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Semiologia cardiovascular

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Vitória Ferreira ❤ Semiologia 
 
Semiologia cardiovascular 
FISIOLOGIA 
Ciclo cardíaco: sangue vem das periferias e chegam aos 
átrios. Quando os átrios estão cheios de sangue, as valvas 
mitral e tricúspide (atrioventriculares) se abrem antes 
mesmo dos átrios contrairem (no final disso o atrio contrai 
para jogar resto de sangue ali). Enchendo o ventriculo: 
diastole 
Com os ventriculos cheios, ele vai contrair para jogar 
sangue para arteria pulmonar e aorta, nesse momento da 
contração, as valvas atrioventriculares se fecham (sistole) e 
as valvulas pulmonares e as valvulas aórtica (seminulares) 
se abrem 
 
ANAMNESE 
Queixas mais comuns no aparelho cardiovascular: dor 
torácica, dispneia, cansaço, síncope, palpitações e edema 
Dor torácica: um dos sintomas mais graves, manifestação 
mais frequente de doença coronariana aguda 
Queixa de dor torácica, pensar em doenças fatais como: 
 Angina instável, infarto agudo do miocárdio, 
aneurisma dissecante da aorta e embolia 
pulmonar 
 Dor na região anterior do tórax, de caráter 
dilacerante, irradiando-se para costas e/ou 
pescoço ocorre em casos de dissecção aguda da 
aorta 
 Palpitações: batimentos cardíacos irregulares, 
rápido aumento ou diminuição da frequência 
cardíaca 
 Falta de ar: quadros de dispneia, ortopneia ou 
dispneia paroxística noturna 
 Dispneia súbita: embolia pulmonar, pneumotórax, 
crise de ansiedade 
 Ortopneia: dispneia em paciente deitado que 
melhora ao sentar – IC ventricular esquerda 
estenose mitral e DPOC 
 Dispneia paroxística noturna: episódios de 
dispneia e ortopneia súbitas que acordam o 
paciente cerca de 1 ou 2h após dormir. Pode haver 
sibilos e tosses associados – IC ventricular 
esquerda ou estenose mitral (pode ser confundido 
com crise asmática noturna) 
 Edema: acumulo de liquido no espaço intersticial, 
causas variam de locais a sistêmicas 
 
 
EXAME VASCULAR ARTERIAL 
 Pulsos arteriais 
 Características 
o Frequência 
o Ritmo: arritimia (fibrilação) 
o Localização 
o Simetria: palpar 2 pulsos de cada lado, vai 
palpar o radial esquerdo, palpa o direito 
(dissecção de aorta- de um lado não tem 
pulso) 
o Formato 
o Amplitude: fino, amplo, fraco, forte 
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→ Pulsos carotídeos, braquiais, femorais, poplíteos, tibiais e 
pediosos 
OBS: pulsos carotídeos tomar cuidado com os 
barorreceptores em idosos que podem estimular 
bradicardia e possibilidade de embolização de placas 
ateromatosas podendo causar AVC 
 
PATOLOGIAS DO PULSO 
Quando não existe valva o fluxo vem e vai com a mesma 
força, gerando 2 ondulações 
 Pulso parvus: amplitude pequena em razão da 
redução de volume ejetado podendo ser 
decorrente de – hipovolemia, insuficiência de 
ventrículo esquerdo, estenose aórtica ou mitral 
 Pulso célere ou martelo d’agua (hipercinético): cir-
culação hipercinética, decorrente de insuficiência 
aórtica, persistência do canal arterial e vasodilata-
ção acentuada, pulso amplo com 2 componentes 
perceptíveis durante a sístole, geralmente é 
acompanhado de outros sinais periféricos e 
insuficiência aórtica 
o insuficiência aórtica: durante a diástole, 
há defeito no fechamento da valva 
aórtica, levando à regurgitação de sangue 
para o ventrículo esquerdo (se 
manifestando no pulso como uma queda 
rápida e profunda da onda de pulso), que 
se soma ao volume proveniente do 
esvaziamento atrial, aumentando o 
volume diastólico final e esvaziamento do 
sistema arterial 
 Pulso bisferiens ou bífido: “pico e denso” pulso 
amplo com 2 movimentos sistólicos, o 1º 
componente é decorrente de ejeção rápida. 
pulsação sistólica dupla na insuficiência aórtica e 
miocardiopatia hipertrófica. 
 Pulso alternante: alteração regular na amplitude da 
pressão de pulso (disfunção grave de ventrículo 
esquerdo). 
 Pulso paradoxal: redução acentuada da pressão 
arterial sistólica durante a inspiração (> 10mmHg): 
de tamponamento pericárdico e doença pulmonar 
obstrutiva grave. 
 
