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Bases de Infectologia

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@Kalinesousabrito
Aula 01
Infectologia
Profa. Dra. Kaline Sousa
Graduação em Biomedicina
Especialização em Saúde Coletiva 
Mestrado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Doutorado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Profa. Dra. Kaline Sousa
Graduação em Biomedicina
Especialização em Saúde Coletiva com Ênfase em Saúde da Família
Mestrado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Doutorado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
CERTIFICADO
INFECTOLOGIA
Aula 01: Bases de Infectologia
Aula 02: Agentes Etiológicos e Doenças
Infecciosas
Aula 03: Infecções Classificadas por Sistemas
Aula 04: Infecções sexualmente transmissíveis
e Paciente Imunocomprometido
Aula 05: Perguntas e Respostas
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
Infectologia: É um ramo da medicina que se dedica ao
estudo, diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças
infecciosas agudas e crônicas
Diferente da maioria das especialidades, a infectologia não
estuda apenas um órgão ou um sistema em específico, mas sim
a relação hospedeiro- parasita, os mecanismos da inflamação e
das infecções, a resistência microbiana e o uso adequado de
antimicrobianos. É uma área que precisa entender além da
doença, abrangendo o paciente como um todo, incluindo sua
inserção social e epidemiológica.
INFECTOLOGIA
Hospedeiro: É um organismo
que abriga outro em seu
interior ou o carrega sobre si,
seja este um parasita, uma
bactéria, vírus.
INFECTOLOGIA
Patógeno: É um microorganismo capaz de causar doença.
Patógeno Verdadeiro: Presença sempre
considerada anormal (ex: Mycobacterium
Tuberculosis, Yersinia Pestis). Causa doença
nos hospedeiros com defesas imunes
normais.
Patógeno Oportunista: Causa Infecção ou
doença em hospedeiros comprometidos
imunologicamente. Pode ser membro da
flora normal do hospedeiro (pseudomonas
aeruginosa).
INFECTOLOGIA
BASES DE INFECTOLOGIA
1 – Mecanismos Imunológicos na Relação
Patógeno-Hospedeiro e Evasão da Resposta
Imune
2- Diagnóstico Laboratorial em Infectologia
INFECTOLOGIA
1 – Mecanismos Imunológicos na Relação
Patógeno-Hospedeiro e Evasão da Resposta Imune
Um dos aspectos mais estudados e que tem suscitado
importantes avanços na saúde da população mundial são os
mecanismos relacionados com a interação parasito-hospedeiro,
tornando possível o desenvolvimento de novas vacinas ou
medicamentos.
INFECTOLOGIA
Há muitas descrições sobre os patógenos que acometem
os seres humanos e suas diferentes maneiras de provocar
infecções e doenças, muitas vezes coexistem por longos
períodos no hospedeiro, tornando-se latentes ou
crônicos.
Por outro lado, o hospedeiro sempre responde no sentido
de eliminar o patógeno ou regular sua infectividade,
evitando maior dano aos tecidos ou órgãos.
Esta resposta, que confere resistência e proteção ao hospedeiro, é uma das mais fascinantes
propriedades do sistema imune e depende da indução de mecanismos inespecíficos e específicos
de defesa, que compreendem, respectivamente, a resposta imune inata e a adaptativa.
INFECTOLOGIA
O conhecimento a respeito destes mecanismos de
defesa (inata e adaptativa) e suas interações
celulares e moleculares tem sido demonstrado em
experimentos com animais cujas linhagens podem
ser naturalmente suscetíveis ou resistentes a
determinados patógenos.
Além disso, com todos os avanços das técnicas de
biologia molecular, é possível estabelecer linhagens
resistentes e suscetíveis a determinados patógenos,
por manipulação gênica, como transfecção (animais
transgênicos), deleção ou silenciamento dos genes
(animais knockout).
INFECTOLOGIA
Os patógenos que acometem o ser humano
podem ser classificados em 5 tipos:
1) Bactérias extracelulares 
2) Bactérias intracelulares 
3) Vírus 
4) Fungos 
5) Protozoários e parasitos pluricelulares.
Parasitos são organismos unicelulares e
pluricelulares que compreendem os
protozoários, helmintos e ectoparasitos.
INFECTOLOGIA
Apesar das diferenças entre os tipos de patógenos, o
que determina o estabelecimento de uma infecção e
que mecanismos do hospedeiro serão efetores para
erradicá-la depende de uma série de fatores tais como:
 Número de partículas infectantes;
 Via de entrada;
 Colonização dos tecidos;
 Disseminação;
 Escape dos mecanismos imunes pelo patógeno.
Tais características determinam o seu grau de
patogenicidade.
INFECTOLOGIA
Assim, os microrganismos podem se
multiplicar em diferentes locais de nosso
organismo como nos espaços extracelulares,
nos fluidos corpóreos ou dentro de células e,
portanto, podem provocar doença por
mecanismos distintos.
INFECTOLOGIA
A lesão tecidual pode ocorrer por efeito direto do
patógeno tal como: a liberação de exotoxinas
(enzimas, proteínas), sendo exemplos as toxinas
tetânica, diftérica, botulínica entre outras.
Ou, por endotoxinas (membrana) como
o lipopolissacarídeo (LPS) presente na
superfície da maioria das bactérias
Gram-negativas, que atua como
potente indutor da síntese de citocinas
pelas células do hospedeiro, que, se
não forem controladas, pode levar ao
choque endotóxico, ou pelo efeito
citopático direto induzido pela maioria
das infecções virais.
INFECTOLOGIA
1- Resposta inflamatória induzida no local da multiplicação do
patógeno, que pode afetar tecidos normais adjacentes, como nas
infecções por bactérias piogênicas;
2- Formação de imunocomplexos (interação antígeno-anticorpo), que
podem se depositar no endotélio vascular, ou no glomérulo renal como,
por exemplo, as glomerulonefrites pós-estreptocócicas;
3- Anticorpos com reatividade cruzada devido à homologia entre estruturas do microrganismo e do
hospedeiro, como exemplo a miocardite pós-estreptocócica;
4- Destruição celular mediada por linfócitos T citotóxicos ou células natural killer (NK) como ocorre na maioria
das viroses, por exemplo, na hepatite viral comprometendo a função hepática por destruição de hepatócitos.
Os mecanismos de lesão tecidual que também podem ser provocados
indiretamente pela resposta imune do hospedeiro ao patógeno são:
Edema
INFECTOLOGIA
Os patógenos que acometem o ser humano precisam
ultrapassar diversas barreiras para estabelecer a infecção.
Importância dos epitélios e das secreções
seromucosas
A principal porta de entrada da maioria dos
microrganismos é representada pelas superfícies
epiteliais. Portanto, a pele e os epitélios de
revestimento dos tratos respiratório, digestório e
geniturinário são importantes barreiras mecânicas,
assim como o movimento das pálpebras na proteção
do globo ocular e o epitélio ciliar que reveste as vias
respiratórias superiores, impedindo que a massa de
partículas inaladas, geralmente com inúmeros
microrganismos, alcance os alvéolos pulmonares.
