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A relevância do animus no crime impossível

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1 
 
A RELEVÂNCIA DO ANIMUS NO CRIME IMPOSSÍVEL 
 
RESUMO 
O presente artigo terá como tema a relevância do animus (vontade) do agente nos crimes 
impossíveis. 
O Código Penal prevê a não punibilidade das tentativas inidôneas por impropriedade 
absoluta do objeto e ineficácia absoluta do meio, denominando-as de crime impossível, 
consideradas, pela doutrina, como causa de exclusão de tipicidade. Porém, deve-se 
mostrar a relevância da vontade do agente ao cometer o fato típico e que, no momento 
de tal conduta, o agente não estava ciênte da inidôneidade por impropriedade absoluta 
do objeto ou da ineficácia absoluta do meio, que tornavam impossível a consumação do 
crime. 
A finalidade do artigo será de melhor informar o leitor sobre tal relevância e mostrar a 
sua importância no crime impossível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Crime impossível. Animus. Direito Penal. 
 
 
 
 2 
 
INTRODUÇÃO 
Esse artigo visa demonstrar como a legislação brasileira trata o crime impossível, previsto 
no art. 17 do Código Penal, suas teorias, a opinião de doutrinadores brasileiros e o 
conceito de crime impossível. 
Na segunda parte, será demonstrado um caso concreto na República das Filipinas, local 
onde é aplicada a teoria subjetiva e seus efeitos no julgamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
1. CRIME IMPOSSÍVEL 
1.1 Conceito 
Previsto no art.17 do Código Penal, o crime impossível também é conhecido como 
tentativa inidônea, tentativa inadequada ou quase morte e ocorre quando, pela ineficácia 
total do meio empregado ou pela improbidade absoluta do objeto material, é impossível 
consumar o crime. 
Segundo Greco (2018) o legislador parte da premissa que o agente já está na fase de 
execução do crime e a sua consumação não ocorre por circunstâncias alheias a sua 
vontade. 
 
1.2 Teorias 
A doutrina destaca duas teorias: a teoria subjetiva e a teoria objetiva. 
Na teoria subjetiva não importa se o meio ou o objeto utilizado são absoluta ou 
relativamente ineficazes ou impróprios, pois basta o agente ter agido com vontade para 
configurar a tentativa. 
Já a teoria objetiva possui duas vlassificações: teoria objetiva pura e teoria objetiva 
temperada. 
Na teoria objetiva pura não importa se o meio ou o objeto utilizado são absoluta ou 
relativamente inidônios, como não há bem jurídico em risco, não existe crime. 
A teoria objetiva temperada diz que apenas se pune os atos do agente se os meios e os 
objetos são relativamente eficazes ou impróprios. Essa teoria foi adotada pelo Código 
Penal brasileiro. 
 
1.3 Absoluta ineficácia do meio 
 
 
 4 
 
De acordo com Greco “meio é tudo aquilo utilizado pelo agente capaz de ajudá-lo a 
produzir o resultado por ele pretendido”. 
O Código Penal prevê que para que não seja punido o ato o meio precisa ser 
absolutamente ineficaz. Na definição de Greco “meio absolutamente ineficaz é aquele de 
que o agente se vale a fim de cometer a infração penal, mas que, no caso concreto, não 
possui a mínima aptidão para produzir os efeitos pretendidos.” 
 
1.4 Absoluta impropriedade do objeto 
Greco (2018) define como objeto a coisa ou a pessoa que é alvo daq conduta lesiva do 
agente. 
Para Capez (2003), a absoluta impropriedado do objeto ocorre quando a pessoa ou a 
coisa sobre a qual recai a ação é absolutamente inidônia para a produção do resultado 
lesivo. 
 
1.5 Crime impossível por obra de agente provocador 
Essa hipótese foi colocada pelo doutrinador Damásio de Jesus que diz que “a 
impossibilidade absoluta de o delito vir a alcançar o momento consumativo decorre do 
conjunto das medidas preventivas tomadas pelo provocador”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
2. A RELEVÂNCIA DO ANIMUS 
 
2.1 A legislação brasileira 
No Brasil, a legislação atual optou por não punir o crime impossível pois tem como 
concepção de que, como desde o princípio era impossível consumar o crime, nenhum 
bem jurídico foi colocado em risco (MASSON). Porém, esse é um assunto amplamente 
discutido entre os doutrinadores brasileiros, pois muitos são adeptos à teoria subjetiva 
que diz que: “não importa se o meio ou o objeto são absoluta ou relativamente ineficazes 
ou impróprios, pois, para a configuração da tentativa, basta que o agente tenha agido 
com vontade de praticar a infração penal” (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, v.1, 
p.396). 
 
2.2 O crime impossível na República das Filipinas 
Na República das Filipinas, o crime impossível é, na versade, considerado um ato que 
seria uma ofensa a pessoa ou a um bem se não fosse pela impossibilidade inerente de 
seu cumprimento ou pelo emprego de meios inadequados ou ineficazes. 
Para ser considerado crime impossível deve haver os seguintes elementos: 
• Que seja realizado ato que seja uma ofensa ao bem jurídico de outra pessoa; 
• Que ela tenha intenção malígna; 
• Que o crime que ela pretende cometer seja impossível de se consumar, seja por 
impossibilidade física ou legal ou os meios aplicados sejam inadequados ou 
ineficientes; e 
• que o ato não constitua violação de qualquer outra disposição do código penal 
revisado. 
A legislação leva em consideração a vontade do agente em comenter o delito e, por isso, 
ele será punido. 
 
 
 6 
 
Essa definição fica clara no caso SULPICIO INTOD, vs. HONORABLE COURT OF 
APPEALS and PEOPLE OF THE PHILIPPINES, onde Sulpicio, desejando matar seu 
inimigo, vai até sua casa armado de um rifle e dispara contra o quarto da vítima supondo 
que ela estava lá porém, a vítima não estava na cidade naquele momento, tornando 
impossível a consumação do crime. Nesse caso o réu foi condenado por crime impossível 
e condenado a seis meses de prisão e multa por ser considerado um perigo para a 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. CONCLUSÃO 
O artigo apresentou a definição de crime impossível, suas teorias e o pensamento de 
importantes doutrinadores brasileiros acerca do tema. No final houve também a 
comparação com a legislação vigênte na República das Filipinas, que adotou a teoria 
subjetiva (o agente é punido pela vontade de cometer a infração penal, ainda que os 
meios ou o objeto sejam absoluta ou relativamente impróprios). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
4. REFERÊNCIAS 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral, vol. I. 20. ed. Niterói, RJ: Impetus, 
2018. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral, vol. 1. 5. ed. Editora SARAIVA, 
2003. 
JESUS, Damásio de. Curso de Direito Penal: parte geral, vol. 36. Ed. Editora SARAIVA, 
2014. 
MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. 4. Ed.: Método, 2011. 
POLITICUS.ME. Criminal law: IMPOSSIBLE CRIME. July 19, 2017. Disponível em: 
<http://www.politicus.me/2017/07/criminal-law-impossible-crime.html>. Acessado em: 
25/11/2018. 
SULPICIO INTOD vs. HONORABLE COURT OF APPEALS and PEOPLE OF THE 
PHILIPPINES. Disponível em: 
<https://www.lawphil.net/judjuris/juri1992/oct1992/gr_103119_1992.html>. Acessado 
em: 25/11/2018. 
PIRES, Carolina Lins de Castro; LOPES, Hálisson Rodrigo; PIRES, Gustavo Alves de 
Castro. Análise crítica do crime impossível. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/ 
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18959&revista_caderno=3>. Acessado em: 
25/11/2018.

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