Buscar

APOSTILA DE SUINOCULTURA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Julia Silva
 
APOSTILA DE SUINOCULTURA
Medicina Veterinária
SANTOS, J.S.
1. INTRODUÇÃO
A carne suína se constituiu ao longo da história uma das mais importantes e nobres fontes de proteína da humanidade. No Brasil, os primeiros suínos foram trazidos pelos colonizadores portugueses, mas foi com a chegada dos imigrantes alemães, italianos e poloneses no século XIX é que os produtos de base suína se tornam uma verdadeira atividade econômica importantíssima em várias regiões do País e do Rio Grande do Sul. 
Em 1958 começa os primeiros trabalhos em melhoramento genético suíno ocorrendo a inversão do porco tipo banha para uma conformação de 30% anterior, 70% posterior, espessura de toucinho de 10-15mm e massa magra 55 – 60%, além de melhorias na sanidade, manejo e instalações.
O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de produção de carne suína, o país vem se destacando nos últimos anos como um dos principais produtores e exportadores mundiais desta carne. 
O rebanho suíno brasileiro tem a sua maior representação numérica, econômico e tecnológico na região Sul. A região Nordeste, que detém um rebanho muito grande, tem uma importância social e econômica expressiva para esses estados.
Na região Sul se concentra a maior parte das indústrias e, por consequência, uma tecnologia de ponta. - As regiões Sudeste e Centro Oeste também se têm destacado na suinocultura brasileira, haja vista os grandes investimentos que estão sendo implantados em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, principalmente.
A suinocultura é uma atividade importante para a economia brasileira, pois gera emprego e renda para cerca de 2 milhões de propriedades rurais. O setor fatura mais de R$12 bilhões por ano.
Produtos da Suinocultura
A carne suína presente na mesa de ricos e pobres de todo o mundo, a carne suína e seus derivados tem, ao longo dos últimos milênios, conquistado admiradores, graças ao seu sabor marcante e elevado valor nutritivo.
OBS: Devido a uma população mal informada pouco se tem feito para desmistificar a carne suína como vetor de doenças e de colesterol, embora essa informação já tenha sido esclarecida e anulada pela pesquisa científica, nos últimos anos. 
Uma das áreas onde encontramos muitos produtos obtidos do suíno é a área da medicina farmacêutica. Existem mais de 40 drogas utilizadas na medicina humana que são extraídas ou obtidas do suíno.
O couro suíno é muito utilizado para confecção de sapatos, bolsas, luvas, acessórios, carteiras, agendas. Utiliza-se o pelo do suíno para produção de pinceis, os dejetos dos suínos são usados em biodigestores na geração de energia térmica e elétrica. As vísceras dos suínos vão para produção de patês e farinha de vísceras na alimentação animal. 
Curiosidade: Os suínos são considerados o quarto animal em inteligência ficando atrás somente do homem, primatas e golfinhos.
2. ORIGEM E RAÇAS 
Taxonomia
· Classe: mamalia
· Ordem: ungulata
· Subordem: artiodactila (número par de dedos nas patas)
· Família: suidae
· Gênero: sus
· Espécie: Sus scrofa domesticus
Os suínos são o único artiodáctilo (biungulados) não ruminantes vivendo em domesticidade. Com base em suas origens, todas as raças de suínos domésticos conhecidas atualmente podem ser filiadas a três grandes espécies:
· Sus Scrofa - tipo céltico descendente do javali europeu
· Sus Vittatus - tipo asiático originário da Índia
· Sus Mediterraneus - tipo ibérico
No Brasil, os primeiros porcos (suínos) chegaram ao litoral paulista (São Vicente) em 1532, trazidos pelo navegador Martim Afonso de Souza. Pertenciam às raças da Península Ibérica, existentes em Portugal. Raças naturalizadas.
A partir do início do século XX que começaram os processos de melhoramento daquelas raças através das importações de animais das raças Berkshire, Tamworth e Large Black da Inglaterra e, posteriormente, das raças Duroc e Poland China.
Entre 1930 e 1940 chegaram às raças Wessex e Hampshire:
Na década de 50: Raça Landrace:
Na década de 60: Raça Large White: 
E na década de 70: os primeiros híbridos da Seghers:
Do suíno tradicional ao suíno light
O PORCO TIBO BANHA começou sua fase na época da domesticação, há 10 mil anos, o que perdurou até o início do século XX. O SUÍNO MODERNO começou a ser desenvolvido no início do século, através do melhoramento genético, com o cruzamento de raças puras.
Pressionados por uma melhor produtividade para tornar a espécie economicamente mais viável e pelas exigências da população por um animal com menos gordura, devido à substituição das mesmas pelas margarinas vegetais, os técnicos e criadores passaram a desenvolver um suíno com 30% de massa anterior e 70% de posterior. 
O suíno moderno apresenta menores teores de gorduras na sua carcaça e mais massas musculares proeminentes, especialmente nas carnes nobres, como o lombo e o pernil. Atualmente, graças aos programas de genética e nutrição, o suíno moderno apresenta de 55% a 62% de carne magra na carcaça, e de 1,5 a menos de 1,0 cm de espessura de toucinho. 
Raças Puras Com Registro Genealógico Criadas No Brasil
LANDRACE: Suas características básicas são prolificidade, habilidade materna e desempenho, sendo muito utilizada nos programas de produção de híbridos.
LARGE WHITE: A raça é muito utilizada na produção de híbridos e se caracteriza pela sua prolificidade.
DUROC: A rusticidade e a fácil adaptação a todas as regiões do país fizeram com que seu uso em cruzamentos industriais propiciasse melhoria na qualidade da carne das raças brancas. 
WESSEX: Apresenta como principais características, a prolificidade, rusticidade e habilidade materna. Foi uma raça preferida pelas granjas que utilizavam o sistema de produção extensivo ou criação ao ar livre. Como esse sistema é pouco utilizado no Brasil, os registros vêm diminuindo.
 
