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COLETANIA PATRULHAS II (2017)

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Observações: 
 
MINISTÉRIO DA DEFESA 
EXÉRCITO BRASILEIRO 
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS 
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO) 
 
 
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS 
PERÍODO DE QUALIFICAÇÃO 
 
 
 
COLETÂNEA DE MANUAIS 
DE 
PATRULHAS II 
 
 
 
 
 
2017 
 
 
 
 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................1/154) 
 
ÍNDICE DE ASSUNTOS 
Pág 
CAPÍTULO I – OPERAÇÕES DE APOIO AOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS .......................... 7 
1. BLOQUEIO E CONTROLE DE VIAS ............................................................................................. 7 
1.1 Generalidades .............................................................................................................................. 7 
1.2. Finalidade ..................................................................................................................................... 7 
1.3 Princípios Básicos........................................................................................................................ 8 
1.4. Organização do PCVE/PBCVU ................................................................................................ 8 
1.5. Tipos de ocorrências no PBCE/PBCVU ................................................................................ 10 
1.6. Conceitos Básicos .................................................................................................................... 10 
1.7. Material utilizado no PBCE/PBCVU ....................................................................................... 11 
1.8. Ações a serem realizadas ....................................................................................................... 14 
1.9. Condutas alternativas no PBCE/PBCVU .............................................................................. 14 
1.10. Montagem e desmontagem do PBCE/PBCVU .................................................................. 14 
1.11. Legislação para PBCE/PBCVU ............................................................................................ 15 
1.12. Abordagem .............................................................................................................................. 16 
1.13. Vistoria em automóvel ........................................................................................................... 16 
1.14. Vistoria em motocicleta .......................................................................................................... 21 
1.15. Variações das configurações do PBCE/PBCVU ............................................................... 24 
2. SEGURANÇA DE PONTO SENSÍVEL ........................................................................................ 25 
2.1. Considerações gerais .............................................................................................................. 25 
2.2. Operações de segurança de ponto sensível ........................................................................ 26 
2.3 Aspectos a serem levantados .................................................................................................. 27 
2.4. Organização e Atribuição da Tropa ....................................................................................... 28 
2.5. Medidas a serem adotadas na abordagem: ......................................................................... 29 
2.6. Medidas a serem adotadas após a ocupação: .................................................................... 29 
2.7. Medidas a serem adotadas na desocupação: ..................................................................... 30 
2.8. Sugestão de material: .............................................................................................................. 30 
3. CONTROLE DE DISTÚRBIOS ...................................................................................................... 31 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................2/154) 
 
3.1. Conceitos básicos ..................................................................................................................... 31 
3.2. Doutrinas: ................................................................................................................................... 32 
3.3. Missões atribuídas a uma força empregada em OCD ........................................................ 32 
3.4. Condicionantes.......................................................................................................................... 33 
3.5. Atividades a realizar ................................................................................................................. 33 
3.6. Organograma ............................................................................................................................ 40 
3.7. Organograma proposto pelo Ci Op Glo................................................................................. 41 
4. OPERAÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO ................................................................................. 41 
4.1. Introdução .................................................................................................................................. 41 
4.2. Definições .................................................................................................................................. 42 
4.3. Organização do pelotão ........................................................................................................... 43 
4.4. Tarefas ....................................................................................................................................... 44 
4.5. Fases da operação de busca e apreensão .......................................................................... 45 
4.6. Combate em recinto confinado (CRC) .................................................................................. 54 
5. PATRULHAMENTO OSTENSIVO ................................................................................................ 55 
5.1. Generalidades ........................................................................................................................... 55 
5.2. Tipos de patrulhamento ostensivo ......................................................................................... 56 
5.3. Prescrições diversas ................................................................................................................ 58 
5.4. Patrulhas em GLO .................................................................................................................... 61 
5.5. Interrogatório preliminar ........................................................................................................... 62 
CAPÍTULO II – NORMAS DE COMANDO .......................................................................................... 63 
1. INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DE COMANDO ........................................................................... 63 
1.1. Introdução .................................................................................................................................. 63 
1.2. Sequência das ações ............................................................................................................... 63 
1.3. Recebimento da missão .......................................................................................................... 64 
2. PLANEJAMENTO PRELIMINAR ................................................................................................. 65 
2.1 Generalidades ............................................................................................................................ 65 
2.2. Estudo sumário da missão ...................................................................................................... 65 
2.3. Planejamento da utilização do tempo ....................................................................................66 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................3/154) 
 