INFECTOLOGIA
A função protetora da pele fica claramente
demonstrada com a ocorrência de proliferação
bacteriana em ferimentos não cuidados
devidamente, ou mesmo a alta incidência de
morte por infecções em indivíduos que
sofreram queimaduras graves.
Importância dos epitélios e das secreções
seromucosas
INFECTOLOGIA
Importância dos epitélios e das secreções seromucosas
Ácidos graxos e láctico presentes nas secreções sudoríparas e
sebáceas (PH ácido);
Lisozima presente abundantemente na saliva, na lágrima e nos
grânulos de fagócitos atua nos peptídeoglicanos gram +;
O suco gástrico (pH ácido), a pepsina e os peptídeos
antibacterianos (criptidinas) presentes no intestino;
A própria flora associada aos epitélios (bactérias e fungos comensais, age
como barreira física/competição ou química/libração de mediadores).
INFECTOLOGIA
Uma vez ultrapassadas estas barreiras,
os microrganismos podem colonizar
tecidos ou invadir células. Neste
momento, vários fatores solúveis e
células serão ativados e iniciarão os
mecanismos envolvidos na resposta
imune inata e adquirida.
1) Bactérias extracelulares 
2) Bactérias intracelulares 
3) Vírus 
4) Fungos 
5) Protozoários e parasitos 
pluricelulares.
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
Os agentes infecciosos desenvolveram diversos mecanismos para evadir a resposta imune do hospedeiro.
MECANISMOSDE EVASÃO
A variação antigênica é uma estratégia
adotada tanto por bactérias, quanto por vírus
e parasitos, e é caracterizada por mutações
genéticas que podem modificar os epítopos
que eram anteriormente reconhecidos por
anticorpos ou outros componentes do
sistema imune dificultando, desta forma, a
eliminação do agente infeccioso.
INFECTOLOGIA
Exemplos Imunidade Inata Imunidade Adquirida Mecanismo de 
Evasão
Staphylococcus 
aureus;
Neisseria 
gonorrhoeae;
Escherichia coli;
Salmonella 
typhimurium; 
Pneumococcus; 
Streptococcus 
pneumoniae.
Fagocitose 
Ativação do 
complemento
Anticorpos 
neutralizantes;
IgM e IgG;
Ativadoras do 
complemento; 
Fagocitose mediada 
por Fc de 
imunoglobulina.
Inibição da 
ativação do 
complemento;
Variação 
antigênica; 
Resistência à 
fagocitose. 
1- Bactérias Extracelulares
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
INFECTOLOGIA
1- Bactérias Extracelulares
INFECTOLOGIA
Exemplos Imunidade Inata Imunidade Adquirida Mecanismo de 
Evasão
Mycobacterium 
leprae;
Lysteria 
monocytogenes 
Fagocitose TCD8+ citotóxico Inativação das 
espécies reativas 
do oxigênio(ROS);
Rompimento da 
membrana do 
fagossomo/escape 
para o citoplasma
2- Bactérias Intracelulares
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
INFECTOLOGIA
2- Bactérias Intracelulares
INFECTOLOGIA
3- Vírus
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Exemplos Imunidade Inata Imunidade Adquirida Mecanismo de Evasão
Influenza; 
Vírus da 
imunodeficiência 
humana;
Herpes simples; 
Citomegalovírus; 
Interferona tipo1
Atividade de células 
natural killer
Anticorpos neutralizantes;
TCD4+ perfil Th1 
TCD8+ citotóxico
Variação antigênica; 
Variação antigênica e infecção de 
células imuno competentes;
Inibição do processamento 
antigênico;
Bloqueio do transportador (TAP); 
Remoção das moléculas de classe I; 
Produção de citocinas 
imunossupressoras (IL-10); 
Produção de homólogos do 
receptor de citocinas;
INFECTOLOGIA
3- Vírus
INFECTOLOGIA
Exemplos Imunidade Inata Imunidade Adquirida Mecanismo de 
Evasão
Candida albicans; 
Aspergillus fumigatus; 
Cryptococcus 
neoformans.
Ativação do 
complemento;
Fagocitose.
TCD4+ perfil Th1 
TCD8+ citotóxico 
Inibição da 
fagocitose pelo 
tamanho, da 
atividade do 
sistema 
complemento e da 
produção de óxido 
nítrico;
Alteração do 
tráfego intracelular.
4- Fungos
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
INFECTOLOGIA
4- Fungos
INFECTOLOGIA
Exemplos Helmintos Imunidade Inata Imunidade 
Adquirida
Mecanismo de Evasão
Schistosoma mansoni; 
Fasciola hepática; 
Ancylostoma duodenale.
Degranulação de 
eosinófilos 
Anticorpos IgE 
ADCC (Citotoxicidade 
mediada por células 
dependente de 
anticorpos)
Troca e substituição do tegumento; 
Inibição da atividade do fagócito; 
Produção de proteases capazes de 
clivar imunoglobulinas. 
5- Helmintos e Protozoários
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Exemplos Protozoários Imunidade Inata Imunidade 
Adquirida
Mecanismo de Evasão
Trypanosoma cruzi; 
Plasmodium falciparum; 
Leishmania amazonenses.
Atividade de células 
natural killer 
Fagocitose 
Anticorpo 
TCD4+ perfil Th1 
TCD8+ citotóxico 
Variação antigênica; 
Produção de citocinas 
imunossupressoras (IL-10) 
INFECTOLOGIA
5- Parasitas
A resposta imune inata aos
parasitos é pouco eficiente, o que é
explicado pelo próprio ciclo
complexo de vida do parasito.
Poucos são os parasitos que são
eliminados ou controlados por este
tipo de imunidade (Eosinófilos,
Fagocitose, NK).
INFECTOLOGIA
Levando em conta que as etapas iniciais do processo
diagnóstico já tenham sido cumpridas (história clínica, dados
epidemiológicos e o cuidadoso exame físico), estabelecem-se
as hipóteses diagnósticas iniciais e parte-se para os exames
laboratoriais e de imagem do diagnóstico.
2- DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Didaticamente, divide-se essa fase em duas etapas:
- Exames Gerais
- Exames Específicos
Na primeira delas, costumam-se realizar exames laboratoriais de caráter mais geral, com o objetivo de
estabelecer índices de saúde geral, na maior parte das vezes, não característicos ou típicos para uma ou outra
doença, mas que podem nos ajudar a definir as etapas subsequentes de investigação laboratorial ou de imagem.
INFECTOLOGIA
Nessa fase: Hemograma e dosagens de proteínas de
fase aguda ou de avaliação de processo inflamatório
geral pois, embora relativamente inespecíficos,
costumam trazer informações úteis a respeito da
natureza do processo nosológico (presença ou não de
infecção, que tipo de agente infeccioso envolvido,
entre outros).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Proteínas cuja síntese aumenta de modo exponencial e rapidamente bem no início do processo infeccioso.