 
 
OBS: Teste de Allen- verifica circulação da mão, a partir do 
quanto a artéria ulnar e radial contribuem com a irrigação 
sanguínea. Com os polegares, oclua as duas artérias em 
questão no punho do paciente e peça para que ele abra e 
feche a mão seguidamente até que seja percebida uma 
palidez palmar. Quando isso ocorrer, libere apenas o fluxo 
de uma delas e verifica-se se houve perfusão adequada (se a 
mão voltar ao seu rubor natural). Após isso, repete-se o 
teste, liberando a outra artéria e trocando também a mão a 
ser testada 
EXAME VASCULAR VENOSO 
Distensão das veias jugulares (turgência jugular): 
insuficiência cardíaca direita, pericardite constritiva, 
tamponamento cardíaco e obstrução da veia cava superior 
 Por meio da turgência jugular é possível avaliar 
indiretamente o estado de pressão venosa central- reflete a 
como funcionam as câmaras cardíacas direitas 
Como avaliar? 
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Eleva-se a cabeceira do leito do paciente para 30º. A partir 
daí, identifica-se a veia jugular externa dos dois lados, 
prosseguindo-se com a pesquisa das pulsações venosas 
jugulares internas 
• O paciente deve estar em decúbito dorsal, com o tronco 
inclinado a 30º; 
• Deve ser traçada uma reta da fúrcula esternal até o 
pescoço do paciente; 
• Verifica-se se a visibilidade da veia jugular supera o nível 
traçado; 
• Caso a resposta seja positiva, tem-se que existe um 
comprometimento quanto ao retorno venoso; 
• No caso de a turgência jugular ultrapassar o limite superior 
da linha traçada, tem-se a presença da chamada estase 
jugular. 
 
 Região cervical (jugular) – ICC jugular muito 
aumentada numa avaliação em 45 graus 
 Sinal de Kussmaul: na inspiração a pressão jugular 
venosa diminui (facilita RV) mas em caso de 
pericardite constritiva ela pode aumentar 
 Onda pré-sistólica: elevação na pressão arterial 
(contração do átrio), aparece antes de B1 e do 
pulso carotídeo 
 Descenso x: começa com a diástole, e persiste 
enquanto o VD (contraído na sístole) empurra o 
átrio para baixo. O sangue continua a fluir na 
sístole ventricular para o AD pelas veias cavas 
 Onda v: fechamento da valva tricúspide e 
enchimento atrial (↑ pressão no interior da 
câmara direita) 
 Descenso y: nova queda na pressão atrial direita 
pela abertura da valva tricúspide no início da 
diástole (após B2 no inicio da diástole) 
 Para guardar: contração atrial  relaxamento 
atrial  enchimento atrial  esvaziamento atrial 
 Onda a: contração atrial, onda v: enchimento 
venoso 
Anormalidades do pulso venoso jugular 
 Onda a ampla: estenose tricúspide, estenose 
pulmonar, dissociação átrio ventricular (átrio direto 
contrai com a valva tricúspide fechada) 
 Onda v ampla: insuficiência tricúspide e defeito septo 
atrial 
 Descenso y abrupto: pericardite constritiva 
 Descenso y lento: estenose tricúspide 
 