HAMPSHIRE: É uma raça que se caracteriza pela qualidade de carcaça, rusticidade e pela preferência dos criadores em usá-la nos cruzamentos.
 
PIETRAN: É uma raça que possui excelente massa muscular, sendo muito utilizada em cruzamentos. Apresenta, como principais características, ótimos pernis, menor camada de gordura e muito boa para cruzamentos.
 
Raças puras sintéticas
PURA SINTÉTICA TIA NESLAN: É uma raça que possui ótima prolificidade, habilidade materna e produção de leite. Possui a seguinte composição racial: LARGE WHITE, 16,6%; NEISHAN, 25,0%; XIA JING, 25%; HAMPSHIRE, 16,6%; e PIETRAIN, 16,6%.
PURA SINTÉTICA LACONIE: É uma raça que possui características de conformação, como ótima velocidade de crescimento, qualidade de carcaça, resistente ao estresse (HALnn) e livre do gene RN- (Rendimento industrial). 
Possui a seguinte composição racial: LARGE WHITE, 33,3%; HAMPSHIRE, 33,3%; e PIETRAIN, 33,3%.
PURA SINTÉTICA PENSHIRE: É uma raça que possui características de conformação, como ótima velocidade de crescimento, qualidade de carcaça, resistente ao estresse (HALnn) e livre do gene RN- (Rendimento industrial). Possui a seguinte composição racial: LARGE WHITE, 15,0%; DUROC, 35,0%; e HAMPSHIRE, 50,0%.
PURA SINTÉTICA EMBRAPA MS 58: Características produtivas - De conformação (LINHA MACHO) com maior quantidade de carne na carcaça, produção de carne magra e rusticidade, bem como boa conversão alimentar; De habilidade materna (LINHA FÊMEA) com produção de leitegadas maiores e rápido crescimento. Possui a seguinte composição racial: PIETRAIN, 62,5%; DUROC, 18,75%; e HAMPSHIRE, 18,75%. 
PURA SINTÉTICA EMBRAPA MS 60: Animais selecionados com base no percentual de carne na carcaça, complementada com características fenotípicas como tetos (fêmeas), comprimento, conformação e em especial aprumos. Possui a seguinte composição racial: PIETRAIN, 62,5%; DUROC, 18,75%; e LARGE WHITE, 18,75%.
RAÇA CRUZADA: Depende das raças envolvidas em cada tipo de cruzamento. O grande volume emitido se refere à LARGE WHITEversus LANDRACE e vice-versa. Representa 70,01% dos registros emitidos.
Características importantes 
· Nº de tetas: De 4 a 9 pares. Uma boa matriz deve ter de 6 a 7 pares de tetas funcionais;
· Temperatura corporal retal: Média de 38,7°C (adultos) e 39,8°C (leitões);
· FR: entre 20 a 30 mpm
· Pulsação: entre 60 a 120 bpm
· Possuem pele espessa, com camada de gordura subcutânea que aumenta com a idade;
· Olfato e paladar bem desenvolvidos;
· Pouca capacidade nasal sendo propenso à asfixia em razão de sua dificuldade respiratória nasal;
· Dificuldade de termólise: possuem glândulas sudoríparas afuncionais e utilizam a ofegação para dissipar o calor corpóreo extra;
· Gestação com duração média: 114 ± 3 dias (3 meses / 3 semanas / 3 dias)
· Ciclo estral: se repete a cada 21 dias;
Conceitos importantes 
3. SISTEMA DE CRIAÇÃO
No Brasil, a criação de suínos varia de acordo com as características históricas, culturais e socioambientais das regiões e de acordo com o capital disponível do produtor. Os sistemas de criação de suínos podem ser classificados em:
· Sistema extensivo
· Sistema intensivo confinado
· Sistema intensivo misto ou semiconfinado
· Sistema intensivo criado ao ar livre
· Sistema intensivo criado em cama sobreposta
Sistema extensivo