Essas oscilações de produção das PFA refletem processo inflamatório, não obrigatoriamente infeccioso, mas
ajudam no estabelecimento de um raciocínio etiológico mais definido.
A partir desse momento e, frequentemente paralelo a 
ele, faz-se a dosagem das chamadas proteínas de fase 
aguda (PFA).
INFECTOLOGIA
A síntese de proteína C reativa (PC-R) ocorre no fígado
e refere-se um aumento de 1.000 até 10.000 vezes,
poucas horas após o início do processo inflamatório.
Outro marcador sorológico bastante empregado nos
últimos anos foi a procalcitonina (PCT).
Referem-se, ainda, como marcadores de fase aguda a ferritina e o fibrinogênio, este como
agente pró-inflamatório, mas novamente, ressalte-se a superposição que se identifica
entre valores alterados e normais, e entre processos inflamatórios e infecciosos, razão
pela qual, nesse momento, esses marcadores devam ser usados muito criteriosamente.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Diagnóstico laboratorial específico 
Diagnóstico direto: Pesquisa com uso de técnica que
detecta o próprio agente infeccioso. Ex: hemocultura
para bactérias, fungos, isolamento viral em culturas de
células, pesquisa de antígenos bacterianos, fúngicos
ou virais, técnicas moleculares para identificação do
DNA ou do RNA bacteriano, fúngico ou viral.
Diagnóstico indireto: Pesquisa de uma reatividade do
organismo infectado face à presença do agente
infectante. Regra geral, isso é praticamente sinônimo
de pesquisa de anticorpos. Ex: Pesquisa de IgM para
toxoplasmose no soro; IgG para herpes simples no
líquor pela técnica imunoenzimática.
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
No Brasil, a infectologia é uma especialidade
médica, reconhecida pelo Conselho Federal de
Medicina, sendo determinado que, além do
curso de Medicina, o profissional deva fazer uma
residência médica que tem a duração de três
anos. O infectologista atua na prevenção
primária (educação em saúde, vacinação, etc.) e
na prevenção secundária (tratamento de
doenças infecciosas e prevenção de incapacidade
causadas por estas).
QUEM É O INFECTOLOGISTA?
INFECTOLOGIA
Ele atua basicamente em 04 grandes áreas:
Diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas e
parasitárias;
Imunizações (vacinas)
Aconselhamento de prescrição de antimicrobianos
Controle de infecção hospitalar (CCIH).
Qual é a área de atuação do infectologista então?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Infectologia...
INFECTOLOGIA
Dentre os exames relacionados abaixo, qual deles não é
considerado de caráter especifico direto no diagnóstico de
infecções humanas?
a) Pesquisa de antígenos 
b) Isolamento de DNA
c) Hemograma
d) Hemocultura
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INFECTOLOGIA
Ferraz MLG, Lemes C, Orgs. Medicina diagnóstica.
1. ed. Barueri, SP: Manole; 2011.
Abbas KA, Lichtman AH, Pillai S. Imunologia celular
e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.
Alcami A, Koszinowski UH. Viral mechanisms of
immune evasion. Immunol Today. 2000; 21:447-55.
Cookson BT, Brennan MA. Pro-inflammatory
programmed cell death. Trends Microbiol.
2001;9:113-4.
INFECTOLOGIA
Aula 01: Bases de Infectologia
Aula 02: Agentes Etiológicos e Doenças
Infecciosas
Aula 03: Infecções Classificadas por Sistemas
Aula 04: Infecções sexualmente transmissíveis
e Paciente Imunocomprometido
Aula 05: Perguntas e Respostas
INFECTOLOGIAMuito Obrigada!!!
Kaline.britosousa@gmail.com
@KalinesousabritoInfectologia
Profa. Dra. Kaline Sousa
Graduação em Biomedicina
Especialização em Saúde Coletiva 
Mestrado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Doutorado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Aula 02
Profa. Dra. Kaline Sousa
Graduação em Biomedicina
Especialização em Saúde Coletiva com Ênfase em Saúde da Família
Mestrado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
Doutorado em Biofotônica Aplicada às Ciências da Saúde
CERTIFICADO
INFECTOLOGIA
Aula 01: Bases de Infectologia
Aula 02: Agentes Etiológicos e Doenças
Infecciosas
Aula 03: Infecções Classificadas por Sistemas
Aula 04: Infecções sexualmente transmissíveis
e Paciente Imunocomprometido
Aula 05: Perguntas e Respostas
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
AGENTES ETIOLÓGICOS E DOENÇAS INFECCIOSAS
1) Infecções Causadas por Vírus
2) Infecções Causadas por Bactérias
3) Infecções Causadas por Fungos
4) Infecções Causadas por Parasitas
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Os vírus representam um grupo extremamente
importante de patógenos dentro da nosologia
humana. Não apenas como causadores de grande
diversidade de doenças infecciosas, de elevadíssima
prevalência e gravidade, mas também por refletir
uma interação importante com o setor veterinário,
com as implicações sociais e econômicas daí
decorrentes.
Nosologia = Área da medicina que se
dedica ao estudo, descrição e classificação
das diferentes doenças.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Vírus são agentes infecciosos constituídos de molécula(s)
de RNA ou DNA envolvidos por uma capa proteica. Os vírus
podem ser observados apenas em microscópio eletrônico.
As doenças causadas por vírus são referidas como viroses.
O nome das espécies de vírus é composto, sendo
normalmente constituído do nome da hospedeira e do tipo
de sintoma, seguida da palavra vírus. Usam-se siglas para
facilitar a citação, geralmente contendo as iniciais de cada
componente do nome.
Vesiculovirus: vírus da estomatite vesicular (VSV)
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Adenovírus: formados por DNA, por exemplo o vírus da pneumonia.
Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.
Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da dengue.
Bacteriófagos: vírus que infectam bactérias.
Micófagos: vírus que infectam fungos.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Os vírus constituem microrganismos que dependem
totalmente de células para a sua sobrevivência e a
completude de seu ciclo biológico. É frequente
encontrarmos vírus que não têm o conjunto completo de
enzimas para a replicação de seu material genético; além
disso, vírus não têm mitocôndrias e, portanto, não podem
produzir por si mesmos a energia para as várias funções
biológicas.
Portanto, os vírus precisam da adaptação a alguns tipos de células, nas quais possam penetrar
e usar os mecanismos internos para a produção de seus próprios componentes, além de
produzir energia para que as diferentes etapas do processo se completem.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Estudos têm demonstrado cada vez mais que as doenças virais
muitas vezes requerem tratamentos prolongados e de difícil
aderência, podendo evoluir para lesões carcinogênicas ou
degenerativas com sequelas graves.
Para que houvessem as descobertas atuais sobre os diferentes tipos
de vírus, foram-se muito utilizadas técnicas de cultivo celular,
microscopia eletrônica e biologia molecular.