2.4. Estudo de situação preliminar ................................................................................................ 67 
2.5. Planejamento da organização de pessoal e material ......................................................... 68 
3. PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO ............................................................................. 70 
3.1. Generalidades ........................................................................................................................... 70 
3.2. Planejamento do reconhecimento .......................................................................................... 71 
4. ORDEM PREPARATÓRIA ............................................................................................................ 72 
4.1 Generalidades ............................................................................................................................ 72 
4.2 Roteiro de uma ordem preparatória: ....................................................................................... 72 
5. ESTUDO DE SITUAÇÃO ............................................................................................................... 74 
5.1. Considerações básicas ............................................................................................................ 74 
5.2. Sequência do planejamento .................................................................................................... 76 
6. ORDENS ........................................................................................................................................... 78 
6.1. Generalidades ........................................................................................................................... 78 
6.2 Roteiro de uma ordem à patrulha ............................................................................................ 79 
CAPÍTULO III – PREPARAÇÃO DOS MEIOS ................................................................................... 83 
1. NAVEGAÇÃO .................................................................................................................................. 83 
1.1. Generalidades ........................................................................................................................... 83 
1.2. Equipe de Navegação .............................................................................................................. 84 
1.3. Confecção do QAN (Quadro auxiliar de navegação) .......................................................... 84 
2. APRESTAMENTO ........................................................................................................................... 85 
2.1 Conceitos Básicos ..................................................................................................................... 85 
2.2. Aprestamento de pessoal ........................................................................................................ 85 
2.3. Aprestamento de material ....................................................................................................... 86 
3. MEIOS VISUAIS .............................................................................................................................. 89 
3.1 Finalidade .................................................................................................................................... 89 
3.2 Meios para a ordem preparatória ............................................................................................ 90 
3.3 Meios para a ordem à patrulha ................................................................................................ 92 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................4/154) 
 
CAPÍTULO IV – PECULIARIDADES DA PATRULHA ...................................................................... 95 
1. PATRULHA DE EMBOSCADA .................................................................................................... 95 
1.1. Generalidades ........................................................................................................................... 96 
1.2. Fatores que favorecem o êxito de uma emboscada ........................................................... 96 
1.3. Classificação das emboscadas .............................................................................................. 97 
1.4. Organização .............................................................................................................................. 97 
1.5. Formações ................................................................................................................................. 99 
1.6. Conduta de uma emboscada ................................................................................................ 104 
1.7. Causas de fracasso de uma emboscada ............................................................................ 105 
1.8. Observações para montagem das emboscadas ............................................................... 105 
2. BASE DE PATRULHA.................................................................................................................. 106 
2.1 Conceitos .................................................................................................................................. 106 
2.2. Seleção do local da base de patrulha ................................................................................. 107 
2.3. Fases da instalação de uma base de patrulha .................................................................. 107 
2.4. Comunicações na base de patrulha .................................................................................... 115 
2.5. Ressuprimento ........................................................................................................................ 116 
3. PATRULHA MOTORIZADA ........................................................................................................ 116 
3.1. Missão ...................................................................................................................................... 116 
3.2. Finalidade ................................................................................................................................. 116 
3.3. Organização geral e particular .............................................................................................. 116 
3.4. Planejamento e preparação .................................................................................................. 116 
3.5. Execução ................................................................................................................................. 119 
3.6. Deslocamento.......................................................................................................................... 120 
3.7. Conduta em áreas perigosas e pontos críticos .................................................................. 121 
3.8.Técnicas de ação imediata ..................................................................................................... 122 
3.9. Ação no objetivo...................................................................................................................... 122 
3.10. Regresso ................................................................................................................................ 123 
3.11. Observações ao comandante da patrulha ........................................................................ 123 
4. PATRULHA FLUVIAL .................................................................................................................. 123 
4.1. Generalidades .........................................................................................................................123 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................5/154) 
 
4.2. Planejamento e preparação .................................................................................................. 124 
4.3. Processos de deslocamentos fluviais .................................................................................. 125 
4.4. Formações utilizadas nos deslocamentos fluviais ............................................................. 127 
4.5. Navegação nos deslocamentos fluviais .............................................................................. 128 
4.6. Emboscada e contra-emboscada......................................................................................... 129 
4.7. Ação no objetivo...................................................................................................................... 129 
4.8. Base de patrulha em área ribeirinha .................................................................................... 130 
4.9. Apoio logístico ......................................................................................................................... 131 
4.10. Comando e comunicações .................................................................................................. 131 
4.11. Observações ao comandante da patrulha ........................................................................ 132 
5. PATRULHA AEROMÓVEL.......................................................................................................... 132 
5.1. Generalidades ......................................................................................................................... 132 
5.2. Composição, comando e responsabilidades ...................................................................... 132 
5.3. Planejamento e preparação .................................................................................................. 132 
5.4. Observações ao comandante de patrulha aeromóvel ...................................................... 135 
6. PATRULHA EM ABIENTE URBANO ........................................................................................ 136 
6.1. Generalidades ......................................................................................................................... 136 
6.2. Planejamento e preparação .................................................................................................. 136 
6.3. Organização e constituição ................................................................................................... 136 
6.4. Comando e comunicações .................................................................................................... 136 
6.5. Patrulha de reconhecimento ................................................................................................. 137 
6.6. Patrulha de combate .............................................................................................................. 137 
6.7. Emboscadas ............................................................................................................................ 138 
6.8. Observações ao comandante de patrulha .......................................................................... 140 
CAPÍTULO V – PATRULHAS: OPERAÇÕES .................................................................................. 142 
1. PATRULHA DE RECONHECIMENTO ...................................................................................... 142 
1.1. Generalidades ......................................................................................................................... 142 
1.2. Missões .................................................................................................................................... 142 
1.3. Tipos de reconhecimento ...................................................................................................... 143 
1.4. Patrulha de reconhecimento em força................................................................................. 144 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................6/154) 
 