EDEMA 
 Aumento da pressão hidrostática nos capilares arteriais 
que supera a pressão oncótica e gera extravasamento 
do fluido do plasma para o interstício 
 Regiões edemaciadas: pele lisa e brilhante 
 Palpação pelo método digito-pressão causa uma 
depressão local que desfaz lentamente– Sinal de cacifo 
 Comparar o edema entre os membros (se apenas um 
está comprometido ou os dois) 
 Procurar sinais que indiquem inflamação: calor, dor, 
rubor 
 Classificar em cruzes 
o +: edema só nos pés até o maléolo 
o ++: edema vai até terço médio da perna 
o +++: edema acomete membro inferior até 
nível do joelho 
o ++++: edema acomete todo o MS da 
extremidade a raiz da coxa 
o Anasarca: edema que se estende 
superiormente além da raiz da coxa e
causa 
edema generalizado 
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO 
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Técnicas: inspeção, palpação e ausculta 
Inspeção 
 Buscar a presença de cicatrizes, abaulamentos, 
assimetrias, ictus cordis, batimentos visíveis 
 Abaulamento vai ser observado em 2 posições 
o Tangencial: examinador de pé do lado 
direito do paciente 
o Frontal: examinador junto aos pés do 
paciente deitado 
 Presença de abaulamento: aneurisma da aorta, 
cardiomegalia, derrame pericárdico 
 Dilatação do VD determina abaulamento (maior 
parte na face anterior do coração, em contato com 
o tórax) 
 Cardiopatias congênitas e lesões valvares 
reumaticas: causas mais frequentes de 
abaulamento no precórdio 
Palpação 
 Paciente em decúbito dorsal 
o Quando há dificuldade de palpar ictus 
colocar o paciente em decúbito lateral 
esquerdo 
 Visualização tangencial 
 Procurar Ictus Cordis e frêmitos 
ICTUS CORDIS 
 ICTUS ápice do coração (ventrículo esquerdo) – 
impulso apical ou choque de ponta) 
 Foco da inspeção cardíaca 
 Ictus do ventrículo esquerdo: mais comum de 
visualizar 
CARACTERÍSTICAS AVALIADAS 
 Localização 
o Normal: linha hemiclavicular esquerda no 
5º espaço intercostal 
o Longilíneos: coração mais verticalizado 6º 
EI, 1 ou 2 cm mais próximo da linha media 
o Brevelíneos: coração mais horizontalizado 
4º EI 
 Extensão: 1 a 2 polpas 
digitais – 2 a 2,5 cm 
 Duração: preceder ou 
simultâneo ao pulso 
carotídeo (contração 
isovolumétrica) 
 Intensidade: classificar 
em cruzes 
 Forma: impulsivo, 
globoso 
 Ritmo 
 Técnica correta de 
palpação: espalmar a mão e 
buscar sentir a palpação com a região da transição 
metacarpofalangiana 
Patologias associadas ao ictus 
 Ictus desviado para a esquerda -Dilatação do 
ventrículo esquerdo – estenose aórtica, 
insuficiência aórtica, insuficiência mitral, HAS, 
miocardiopatias a alguma cardiopatias congênitas 
 Ictus apical e propulsivo: hipertrofia ventricular 
esquerda 
 Ictus pré-sistólico proeminente: hipertensão, 
estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica 
 Ictus sistólico apical duplo: miocardiopatias 
hipertrófica 
 Ictus discinético (abaulamento externo): 
aneurisma ventricular, infarto agudo do miocárdio 
e miocardiopatia 
 Deslocamento do ictus que não indicam 
hipertrofia e dilatação: escoliose, depressão no 
esterno, derrame pleural e elevação do diafragma 
(ascite, obesidade) 
 Espessura aumentada da parede: cardiopatia 
hipertrófica – ictus “empurra seu dedo” 
PALPAÇÃO DOS FRÊMITOS 
Manifestações sensoriais e as vezes audíveis (vibração ou 
zumbido) causadas pelo turbilhonamento do fluxo 
sanguíneo, geralmente decorrente de sopros 
 Mais fácil de palpar na posição que acentua o sopro: 
inclinação do tronco para frente 
 Usar como referência de localização as áreas de 
ausculta 
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 Classificar sopro em cruzes 
 Frêmito catário: se assemelha palpar pescoço de um 
gato que ronrona 
Ausculta cardíaca 
FOCOS AUSCULTA 
 Foco pulmonar: 2º EI esquerdo junto do esterno 
o Analise de B2 
 Foco aórtico: 2º EI direito região justaesternal 
 Foco aórtico acessório: entre 3º e 4º EI esquerdo - 
patologias da válvula aórtica 
 Foco mitral: 5º EI esquerdo na linha hemiclavicular 
correspondente ao ictus 
o cardiomegalia em estágio avançado esse 
foco desloca lateralmente em direção à 
linha axilar anterior 
 Foco tricúspide: entre 4º e 6º EI na região 
paraestrenal, ligeiramente à esquerda da base do 
apêndice xifoide 
 