Logo, essas técnicas auxiliaram no desenvolvimento de métodos diagnósticos, medicamentos para
tratamentos virais, melhores vacinas para comercialização, assim como, a descrição de inúmeras
outras doenças desconhecidas e, emergentes, reemergentes e pandêmicas.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
"Doença emergente" é o surgimento ou a
identificação de um novo problema de saúde ou um
novo agente infeccioso como, por exemplo, a febre
hemorrágica pelo vírus Ebola, a AIDS, a hepatite C
Já as "doenças reemergentes" indicam mudança no
comportamento epidemiológico de doenças já
conhecidas, que haviam sido controladas, mas que
voltaram a representar ameaça à saúde humana
(Dengue, Cólera, Leishmaniose Visceral).
Uma pandemia é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população
localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, todo o planeta Terra.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Novos vírus foram descritos nas últimas
décadas, vários deles com características
clínicas e biológicas extremamente
curiosas, tais como o HIV-1, o HTLV-1, os
Norovírus, os Papilomavírus, os
Polyomavirus, os vírus das hepatites C e E,
os herpes-vírus tipos 6, 7 e 8, novos
Coronavírus, além de variantes já
conhecidas, mas que não tinham efeito
patogênico conhecido sobre os seres
humanos (influenzavírus H5, H7 e H9).
Basta consultar a lista de ganhadores de prêmios
Nobel na área médica para ver a importância que
se tem dado aos vírus.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
A biologia molecular teve papel preponderante
nesse aspecto. Por serem agentes bastante
simples do ponto de vista constitutivo, formados
basicamente de ácido nucleico (DNA ou RNA),
proteínas estruturais (que constituem a partícula
viral madura ou vírion) e proteínas não
estruturais (que participam do processo de
replicação viral, mas não estão presentes no
vírion), os vírus representam um candidato
natural para exploração pela biologia molecular,
seja para elucidar funções gênicas, seja como
ferramenta de estudo em outras áreas.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Do ponto de vista epidemiológico, os vírus poderiam ser agrupados em 3 grandes setores:
1- Vírus que acometem na natureza preponderantemente ou
exclusivamente os seres humanos (Varíola, sarampo,
caxumba, poliomielite). Agentes cujo controle é factível
(feito), especialmente se houver uma vacina preventiva
eficaz;
2- Vírus que têm parte de seu ciclo biológico no ser humano,
parte em outro grupo de animais ou insetos (Arbovírus,
parte dos vírus influenza, o rotavírus). Do ponto de vista de
controle, representam dificuldades enormes em relação ao
grupo anterior;
3- Vírus que acometem na natureza, preponderantemente, outros animais e que o ser humano
representa um hospedeiro eventual (Vírus rábico, vírus Hendra, parte dos influenzavírus). Representam
um risco potencial muito grande, difícil controle, doenças graves para o ser humano e custos elevados.
INFECTOLOGIA
1- INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
No momento atual, as doenças causadas por vírus
estão ocupando um espaço cada vez maior na
mídia. Uma série de acontecimentos parece estar
contribuindo para que as viroses estejam
acometendo maior número de pessoas, seja em
consequência das viagens aéreas em número
nunca antes visto, seja pela velocidade de
deslocamento, o que faz com que as pessoas
possam atravessar o mundo em menos de 24 h,
ainda durante o período de incubação de muitas
dessas doenças, além, é claro, do grau de alerta
que as autoridades da saúde estabeleceram desde
o aparecimento de novos vírus respiratórios no
final do século passado, na Ásia.
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Embora a grande maioria das bactérias não cause qualquer dano à
saúde humana, aproximadamente 1% destas são patogênicas aos
seres humanos e animais. As próprias bactérias que constituem a
microbiota humana podem se tornar patogênicas, quando ocorre
a ruptura das barreiras anatômicas, ou quando há
comprometimento da resposta imune do hospedeiro.
Por outro lado, o ser humano também pode entrar em
contato com bactérias do ar, solo e água, que carregam
fatores de virulência capazes de causar doenças graves,
como o Clostridium botulinum, produtor da toxina
botulínica.
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
A disbiose intestinal é um desequilíbrio
da flora bacteriana intestinal que reduz
a capacidade de absorção dos nutrientes
e causa carência de vitaminas. Este
desequilíbrio é causado pela diminuiçãodo número de bactérias boas do
intestino e aumento das bactérias
capazes de causar doença.
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Recentemente, com o aumento da população
de pacientes imunocomprometidos, da
realização de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos invasivos, aliados ao
desenvolvimento de novas técnicas de
biologia molecular, é cada vez maior o
número de espécies bacterianas
reconhecidas como patogênicas.
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Principais infecções causadas por bactérias:
1- Infecções causadas por cocos e bacilos Gram-negativos:
Moraxella e Neisseria
2- Infecções causadas por cocos e bacilos Gram-positivos:
Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Enterococcus spp
3- Infecções causadas por Anaeróbios:
Lactobacillus sp, Clostridium spp
4- Infecções causadas por Micobactérias:
Micobactéria tuberculosa (tuberculose e hanseníase)
Micobactéria não-tuberculosa (infecções pós-cirúrgicas)
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
coloração de Gram
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Tuberculose
É causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), atacando os
pulmões. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem
vacinação das crianças com BCG.
Lepra ou hanseníase
É transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e causa lesões na
pele e nas mucosas. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.
Difteria
Doença muitas vezes fatal causada pelo bacilo diftérico, que ataca principalmente
crianças. Produz dor de garganta, febre e fraqueza (A vacina associada à
antitetânica e à antipertussis na forma de vacina tríplice).
Coqueluche
Doença que ataca crianças, produzindo uma tosse seca característica, causada
pela bactéria Bordetela pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa
alimentação e antibióticos e sedativos para tosse.
HANSENÍASE
INFECTOLOGIA
2- INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Tétano
É produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que pode penetrar no organismo por
ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém nascido quando este é cortado por
instrumentos não esterilizados (soro antitetânico).
Disenterias bacterianas
São causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a Salmonella, e pelos bacilos
patogênicos.
Gonorreia ou blenorragia
É causada por uma bactéria, o Gonococo (Neisseria gonorrheage), transmitida por contato
sexual (tratamento com antibióticos).
Sífilis
É provocada pela bactéria Treponema pallidium, que também é transmitida pelo contato
sexual.
Meningite meningocócita
É uma infecção das meninges. É causada pelo meningococo (tratamento por antibióticos).
INFECTOLOGIA
RESISTÊNCIA MICROBIANA AOS ANTIBIÓTICOS
INFECTOLOGIA
3- INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS
Os fungos constituem o Reino Fungi, no qual se
enquadram espécies como os cogumelos,
bolores, orelhas-de-pau e leveduras.
Todos os fungos são heterotróficos, ou seja,
diferentemente das plantas, não são capazes de
produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por
absorção.
Podem estar relacionados as doenças.
INFECTOLOGIA
3- INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS
Nas últimas décadas, um grupo de fungos
considerados de baixa patogenicidade
destacou-se por causar micoses graves
com elevada morbidade e mortalidade: as
micoses oportunísticas ou invasivas.