1.5. Equipamento, material e armamento................................................................................... 145 
1.6. Condutas normais de uma patrulha de reconhecimento .................................................. 145 
2. PATRULHA DE COMBATE ........................................................................................................ 146 
2.1. Classificação quanto à finalidade da missão ..................................................................... 146 
2.2. Patrulha de oportunidade ...................................................................................................... 146 
2.3. Patrulha de destruição ........................................................................................................... 147 
2.4. Patrulha de neutralização ...................................................................................................... 148 
2.5. Patrulha de segurança ........................................................................................................... 148 
2.6. Patrulha de resgate ................................................................................................................ 149 
2.7. Patrulha de captura ................................................................................................................ 150 
2.8. Patrulha de interdição ............................................................................................................ 150 
2.9. Patrulha de contato ................................................................................................................ 151 
2.10. Patrulha de inquietação ....................................................................................................... 152 
2.11. Patrulha de suprimento ........................................................................................................ 152 
2.12. Patrulha de embocada (conforme Cap IV – Item 1) ....................................................... 154 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 155 
Caderno de Instrução CI 21-75 – 1ª Ed, 2004. .............................................................................. 155 
Caderno de Instrução CI 7-10/1 – Pelotão de Fuzileiros, 1ª Ed, 2009. ..................................... 155 
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015 ..... 155 
Caderno de Instrução de Aprestamento e Apronto Operacional (EB70-CI-11.404), 1ª Edição, 
2014. ..................................................................................................................................................... 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................7/154) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I – OPERAÇÕES DE APOIO AOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS 
 
Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem - Nota de Aula 2015 
 
1. BLOQUEIO E CONTROLE DE VIAS 
 
1.1 Generalidades 
 É a operação de GLO que permite a fração nível pelotão, realizar o controle 
e/ou o bloqueio de vias. Estas vias podem ser classificadas em dois tipos: 
 a. Via rural 
 1) Estradas: não pavimentada. 
 2) Rodovia: pavimentada. 
 b. Via urbana: ruas e avenidas situadas em áreas urbanas, caracterizadas 
principalmente por possuir imóveis e edificações ao longo de sua extensão. 
 
1.2. Finalidade 
 A operação visa controlar o movimento de pessoas e\ou de materiais, 
realizando abordagem de elementos suspeitos, prisão de marginais e principalmente 
intensificar a operação presença das forças legais em áreas de risco, portantopode-se 
dizer que as principais finalidades são: 
- Operação presença; 
- Controlar movimento de veículos; 
- Bloquear a passagem de material ilícito; 
- Realizar a abordagem de pessoas não suspeitas; 
- Realizar a abordagem a elementos suspeitos; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................8/154) 
 
- Efetuar a prisão de criminosos. 
 
1.3 Princípios Básicos 
 Antes de se executar um PBCE/PBCVU, o responsável deve realizar as 
seguintes medidas: 
- Realizar o reconhecimento do local, a fim de verificar a existência de espaço 
suficiente para estabelecimento do PBCE/PBCVU, de área estacionamento de viaturas 
e veículos apreendidos. 
- Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operação; 
- Programar o dia, o horário e a duração da operação (evitar congestionamento); 
- Prever efetivo para compor os grupos na operação; 
- Prever a necessidade de militares do sexo feminino; 
- Prever meios de sinalização. 
Em caso de mau tempo (garoa forte, chuva ou muita neblina) suspende-se 
temporariamente ou encerra-se a operação, a fim de se evitar acidentes e danos. 
- Caso a operação dure algumas horas, verificar a possibilidade de mudanças de 
ponto, pois quanto maior a duração, menor a sua efetividade no local. 
 
1.4. Organização do PCVE/PBCVU 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................9/154) 
 
 
 
O Pel para o cumprimento de uma missão de PBCE/PBCVU é dividido nos 
seguintes grupos e equipes com as seguintes funções: 
a. Grupo de comando e Ap : 
- Mantêm as comunicações e ligação com escalão superior; 
- Controlar as atividades de Sup CL I e CL V; 
- Providenciar o material necessário para montagem e funcionamento do 
PBCE/PBCVU. 
- Prever a necessidade de médicos e militares do segmento feminino. 
b. Grupo de via : 
Responsável pelo controle do trafego dentro da via, são os responsáveis pela 
montagem dos obstáculos na via. Este é dividido em equipes: 
1) Equipe de controle de tráfego : 
- Controla o fluxo de veículos da via; 
- Desempenha e desenvolve o critério de seleção. 
2) Equipe de segurança aproximada: 
- Realiza a segurança dos elementos da equipe de revista; 
- Conduz preso para equipe de Guarda de Presos; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................10/154) 
 
3) Equipe de revista: 
- Realiza a abordagem e revista de presos e veículos suspeitos. 
 
c. Grupo de Reação: Este é dividido em equipes: 
1) Equipe de Reação: 
- É a força de reação ECD de intervir, face a alguma ameaça ao 
PBCE/PBCVU. 
2) Equipe de Guarda de Presos: 
- Realizar a guarda de presos. 
e. Grupo de Patrulha: 
- Realiza o patrulhamento do perímetro do PBCE/PBCVU; 
- Realiza a proteção da entrada e saída do PBCE/PBCVU; 
OBS: O grupo de patrulha sempre cederá 02 (dois) homens para fechar a via, 
antes do inicio da montagem do PBCE/PBCVU. Caso uma das missões do 
PBCE/PBCVU seja anotar todos os veículos parados no PBCE/PBCVU, serão sacados 
dois elementos do grupo de patrulha para executar esta missão. 
 
