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SISTEMA CLIMÁTICO 
 
 
O CLIMA É DEFINIDO GERALMENTE COMO A MEDIA DAS CONDIÇÕES 
ATMOSFÉRICAS NUMA DETERMINADA REGIÃO NUM PERÍODO LONGO DE 
TEMPO ACIMA DE 30 ANOS. 
 
O CLIMA DA TERRA É REGULADO PELOS PROCESSOS E INTERAÇÕES QUE 
ENVOLVEM O FLUXO DE RADIAÇÃO, A ATMOSFERA E A SUPERFÍCIE TERRESTRE, 
SENDO A RADIAÇÃO SOLAR A FONTE DE TODA A ENERGIA DO SISTEMA 
CLIMÁTICO. 
 
A DINÂMICA DO CLIMA TERRESTRE É RESULTANTE DAS INTERAÇÕES COM 
TROCA DE ENERGIA ENTRE OS VÁRIOS COMPONENTES DO SISTEMA CLIMÁTICO: 
A ATMOSFERA QUE CORRESPONDE A UMA CAMADA TÊNUE DE GÁS QUE 
ENVOLVE A SUPERFÍCIE DO PLANETA; A HIDROSFERA QUE É REPRESENTADA 
PELOS OCEANOS E DEMAIS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA ENCONTRADOS NOS 
CONTINENTES; A CRIOSFERA QUE ENGLOBA AS CALOTAS POLARES, GELO E 
NEVE NA SUPERFÍCIE DA TERRA; A LITOSFERA QUE É REPRESENTADA PELA 
PARTE SÓLIDA DO PLANETA E A BIOSFERA QUE É CONSTITUÍDA PELOS SERES 
VIVOS, PLANTAS E ANIMAIS. 
 
AS TROCAS DE ENERGIA ENTRE OS COMPONENTES DO SISTEMAS CLIMÁTICO 
SÃO RESULTANTES DOS FLUXOS DE RADIAÇÃO SOLAR NO TOPO DA 
ATMOSFERA E DA INTERAÇÃO COM A ATMOSFERA E A SUPERFÍCIE TERRESTRE. 
A ÁGUA TAMBÉM FAVORECE AS TROCAS DE ENERGIA NAS SUAS DIFERENTES 
FASES (SÓLIDO, VAPOR E LÍQUIDO), NAQUILO QUE CHAMAMOS DE CICLO DA 
ÁGUA. 
 
DENTRO DO SISTEMA CLIMÁTICO A ATMOSFERA É A COMPONENTE QUE SOFRE 
MODIFICAÇÕES OU VARIAÇÕES EM POUCOS DIAS, ENQUANTO A HIDROSFERA 
TEM UMA INÉRCIA MAIOR SOFRENDO MODIFICAÇÕES NUMA ORDEM DE 
ALGUMAS SEMANAS (NO CASO DAS CAMADAS SUPERFICIAIS DOS OCEANOS) E 
DE ALGUNS MILHARES DE ANOS (NO CASO DA CIRCULAÇÃO PROFUNDA DOS 
OCEANOS). A CRIOSFERA SOFRE MODIFICAÇÕES NA ORDEM DE MILHARES DE 
ANOS, ENQUANTO A LITOSFERA TEM MODIFICAÇÕES NA ESCALA GEOLÓGICA, 
OU SEJA, NA ORDEM DE MILHÕES DE ANOS. POR FIM, A BIOSFERA SOFRE 
VARIAÇÕES OU MODIFICAÇÕES EM ESCALA ANUAL, COM MUDANÇAS NA 
COBERTURA VEGETAL ASSOCIADAS AS ATIVIDADES HUMANAS (PECUÁRIAS, 
AGRICULTURA E INDUSTRIAIS). 
 
PARA ENTENDER O SISTEMA CLIMÁTICO É NECESSÁRIO CONHECER CADA 
COMPONENTE DO SISTEMA CLIMÁTICO DETALHADAMENTE E SUAS 
INTERAÇÕES, BEM COMO, AS ESCALAS CLIMÁTICAS ASSOCIADAS A ESSAS 
INTERAÇÕES. ESSAS ESCALAS CLIMÁTICAS SÃO MACROCLIMA,MESOCLIMA, 
CLIMA LOCAL E DE MICROCLIMA. 
 
NA ESCALA MACROCLIMÁTICA DESTACAM-SE AS INTERAÇÕES EM NÍVEL 
GLOBAL E CORRESPONDEM AS VARIAÇÕES CAPAZES DE MODIFICAR O CLIMA 
DA TERRA. TRATA-SE DA CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA E DO 
FUNCIONAMENTO DAS MASSAS DE AR NO PLANETA, PODENDO ABRANGER 
ÁREAS DA TERRA COM MAIS DE 2000 KM NA HORIZONTAL E DE 3 A 12 KM NA 
VERTICAL (EX: EL NINÕ, LANINÃ, ZCIT); 
 
A ESCALA SINÓTICA É A ESCALA INTERMEDIÁRIA ENTRE A ESCALA MACRO 
E MESOCLIMÁTICA COM VARIAÇÕES ENTRE 10 E 2000 KM NA HORIZONTAL E 100 
M A 12 KM NA VERTICAL (EX: MASSAS DE AR, SISTEMAS FRONTAIS, CICLONES, 
FURACÃO, ZCAS, VCAN, AB); 
 
NA ESCALA MESOCLIMÁTICA DESTACAM-SE AS INTERAÇÕES QUE OCORREM 
EM ÁREAS ENTRE 1 E 100 KM NA HORIZONTAL E DE 100 A 12 KM NA VERTICAL 
(EX: TORNADOS, LINHAS DE INSTABILIDADE, AGLOMERADOS CONVECTIVOS, 
ILHAS DE CALOR E BRISAS); 
 
NA ESCALA MICROCLIMÁTICA DESTACAM-SE AS INTERAÇÕES EM ÁREAS 
MUITOS PEQUENAS, DE 100 METROS A 10 KM NA HORIZONTAL E POUCOS 
METROS ACIMA DA SUPERFÍCIE TERRESTRE (ABAIXO DE 100 M NA VERTICAL), 
TAIS COMO: GOTAS DE CHUVA, DISPERSÃO DE POLUENTES E VÓRTICES NA 
CAMADA LIMITE PLANETÁRIA. 
 