Seus agentes, em geral, são fungos
onipresentes na natureza, como
espécies dos gêneros Aspergillus e
Fusarium e da ordem Mucorales,
entre outros, assim como leveduras
do gênero Candida, que é parte de
nossa microbiota endógena e
exógena.
INFECTOLOGIA
3- INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS
Atualmente, várias classificações são utilizadas para o estudo
das doenças causadas por fungos. Dividir as micoses em
superficiais (camadas superficiais da epiderme, pelos e
córnea) e profundas (cutâneas de pele e aos anexos
epidérmicos e implantação/subcutâneas (trauma prévio).
Pode-se também separar as doenças segundo o tipo de agente
etiológico, como “micoses por fungos filamentosos”, “micoses
por leveduras” e por “fungos dimórficos”.
Na infectologia utiliza-se a classificação de micoses que considera a topografia da infecção e sua patogênese.
INFECTOLOGIA
3- INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
4- INFECÇÕES CAUSADAS POR PARASITAS
As doenças parasitárias são responsáveis por consideráveis
morbidade e mortalidade em todo o mundo, e frequentemente
apresentam sinais e sintomas inespecíficos.
Algumas dessas enfermidades afetam indivíduos por toda a vida
(esquistossomose, cisticercose), causando alto grau de
morbidade e, havendo complicações, mortalidade. Outras são
doenças agudas (p. ex., malária) que podem ter desfechos
fatais, particularmente em áreas de alta endemicidade e poucos
recursos médicos
INFECTOLOGIA
4- INFECÇÕES CAUSADAS POR PARASITAS
Parasitos costumam ser oportunistas,
acometendo pacientes com várias modalidades
de imunodepressão, tais como: transplantados
de órgãos sólidos, pacientes em uso de
corticosteroides e outros imunossupressores, e
principalmente pacientes HIV-positivos.
Esses indivíduos são acometidos por várias
infecções por protozoários (Cryptosporidium,
Isospora, Toxoplasma gondii, Giardia etc.) e
helmintos (S. stercoralis), algumas delas com
consideráveis morbidade e mortalidade.
INFECTOLOGIA
4- INFECÇÕES CAUSADAS POR PARASITAS
Helmintíases intestinais: Ainda tão
frequentes em nosso meio e nos países
em desenvolvimento. A disponibilidade
de fármacos para uso em dose única
(albendazol, ivermectina, mebendazol)
tem facilitado a instalação de campanhas
de tratamento em massa da população
infectada, levando à diminuição
considerável dessas enfermidades em
muitas áreas do nosso país e do mundo.
INFECTOLOGIA
4- INFECÇÕES CAUSADAS POR PARASITAS
Protozooses são as doenças causadas por protozoários parasitas.
INFECTOLOGIA
INFECTOLOGIA
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Infectologia...
INFECTOLOGIA
A Hanseníase é uma doença causada por um tipo de
bactéria de grande importância clinica na área da
Infectologia. Qual tipo de bactéria?
a) Mycobacterium tuberculosis
b) Mycobacterium leprae
c) Treponema pallidium
d) Neisseria gonorrheage
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INFECTOLOGIA
Steel J, Lowen AC. Influenza A virus reassortment. Curr Top
Microbiol Immunol. 2014;385:377-401. doi:
10.1007/82_2014_395.
Cho I, Blaser MJ. The human microbiome: at the interface
of health and disease. Nat Rev Genet. 2012 Mar
13;13(4):260-70.
Grice EA, Segre JA. The human microbiome: our second
genome. Annu Rev Genomics Hum Genet. 2012;13:151-70.
Bonifaz A. Micologia médica básica. 3. ed. México:
McGraw-Hill; 2012. Global action fund for fungal infections.
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Aula 02: Agentes Etiológicos e Doenças
Infecciosas
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03
INFECTOLOGIA
INFECÇÕES CLASSIFICADAS POR SISTEMAS
1- Sistema Nervoso Central
2- Sistema Respiratório
3- Sistema Gastrintestinal
4- Sistema Musculoesquelético
5- Sistema Urinário
6- Sistema Cardiovascular
04
INFECTOLOGIA
1- SISTEMANERVOSO CENTRAL
 Meningites Agudas
 Meningites Crônicas
 Encefalites
05
Meningite é a inflamação das meninges, as membranas
que envolvem o sistema nervoso central (SNC).
INFECTOLOGIA
1- SISTEMA NERVOSO CENTRAL
06
Infecção aguda da pia-máter e da aracnoide
(leptomeninges), e se estende pelo espaço
subaracnóideo, sendo portanto também denominada
leptomeningite. As meningites agudas bacterianas,
embora menos frequentes que as virais, apresentam
maiores morbidade e mortalidade.
 Meningites Agudas
Meningites Virais 
Enterovírus (Coxsackie B e Echovirus) 
Herpes simples tipo 2
Varicela-zóster
Herpes-vírus simples tipo
Meningites bacterianas
Streptococcus pneumoniae
Neisseria meningitidis
Listeria monocytogenes
Flora Nasofaríngea
INFECTOLOGIA
07
INFECTOLOGIA
08
INFECTOLOGIA
09
Meningite crônica é definida como
síndrome caracterizada por sinais e
sintomas de irritação meníngea com
duração superior a quatro semanas.
 Meningites Crônicas
O quadro clínico depende tanto do agente
quanto do ambiente (estado imunológico,
idade, exposição (ambiente de risco), grau
de imunização, severidade e ritmo de
progressão da doença meníngea.
os sintomas se desenvolvem 
indolentemente (sem dor)
INFECTOLOGIA
10
INFECTOLOGIA
11
Investigação de meningites crônicas – etiologias infecciosas.
Bacterianas Mycobacterium tuberculosis Treponema 
pallidum
Brucella 
Franciscella tularensis 
Leptospira spp. 
Listeria monocytogenes 
Neisseria meningitidis 
Nocardia asteroides 
Staphylococcus epidermidis 
Fúngicas Aspergillus spp. 
Blastomyces dermatitidis 
Candida spp. 
Coccidioides immitis 
Cryptococcus neoformans 
Pseudallescheria boydii 
Sporothrix schenkii 
Paracoccidioides brasiliensis 
Zygomycetes spp.
Virais Enterovírus 
Herpes simples 
HIV
Varicela-zóster
Citomegalovírus 
Epstein-Barr
Vírus da coriomeningite linfocítica 
Parasitaria, Autoimune, Neoplasia
INFECTOLOGIA
1- SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 Encefalites
12
Encefalite é um processo inflamatório no parênquima
encefálico associado à evidência clínica de disfunção
encefálica. O processo inflamatório pode se estender
até as meninges, causando meningite associada,
momento no qual o quadro clínico passa a ser
denominado meningoencefalite.