Os suínos são criados à solta, sem instalações e idades, sexo, raças diferentes – esse sistema requer grandes áreas. Dados de produtividade de um sistema extensivo de produção de suínos:
Sistema intensivo confinado
Nesse sistema, todos os suínos estão sobre piso e cobertura, É realizado todo o controle zootécnico e econômico da atividade. Cada fase de criação é desenvolvida em uma ou várias instalações - Baixo risco de transmissão de doenças e facilita a operação de limpeza, desinfecção e vazio sanitário. Controle rigoroso no Manejo de Dejetos: problemas de cunho ambiental
Sistema intensivo misto
Controle zootécnico e econômico semelhante ao sistema confinado. Utilização de piquetes para os machos reprodutores e porcos em gestação. As demais fases de criação, como lactação e leitões do nascimento ao abate, são mantidas em confinamento. Menor problema de casco e maior bem-estar para os reprodutores. Maior disponibilidade de área para sua implantação.
ÍNDICE DE DESFRUTE NO BRASIL
Causas Para O Baixo Índice De Desfrute Na Suinocultura Brasileira
· Criações extensivas.
· Abate clandestino.
· Comercialização individual.
· Deficiência da contabilidade da suinocultura.
· Baixa prolificidade e produtividade das matrizes.
· Manejo reprodutivo, alimentar e sanitário deficientes.
· Instalações inadequadas.
Dias Não Produtivos – Dnp: Os DNP podem ser definidos como os dias em que as fêmeas não estão gestando nem lactando, portanto, improdutivas no plantel - Os DNP devem ser rigorosamente controlados para garantir maior lucro. 
Calculo do DNP
Índices De Produtividade
Fases da criação de um sistema intensivo de produção de suínos
	-
	Idade (d)
	Peso Médio Final (kg)
	Duração Media (d)
	Amamentação (maternidade)
	0 a 28
	5 a 8
	21 a 28
	Creche
	28 a 63
	25
	35
	Crescimento
	63 a 105
	55
	42
	Terminação
	105 a 140
	100
	35
	Pôs-terminação
	140 a 160
	120
	20
	Reprodução
	>180
	>120
	-
Fase de amamentação: Nesta fase é importante fornecer aquecimento para os leitões, fornece um macroambiente mais ameno e adequado para a mãe produzir leite (colostro) e garantir que os leitões recebam as imunoglobulinas para o seu bom desenvolvimento inicial - É imprescindível que os leitões mamem o mais rápido possível logo após o nascimento. 
 
Fase de creche: Nesta fase a maior atenção deve ser com relação às mudanças da alimentação: evitar diarreia e infecções oportunistas. 
Fase de crescimento: Nesta fase tem que atentar para a composição do ganho de peso dos animais, é a fase em que ocorre a maior deposição de proteína em relação à deposição de gordura na carcaça. 
 
Fase de terminação: Na fase de terminação o GP é acentuado e a ingestão de alimentos é elevada, A composição do GP se altera em relação a Fase de Crescimento: maior deposição de gordura em relação à deposição de proteína na carcaça. 
Fase pos-terminação: É a fase mais recente no sistema de produção de suínos, os animais devem ser de genéticas melhoradas para responderem bem a essa fase. Proporciona maior crescimento e rendimento corporal dos animais, possibilitando aumentar o número de cortes na carcaça. Foi criada para atender à demanda por um produto suíno diferenciado no mercado. 
Fase de reprodução: Nesta fase o objetivo é aumentar o número de nascidos viáveis e garantir o maior número de terminados por porca por ano.
 