1.5. Tipos de ocorrências no PBCE/PBCVU 
- Transporte clandestino de armas, munições e explosivos. 
- Tráfico de entorpecentes. 
- Tentativas de escape ao bloqueio. 
- Resistência a prisão. 
- Desacatos a autoridade. 
- Abordagem a marginais que acabaram de cometer o delito. 
- Sequestros relâmpagos. 
- Veículos furtados. 
- Veículos com problemas na documentação. 
- Embriagues e falta de documentação. 
 
1.6. Conceitos Básicos 
a. Segurança: 
É estabelecida em locais onde, sob vigilância, haja espaço suficiente para a 
reunião dos indivíduos, para o estacionamento de viaturas e para a revista e 
averiguação de suspeitos. 
b. Rapidez: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................11/154) 
 
Deve haver uma agilidade tanto na montagem do dispositivo, como na 
verificação dos veículos e pessoas abordadas. Muita demora nestes procedimentos 
acarretam congestionamentos no transito e desconforto para as pessoas que passam 
pelo local, resultando num ponto negativo a presença da tropa no local. 
c. Eficiência: 
Combater ao máximo a probabilidade de atos ilícitos, caso a operação dure 
algumas horas, verificar a possibilidade de mudanças de ponto do bloqueio, pois 
quanto maior a duração, menor a sua eficácia no local. 
d. Mobilidade: 
O pelotão deve dispor de material leve e de fácil remoção, viaturas próprias, 
para ter mobilidade para mudança de posição e variações nos diferentes lugares, no 
menor espaço de tempo. (Mobilidade X Eficiência). 
 
1.7. Material utilizado no PBCE/PBCVU 
O material apresentado foi testado e vem sendo empregado conforme doutrina 
desenvolvida pelo CI Op GLO. Para o cumprimento das missões de PBCE/PBCVU, 
cada OM deverá dispor de no mínimo dois Kits de material, assim compostos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................12/154) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................13/154) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................14/154) 
 
- O armamento é o de dotação da tropa, sendo aconselhável que os militares que 
irão fazer a revista estejam com armas curtas e os seguranças estejam com calibre 12 
Pol.O Pel deverá ter munição não letal 
- O uso da MAG é a critério do Cmt Pel, de acordo com a missão e área de atuação 
- Outros materiais a serem levados para o PBCE/PBCVU: material de anotação, 
câmeras fotográficas, geradores de eletricidade, lanternas, holofotes, megafones, 
apitos e etc. 
 
1.8. Ações a serem realizadas 
Antes de se executar um PBCE/PBCVU, o responsável deve realizar as 
seguintes medidas: 
- Realizar o reconhecimento do local, a fim de se verificar a existência de 
espaço suficiente para estabelecimento do PBCE/PBCVU, de área estacionamento de 
viaturas e veículos apreendidos. 
- Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operação; 
- Programar o dia, o horário e a duração da operação (Evitar 
congestionamento); 
- Prever efetivo para compor os grupos na operação; 
- Prever meios de sinalização. 
 
1.9. Condutas alternativas no PBCE/PBCVU 
Em caso de mau tempo (garoa forte, chuva, muita neblina) suspende-se 
temporariamente ou encerra-se a operação, a fim de evitar acidentes e danos. 
Caso a duração da operação seja muito longa pode-se verificar a possibilidade de 
mudança de local, pois quanto maior a duração, menor a sua efetividade. 
 
1.10. Montagem e desmontagem do PBCE/PBCVU 
A montagem é um momento critico do PBCE/PBCVU, pois deve ser 
executada da forma mais rápida possível e sobre supervisão direta do comandante de 
Pelotão. 
Para tal devem-se padronizar as condutas para se aperfeiçoar esta 
montagem: 
a) A viatura deve ser estacionada na margem da via; 
b) Todo material deve ser desembarcado e colocado na margem da via, 
próximo a sua posição final; 
c) Neste momento o Cmt de Pel deve deixar a montagem a cargo do Grupo 
de Reação e do Grupo de Via. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................15/154) 
 
d) Antes de iniciar a montagem, o Cmt Pel deverá destacar dois elementos do 
Grupo de Patrulha para fechar a circulação do trânsito. O comando para que estes 
elementos fechem o trânsito será através de 01(um) silvo de apito. 
e) Depois de constatado que o trânsito está fechado e a via está em 
segurança, o Cmt Pel dará o próximo silvo de apito que é a ordem de iniciar a 
montagem do dispositivo. 
f) Depois de montado, deve permanecerna via apenas o Grupo de Via em 
sua correta posição. 
g) Ao verificar a correta montagem e mobilização do PBCE/PBCVU, Cmt de 
Pel dará o terceiro silvo de apito, que corresponderá à liberação do trânsito, e o inicio 
das operações do PBCE/PBCVU. 
h) Para desmontagem ocorrerá o procedimento inverso, no qual se deve 
ressaltar a importância de fechar o trânsito pelo próprio Grupo de Via, e depois de 
verificar a segurança no local iniciar a desmontagem e por ultimo a liberação do 
trânsito. 
 
i) É aconselhável que o Pelotão faça um ensaio prévio da montagem e 
desmontagem na base, antes de se deslocar para o local da missão. 
 