A ESCALA CLIMÁTICA DIZ RESPEITO À DIMENSÃO, OU ORDEM DE GRANDEZA 
ESPACIAL (EXTENSÃO) E TEMPORAL (DURAÇÃO), SEGUNDO A QUAL OS 
FENÔMENOS CLIMÁTICOS SÃO ESTUDADOS. HÁ MECANISMOS ATMOSFÉRICOS 
QUE DETERMINAM OS CLIMAS DE TODA UMA ZONA DO PLANETA, COMO É O 
CASO DA INTENSA RADIAÇÃO SOLAR NAS BAIXAS LATITUDES DA ZONA 
INTERTROPICAL. AS ILHAS DE CALOR URBANAS E O CLIMA DAS ÁREAS 
AGRÍCOLAS, POR OUTRO LADO, NÃO SÃO DIRETAMENTE DETERMINADOS POR 
ESSES MECANISMOS, AINDA QUE ELES TENHAM IMPORTANTES INFLUÊNCIAS 
NA SUA CONFIGURAÇÃO. 
 
A ATMOSFERA É UM SISTEMA TERMODINÂMICO CARACTERIZADO POR: 
COMPOSIÇÃO, ESTADO TERMODINÂMICO E ESTADO MECÂNICO (MOVIMENTOS). 
AS VARIÁVEIS NEBULOSIDADE, PRECIPITAÇÃO E AQUECIMENTO ADIABÁTICO 
TAMBÉM AJUDAM A DESCREVER O ESTADO DA ATMOSFERA. ESTAS VARIÁVEIS 
INTERFEREM NO COMPORTAMENTO DA ATMOSFERA EM LARGA ESCALA. 
 
A TEMPERATURA E A PRECIPITAÇÃO SÃO OS ELEMENTOS MAIS TRADICIONAIS 
DO CLIMA. ELES REPRESENTAM À BASE DE MUITAS CLASSIFICAÇÕES 
CLIMÁTICAS. A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DESSES ELEMENTOS MOSTRA CLIMAS 
QUENTES E ÚMIDOS EM BAIXAS LATITUDES, QUENTES E MAIS SECOS NOS 
SUBTRÓPICOS, TEMPERADOS E ÚMIDOS NAS LATITUDES MÉDIAS, E FRIOS E 
SECOS NAS LATITUDES SUBPOLARES E POLARES. 
 
A CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA EM FUNÇÃO DA LATITUDE, TEMPERATURA E 
UMIDADE NEM SEMPRE REPRESENTA UMA DESCRIÇÃO COMPLETA DOS CLIMAS 
LOCAL E REGIONAL. É PRECISO CONSIDERAR TAMBÉM, O CONTRASTE TÉRMICO 
ENTRE A TERRA E O MAR, A INFLUÊNCIA MODERADORA DOS OCEANOS E DAS 
ÁREAS GELADAS SOBRE A TEMPERATURA, E OUTRAS INFLUÊNCIAS SIMILARES. 
 
A ATMOSFERA, COMO SISTEMA TERMODINÂMICO, NÃO PODE SER 
CONSIDERADA SEPARADAMENTE DE SUA VIZINHANÇA. EMBORA OS SISTEMAS 
NATURAIS SEJAM MUITO DIFERENTES EM SUA COMPOSIÇÃO, PROPRIEDADES 
FÍSICAS, ESTRUTURA E COMPORTAMENTO, ELES SÃO LIGADOS POR FLUXO DE 
MASSA, ENERGIA E MOMENTUM, FORMANDO O SISTEMA GLOBAL CHAMADO 
SISTEMA CLIMÁTICO. 
 
O SISTEMA CLIMÁTICO É EXTREMAMENTE COMPLEXO DEVIDO ÀS INTERAÇÕES 
NÃO LINEARES DE SEUS COMPONENTES. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA CLIMÁTICO 
 ATMOSFERA 
 
É UMA CAMADA GASOSA DISTRIBUÍDA QUASE UNIFORMEMENTE SOBRE A 
SUPERFÍCIE DO PLANETA COM 99% DE SUA CONCENTRAÇÃO ABAIXO DE 30 KM. 
A ATMOSFERA É O COMPONENTE CENTRAL DO SISTEMA CLIMÁTICO, 
MOSTRANDO GRANDE VARIABILIDADE NO ESPAÇO E NO TEMPO. A ATMOSFERA 
PODE SER DIVIDIDA EM CAMADAS, DIFERINDO, EM FUNÇÃO DA ESTABILIDADE, 
TEMPERATURA E ENERGIA. A COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA É UNIFORME EM 
RELAÇÃO ÀS CONCENTRAÇÕES DE NITROGÊNIO, OXIGÊNIO E OUTROS GASES 
INERTES ATÉ A MESOSFERA. 
 
ENTRE OS COMPONENTES VARIÁVEIS, O VAPOR D’ÁGUA É PREDOMINANTE NA 
TROPOSFERA MAIS BAIXA E O OZÔNIO NA ESTRATOSFERA MÉDIA. O DIÓXIDO 
DE CARBONO É BEM MISTURADO ABAIXO DA MESOPAUSA. A COMPOSIÇÃO DA 
ATMOSFERA É MAIS COMPLICADA PELA PRESENÇA DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS 
EM SUSPENSÃO, COMO ÁGUA SÓLIDA E LÍQUIDA, PARTÍCULAS DE POEIRA, 
AEROSSÓIS DE SULFATO E POEIRA VULCÂNICA. A COMPOSIÇÃO DESSES 
AEROSSÓIS TAMBÉM VARIA NO ESPAÇO E NO TEMPO. 
 
O TEMPO DE RESPOSTA DA ATMOSFERA A UMA PERTURBAÇÃO É MUITO MAIS 
CURTO DO QUE AQUELE DE ALGUM OUTRO COMPONENTE DO SISTEMA 
CLIMÁTICO. A RESPOSTA OU TEMPO DE RELAXAÇÃO DE UM SISTEMA, É O 
TEMPO MÉDIO NECESSÁRIO PARA UM SISTEMA VOLTAR AO ESTADO INICIAL, 
APÓS UMA PEQUENA PERTURBAÇÃO APLICADA AOS SEUS LIMITES. O TEMPO DE 
RESPOSTA DA ATMOSFERA É DA ORDEM DE DIAS A SEMANA DEVIDO A SUA 
COMPRESSIBILIDADE RELATIVAMENTE GRANDE E, BAIXO CALOR ESPECÍFICO E 
DENSIDADE. 
 