4. MANEJO DE LEITÕES DO NASCIMENTO AO ABATE
Fase de aleitamento
Fase de vidas dos suínos considerada CRÍTICA: podem ocorrer perdas significativas de leitões, principalmente, na 1ª semana de vida. Principais causas de perdas de leitões:
· Alimentação
· Manejo
· Cuidados higiênicos-sanitários
· Instalações
· Equipamentos
OBS: É IMPORTANTE manter a maternidade isenta de umidade, frio e calor excessivos.
Preparo da maternidade
O ambiente da maternidade deve ser limpo, seco e calmo. Verificar o funcionamento dos equipamentos: bebedouro, comedouro, escamoteador
Vazio sanitário: mínimo de 5 dias 
Transferência da porca: pelo menos, 7 dias antes do parto 
Temperatura: em torno de 16 a 22°C. Manejo de cortina. A oscilação térmica pode favorecer o aumento na duração do parto e na taxa de natimortos 
Fornecimento de água: uma porca em lactação consome entre 20 a 30 l por dia. É importante que o bebedouro libere, pelo menos, 2 litros/minuto.
Momento do parto
O parto é uma das etapas mais CRÍTICAS no processo global da produção de suínos, tanto em relação ao bem-estar da porca como dos leitões. Sempre que possível, o parto deverá ser assistido pelo tratador e só fazer intervenção quando necessário.
Cuidados com os leitões recém-nascidos 
Enxugar os leitões recém-nascidos: Para evitar perda de calor Uso de pós-secantes: diminui a perda de calor e desidratação dos leitões
Orientar E Auxiliar Na Primeira Mamada: Para que os leitões para que possam ingerir o colostro nas primeiras 24h de vida Quando a mãe não puder fornecer o colostro, transferir a leitegada para outras porcas recém-paridas.
OBS: Em caso de emergência: fornece colostro artificial.
Corte E Desinfecção Do Cordão Umbilical: Procedimento indispensável.
Fornecimento De Calor Aos Leitões: Os leitões apresentam um sistema termorregulador fisiologicamente imaturo, ao nascimento, o ambiente externo é mais frio que o útero. Os leitões para manter sua temperatura corporal, consomem as poucas reservas de glicogênio do fígado. O colostro é importante não só do ponto de vista imunológico, mas também para manutenção das reservas corporais devido ao seu alto teor de energia. Após a 1ª mamada, os leitões devem ser colocados sob fonte de calor (escamoteador).
Corte Dos Dentes E Do Terço Final Da Cauda
Dentes: corte ou desgaste bem rente a gengiva – não deixar pontas nos dentes;
Cauda: evitar vícios e o canibalismo. Utilizar bisturi, alicate ou cauterizador.
Uniformização E Redistribuição De Leitões 
Transferir leitões de uma porca para outra, visando a uniformização. Deve ser feita dentro das primeiras 24 horas após o parto. 
Benefícios: Diminui a competição entre animais de uma mesma leitegada, melhora o desempenho dos leitões ao desmame, diminui a mortalidade da leitegada na fase de aleitamento, aumenta a uniformidade dos leitões no desmame. A redistribuição pode ser: Unilateral Ou Cruzada 
UNILATERAL: quando o número de nascidos for maior que a capacidade de criação da porca, Ou, se a porca morrer. Os leitões são transferidos para outras porcas recém-paridas;
CRUZADA: os leitões são agrupados por tamanho para que se obtenham leitegadas uniformes.
Aplicação Preventiva Contra Anemia Ferropriva
O leitão nasce com pouca reserva de ferro - em torno de 20 mg- O leitão precisa receber cerca de 5 a 7 mg por dia para atender suas necessidades. Porem o leite da porca apresenta pouca quantidade de ferro (1mg/leitão/dia).No 3º ao 5º dia de vida o leitão já pode apresentar o quadro de anemia ferropriva, dessa forma é importante a suplementação de ferro para prevenir e tratar a anemia. Deve-se fornecer ferro (100 mg ou 1 a 2 ml de ferro dextrano) por aplicação intramuscular no 3º dia, podendo reforçar no 12º dia de vida do leitão.