1.11. Legislação para PBCE/PBCVU 
a) O cidadão que é parado no PBCE/PBCVU está em uma destas três situações: 
A- Normalidade----- Urbanidade 
B- Suspeito------ Urbanidade+Busca pessoal 
C- Criminoso------ Busca pessoal+ P. Flagrante 
b) Para cada situação desta terá uma abordagem diferente pela tropa. 
Transição de situação: 
-Normalidade, pode passar para suspeito (atitudes) 
-Normalidade/suspeito, pode passar para (criminoso) 
c) Crimes que normalmente são cometidos: 
1) Desacato ( art 299 CPM- Desacatar militar no exercício de sua função de 
natureza militar ou em razão dela). 
2) Desobediência (art 301 CPM –Desobedecer a ordem legal de autoridade 
militar) 
3) Resistência ( art 329 CP- Opor-se à execução de ato legal, mediante 
violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja 
prestando auxilio. 
4) Uso da força – ( art 284 CPP- Não será permitido o emprego da força, salvo 
a indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga.) 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................16/154) 
 
 
1.12. Abordagem 
a) Elemento na Normalidade: 
1)― Bom dia senhor(a)‖ 
2) Documentação do veiculo e CNH, por favor. Após a verificação da 
documentação. 
3) O Exercito Brasileiro agradece a cooperação, este é uma operação de rotina 
para melhorar a segurança da população local. 
b) Elemento suspeito / criminoso: 
1)Com a mão direita desligue o veiculo mantendo a mão esquerda no volante. 
2) Abra a porta do veiculo com a mão esquerda. 
3) Saia do veiculo com as duas mãos para cima; 
4) Vire-se para o veiculo e coloque as duas mãos no teto. 
5) Abra as pernas e com as mãos no teto do veículo afaste-se do veiculo. 
1.13. Vistoria em automóvel 
a. Sequência das ações: 
1. Depois de cumprir os procedimentos de abordagem e busca pessoal, 
previstos, solicitar ao condutor/proprietário que acompanhe visualmente a vistoria do 
veículo. 
2. Um dos militares permanecerá com o condutor/proprietário em frente à porta 
dianteira direita do veículo, distante aproximadamente 3,0 (três) metros para o 
acompanhamento da vistoria a ser realizada pelo outro militar, conforme figura 1: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................17/154) 
 
 
3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás 
(região da lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da 
ação. 
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o 
início do procedimento no interior do veículo. 
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e 
ou objetos ilícitos no interior do veículo: 
5.1. Confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta 
aos demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas na Regra de 
Engajamento e Caderno de Instrução de GLO. 
6. Perguntar ao condutor/proprietário se há objetos de valor, carteiras, 
celulares, talões de cheques, dentre outros. 
7. Questionar onde se encontra(m) tal(is) objeto(s) e retirá-lo(s), na presença 
do condutor/proprietário, colocando-os em local visível no interior do veículo. 
8. Iniciar a vistoria interna do veículo seguindo a ordem sequencial dos 6 
quadrantes, indicados na figura 2. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................18/154) 
 
 
9. A vistoria no quadrante seguinte deverá ocorrer somente após a checagem 
de todos os itens existentes no local, conforme descrito abaixo: 
9.1. Portas (quadrantes 1, 2, 3 e 4, conforme número de portas existentes): 
9.1.1. abrir a porta ao máximo e verificar se os cantos apresentam 
pintura encoberta ou retocada; 
9.1.2. com os vidros fechados, chacoalhar levemente cada porta, a fim 
de verificar, pelo barulho, se existe algum objeto solto em seu interior; 
9.1.3. visualmente, verificar a numeração de chassi gravada nos vidros, 
bem como a etiqueta de coluna de porta, se houver; 
9.1.4. as portas deverão ser fechadas após cada checagem, a fim de se 
evitar acidentes, com exceção àquelas voltadas para o condutor/proprietário, as quais 
deverão permanecer abertas, permitindo que acompanhe visualmente toda a vistoria. 
9.2. Teto (quadrantes 1, 2, 3 e 4): 
9.2.1. verificar objeto(s) escondido(s) ou guardado(s) entre o forro e a 
lataria, bem como nos compartimentos desta área. 
9.3. Painel: (quadrantes 1 e 4): 
9.3.1. difusor de ar, porta fusível e cinzeiros: utilizar lanterna e aparelho 
de vistoria Boroscópio para verificar se há objeto(s) escondido(s) em seu interior; 
9.3.2. console de rádio e console central: verificar se estão soltos ou 
com indícios de que já tenham sido removidos; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................19/154) 
 