ESTAS PROPRIEDADES TORNAM A ATMOSFERA MAIS FLUIDA E INSTÁVEL. A 
TROPOSFERA MOSTRA UMA CIRCULAÇÃO GERAL DE LARGA ESCALA COM 
MOVIMENTOS TURBULENTOS NAS LATITUDES MÉDIAS TAIS COMO OS 
SISTEMAS DE TEMPO E OS MOVIMENTOS TURBULENTOS, PRINCIPALMENTE NA 
CAMADA LIMITE PLANETÁRIA (CLP) E PRÓXIMA A CORRENTE DE JATO. POR 
CAUSA DA FORÇA DE GRAVIDADE, A ATMOSFERA É ESTRATIFICADA COM 
CAMADAS MAIS DENSAS À SUPERFÍCIE. CONSIDERA-SE QUE A ATMOSFERA 
ESTEJA NO ESTADO DE QUASE EQUILÍBRIO HIDROSTÁTICO NA VERTICAL. 
 
A ATMOSFERA É COLOCADA EM MOVIMENTO PRIMEIRAMENTE, ATRAVÉS DO 
AQUECIMENTO DIFERENCIAL, PELO SOL. ENTÃO O ESTUDO DO MOVIMENTO 
ATMOSFÉRICO É BASICAMENTE, UM PROBLEMA DE CONVECÇÃO SOB A 
INFLUÊNCIA DA ROTAÇÃO DA TERRA. ELE É UM PROCESSO COMPLEXO, PORQUE 
OS MOVIMENTOS DA ATMOSFERA SÃO INFLUENCIADOS POR MUITOS FATORES 
AO LADO DA ROTAÇÃO DA TERRA, TAIS COMO: PROCESSOS TERMODINÂMICOS 
NÃO HOMOGÊNEOS E CONDIÇÕES SUPERFICIAIS MECÂNICAS. ENTRETANTO, 
QUANDO DESCONSIDERAMOS OS DETALHES IRREGULARES DO ESCOAMENTO, 
ENCONTRAMOS UMA TENDÊNCIA PRONUNCIADA PARA MOVIMENTOS 
ORGANIZADOS NA ESCALA GLOBAL. 
 
HISTORICAMENTE, O PRIMEIRO DESCOBRIMENTOIMPORTANTE DAS INTER-
RELAÇÕES ENTRE O COMPORTAMENTO DA ATMOSFERA NUMA ÁREA DO GLOBO 
E, AQUELE EM OUTRAS ÁREAS FOI DOS ANTIGOS NAVEGADORES QUE 
NOTARAM A EXISTÊNCIA DE UM FLUXO DE AR EXCLUSIVO E PERSISTENTE DE 
LESTE, NO NÍVEL DO MAR EM BAIXAS LATITUDES. O POSTERIOR 
DESCOBRIMENTO DAS CORRENTES SINUOSAS DE OESTE, AS QUAIS CIRCULAM O 
GLOBO, FORTALECEU O CONCEITO DE CIRCULAÇÃO GERAL COMO UM 
FENÔMENO PLANETÁRIO. A CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA É 
INFLUENCIADA MAIS PELAS CONDIÇÕES DE ESCALA GLOBAL DO QUE PELAS 
VARIAÇÕES LOCAIS DO TEMPO. 
 
ATMOSFERA 
 
A ATMOSFERA POR SER DENTRO DOS COMPONENTES DO SISTEMA CLIMÁTICO 
AQUELE QUE SOFRE MODIFICAÇÕES MUITO RÁPIDAS É UM GRANDE INDICADOR DO 
COMPORTAMENTO CAÓTICO E TURBULENTO DO SISTEMA. 
 
ELA É DEFINIDA COMO UMA CAMADA DE GÁS TÊNUE QUE ENVOLVE O PLANETA COM 
MASSA TOTAL DE CERCA DE 1% DA MASSA TERRESTRE. ELA É MUITO FINA EM 
COMPARAÇÃO COM O RAIO DA TERRA E ESTÁ DIVIDIDA EM DUAS CAMADAS 
(HOMOSFERA E HETEROSFERA) E 5 FAIXAS (TROPOSFERA, EXTRATOSFERA, 
MESOSFERA, TERMOSFERA E EXOSFERA) E 4 SUB-FAIXAS (TROPOPAUSA, 
EXTRATOPAUSA, MESOPAUSA E TERMOPAUSA). 
 
APESAR DA ATMOSFERA SER MUITO FINA EM COMPARAÇÃO COM O RAIO TERRESTRE 
A SUA PRESENÇA ALTERA SIGNIFICAMENTE A DISTRIBUIÇÃO DA TEMPERATURA E DA 
RADIAÇÃO AMBIENTE. 
 
REGISTROS DA TERRA EVIDENCIAM QUE AS CONDIÇÕES À SUPERFÍCIE VEM 
EVOLUINDO SEM ALTERAÇÕES DEMASIADAS ELEVADAS DA TEMPERATURA E DA 
COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA. ISTO NÃO QUER DIZER QUE O CLIMA LOCAL TENHA SE 
MANTIDO INALTERÁVEL AO LONGO DO TEMPO. ISTO É, O CLIMA GLOBAL SE MANTEVE 
ESTÁVEL, PORÉM, EM ESCALA REGIONAL ESSE CLIMA TEVE OSCILAÇÕES PARTICULARES 
EM SUAS PROPRIEDADES. 
 
POR OUTRO LADO, NAS ÚLTIMAS DÉCADAS O CLIMA ASSIM COMO O TEMPO 
METEOROLÓGICO NÃO SE MANTEVE ESTÁTICO, OU SEJA, EVOLUIRAM DIÁRIAMENTE. 
AS CARACTERÍSTICAS MÉDIAS DA ATMOSFERA (O CLIMA) SÃO SUCEPTÍVEIS Á 
VARIAÇÕES EM ESCALAS DE TEMPO DISTINTAS. ESSAS VARIAÇÕES SÃO DECORRENTES 
DAS ALTERAÇÕES LENTAS NA COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA E DAS MODIFICAÇÕES NO 
FLUXO DE RADIAÇÃO NO TOPO DA ATMOSFERA. ESSAS ALTERAÇÕES ESTÃO 
ASSOCIADAS A INCLUSÃO DE GASES ESTUFA E DE AEROSSÓIS NO AMBIENTE DEVIDO 
AS ATIVIDADES HUMANAS. 
 
