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A LEITURA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA 
Por: Idaiana Oliveira Carneiro 
A prática da leitura é altamente importante em todas as áreas da vida humana. Esse fato se mostra desde a antiguidade clássica, onde uma só pequena parcela da população masculina e aristocrata tinha acesso à educação e a leitura, fazendo com que grande parte das pessoas fossem manipuladas pelos setores da elite social e econômica, visando assim o perpetuamento do Status quo. O método da exclusão da leitura se fez ainda mais presente durante a Idade Média, quando toda a educação era toda de responsabilidade das igrejas, onde praticamente só os seus membros possuíam a habilidade da leitura. Além disso, muitos livros eram proibidos pela igreja católica, diminuindo ainda mais o acesso ao conhecimento. A partir do século X com a criação das universidades na Europa, a leitura voltou a ter um papel bastante importante, gerando assim uma grande produção acadêmica vista com o nascimento do renascimento e maior busca do homem pela ciência. Atualmente os meios acadêmicos se tornam cada vez mais importantes para o crescimento da sociedade através de seus feitos e inovações, sendo essas através de bastante pesquisa e leitura. Pois os alunos possuem acesso a grandes obras, trabalhos e ideias seculares, podendo assim desenvolver seu trabalho e aumentar ainda mais o meio acadêmico como uma arma contra a manipulação sócio-política da elite. 
Historicamente, a leitura tem sido reconhecida como uma atividade elitista, sinônimo de erudição, de saber. Cada período da história, por conseguinte, teve sua espécie de leitura, a depender das necessidades do povo e de cada indivíduo. Na realidade, a própria noção de “História” tem a ver com a gênese da escrita, do momento que o homem artificializou sua fala e registrou-a, codificando e esperando que outros semelhantes seus entendessem esse mesmo código. Porém, muito antes da criação da escrita e da leitura, o ser humano expressava suas ideias, desejos e necessidades em desenhos e sinais gravados nos lugares em que habitava ou por onde passava, para se comunicar, garantir a propriedade, expressar suas conquistas (TOURINHO, 2011, p.327). 
A prática da leitura na ambiente do acadêmico é de extrema e essencial importância na formação do universitário, pois ao longo de todo o curso ele irá se deparar com todos os tipos de textos para compor o seu aprendizado. Artigos científicos, livros, revistas serão alguns dos meios que o acadêmico irá encontrar no seu caminho, fazendo com que a cada dia ganhe mais e mais conhecimento.
Segundo Oliveira (2003, p.1) “A leitura é uma habilidade para a qual há a necessidade de um aprendizado contínuo, pois, quanto mais o homem toma conhecimento de seu mundo e de novas palavras, mais apto ele será no reconhecimento delas”. 
A leitura expressa um grande passo para o homem em sua busca do conhecimento, proporcionando-lhe a capacidade de refletir e opinar sobre diversos aspectos da vida. Outro aspecto a ser enfatizado é o papel social da leitura, entendida como um produto cultural, sabendo-se que num mundo onde a informação disponível é cada vez maior, as pessoas não instrumentalizadas para acessá-las serão excluídas social e culturalmente (OLIVEIRA 2003 apud DROUET et al, 1995). 
“Não basta ir às aulas para garantir pleno êxito nos estudos. É preciso ler e, principalmente, ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá tomar apontamentos e, finalmente, não saberá estudar” (RUIZ, 1995, p.12). 
A leitura no meio acadêmico e na vida dos estudantes constitui-se em fator de grande importância no estudo, portanto, de acordo com Lakatos e Marcone (2003) propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas ou específicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o enriquecimento de vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo das obras. É necessário ler muito, continuada e constantemente, pois a maior parte dos conhecimentos é obtida por intermédio da leitura: ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes dos secundários e, optando pelos mais representativos e sugestivos, utilizá-los como fonte de novas ideias e do saber, através dos processos de busca, assimilação, retenção, crítica, comparação, verificação e integração do conhecimento. Levando todo esse conhecimento adquirido para toda a vida profissional e pessoal. 
De acordo com Brito (2010, p.10), o ato da leitura é mais do que um simples ato de ler um livro, uma revista, um jornal. Ler é uma necessidade cotidiana, é participar ativamente da sociedade e desenvolver a capacidade verbal.
A leitura é uma atividade prazerosa e poderosa, pois desenvolve uma enorme capacidade de criar, traz conhecimentos, promovendo uma nova visão do mundo. O leitor estabelece uma relação dinâmica entre a fantasia, encontrada nos universos dos livros e a realidade encontrada em seu meio social. A criatividade, a imaginação o raciocínio se sobrepõem diante deste magnífico cenário, criando um palco de possibilidades. 
Porém, infelizmente a prática da leitura tem se tomado cada vez mais deficiente. O aluno brasileiro está lendo cada vez menos, comparado há muitos anos atrás quando só se existiam as bibliotecas e a única forma de conhecimento era a leitura de livros. Hoje se presencia uma grande diminuição na leitura de livros e revistas, pois os alunos preferem sempre a facilidade da procura na internet para trabalhos e/ou estudos em geral. Não obstante, pode-se afirmar com segurança que o atual estudante de nível universitário no país, em sua maioria, despreza a leitura como fonte de entretenimento, informação e crescimento pessoal, limitando-se, na maior parte das ocasiões, a apenas ler aquilo que é obrigado por necessidade das disciplinas cursadas (TOURINHO, 2011). 
Nesse sentido, Freire (2006, p. 59) apresenta um enfoque interessante: “Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado”.
[...] Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade. [...] Estudar exige disciplina [...] é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário. (FREIRE, 2006 apud TOURINHO, 2011, p.328). 
Dessa maneira o hábito da leitura tem q ser sempre incentivado em todas as épocas da vida, para que no meio acadêmico o aluno não tenha dificuldade. E como o escritor Antônio Lobo diz, Um povo que lê, nunca será um povo escravo. 
Referências
BRITO, Danielle Santos de. A importância da leitura na formação acadêmica na formação do indivíduo. Revela, Praia Grande, v. 8, n. 4, p.1-35, jun. 2010. Disponível, em: <http://www.fals.com.br/revela12/Artigo4_ed08.pdf > Acesso em: 3 mai. 2017.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 47. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RUIZ, J. A. Metodologia da Pesquisa: guia para eficiência nos estudos. Cap. 1 e 2. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
TOURINHO, Cleber. Refletindo sobre a dificuldade de leitura em alunos do ensino superior: “deficiência” ou simples falta de Hábito? Lugares de Educação, Bananeiras, v. 1, n. 2, p.325-456, dez. 2011. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/rle/article/view/10966/7272> Acesso em: 03 mai. 2017.

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