 Outros pontos da ausculta 
 Região lateral do pescoço: sopro de estenose 
aórtica com irradiação seguindo a direção do fluxo 
sanguíneo ejetado pelo VE 
 Regiões interescapulovertebrais: sopro da 
persistência do canal arterial em recém-nascidos 
FASES DO CICLO CARDÍACO 
 Sons cardíacos = bulhas 
 
 Durante diástole átrio esquerdo esta cheio de sangue 
(pressão em seu interior supera a do ventrículo 
esquerdo relaxado)  gradiente de pressão que 
promove passagem de sangue do AE para o VE pela 
valva mitral 
 Um pouco antes de iniciar a sístole no ventrículo, a 
contração do átrio provoca um pequeno aumento de 
pressão nas 2 câmaras 
 Durante a sístole: inicio da contração ventricular 
esquerda (pressão ventrículo supera p átrio) 
fechamento da valvas atv  som da 1ª bulha B1 
 B1: fechamento da valva mitral e tricúspide. Em 
condições normais é mais intensa no foco mitral e 
coincide com o ictus e o pulso carotídeo 
o É mais grave e tem duração maior que a 2ª 
bulha “TUM” 
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 Pressão ventricular esquerda continua a aumentar 
ultrapassando a raiz da aorta e induzindo a 
abertura da valva aórtica 
o Patologia o sopro de ejeção 
protossistólico (logo após B1) acompanha 
abertura da valva aórtica 
 Normalmente pressão ventricular esquerda 
máxima = pressão arterial sistólica 
 
 À medida que o ventrículo esquerdo ejeta a maior 
parte do volume de sangue armazenado começa a 
cair a pressão ventricular 
 Quando a pressão ventricular esquerda cai abaixo 
da pressão aórtica  fechamento da valva aórtica 
e pulmonar  2ª bulha cardíaca B2, define 
duração da diástole 
 B2: É formada por 4 grupos de vibração mas só são 
audíveis as pelo fechamento das valvas aórtica e 
pulmonar 
o Fechamento da aórtica é auscultado em 
toda região precordial (foco aórtico) e o 
da pulmonar é mais limitado ao foco 
pulmonar 
o Na expiração 2 valvas se fecham- som de 
TA 
o Na inspiração (maior afluxo do sangue) 
pelo prolongamento da sístole a 
pulmonar sofre retardo – desdobramento 
fisiológico da 2ª bulha - TLA 
 
 Durante sístole a pressão ventricular continua a 
cair, alcançando níveis inferiores ao da pressão 
atrial esquerda  abre de novo a valva mitral 
o Normalmente é silencioso mas provoca 
estalido de abertura na estenose mitral 
 
 Após abrir a valva mitral, ocorre enchimento 
ventricular rápido e sangue vai do átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo no inicio da diástole 
o Desse evento pode surgir, em crianças e 
jovens adultos) B3,secundaria à 
desaceleração rápida da coluna de sangue 
contra a parede ventricular 
o B3 auscultada em idosos – Galope por B3: 
indicativo de alteração patológica quanto 
a uma sobrecarga de volume 
 B3: ruído protodiastólico de baixa frequência que 
se origina da vibração da parede ventricular 
distendida pela corrente sanguínea que penetra na 
cavidade durante o enchimento ventricular rápido 
 Mais audível na área mitral com o paciente em 
decúbito lateral direito 
 B3 ocorre na proto-diástole após B2 
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 B4: contração atrial (ruído débil) após o 
enchimento ventricular rápido para ejetar o resto 
de sangue que ficou no átrio esquerdo 
o Geralmente não é audível em adultos 
o Quando auscultada precede B1 do 
batimento cardíaco seguinte – alteração 
patológica na complacência ventricular: 
estenose aórtica, hipertensão arterial, 
miocardiopatia hipertrófica e doença 
arterial coronariana 
o Ocorre na pré-sístole (antes da B1) 
 Fase sistólica: ejeção do sangue pela valva aórtica 
 Fase diastólica: fechamento da valva aórtica e 
pulmonar e valva mitral e tricúspide se abrem para 
sangue ir para ventrículo 
 Fase inicial da diástole: enchimento rápido, sangue 
termina de encher o ventrículo (ventrículo 
totalmente cheio) 
 Contração ventricular: valva mitral fecha 
 Quando pressão da valva = da aorta – abertura das 
valvas e sangue vai para aorta 
RITMO E FREQUÊNCIA 