PARA A CIÊNCIA DO CLIMA AS FAIXAS MAIS PRÓXIMAS Á SUPERFÍCIE TERRESTRE 
(TROPOSFERA E EXTRATOSFERA) SÃO MAIS IMPORTANTES, POIS NELAS, SE OBSERVAM 
AS INTERAÇÕES E AS TROCAS DE ENERGIAS ENTRE AS DIFERENTES MASSAS DE AR, AS 
NUVENS, A HIDROSFERA, CRIOSFERA, LITOSFERA E BIOSFERA. 
 
O TEMPO DE RESPOSTA DAS TROCAS DE ENERGIA ASSOCIADAS AS PERTUBAÇÕES NO 
FLUXO DE RADIAÇÃO DEPENDEM DAS INTERAÇÕES DESTE COM OS COMPONENTES DO 
SISTEMA CLIMÁTICO. 
 
A ATMOSFERA É COMPOSTA DE DUAS CAMADAS A PRIMEIRA QUE VAI DA SUPERFÍCIE 
ATÉ 80 KM, DENOMINADA DE HOMOSFERA (CONTÉM CERCA DE 99.99% DA MASSA 
TOTAL DA ATMOSFERA). A SEGUNDA QUE COMEÇA A PARTIR DE 80 KM, 
DENOMINADA DE HETEROSFERA. A FAIXA DE TRANSIÇÃO ENTRE A HOMOSFERA E 
HETEROSFERA É CHAMADA DE TURBOPAUSA. 
 
NA HOMOSFERA (NOS PRIMEIROS 80 KM DA ATMOSFERA) OBSERVA-SE UMA 
MISTURA COM PROPORÇÕES CONSTANTES DE NITROGÊNIO (78%), OXIGÊNIO (21%) E 
ARGON (0.93%), CHAMADOS DE COMPONENTES MAIORITÁRIOS. ALÉM DESSES GASES 
EXISTEM NESSA CAMADA DA ATMOSFERA OS COMPONENTES MINORITÁRIOS: 
DIÓXIDO DE CARBONO (0.035%), METANO (0.00014%), ÓXIDO NITROSO (0.00005), 
HIDROGÊNIO (0.00005), OZÔNIO (0.000006) E OS CFCS (CLOROFLUORCARBONETOS). 
EXISTEM AINDA EM PROPORÇÕES VARIÁVEIS O VAPOR D’ÁGUA E OS AEROSSÓIS, QUE 
DEPENDEM DA LOCALIZAÇÃO ONDE SE ENCONTRAM. OS AEROSSÓIS QUE POR SUA 
PRÓPRIEDADES ÓPTICA QUE PELAS ATIVIDADES QUIMICAS SÃO MUITO IMPORTANTES 
PARA OS PROCESSOS DE TROCAS DE ENERGIA ENTRE OS COMPONENTES DO SISTEMA 
CLIMÁTICO. O VAPOR D’ÁGUA SÃO ÓTIMOS ABSORVEDORES DE RADIAÇÃO SOLAR 
(RADIAÇÃO DE ONDA CURTAS) E DE RADIAÇÃO TERRESTRE (RADIAÇÃO DE ONDAS 
LONGAS), SERVINDO COMO UMA MANTA MANTENDO O CALOR NA BAIXA 
ATMOSFERA, ESCESSIAL PARA A VIDA NO PLANETA. 
 
APESAR DE COMPOR CERCA DE 99,93% DO VOLUME DE AR SECO E LIMPO, O 
NITROGÊNIO, OXIGÊNIO E ARGON TEM POUCA IMPORTÂNCIA PARA OS FENÔMENOS 
DE TEMPO. A IMPORTÂNICA DE UM GÁS OU AEROSSOL NÃO ESTÁ ASSOCIADO A SUA 
AMBUDÂNCIA RELATIVA. POR EXEMPLO, O CO2 (DIÓXIDO DE CARBONO) É MUITO 
IMPORTÂNTE PARA A FOTOSSINTESE DAS PLANTAS E EMBORA SÓ CONSTITUA APENAS 
0.035% DO VOLUME DA ATMOSFERA ELA É UM EXCELENTE ABSORVIDOR DE 
RADIAÇÃO DE ONDAS LONGAS, FAZENDO COM QUE O CALOR FIQUE RETIDO NA BAIXA 
ATMOSFERA AQUECIDA. O PERCENTUAL DE CO2 VEM CRESCENDO NAS ÚLTIMAS 
DÉCADAS DECORRENTE DA QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (MADEIRA, CARVÃO, 
GÁS NATURAL E PETRÓLEO). 
 
MUITO DO DIÓXIDO DE CARBONO É RETIRADO DA ATMOSFERA PELOS OCEANOS E 
PLANTAS, PORÉM, CERCA DE 50% FICA AINDA EM SUSPENSÃO NO AR. MUITOS 
ESTUDOS MOSTRARAM QUE ESSA QUANTIDADE EXCENDENTE DE DIÓXIDO DE 
CARBONO PODE FAVORECER PARA O AQUECIMENTO DO GLOBO, PRODUZINDO 
MUDANÇAS NO SISTEMA CLIMÁTICO. 
 
O VAPOR D’ÁGUA É UM DOS ELEMENTOS DA ATMOSFERA MAIS VARIÁVEL E TAMBÉM 
TEM UMA PARTICIPAÇÃO RELATIVA. NOS TRÓPICOS O VAPOR D’ÁGUA TEM UMA 
PARTICIPAÇÃO DE 4% DA BAIXA ATMOSFERA, ENQUANTO QUE NOS DESERTOS E 
CALOTAS POLARES ESSA PARTICIPAÇÃO É DE APENAS 1%. 
 
COMO A ÁGUA É UM ELEMENTO QUE É ENCONTRADO EM 3 ESTADOS FÍSICO (SÓLIDO, 
GASOSO E LÍGIDO), SUA MUDANÇAS LIBERAM CALOR LATENTE QUE SÃO 
TRANSPORTADOS PELOS VENTOS FAVORECENDO ENERGIA QUE ALIMENTA AS 
TEMPESTADES OU MODIFICANDO A CIRCULAÇÃO ATMOSFERA. 
 
