens: Não deve ser utilizada como método de desmame do paciente. Às vezes, o paciente necessita de sedação mais profunda. A principal desvantagem da modalidade A/C reside sobretudo na ocorrência da hiperventilação (aumento excessivo do volume-minuto) e suas complicações. Pacientes com febre, dor, agitação psicomotora, ansiedade, lesão cerebral grave e sepse, entre outros, são os mais susceptíveis (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Ventilação em Pressão de Suporte (PSV): A PSV é o método ideal de retirada progressiva do suporte ventilatório, nos pacientes que não podem respirar espontaneamente (sem suporte ventilatório invasivo), período esse definido como “desmame”. A modalidade PSV tem por princípio a “liberdade” de controle. Nessa modalidade, o paciente controla a frequência respiratória, a duração do ciclo e o esforço respiratório (consequentemente o volume corrente). Não há ciclos programados, todas as respirações são feitas com o auxílio de uma pressão mínima pré-ajustada (suporte) para vencer a resistência do circuito, tubo traqueal e sensibilidade. Todos os ciclos são espontâneos (relembrando: iniciados e terminados pelo próprio paciente). Não há frequência respiratória ajustada (programada pelo operador); assim, o paciente fica livre para respirar quantas vezes desejar por minuto. Ao contrário da modalidade pressão controlada, na qual a ciclagem ocorre após o término do tempo inspiratório, na PSV a ciclagem acontece após o ventilador detectar a queda do fluxo inspiratório (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Indicação: A modalidade PSV está indicada para pacientes que já resolveram a causa da insuficiência respiratória e estão iniciando o desmame ventilatório. Devem, na teoria, ter estabilidade cardiovascular (permitido o uso de baixas doses de drogas vasoativas), da mecânica respiratória (melhora da complacência e resistência), da troca gasosa (oxigenação adequada e normocapnia ou retorno aos valores basais em paciente retentores de CO2 ) e hidroeletrolítica (correção dos distúrbios acidobásicos e normalização dos níveis séricos de cálcio, magnésio, fósforo, sódio e potássio). Outro fator fundamental é que o paciente ideal deve apresentar drive e estímulo respiratório adequado (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Vantagens: É o método ideal para retirada gradual do suporte ventilatório. Maior conforto para o paciente, menor necessidade de sedação. O paciente controla o tempo inspiratório e a frequência respiratória. Traz menor risco de atrofia muscular (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).
Desvantagens: O risco de hipoventilação alveolar, como o método controlado a pressão, o ventilador garante a pressão ajustada, porém o volume corrente é variável. Todos os ciclos respiratórios são espontâneos, caso o paciente não dispare o ventilador: seja por alteração do drive respiratório, nível de consciência, ou por fadiga muscular, não haverá ventilação, o paciente apresentará apneia. Risco de hiperventilação alveolar, pense em um paciente com dor, febre, ansiedade ou respiração de Cheyne-Stokes. Nesses exemplos, podemos observar aumento da frequência respiratória e, consequentemente, do volume-minuto (MORATO; SANDRI; GUIMARÃES, 2015).

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