Ritmo binário ou em 2 tempos – só 2 bulhas 
 3 bulhas: ritmo tríplice ou em 3 tempos – “TUM-TA-
TUM” 
 Frequência cardíaca normal: 50 a 100 bpm/ < 50 
bradicardia, > 100 taquicardia 
Variações da ausculta 
 Hiperfonese: bulha tem ausculta muito forte – paciente 
jovem, com febre e atletas, pressão pulmonar muito 
aumentada, paciente muito magro, hipertensão 
 Hipofonética: difícil de auscultar, DPOC, enfisema 
(caixa torácica aumenta), tamponamento cardíaco 
 Desdobramento da bulha: descompasso no 
fechamento das valvas – ICC 
 Arritmias 
 Ritmo de galope “PA-TA-TA” B3 patológica 
CLIQUES E ESTALIDOS 
São classificados em sistólicos (protossistólico e 
mesossistólico) e diastólico 
Estalidos diastólicos 
Estenoses da valva mitral  ruído seco, agudo, de curta 
duração “TEP” audível no 3º OU 4º EI e no foco mitral e 
tricúspide 
Também pode ocorrer na insuficiência mitral e 
comunicação interatrial 
Estalidos protossistólicos 
Ruídos de ejeção de alta frequência agudos e intensos, 
produzidos na artéria pulmonar e na aorta 
 Protossistolico aórtico – dilatação e aneurisma da 
aorta, tetralogia de Fallot e mais audível no 4º EIC 
esquerdo 
 Protossistólico pulmonar: estenose pulmonar, 
hipertensão pulmonar grave, mais audível no foco 
pulmonar e na borda externa esquerda (mais 
agudo que B1) 
Sopros cardíacos 
Sopros podem aparecer durante a contração ventricular ou 
durante o relaxamento ventricular, e dessa forma são 
chamados sopro sistólico ou sopro diastólico 
Quando o sangue passa por uma superfície (valvas no 
coração) e elas estão com uma conformação diferente 
(vazando ou menores), o sangue passando pelas superfície 
vibra pois há uma turbilhonamento do sangue fazendo 
movimentos caóticos e gerando vibração, essa vibração é o 
sopro. Exemplo sopro por estenose na carótida, aneurisma 
de aorta abdominal. 
Pensando na valva: quando o sopro ocorre quando o 
ventrículo está contraindo (sístole) – SISTÓLICO 
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Quando o sopro aparece no momento que o ventrículo está 
relaxando e o sangue está entrando no ventrículo – 
DIASTÓLICO 
Podem ser divididos ainda em: proto sostólico – aparece 
início do movimento (começo da sístole) , meso – meio da 
sístole e telessistólico ou diastólico – fim da sístole 
Doenças valvares 
Na sístole normal: fechamento das atv e abertura das 
semilunares 
Quando há sopro auscultado na sístole nos focos aórtico 
e pulmonar – estenose aórtica e pulmonar 
Sopro na sístole na mitral e tricúspide – regurgitação do 
sangue – insuficiência mitral ou tricúspide 
Na diástole normal: fechamento da valva aórtica e 
pulmonar e valva mitral e tricúspide se abrem para sangue 
ir para ventrículo 
Sopro na diástole no foco mitral ou tricúspide – estenose 
mitral ou tricúspide 
Sopro na diástole no foco aórtico e pulmonar – sangue 
volta da aorta e pulmonar para os ventrículos – 
insuficiência aórtica e pulmonar 
 