Fornecimento De Ração Para Leitões Recém-Nascidos - Logo após o nascimento ocorre grande crescimento e desenvolvimento do intestino dos leitões. O fornecimento de ração poderá ocorrer a partir do 5º dia de vida dos leitões - A ração deverá ser de alta digestibilidade e alta palatabilidade –
Fornecimento De Água Para Leitões Recém-Nascidos - A água tem papel decisivo para:
· Formação tecidos corporais
· Digestão e absorção de nutrientes
· Regulação da temperatura corporal
· Eliminação de substâncias tóxicas
· Constituição das células
Castração Dos Leitões Machos
A castração tem por finalidade evitar a venda de carne de animais inteiros, uma vez que o cheiro e gosto desagradáveis não são eliminados pelo aquecimento ou industrialização.
Recomenda-se castrar os leitões entre 7 e 15 dias de idade. A castração compreende a contenção, desinfecção, a operação que envolve a retirada dos testículos e a aplicação de cicatrizantes, desinfetantes e repelentes. 
Vantagens da castração nas primeiras semanas de vida:
· Menor exigência de mão de obra
· Facilidade da operação. A ocorrência de hemorragias é rara
· A cicatrização é rápida. Praticamente inexiste o risco de complicações
· O estresse para o leitão é menor
Recomendações:
· Evitar outras práticas de manejo durante a castração cirúrgica
· Não castrar animais doentes
· Examinar o leitão e verificar se não há problemas de hérnia e criptorquidia
· Proceder a castração sem mexer dentro da incisão
· Aplicar cicatrizante, desinfetante e repelente na incisão, logo após a remoção dos testículos.
Desmame
O desmame é bastante estressante para os leitões. Se o leitão não ganhar peso nessa idade, tende a ter o crescimento retardado durante todo o período de crescimento e terminação.
A idade do desmame varia de acordo com o sistema de criação e manejo. Nas criações extensivas desmama-se com 3 a 4 meses. Na criação intensiva o desmame precoce, mais usual, ocorre entre 21 a 28 dias.
Minimizar o estresse pode significar a diferença entre o sucesso ou fracasso no crescimento pós-desmane.
Recomendações:
· Realizar o desmane de preferência às quintas ou sextas-feiras para que se evite cios no final de semana. 
· O ideal é que o desmane se realize pela tarde (16h às 18h), retirando os leitões de uma só vez de junto da mãe e colocados na creche 
· Para evitar estresse forte, é conveniente manter as leitegadas juntas. 
· Quando se misturar os leitões, evitar que se misture mais do que quatro leitegadas.
Alguns cuidados logo após o desmamem:
· Separar os leitões por peso e sexo
· Evitar formação de lotes com animais de quatro leitegadas diferentes
· Evitar mudanças nos lotes após a transferência para as gaiolas de creche
· Evitar o acesso de pessoas nas gaiolas ou baias
· Evitar ruídos excessivos.
Crescimento, Terminação E Pós-Terminação 
Fase de crescimento: da saída de creche (63 a 70 dias) até os 110 dias de idade;
Fase de terminação: dos 110 dias de idade até os 140 dias;
Fase de pós-terminação: dos 140 dias de idade até a saída para o abate (150 dias).
Objetivo: Máximo ganho de peso em curto espaço de tempo, consumindo o mínimo de ração.
REFERENCIAS
CAVALCANTI, S. S. - Produção de Suínos - ICEA - Campinas 1984.
GAITÁN, G J. A. - Noções Básicas sobre Nutrição e Alimentação de Suínos - Miscelânea nº 2 - EMBRAPA - CNPSA 1980. 
GODINHO, J. F. - Suinocultura. Tecnologia Moderada, Formação e Manejo de Pastagens - 2ª edição Nobel. 1995.
LIMA, J. A. F.; SOARES, M. C.; FERREIRA, R. A. e FIALHO, E. T. - Apostila de Suinocultura da UFLA - Lavras 2004.
OLIVEIRA, P. A. V. e colaboradores - Manual de Manejo e Utilização dos Dejetos de Suínos - EMBRAPA - CNPSA Série Documentos nº 27 1993. 
OLIVEIRA, P. A. V. e outros - Suinocultura Noções Básicas – Série Documentos nº 31 - CNPSA - Embrapa 1993.

Outros materiais