O OZÔNIO É A FORMA TRIATÔMICA DO OXIGÊNIO, O OXIGÊNIO QUE RESPIRAMOS 
ESTÁ NA FORMA DIATÔMICA. A QUANTIDADE DE OZÔNIO NA ATMOSFERA DEPENDE 
DA LATITUDE, ESTAÇÕES DO ANO, DO HORÁRIO E DOS PADRÕES METEOROLÓGICOS 
REINANTES. ELE É ENCONTRADO ENTRE 10 – 50 KM DE ALTURA NA ATMOSFERA, 
SENDO SEU MÁXIMO OCORRE EM TORNO DE 22 - 25 KM. 
A FORMAÇÃO DO OZÔNIO DEPENDE DOS PROCESSOS QUE ENVOLVEM A ABSORÇÃO 
DO FLUXO DE RADIAÇÃO SOLAR. A CONCENTRAÇÃO DE OZÔNIO DEPENDE DA 
RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ABSORVIDA E DA DENSIDADE DA ATMOSFERA. A 
ATMOSFERA TEM QUE PERMITIR QUE AS COLIÇÕES ENTRE O OXIGÊNIO MOLECULAR E 
ATÔMICO. 
 
O OZÔNIO É MUITO IMPORTANTE POIS FILTRAM A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, 
NAQUILO QUE CHAMAMOS DE FOTODISSOCIAÇÃO, OU SEJA, O ATÔMO LIVRE DE 
OXIGÊNIO RECOMBINA-SE NOVAMENTE PARA FORMA OUTRA MOLÉCULA DE OZÔNIO. 
 
DESDE A DÉCADA DE 70 MUITOS ESTUDIOSOS ESTÃO PREOCUPADOS COM A 
INCLUSÃO DOS GASES CHAMADOS DE CLOROFLUORCARBONESTOS NA ATMOSFERA. 
ESSES GASES SÃO ENCONTRADOS NOS SPRAYS, NA FABRICAÇÃO DE ALGUNS 
PLÁSTICOS E EM EQUPAMENTOS DE REFRIGERAÇÃO E DE AR CONDICIONADOS. COMO 
OS CFCS SÃO INÉRTEIS (NÃO TEM REAÇÃO QUÍMICA), PARTE DELE CONSEGUEM 
ASCENDER NA ATMOSFERA E CHEGAM NA CAMADA DE OZÔNIO, QUE DEVIDO A 
RADIAÇÃO SOLAR, ELES SÃO SEPADADOS EM SEUS ATÔMOS CONSTITUINTES (CLORO, 
FLUOR E CARBONETOS). OS ATÔMOS DE CLORO LIBERADOS REAGEM COM AS 
MOLÉCULAS DE OZÔNIO TRANSFORMANDO EM OXIGÊNIO. 
 
ALÉM DESSES GASES E DO VAPOR D’ÁGUA EXISTEM NA ATMOSFÉRICAS PARTÍCULAS 
EM SUSPENSÃO DENOMINADAS DE AEROSSÓIS. ALGUNS DESSES AEROSSÓIS SÃO 
VISSÍVEIS A OLHO NÚ (AS GOTÍCULAS DE ÁGUA E CRISTAIS DE GELO) NA FORMA DE 
NUVENS. ESSES AEROSSÓIS SE CONCENTRAM NA BAIXA ATMOSFERA, PRÓXIMO A SUA 
FONTE PRINCIPAL À SUPERFÍCIE TERRESTRE. SÃO ORIUNDOS DAS CHAMINÉS DAS 
INDUSTRIAS E QUEIMADAS (FUMAÇA), DAS ATIVIDADES AGRO-PECUÁRIAS 
(AGROTOXICOS), DA EROSÃO DO SOLO PELO VENTO (POEIRA), ATIVIDADE 
VULCÂNICAS (POEIRA E FUMAÇA), DA QUEBRA DAS ONDAS DO MAR (CRISTAIS DE SAIS 
MARINHOS). PORÉM, ALGUNS AEROSSÓIS PODEM ORIGINAR-SE NA ALTA ATMOSFERA 
ATRAVÉS DOS METEOROS QUE SE DESINTEGRAM. 
 
APESAR DA CONCENTRAÇÃO DOS AEROSSÓIS SER MUITO PEQUENA A SUA PRESENÇA 
É MUITO IMPORTANTE, EM PRIMEIRO LUGAR DEVIDO AO FATO DESSES SEREM 
ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DAS NUVENS, GELO E PRECIPITAÇÃO, POIS AGEM 
COMO NÚCELOS DE CONDENSAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DAS GOTÍCULAS DE ÁGUAS E 
CRISTAIS DE GELO); EM SEGUNDO LUGAR POR MODIFICAREM A QUANTIDADE DE 
RADIAÇÃO AMBIENTE (ABSORVENDO OU REFLETINDO RADIAÇÃO), INFLUENCIANDO 
NA TEMPERATURA;EM TERCEIRO LUGAR POR CONTRIBUIR PARA UM FENÔMENO 
ÓTICO QUE APRESENTA VÁRIAS TONALIDADES DE VERMELHO E LARANJA NO NASCER 
DO SOL (A RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE É ESPALHADA PARA FORA DO FEIXE DO 
VISSÍVEL E PORTANTO A RADIAÇÃO SOLAR CONTÉM MAIS LUZ DO EXTREMO 
VERMELHO A LARANJA DEVIDO A PRESENÇA DA CONCETRAÇÃO DE AEROSSÓIS). 
 
APROXIMADAMENTE 99% DA MASSA DA ATOMOSFERA FICA CONTIDA NOS 
PRIMEIROS 30 KM, ENQUANTO QUE 90% DE SUA MASSA CONCENTRA-SE NOS 
PRIMEIROS 20 KM. CERCA DE 99.9% DA MASSA TOTAL DA ATMOSFERA ENCONTRA-SE 
NOS PRIMEIROS 50 KM, ENQUANTO QUE 0.03% ENCONTRA-SE ENTRE 50 – 80 KM DE 
ALTURA DA ATMOSFERA. 
 
 A PRIMEIRA FAIXA DA ATMOSFERA É CHAMADA DE TROPOSFERA QUE SE ESTENDE DA 
SUPERFÍCIE ATÉ 10 – 12 KM DE ALTURA. NELA A PRESSÃO DECRESCE MUITO 
RAPIDAMENTE (EXPONECIALMENTE) E A TEMPERATURA DECAI GRADATIVAMENTE 
(APROXIMADAMENTE LINEAR) NUMA TAXA (LAPSE RATE) DE 6.5 GRAUS CELSIUS (OC). 
É NESSA FAIXA QUE ENCONTRAMOS QUASE TODA A TOTALIDADE DE VAPOR D’ÁGUA 
EXISTENTE NA ATMOSFERA E CERCA DE 80% DA MASSA TOTAL. 
 