Virais:
Herpes-vírus
Arbovírus 
Enterovírus
Bacterianas:
Mycobacterium tuberculosis
Listeria monocytogenes 
INFECTOLOGIA
 Encefalites
13
É um desafio para os médicos que trabalham
em pronto-socorro e unidades de terapia
intensiva (UTI), pois trata-se de uma
emergência médica. Na prática, a distinção
entre meningite e encefalite nem sempre é
fácil, e os termos encefalite ou
meningoencefalite são frequentemente
aplicados em infecções do sistema nervoso
central (SNC) que apresentem alterações do
estado mental.
Embora ambos os termos sejam usados em associação à etiologia viral, que é a mais frequente, muitas
outras infecções e entidades não infecciosas podem causar encefalite ou sintomatologia semelhante.
INFECTOLOGIA
2- SISTEMA RESPIRATÓRIO
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
 Infecções das Vias Respiratórias Inferiores
14
INFECTOLOGIA
2- SISTEMA RESPIRATÓRIO
15
Infecções das Vias Respiratórias Superiores
As infecções das vias respiratórias superiores (cavidade
nasal, faringe e laringe) são as mais comuns na prática
médica e responsáveis pela maior utilização de
antimicrobianos, apesar de a maioria delas ser de causa
viral. Avaliação cuidadosa do paciente, contato com
indivíduos sintomáticos, exposição a ambiente de
contato próximo (p. ex. creches e escolas), momento
epidemiológico e sazonalidade de algumas infecções são
variáveis que auxiliam na adequada abordagem do
paciente com infecções das vias respiratórias superiores.
INFECTOLOGIA
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
16
Rinossinusite: processos infecciosos que acometem os
seios paranasais, uma vez que, quase sempre, a rinite
e a sinusite são doenças em continuidade. A rinite
pode ocorrer isoladamente (alérgica ou infecciosa),
entretanto, a sinusite raramente se desenvolve sem
que haja rinite.
Os agentes etiológicos mais comuns das rinossinusites agudas bacterianas, tanto em adultos
como em crianças, são: Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. Em menor
frequência Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus e estreptococo beta-hemolítico.
A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz
A sinusite é inflamação da mucosa dos seios da face
INFECTOLOGIA
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
17
Rinossinusite: Em geral, o décimo dia de
sintomas separa uma infecção viral de uma
bacteriana, e o trigésimo dia separa a
rinossinusite aguda de uma rinossinusite
subaguda ou crônica. A maiorias das
rinossinusites virais tem duração máxima de 5 a
7 dias. Embora o paciente possa não estar
assintomático no décimo dia, já apresenta
melhora significativa no quadro clínico.
INFECTOLOGIA
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
18
Otite média: infecção da orelha média, da tuba auditiva e de celas da
mastoide, na maioria das vezes precedida por infecção viral (vírus
sincicial respiratório, adenovírus e influenza A e B). As principais
bactérias são: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e
Moraxella catarrhalis.
Laringites de etiologia viral (vírus parainfluenza, influenza A,
rinovírus, sincicial respiratório e, mais raramente, Mycoplasma
pneumoniae). A epiglotite ou laringite supraglótica é infecção
bacteriana da laringe supraglótica, causada pelo Haemophilus
influenzae b.
Faringoamigdalite = A maioria de origem viral (em torno de 75%), sendo os adenovírus os principais
causadores. Como, vírus da influenza A e B, da parainfluenza 1, 2 e 3, Epstein-Barr, enterovírus e herpes.
S. pyogenes, H. influenzae, 
S. aureus e M. catarrhalis
INFECTOLOGIA
 Infecções das Vias Respiratórias Inferiores
19
As vias respiratórias inferiores são estéreis, e nelas a
colonização microbiana se dá por microaspiração de
microrganismos que colonizam a orofaringe, por inalação
de aerossóis contendo bactérias. A defesa pulmonar é
exercida pelos macrófagos alveolares, que ingerem as
partículas inaladas e as eliminam através de movimento
mucociliar ou do tecido linfoide regional.
Os principais vírus causadores deste tipo de
pneumonia são os vírus que causam resfriados e
gripes, como o Influenza do tipo A, B ou C,
H1N1, H5N1 e o novo coronavírus de 2019
(COVID-19)
Pneumonia = infecção sistema respiratório
(pulmões, tecidos pulmonares e seus alvéolos).
INFECTOLOGIA
20
Pneumonias Hospitalares de Início Precoce 
<5 dias internação
Pneumonias Hospitalares de Início 
Tardio >4 dias internação
O teste pode ser feito em um
número de maneiras, incluindo um
teste do escarro (secreção mucoso-
baseada trazida acima de uma tosse
profunda), uma análise de sangue,
ou (líquido em torno do forro dos
pulmões e dentro da cavidade de
caixa) um teste fluido pleural.
 Infecções das Vias Respiratórias Inferiores
INFECTOLOGIA
3- SISTEMA GASTRINTESTINAL
 Diarreias Infecciosas
 Vírus da Hepatite A e E
 Vírus da Hepatite B
 Vírus da Hepatite C
 Vírus da Hepatite D
21
INFECTOLOGIA
 Diarreias Infecciosas
22
Diarreia é um sintoma e, concomitantemente, um sinal. Portanto, deve ser
sempre interpretada como manifestação, primária ou secundária,
encontrada em diferentes doenças, digestivas ou não. Aumento no número
de evacuações, acompanhadas de algumas variações particulares,
conforme a etiologia, a extensão e o tipo do comprometimento visceral, e
a individualidade das respostas contra seu agente causal.
A diminuição da consistência das fezes, a urgência e a incontinência fecais
são alterações que, isolada ou conjuntamente, reforçam tal hipótese
diagnóstica.
Pode ser causada por diferentes tipos de vírus,
bactéria e parasitas.
INFECTOLOGIA
23
 Diarreias Infecciosas
INFECTOLOGIA
CURIOSIDADE...
24
INFECTOLOGIA
25
INFECTOLOGIA
26
INFECTOLOGIA
4- SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
 Infecções Osteoarticulares
 Infecções de Partes Moles
27
INFECTOLOGIA
 Infecções Osteoarticulares28
Osteomelite: processo inflamatório no osso
causado por um microrganismo. A infecção
pode se limitar à parte óssea ou comprometer
várias regiões, como a medula, o córtex, o
periósteo ou o tecido de partes moles
vizinhos.
INFECTOLOGIA
 Infecções Osteoarticulares
29
Artrite infecciosa = é a infecção no líquido e
tecidos de uma articulação, geralmente causada
por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou
fungos. Bactérias, vírus ou fungos podem se
espalhar através da corrente sanguínea ou de
uma infecção nas proximidades em uma
articulação, causando infecção.
O agente mais frequente em todas as situações clínicas e idades é Staphylococcus aureus. Em
crianças menores de 2 meses, também se pode encontrar S. agalactiae, e entre 2 meses e 5
anos de idade S. pyogenes e Kingella kingae.
INFECTOLOGIA
4- SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
 Infecções de Partes Moles
30
As infecções de pele e partes moles têm amplo
espectro de apresentações clínicas, com
variações no sítio acometido e na gravidade de
suas manifestações, abrangendo desde um
pequeno abscesso à infecção necrosante grave.