9.3.3. porta luvas e compartimentos de objetos: retirar e examinar os 
objetos existentes; verificar possíveis adulterações no interior que possam servir como 
esconderijo; após a verificação, devolver os objetos em seu local de origem; 
9.3.4. volante: verificar a eventual presença de objeto(s) escondido(s) 
em toda a peça, tomando o devido cuidado de não comprometer o funcionamento do 
sistema air bag; 
9.3.5. air bag: verificar se há sinais de violação; 
9.3.6. coifa da alavanca de cambio e do freio de estacionamento (freio 
de mão): se possível, removê-los e verificar a existência de objetos escondidos; 
9.3.7. traseira do painel: verificar a presença de objetos escondidos em 
locais como o recipiente do filtro do ar condicionado. 
9.4. Assoalho (quadrantes 1, 2, 3 e 4): 
9.4.1. tapetes: verificar a presença de objetos sobre os mesmos ou 
eventualmente escondidos debaixo deles; 
9.4.2. compartimentos de objetos e extintores: retirar e examinar os 
objetos existentes; verificar possíveis adulterações no interior que possam servir como 
esconderijo; após a verificação, devolver os objetos em seu local de origem; 
9.4.3. carpete: mediante pressão com as mãos, verificar saliências que 
sugerem a presença de objetos escondidos. 
Observação: quando houver numeração do chassi gravado no assoalho, 
verificar se há sinais de adulteração, bem como se a numeração confere com a 
dos vidros. 
9.5. Bancos (quadrantes 1, 2, 3 e 4): 
9.5.1. mediante pressão com as mãos, vistoriar todos os assentos e 
encostos, inclusive os de cabeça; 
9.5.2. vistoriar porta-objeto (bolsa canguru) existentes atrás dos bancos. 
9.6. Caixas e colunas (quadrantes 1, 2, 3 e 4): 
9.6.1. se possível, verificar a existência de objetos entre a lataria e os 
acabamentos; 
9.6.2. utilizar lanterna para verificar os espaços e aberturas existentes; 
9.6.3. puxar os cintos de segurança até o final, na busca de eventuais 
invólucros escondidos. 
9.7. Ao término da vistoria no quadrante de número 4 (quatro), ou seja, do 
motorista, o militar vistoriador deverá retirar a chave e destravar o capô. 
9.8. Porta-malas (quadrante 5): 
9.8.1. na existência de dispositivo automático para a abertura, o militar 
deverá efetuar o destravamento e, em ato contínuo, posicionar-se ao lado do veículo, 
com o armamento na posição de pronto 2 e abrir vagarosamente o porta-malas; 
9.8.2. nos casos em que a abertura do porta-malas for manual, o militar 
poderá solicitar ao condutor/proprietárioque efetue o destravamento e retorne ao seu 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................20/154) 
 
local de origem. O militar vistoriador se posicionará ao lado do veículo, com o 
armamento na posição de pronto 2 e abrirá vagarosamente o porta-malas. 
9.8.3. No interior, verificar: 
9.8.3.1. compartimento do estepe; 
9.8.3.2. sob o tapete; 
9.8.3.3. os espaços, aberturas e forros laterais; 
9.8.3.4. bolsa de ferramentas (equipamentos obrigatórios); 
9.8.3.5. caixas de som, quando houver. 
9.9. Capô e compartimento do motor (quadrante 6): 
9.9.1. utilizar lanterna para verificar os espaços e aberturas existentes 
(filtro de ar, caixa de ar, atrás da bateria, caixa de fusível, capô, dentre outros); 
9.9.2. verificar marcas de soldas atípicas e retoques na lataria e pintura; 
9.9.3. se possível, verificar a numeração do motor; 
9.9.4. Verificar numeração de chassi se apresenta sinais de 
adulteração, bem como se esta confere com a numeração dos vidros e da 
etiqueta autodestrutiva (coluna de porta, torre da suspensão dianteira, embaixo 
do banco dos passageiros, dentre outros). 
10. Prosseguir na vistoria externa, obedecendo ao sentido horário, conforme 
figura 3: 
 
10.1. Após o fechamento do capô, e de posse do Certificado de 
Licenciamento Anual (CLA), verificar se a placa dianteira apresenta sinais de 
adulteração; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................21/154) 
 
10.2. observar indícios de crime, como: marcas de sangue, perfurações na 
lataria por disparos de arma de fogo, avarias recentes que indiquem provável acidente 
de trânsito, dentre outros; 
10.3. vistoriar locais como: espaço entre pneu e para- lama, tampa do 
combustível, para-choque, embaixo do veículo, dentre outros; 
10.4. verificar se a placa traseira apresenta sinais de adulteração e conferir 
o lacre; 
10.5. encerrada a vistoria no veículo, verificar a área mediata da 
abordagem, na busca de objetos ilícitos que possam ter sido dispensados. 
10.6. não permitir que transeuntes passem entre os veículos e as pessoas 
que estão sendo abordadas 
11. Documentação: 
11.1. verificar visualmente a existência de irregularidades ou sinais de 
adulteração, como: erro de português, numeração desalinhada, rasuras, dentre outras; 
11.2. verificar, quando possível, a numeração do chassi e motor e 
confrontá-las com o Certificado de Licenciamento Anual (CLA); 
11.3. verificar a validade da documentação da CNH do condutor; 
11.4. consultar, através dos meios de comunicações na Base ou CCop, as 
informações necessárias para conferência com a documentação em mãos. 
12. Confirmar se há providências previstas no Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB) e adotar as medidas cabíveis. 
13. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório. 
14. Não havendo irregularidades, entregar a chave e toda documentação ao 
condutor/proprietário e solicitar que este confira todos os seus pertences. 
15. Informar que a abordagem tem fundamentação legal. 
16. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: ―Conte sempre 
com o Exército Brasileiro! 
 