É NESSA FAIXA DA ATMOSFERA (TROPOSFERA) QUE OCORRE A MAIORIA DOS 
FENÔMENOS METEOROLÓGICOS E É O PRINCIPAL DOMÍNIO DOS METEOROLOGISTAS. 
NA TROPOSFERA AS PROPRIEDADES ATMOSFÉRICAS SÃO TRANSPORTADAS POR 
TURBULÊNCIA DE LARGA ESCALA E DE MICRO-ESCALA (NA CAMADA LIMITE QUE VAI 
ATÉ 1 M) E MISTURA. O SEU LIMITE SUPERIOR E DENOMINADO DE TROPOPAUSA. A 
LOCALIZAÇÃO DA TROPOPAUSA É VARIÁVEL, DEPENDE DA LOCALIZAÇÃO (LATITUDE E 
LONGITDE) E DOS PADRÕES METEOROLÓGICOS REINANTES. ELA É CARACTERIZADA 
PELA ESTACIONALIDADE DA TEMPERATURA (A TEMPERATURA PARA DE DECRESCER 
OU PERMANECE CONSTANTE) . NOS TRÓPICOS A TROPOPAUSA FICA EM TORNO DE 15-
11 KM DE ALTURA, NAS LATITUDES MÉDIAS DE 11 – 8 KM DE ALTURA E NOS POLOS DE 
8 – 2 KM DE ALTURA. 
 
A SEGUNDA FAIXA QUE TAMBÉM É IMPORTANTE PARA O ESTUDO DO CLIMA CHAMA-
SE EXTRATOSFERA. ESSA CAMADA SE ESTENDE DE 12 – 50 KM DE ALTURA E É NELA 
QUE SE ENCONTRA O OZÔNIO, CUJO PICO MÁXIMO LOCALIZA-SE EM TORNO DE 22 – 
25 KM DE ALTURA. O OZÔNIO É RESPONSÁVEL POR FILTRAR A RADIAÇÃO UV 
(ULTRAVIOLETA) MUITO PREJUDICIAL A SAÚDE HUMANA E AS PLANTAS. NESSA FAIXA 
A TEMPERATURA AUMENTA COM A ALTURA, DEVIDO A ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO 
ULTRAVIOLETA PELO OZÔNIO. NA PARTE SUPERIOR ENCONTRA-SE A EXTRATOPAUSA 
ONDE AS TEMPERATURAS FICAM PRÓXIMAS DAQUELAS ENCONTRADAS NA 
SUPERÍFICIE DA TERRA. NA EXTRATOPAUSA A TEMPERATURA PARA DE CRESCER E 
DEPOIS PERMANECEM CONSTANTES. 
 
A TERCEIRA FAIXA DENOMINADA DE MESOSFERA LOCALIZA-SE ENTRE 50 – 80 KM. NA 
PARTE SUPERIOR DESSA FAIXA (MESOPAUSA) ENCONTRA-SE O LIMITE DA 
HOMOSFERA. NA MESOSFERA (50 - 80 KM) SE ENCONTRA CERCA DE 0.03% DA MASSA 
TOTAL DA ATMOSFERA. NO INICIO DA MESOSFERA (EM TORNO DE 55 KM) A 
TEMPERATURA É CONSTANTE E COMEÇA A DIMINUIR COM A ALTURA EM TORNO DE 
70 KM, CUJA TEMPERATURA ATINGE APROXIMADAMENTE – 95 GRAUS CELSIUS (OC) 
NO SEU LIMITE SUPERIOR (MESOPAUSA). 
A ÚLTIMA CAMADA É CHAMADA DE TERMOSFERA (ACIMA DE 80 KM). INICIALMENTE 
ELA É ISOTERMICA E DEPOIS A TEMPERATURA CRESCE RAPIDAMENTE COM A ALTURA, 
RESULTANTE DA ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO SOLAR (ONDAS CURTAS) PELOS ATÔMOS 
DE NITROGÊNIO E OXIGÊNIO. COMO A DENSIDADE DA TERMOSFERA É MUITO 
PEQUENA POUCAS MOLÉCULAS CONSEGUEM COLIDIR UMA COM A OUTRA, ASSIM, 
POUCO É A ENERGIA TRANSFERIDA (CALOR) E É POR ISSO QUE A ABDORÇÃO DA 
RADIAÇÃO É DETERMINANTE PARA O AUMENTO DA TEMPERATURA NESSA FAIXA DA 
ATMOSFERA. É NESSA FAIXA QUE SE ORIGINAM AS AURORAS POLARES. NA 
TERMOSPAUSA AS TEMPERATURAS PODEM CHEGAR ATÉ 2000 GRAUS CELSIUS (OC) 
 
A IANOSFERA QUE NÃO É PROPRIAMENTE UMA FAIXA OU CAMADA. NELA QUE SE 
ENCONTRAM OS IONS E ELETRÓNS LIVRES QUE LHE CONFERE PRÓPRIEDADES 
ELÉTRICAS, RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO DE ONDAS DE RÁDIOS. ELA SE 
ENCONTRA DENTRO DA TERMOSFERA, ENTRE 90 – 500 KM DE ALTURA . 
 
POR FIM ÚLTIMA FAIXA, A EXOSFERA QUE É A FAIXA ACIMA DE 900 KM. O AR É MUITO 
RAREFEITO E AS MOLÉCULAS DE GÁS "ESCAPAM" CONSTANTEMENTE PARA O ESPAÇO. 
POR ISSO É CHAMADA DE EXOSFERA (PARTE EXTERNA DA ATMOSFERA) 
 
]HIDROSFERA 
 
A HIDROSFERA CONSISTE DE TODA ÁGUA NA FASE LÍQUIDA DISTRIBUÍDA NA 
ERRA. INCLUI OS OCEANOS, MARES INTERIORES, LAGOS, RIOS E ÁGUA 
SUBTERRÂNEA. SEM DÚVIDA, OS OCEANOS SÃO OS MAIS IMPORTANTES PARA 
OS ESTUDOS CLIMÁTICOS. OS OCEANOS COBREM, APROXIMADAMENTE, 2/3 DA 
SUPERFÍCIE DO PLANETA, TAL QUE A MAIOR PARTE DA RADIAÇÃO SOLAR QUE 
ALCANÇA A TERRA É ABSORVIDA POR ELES. POR CAUSA DE SUA GRANDE 
MASSA E CALOR ESPECÍFICO OS OCEANOS CONSTITUEM UM ENORME 
RESERVATÓRIO DE ENERGIA. 
 