INFECTOLOGIA
5- SISTEMA URINÁRIO
 Infecções do Sistema Urinário
31
A infecção do trato urinário (ITU) corresponde a
um processo infeccioso de etiologia bacteriana,
viral ou fúngica que acomete o trato geniturinário
A Escherichia coli uropatogênica permanece
como o principal agente bacteriano em 70 a
95% dos episódios de infecção do trato urinário
não complicados e 50% dos episódios de
infecção do trato urinário relacionados ao uso
de cateter vesical.
INFECTOLOGIA
5- SISTEMA URINÁRIO
 Infecções do Sistema Urinário
32
Outros bacilos Gram-negativos, Proteus mirabilis,
Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes,
Pseudomonas aeruginosa e cocos Gram-positivos
(Staphylococcus saprophyticus em até 10% dos casos
e Enterococcus spp.) podem estar envolvidos.
Fungo das espécies de Candida podem estar relacionados a infecções urinárias, em especial a
Candida albicans.
INFECTOLOGIA
5- SISTEMA URINÁRIO
33
Cistite é infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia
coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa
bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite).
INFECTOLOGIA
6- SISTEMA CARDIOVASCULAR
 Endocardite Infecciosa
34
O termo endocardite infecciosa refere-se à infecção na
superfície endocárdica no coração. Considera-se
também, dentro das endocardites infecciosas, as
infecções de shunts arteriovenosos, arterioarteriais,
coarctação da aorta, infecções de cabos de marca-
passo e de valvas prostéticas.
INFECTOLOGIA
 Endocardite Infecciosa
35
Essas bactérias são um estímulo poderoso para a
trombose localizada, acarretando aumento da massa
vegetante pela agregação adicional de plaqueta e fibrina.
A própria estrutura anatômica da vegetação protege as
bactérias da fagocitose, tornando a vegetação um
santuário onde mesmo bactérias pouco virulentas podem
florescer.
Endocardite se desenvolve em regiões de grande
turbilhonamento de sangue e superfícies pequenas
(superfície atrial da valva mitral e da superfície ventricular
da valva aórtica).
INFECTOLOGIA
36
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Infectologia ...
INFECTOLOGIA
Qual das infecções abaixo não faz parte do grupo de infecções
das vias respiratórias superiores??
a) Rinossinusite
b) Otite média
c) Pneumonia
d) Laringite
37
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INFECTOLOGIA
Logan SAE, MacMahon E. Viral meningitis. BMJ.
2008;336:36-40.
Somand D, Meurer W. Central nervous system infections.
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Corrêa RA, Lundgren FLC, Pereira-Silva JL et al. Diretrizes
brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em
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Garcia-Arias M, Balsa A, Mola EM. Septic arthritis. Best
Pract Res Clin Rheumatol. 2011;25(3):407-21.38
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02
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03
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Infecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por
patógenos que podem ser adquiridos ou transmitidos por via
sexual. Representam problema de saúde pública em países em
desenvolvimento e já desenvolvidos.
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05
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
O Ministério da Saúde tem se esforçado
em implantar a abordagem sindrômica
das IST, dividindo-as em úlceras
genitais, corrimentos vaginais,
corrimentos uretrais e infecção pelo
papilomavírus humano (HPV).
Tratando-se todos os agentes possíveis em cada síndrome, atinge-se o tratamento correto mais
rapidamente e se quebra a cadeia de transmissão. Essa abordagem é útil em áreas sem recursos
diagnósticos e auxilia no raciocínio diagnóstico a partir das síndromes clínicas.
INFECTOLOGIA
06
Sífilis
A sífilis, doença sistêmica de evolução
crônica, sujeita a surtos de agudização e
períodos de latência quando não tratada, é
causada pelo Treponema pallidum,
espiroqueta de transmissão sexual e vertical.
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
INFECTOLOGIA
07
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
INFECTOLOGIA
08
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Herpes genital
Infecção crônica e por toda a vida, causada mais
frequentemente pelo herpes vírus simples (HSV)
tipo 2, ou pelo HSV tipo 1 (Facial oral).
INFECTOLOGIA
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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Uretrites
Inflamações uretrais, que podem ou não ser
infecciosas. Os sintomas, quando ocorrem,
podem ser disúria, corrimento uretral
purulento ou mucopurulento e prurido.
As uretrites infecciosas se dividem em gonocócicas causadas por Neisseria
gonorrhoeae – e não gonocócicas causadas por Chlamydia trachomatis (30 a 50%),
Ureaplasma urealyticum (20 a 50%) e outros agentes menos comuns (Mycoplasma
hominis, Trichomonas vaginalis, Candida albicans, herpes simples).
INFECTOLOGIA
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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Candidíase vulvovaginal
Causada por fungo comensal que habita a mucosa
vaginal, com aumento do crescimento em algumas
condições favoráveis (gravidez, diabetes
descompensado, obesidade, uso de contraceptivos
orais, uso de antibióticos, corticoides ou
imunossupressores, hábitos de higiene e vestuário
inadequados, entre outras).
Pode se manifestar por prurido vulvovaginal (principal queixa), ardor ou dor à micção,
corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”),
hiperemia, edema vulvar e maceração da vulva.
INFECTOLOGIA
11
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Vaginose bacteriana
Caracterizada por desequilíbrio da flora
vaginal normal, com aumento exagerado de
bactérias, em especial as anaeróbias
(principalmente Gardnerella vaginalis).
Caracteriza-se por corrimento cinza-
esbranquiçado, fétido, com odor peculiar de
peixe cru devido à liberação de aminas
voláteis.
INFECTOLOGIA
12
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Tricomoníase
Causada pelo protozoário flagelado Trichomonas
vaginalis, apresenta risco de transmissão por ato
sexual de 60 a 80%. Geralmente assintomática no
homem, causa, excepcionalmente, corrimento uretral
masculino. Caracteriza-se por corrimento abundante,
amarelado ou amarelo-esverdeado,bolhoso,
podendo apresentar prurido ou irritação vulvar.
INFECTOLOGIA
13
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Cervicites
Sua etiologia está relacionada com Neisseria
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Se houver
mucopus endocervical (teste do cotonete positivo),
colo friável, dor à mobilização do colo ou algum
critério de risco (p. ex., parceiro com sintomas).
INFECTOLOGIA
14
Cervicite é a inflamação da cerviz, cérvix ou
cérvice, que é a parte mais estreita do órgão
conhecido como colo uterino. A sua
anatomia é em formato que lembra de um
pescoço, que se projeta no fundo da vagina.
INFECTOLOGIA
15
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Condiloma acuminado (nódulo)
O papilomavírus humano (HPV) é DNA-vírus com
mais de 100 genótipos, sendo que cerca de 40
tipos podem infectar o trato anogenital (vulva, colo
uterino, vagina, pênis, escroto, uretra e ânus),
podendo ainda ser classificados em subtipos de
alto e baixo risco, de acordo com o seu potencial
de oncogenicidade, sendo os principais subtipos
de baixo risco os HPV 6, 11, 42, 43 e 44 (6 e 11
sendo responsáveis por 90% das verrugas genitais),
e os de alto risco os HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45,
46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68 (16 e 18 relacionados a
70% dos casos de câncer de colo uterino).