1.14. Vistoria em motocicleta 
a. Sequência das ações; 
1. Depois de cumprir os procedimentos de abordagem e busca pessoal, 
previstos com motocicleta, solicitar ao condutor/proprietário que acompanhe 
visualmente a vistoria da motocicleta. 
2. Um dos militares permanecerá com o condutor/proprietário ao lado direito da 
motocicleta, distante aproximadamente 3,0m (três metros) para o acompanhamento da 
vistoria a ser realizada pelo outro policial, conforme figura 4: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................22/154) 
 
 
3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás 
(região da lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da 
ação. 
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o 
início do procedimento. 
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e 
ou objetos ilícito(s) deixado(s) na motocicleta: 
5.1. Confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta 
aos demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas no POP de 
Abordagem de Infrator da lei; 
6. O militar responsável pela vistoria deverá: 
6.1. retirar a chave do contato; 
6.2. verificar sinais aparentes de dano na ignição (miolo) e chave; 
6.3. confirmar se a chave é original ou trata-se de ―chave micha‖; 
6.4. entregar a chave ao encarregado da equipe; 
6.5. observar se a motocicleta apresenta indícios de crime, como: marcas de 
sangue, perfurações na lataria por disparos de arma de fogo, avarias recentes que 
indiquem provável acidente de trânsito, dentre outros; 
6.6. verificar se o painel apresenta espaços que possam ocultar objetos 
ilícitos. Observar ainda detalhes de fixação e sinais de adulteração; 
6.7. verificar se o tanque apresenta sinais de adulteração ou compartimentos 
falsos encobertos por adesivos ou capas. Observar ainda sua correta fixação; 
6.8. no banco: 
6.8.1. pressionar, com as mãos, a região da espuma, na busca de 
objetos ilícitos; 
6.8.2. verificar adesivos e capas removíveis; 
6.8.3. caso o banco seja removível, retirá-lo para verificar a parte 
debaixo. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................23/154) 
 
6.8.4. verificar a existência de numeração do chassi nesta região. 
Observar se apresenta sinais de adulteração; 
6.9. lateral direita: 
6.9.1. verificar se há sinais de adulteração na carenagem, como a 
fixação por velcron ou material similar que facilite a acomodação ou acesso a objetos 
ilícitos, inclusive armas; 
6.9.2. na impossibilidade de remoção da carenagem, utilizar lanterna e 
aparelho de vistoria Boroscópio para vistoriar os espaços existentes que possam 
acomodar objetos ilícitos; 
6.9.3. sendo possível a remoção da carenagem, verificar locais como: 
compartimento do filtro de ar, caixa de ferramenta, bateria, caixa de fusível, bem como 
outros espaços; 
6.10. traseira: 
6.10.1. se houver baú ou similares, verificar seu interior; 
6.10.2. verificar a fixação da carenagem traseira, os espaços entre: o 
para-lama e quadro, embaixo do baú, entre a placa e suporte, e demais vãos que 
possam acondicionar objetos ilícitos; 
6.10.3. observar a fixação da placa, bem como lacre e sinais de 
adulteração; 
6.11. lateral esquerda: 
6.11.1. seguir a seqüência de ações previstas no subitem 6.9, para a 
vistoria na lateral direita; 
6.12. quadro: 
6.12.1. verificar se apresenta sinais de adulteração, como marcas de 
solda, pintura irregular, entre outras; 
6.12.2. observar o alinhamento, o grafismo dos caracteres e possíveis 
sinais de adulteração do chassi; 
6.12.3. verificar a numeração do chassi nesta região. Observar se 
confere com a etiqueta debaixo do banco, se houver; 
6.12.4. motor: verificar numeração suprimida, alinhamento e grafismo 
dos caracteres, além de sinais de adulteração; 
6.13. documentação: 
6.13.1. verificar visualmente a existência de irregularidades ou sinais 
de adulteração, tais como: erro de português, numeração desalinhada, rasuras, entre 
outras; 
6.13.2. verificar a numeração do chassi e motor e confrontá-las com o 
Certificado de Licenciamento Anual (CLA); 
6.13.3. verificar a validade da documentação (licenciamentos e 
exames); 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................24/154) 
 
6.13.4. consultar a Base ou CCop às informações necessárias para 
conferência da documentação em mãos; 
7. Confirmar se há providências previstas no Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB) e adotar as medidas cabíveis. 
8. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório. 
9. Entregar a chave e toda documentação ao condutor/proprietário e solicitar 
que esteconfira todos os seus pertences. 
10. Não havendo irregularidades, informar que: 
10.1. a abordagem é utilizada para certificar-se de que pessoas não estão de 
posse de materiais ilícito; 
 
1.15. Variações das configurações do PBCE/PBCVU 
As variações das configurações na montagem dos obstáculos no PBCE/PBCVU 
vão depender do Material disponível (tipo e quantidade) e Efetivo disponível; Tipo de 
via e Missão. 
 