A ENERGIA ABSORVIDA PELOS OCEANOS RESULTA NUMA TROCA 
RELATIVAMENTE PEQUENA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR (TSM), 
QUANDO COMPARADA ÀS TROCAS QUE OCORRERIAM SOBRE O SOLO. DEVIDO A 
SUA INÉRCIA TÉRMICA OS OCEANOS ATUAM COMO ABAFADORES E 
REGULADORES DE TEMPERATURA. UMA VEZ QUE OS OCEANOS SÃO MAIS 
DENSOS QUE A ATMOSFERA, ELES TÊM UMA INÉRCIA MECÂNICA MAIOR E UMA 
ESTRATIFICAÇÃO MAIS PRONUNCIADA. 
 
A PARTE SUPERIOR DO OCEANO É A MAIS ATIVA, COM UMA CAMADA 
SUPERFICIAL BEM MISTURADA DA ORDEM DE 100M. OS OCEANOS MOSTRAM 
CIRCULAÇÕES MUITO MAIS LENTAS DO QUE A ATMOSFERA. ELES FORMAM 
GRANDES CIRCULAÇÕES QUASE HORIZONTAIS COM AS CORRENTES OCEÂNICAS 
E LENTAS SOBREPOSIÇÕES TERMOHALINA (SOBREPOSIÇÕES DEVIDO ÀS 
VARIAÇÕES DE DENSIDADE ASSOCIADAS COM TROCAS NA TEMPERATURA E 
SALINIDADE). NUMA ESCALA MENOR A CIRCULAÇÃO OCEÂNICA TAMBÉM 
MOSTRA VÓRTICES, MAS A TURBULÊNCIA É MENOS PRONUNCIADA QUE NA 
ATMOSFERA. 
 
A RESPOSTA OU TEMPO DE RELAXAÇÃO PARA OS OCEANOS VARIA NUMA 
FAIXA DE TEMPO ELEVADO, QUE SE ESTENDE DE SEMANAS A MESES NA 
CAMADA SUPERIOR MISTURADA, A ESTAÇÕES NA TERMOCLINA (ENCONTRADA 
HÁ VÁRIAS CENTENAS DE METROS DE PROFUNDIDADE), A CENTENAS OU 
MILHARES DE ANOS NO OCEANO PROFUNDO. AS CORRENTES OCEÂNICAS 
TRANSPORTAM PARTE DO CALOR ESTOCADO NOS OCEANOS DAS REGIÕES 
INTERTROPICAIS, ONDE EXISTE UM EXCESSO DE CALOR DEVIDO A MAIOR 
INCIDÊNCIA DE RADIAÇÃO SOLAR INTENSA, EM DIREÇÃO AS REGIÕES MAIS 
FRIAS DAS LATITUDES MÉDIAS E ALTAS. 
 
A ATMOSFERA E OS OCEANOS SÃO FORTEMENTE ACOPLADOS. INTERAÇÕES 
MAR-AR OCORREM EM MUITAS ESCALAS NO ESPAÇO E NO TEMPO ATRAVÉS DO 
INTERCÂMBIO DE ENERGIA, MATÉRIA E MOMENTUM NA INTERFACE OCEANO-
ATMOSFERA, COMO PODE SER VISTO NAS MODIFICAÇÕES DE MASSAS DE AR, 
TAIS COMO DE AR MARÍTIMO PARA CONTINENTAL. O INTERCÂMBIO DE VAPOR 
D’ÁGUA ATRAVÉS DA EVAPORAÇÃO PARA A ATMOSFERA SUPRE DE VAPOR 
D’ÁGUA E PARTE DA ENERGIA PARA O CICLO HIDROLÓGICO, CONDUZINDO A 
CONDENSAÇÃO, PRECIPITAÇÃO E RUNOFF. 
 
EM OUTRAS PALAVRAS, A PRECIPITAÇÃO INFLUENCIA FORTEMENTE A 
DISTRIBUIÇÃO DE SALINIDADE DOS OCEANOS. EXISTEM INTERAÇÕES 
INTERNAS NA ATMOSFERA E OCEANOS, PRINCIPALMENTE, QUANDO E ONDE OS 
GRADIENTES DE SUAS PROPRIEDADES INTENSIVAS (TEMPERATURA E 
SALINIDADE) SÃO GRANDES. OS LAGOS, RIOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS SÃO 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO RAMO TERRESTRE DO CICLO HIDROLÓGICO E SÃO 
FATORES IMPORTANTES NO CLIMA GLOBAL. ELES TAMBÉM INFLUENCIAM O 
CLIMA NA ESCALA REGIONAL OU LOCAL. OS RIOS SÃO FATORES IMPORTANTES 
NA SALINIDADE PRÓXIMA À COSTA. 
 
CRIOSFERA 
 
A CRIOSFERA REPRESENTA O MAIOR RESERVATÓRIO DE ÁGUA DOCE DA TERRA. 
ENTRETANTO, SUA IMPORTÂNCIA PARA O SISTEMA CLIMÁTICO RESULTA, 
PRINCIPALMENTE, DE SUA REFLETIVIDADE (ALBEDO) PARA A RADIAÇÃO 
SOLAR E SUA BAIXA CONDUTIVIDADE TÉRMICA. UMA VEZ QUE A COBERTURA 
DE NEVE CONTINENTAL E O MAR DE GELO SOFREM MUDANÇAS 
SAZONALMENTE, ELES CONDUZEM A GRANDES VARIAÇÕES INTRANUAL E, ÀS 
VEZES, INTERANUAL NA CONTABILIDADE ENERGÉTICA DAS REGIÕES 
CONTINENTAIS E DA CAMADA SUPERIOR MISTURADA DO OCEANO. SOMANDO-
SE AS VARIAÇÕES SAZONAIS DA CRIOSFERA, GRANDES TROCAS PODEM 
OCORRER EM PERÍODOS DE TEMPO MUITO LONGO. 
 