 
 
 
 
 
Sopros sistólicos 
Sopro sistólico de ejeção: estenose valva aórtica ou 
pulmonar com som grosseiro 
Sopro sistólico de regurgitação: insuficiência mitral e 
tricúspide  som de panela de pressão 
 
→ Sopro acontece na sístole entre o fechamento da 1ª e 2ª 
bulha (valva mitral e tricúspide - insuficiente eram pra estar 
fechadas e sangue retorna na sístole) 
Para diferenciar se a insuficiência é mitral ou tricúspide 
Manobra de Rivero - Carvallo: pede para o paciente 
inspirar e ausculta aumento do sopro no foco tricúspide, 
pede para paciente expirar e diminui o sopro. 
 
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→ O sopro aparece na sístole e começa e termina alto 
Como diferenciar da insuficiência tricúspide: coloca 
estetoscópio na valva mitral 
 O movimento respiratório não interfere no som do 
sopro (pouca diferença) 
 Há irradiação do sopro (pra onde quer que mova o 
estetoscópio, continua ouvir o sopro) 
 
 Sopro em diamante: começa devagar, acelera no pico 
da sístole e diminui de novo 
Área pequena pra um volume de sangue muito grande 
– turbilhonamento do sangue e barulho diferente da 
insuficiência mitral 
Sopros diastólicos 
 
 Ocorrem na 2ª bulha, quando o sangue volta da aorta 
para o ventrículo, pois a valva aórtica não se fechou 
 Som grave (igual o da estenose mitral) 
 Usar campânula 
 Melhor de ser auscultado no foco acessório 
 
 Som baixo, grave e aparece em poucas manobras 
 Sopros das cardiopatias congênitas 
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 Sopro continuo - PCA 
 Atrito pericárdico - pericardite 
 Zumbido venoso – turbulências de sangue nas 
jugulares (crianças) 
 
 Valvulopatias: 
o estenose aórtica (saída de sangue 
dificultada), 
o insuficiência mitral e 
o insuficiência aórtica (sobrecarga de 
sangue dilata o coração) 
 Perfusão periférica 
 Leito de enchimento capilar (ponta dos dedos) 
 Temperatura de extremidades e central 
Medidas da pressão arterial 
 Escolha do equipamento correto – bem 
calibrado e tamanho ideal 
 Colocar manguito firme cerca de 2 a 3 cm 
acima da fossa cubital, centralizando a bolsa 
de borracha na artéria braquial 
 A largura da bolsa de borracha do manguito 
deve corresponder a 40% da circunferência do 
braço, e seu comprimento envolver, pelo 
menos, 80% do braço 
 
 Palpar pulso radial enquanto insufla, quando o 
pulso desaparecer você encontra a pressão 
sistólica estimada 
 Essa pressão encontrada, insufla até 30 mmHg 
pra cima e desensufla a 
 Palpar pulso braquial do paciente na fossa 
anticubital e posicionar estetoscópio 
exatamente na artéria braquial 
Fase 1- aparecimento do primeiro som, ao qual 
seguem batidas progressivamente mais fortes, bem 
distintas e de alta frequência. Se correlaciona com o 
nível de pressão sistólica 
 Fase 2 – nesse momento, o som adquire característica 
de zumbido e sopro, podendo ocorrer sons de baixa 
frequência, que eventualmente determinam o hiato 
auscultório 
Fase 3 – sons nítidos e intenso 
Fase 4 – abafamento dos sons, correspondendo ao 
momento próximo ao desaparecimento deles 
Fase 5 – desaparecimento total dos sons. Correlaciona-
se com a pressão diastólica 
Fatores que influenciam na medida da pressão 
 Bexiga cheia 
 Pratica recente de exercícios físicos 
 Ingestão de bebidas alcoólicas, café, alimento 
ou fumou até 30 min antes da medida 
 Ansiedade em ir ao médico – síndrome do 
jaleco branco 
Valores normais e medidas alteradas da pressão

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