INFECTOLOGIA
16
1. Transplante de Órgãos Sólidos
2. Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas
3. Neutropenia Febril
4. Imunodeficiência Primária
INFECÇÃO NO PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO
Imunocomprometido = É aquele que tem os mecanismos imunológicos deficientes, quer por
uma doença que altera as defesas imunitárias, quer porque esses mecanismos foram reduzidos
por agentes imunossupressores.
INFECTOLOGIA
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1- Transplante de Órgãos Sólidos
Hoje, os transplantes de órgãos sólidos são alternativas
eficazes para doenças de curso crônico. Com o domínio e o
desenvolvimento de técnicas cirúrgicas eficazes, o grande
desafio ao longo dos anos tem sido o emprego de fármacos
imunodepressores seletivos e potentes para prevenção de
rejeição ao enxerto. Fármacos mais potentes vêm sendo
progressivamente empregados, resultando em taxas cada vez
mais baixas de rejeição e proporcionando maior sobrevida. A
consequência, entretanto, é um hospedeiro mais
imunodeprimido e, portanto, mais sujeito a infecções.
O risco de infecção está relacionado a três grandes variáveis: exposição epidemiológica, estado
de imunodepressão e técnica cirúrgica.
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As infecções no período pós-transplante estão
relacionadas a fatores de risco específicos,
obedecem a cronologia mais ou menos previsível e
dependem do tipo de órgão transplantado.
As infecções respiratórias são as mais frequentes
complicações infecciosas que levam o paciente à
reinternação após o transplante.
Estratégias profiláticas com base em fatores de alto risco para infecções fúngicas são
amplamente utilizadas, principalmente em transplantes hepático, pulmonar e pancreático.
1- Transplante de Órgãos Sólidos
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2- Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas
O transplante de células-tronco hematopoéticas
(TCTH) pode ser utilizado para o tratamento de
pacientes com neoplasias e algumas doenças não
malignas. Envolve depressão das diferentes
respostas imunes do hospedeiro e, portanto, os
receptores de TCTH são indivíduos de risco
particular para a aquisição de diferentes infecções.
As infecções que ocorrem após o TCTH podem decorrer de reativação de infecção prévia latente
ou secundárias a nova exposição a agentes infecciosos durante a fase de imunodepressão.
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O risco infeccioso relacionado ao transplante de
células tronco depende da interação de quatro
fatores:
 Modalidade de transplant realizada pelo paciente
 Período de tempo após o transplante
 Exposição epidemiológica
 Uso de antimicrobianos profiláticos.
As três fontes possíveis de células progenitoras hematopoéticas são:
células-tronco periféricas, de medula óssea e de cordão (umbilical).
2- Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas
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3- Neutropenia Febril
Neutropenia é a queda da contagem do número de
neutrófilos no sangue periférico secundária ao
tratamento; se acompanhada de febre, é
denominada neutropenia febril. Trata-se da
contagem de neutrófilos abaixo de 500
células/mm3 , ou entre 500 e 1.000 células/mm3 ,
com tendência de queda em 48 h. Caracteriza-se a
febre por temperatura axilar superior a 37,5°C,
verificada três vezes em 24 h, com intervalo
superior a 4 h entre cada verificação, ou uma
verificação isolada superior a 38°C.
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3- Neutropenia Febril
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3- Neutropenia Febril
Neutropenia é frequente em pacientes
recebendo quimioterapia citotóxica para o
tratamento de neoplasias hematológicas ou
tumores sólidos. Contudo, o risco infeccioso
nesses pacientes e o esquema quimioterápico
empregado diferem consideravelmente de acordo
com o tipo de neoplasia de base.
A maioria das infecções encontradas no paciente neutropênico febril decorre de agentes da
própria flora do trato gastrintestinal. Entretanto, vale ressaltar que, após alguns dias de
internação (geralmente mais que 2 ou 3 dias), ocorre colonização por organismos hospitalares,
normalmente resistentes a antimicrobianos, sendo alguns considerados multirresistentes.
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4- Imunodeficiência Primária
As imunodeficiências primárias (IDP) são
conhecidas como doenças que aumentam a
suscetibilidade a infecções decorrentes de
sistema imunológico incapaz de montar
resposta efetiva a um ou vários
microrganismos. Pacientes com IDP são mais
suscetíveis a doenças infecciosas, autoimunes,
alérgicas e neoplásicas.
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4- Imunodeficiência Primária
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4- Imunodeficiência Primária
(a) Imunodeficiências combinadas de linfócitos B e T; 
(b) Deficiências predominantemente de anticorpos; 
(c) Imunodeficiências com síndromes bem definidas; 
(d) Doenças de imunodesregulação; 
(e) Defeitos do número e/ou função dos fagócitos; 
(f) Defeitos da imunidade inata; 
(g) Doenças auto inflamatórias; 
(h) Deficiências do sistema complemento;
(i) Fenocópias de IDP. 
International Union of Immunological Societies Primary Immunodeficiency Diseases (IUIS) classifica as IDP de
acordo com o setor do sistema imunológico mais afetado por elas ou a síndrome genética a ele associada:
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4- Imunodeficiência Primária
Avaliação de Resposta Humoral
Avaliação de Deficiência de Linfócitos
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4- Imunodeficiência Primária
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Infectologia ...
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Assinale qual das alternativas abaixo NÃO é
considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível:
a) Uretrites 
b) Sífilis
c) Tricomoníase
d) Giardíase
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Dummer JS, Singh N. Infection in solid-organ transplant recipients. In: Mandell GL,
Bennett JE, Dolin R, editores. 7. ed. Philadelphia: Churchill Livingstone, 2010. Chapter
312.
Young JH, Weisdorf DJ. Infections in recipients of hematopoietic stem-cell transplantation.
In: Mandell, Douglas and Bennett’s principles and practice of infectious diseases. 8 ed.
Philadelphia: Elsevier, 2015.
De Naurois J, Novitzky-Basso I, Gill MJ et al. Management of febrile neutropenia: ESMO
Clinical Practice Guidelines. Ann Oncol. 2010;21(suppl 5):v252-6.
Al-Herz W, Bousfiha A, Casanova JL et al. Primary immunodeficiency diseases: an update
on the classification from the international union of immunological societies expert
committee for primary immunodeficiency. Front Immunol. 2011;2:54.
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis.
4. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 142 p.
Aula 01: Bases de Infectologia
Aula 02: Agentes Etiológicos e Doenças
Infecciosas
Aula 03: Infecções Classificadas por Sistemas
Aula 04: Infecções sexualmente transmissíveis
e Paciente Imunocomprometido
Aula 05: Perguntase Respostas
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Muito Obrigada!!!
Kaline.britosousa@gmail.com

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