DEVIDO À ALTA REFLETIVIDADE DA NEVE E DO GELO PARA A RADIAÇÃO 
SOLAR E A BAIXA DIFUSIVIDADE TÉRMICA DO MAR DE GELO, COMPARADA 
ÀQUELA DA ÁGUA AGITADA, OS CAMPOS DE NEVE E DE GELO ATUAM, NAS 
ALTAS LATITUDES, COMO ISOLANTES PARA A CAMADA SUBJACENTE AO SOLOE ÁGUA, PREVENINDO-A DA PERDA DE CALOR PARA A ATMOSFERA. O FORTE 
RESFRIAMENTO DA ATMOSFERA PRÓXIMO À SUPERFÍCIE DO SOLO REDUZ A 
CONVECÇÃO E CONTRIBUI PARA A OCORRÊNCIA DE UM CLIMA LOCAL MAIS 
FRIO. 
 
A CRIOSFERA COMPREENDE AS GRANDES MASSAS DE NEVE E GELO DA 
SUPERFÍCIE DA TERRA. ELA INCLUI OS EXTENSOS CAMPOS DE GELO DA 
GROENLÂNDIA E ANTÁRTICA, OUTRAS GELEIRAS CONTINENTAIS E CAMPOS DE 
NEVE, MAR DE GELO E PERMAFROST. O MAIOR CAPACETE DE 
GELOCONTINENTAL VARIA MUITO LENTAMENTE PARA INFLUENCIAR O CLIMA 
SAZONAL OU INTERANUAL. ENTRETANTO, ELE DESEMPENHA O PAPEL 
PRINCIPAL NAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DE ESCALAS DE TEMPO MUITO 
LONGAS, ATÉ DEZENAS DE MILHARES DE ANOS, TAIS COMO AS ERAS GLACIAIS 
E INTERGLACIAIS QUE OCORRERAM DURANTE O PLEISTOCENO. 
 
UMA GLACIAÇÃO BAIXARÁ O NÍVEL DO MAR, POSSIVELMENTE UNS 100M OU 
MAIS, AFETANDO ENTÃO, A FORMA E OS LIMITES DOS CONTINENTES. DEVIDO 
AS SUAS GRANDES MASSAS E SOLIDEZ, OS CAPACETES DE GELO DESENVOLVEM 
UMA DINÂMICA ESPECIAL DE SUAS PROPRIEDADES, COM MOVIMENTOS 
LENTOS. OCASIONALMENTE, CAPACETES DE GELO SOBRE OS OCEANOS PODEM 
SE QUEBRAR E FORMAR ICEBERG. MONTANHAS DE GELO SE MOVEM 
LENTAMENTE SOB A AÇÃO DA GRAVIDADE, SE ESPARRAMAM OU SE DISSIPAM 
AO LONGO DE SÉCULOS, DEPENDENDO DO ACÚMULO LOCAL DE NEVE E DA 
TEMPERATURA. 
 
LITOSFERA 
 
INCLUI OS CONTINENTES CUJA TOPOGRAFIA AFETA OS MOVIMENTOS DO AR. A 
LITOSFERA TEM O MAIOR TEMPO DE RESPOSTA DE TODOS OS COMPONENTES 
DO SISTEMA CLIMÁTICO EM 
 ESCALAS DE TEMPO CONSIDERADAS. A LITOSFERA PODE ESTAR RELACIONADA 
AO CARÁTER QUASE PERMANENTE DO SISTEMA CLIMÁTICO. 
 
EXISTE UMA FORTE INTERAÇÃO DA LITOSFERA COM A ATMOSFERA ATRAVÉS 
DA TRANSFERÊNCIA DE MASSA, MOMENTUM ANGULAR E CALOR SENSÍVEL, 
BEM COMO ATRAVÉS DA DISSIPAÇÃO DE ENERGIA CINÉTICA POR ATRITO NA 
CAMADA LIMITE PLANETÁRIA (CLP). A TRANSFERÊNCIA DE MASSA OCORRE 
PRINCIPALMENTE, NA FORMA DE VAPOR D’ÁGUA, CHUVA E NEVE E, EM MENOR 
QUANTIDADE, NA FORMA DE PARTÍCULAS E POEIRA. 
 
VULCÕES LANÇAM MATÉRIA E ENERGIA DA LITOSFERA PARA A ATMOSFERA, 
AUMENTANDO ASSIM, A TURBIDEZ DO AR. O MATERIAL PARTICULADO 
ADICIONADO, BEM COMO OS GASES ORIGINADOS DO ENXOFRE EJETADO, 
CONDENSA NA TROPOSFERA FORMANDO O QUE SE DENOMINA AEROSSOL. O 
MATERIAL INCORPORADO NA ATMOSFERA TEM UM EFEITO IMPORTANTE NO 
BALANÇO DE RADIAÇÃO E, POR ISSO, NO CLIMA DA TERRA. EXISTE TAMBÉM 
UMA TRANSFERÊNCIA DE GRANDE ESCALA DE MOMENTUM ANGULAR ENTRE A 
LITOSFERA E OS OCEANOS PRESUMIVELMENTE ATRAVÉS DA AÇÃO DOS 
TORQUES ENTRE OS OCEANOS E OS CONTINENTES. 
 
A UMIDADE DA CAMADA ATIVA DA LITOSFERA CONTINENTAL TEM UMA 
MARCADA INFLUÊNCIA NO BALANÇO DE ENERGIA LOCAL, AFETANDO A TAXA 
DE EVAPORAÇÃO, O ALBEDO DA SUPERFÍCIE E A CONDUTIVIDADE DO SOLO. 
 
BIOSFERA 
 
COMPREENDE A VEGETAÇÃO TERRESTRE, A FAUNA CONTINENTAL E A FLORA E 
FAUNA DOS OCEANOS. A VEGETAÇÃO ALTERA A RUGOSIDADE E O ALBEDO DA 
SUPERFÍCIE, A EVAPORAÇÃO, O RUN-OFF E A CAPACIDADE DE CAMPO DO SOLO. 
ALÉM DISSO, A BIOSFERA INFLUENCIA O BALANÇO DE DIÓXIDO DE CARBONO 
NA ATMOSFERA E OCEANOS ATRAVÉS DA FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO. NO 
GERAL, A BIOSFERA É SENSÍVEL A MUDANÇAS NO CLIMA. AS ASSINATURAS 
DESSAS TROCAS, ENCONTRADAS NOS FÓSSEIS, ANÉIS DE ÁRVORES, PÓLEN ETC., 
DURANTE AS ERAS PASSADAS, FORNECEM INFORMAÇÕES SOBRE OS 
PALEOCLIMAS DA TERRA.