Dispositivo do PBCE/PBCVU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................25/154) 
 
2. SEGURANÇA DE PONTO SENSÍVEL 
 
2.1. Considerações gerais 
As operações militares de segurança de Pontos Sensíveis constituem-se em um 
sistema organizado de proteção, contra ações dos APOP, em todas as direções das 
instalações ou áreas designadas dentro da área de operações. 
Ponto Sensível (PS): É qualquer instalação, ponto ou estrutura que, se sabotada, 
danificada, paralisada ou destruída, comprometerá as operações militares e, em alguns 
casos, a rotina da população. 
As Operações de segurança visam à ocupação, proteção e manutenção da 
integridade do Ponto Sensível. 
As Operações de segurança de Ponto Sensível dependerão da missão, da 
distância e do valor da instalação ou da área. Para fazer a proteção e ocupação de um 
PS, requer um planejamento detalhado da missão e das características da instalação, 
tendo em vista a tropa estar atuando em umas áreas pouco conhecidas e com varias 
restrições operativas. 
Os levantamentos de locais e áreas para a ocupação de Pontos Sensíveis são de 
responsabilidade do escalão superior, onde serão considerados os fatores da decisão 
(missão, inimigo, terreno, meios, tempo disponível e considerações civis) para o 
cumprimento da missão, o grau de influência da área, a atitude da população e o nível 
de controle que se deseja no local. 
Os Pontos Sensíveis poderão estar situados em área urbana ou área rural, sendo 
alguns exemplos de instalações que podem ser consideradas PS: 
- Postos de captação de água e reservatórios; 
- Refinarias, pólos petroquímicos e gasômetros; 
- Sistemas de comunicações (correios, telégrafos, telefônicos); 
- Sistemas de transmissão de energia elétrica; 
- Hospitais (maternidades, casas de saúde, pronto-socorro); 
- Estações (rodoviárias, ferroviárias), aeroportos, portos, pontes e viadutos; 
- Indústrias de relevância nacional 
- Ponto Forte. 
Cabe ressaltar que uma base de operações passa a ser um PS, devido sua grande 
importância, sendo um alvo em potencial para as ações dos APOP. 
No planejamento das operações para a ocupação e manutenção de um Ponto 
Sensível, o Comandante da Fração deverá ter muito cuidado com as limitações e 
vulnerabilidades apresentadas pelo local. As condições precárias das instalações, as 
condições reduzidas de conforto e segurança, a dependência do apoio logístico além 
da excessiva proximidade com a população, vai exigir a adoção de medidas de controle 
e segurança que evitem a identificação das atividades da tropa no local. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................26/154) 
 
Os APOP valendo-se de sua capacidade de dissimulação no meio da população 
podem aproximar-se das instalações para realizar ações de sabotagem contra as 
instalações ou tropa. 
 
2.2. Operações de segurança de ponto sensível 
a. Posto de Segurança Estático (PSE): 
É uma operação de ocupação e segurança que visa impedir a desativação de 
um Ponto Sensível, assegurando seu perfeito funcionamento. 
O valor a mobiliar um PSE vai depender da importância da vulnerabilidade e do 
tamanho do PS, devendo ser o efetivo mínimo de um Pelotão de Fuzileiros, que 
garantirá sua segurança com relativa autonomia. 
O planejamento para uma ocupação de PSE deverá ser detalhado 
minuciosamente; analisando sumariamente a missão, as características do Ponto 
Sensível, as possibilidades e limitações dos APOP. As ligações com o oficial de 
inteligência, escalões superiores e com elementos responsáveis ou funcionários que 
trabalham no Ponto Sensível, será de grande importância para o planejamento. 
b. Interdição de Instalação e Área: 
As operações de interdição de áreas visam impedir o acesso de entrada de 
pessoas e materiais não autorizados a determinada instalação ou área, assemelhando-
se a ocupação de um PSE, com restrição ao acesso de pessoal. 
A interdição vai depender da missão estabelecida pelo escalão superior. O 
Comandante da ação deverá prestar bastante atenção no que está sendo determinado 
no mandado expedido pela justiça e nos preceitos legais. Orientações e 
esclarecimentos a população, são fatores importantes para o êxito da missão, não 
sendo necessário com tais medidas, o emprego imediato da força. 
As interdições sempre que possível devem ser realizadas durante os horários de 
menor movimento e de surpresa para evitar atritos com pessoal que queira impedir a 
interdição do estabelecimento. Deve-se prever o uso de meios blindados e acréscimo 
de uso de material e armamento pesado, tendo em vista a exposição da tropa e 
visando inibir a ação dos APOP. 
O valor mínimo para fazer uma interdição é de um pelotão de fuzileiro. 
A Interdição de Instalação e Área pode ser: 
- Seletiva ou controlada: Somente as pessoas devidamente autorizadas e 
cadastradas, podem passar os limites estabelecidos pela segurança na área 
interditada, tendo-se a finalidade de restringir o acesso à área ou instalação. 
- Total: Nenhuma pessoa, que não seja integrante da tropa, pode passar os 
limites de segurança estabelecidos para interdição, tendo-se a finalidade de impedir o 
acesso à área ou instalação. 
c. Informações sobre Ponto Sensível: 
- Finalidade do Ponto Sensível; 
- Características do Ponto Sensível; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................27/154) 
 
- Possibilidades e limitações dos APOP; 
- Contatos com os elementos responsáveis ou funcionários que trabalham no 
Ponto Sensível; 
- Levantamento de vias de acesso ao local; 
- Levantamento de cartas, croquis, fotografias e plantas das instalações; 
- Identificar as vulnerabilidades do local. 
 
2.3 Aspectos a serem levantados 
A elaboração do planejamento das operações de segurança de PS, deverá sempre 
levar em consideração a missão estabelecida, a distancia do objetivo, o tamanho, a 
importância e as vulnerabilidades do PS. 
No planejamento não podemos ser surpreendidos por esquecimentos nem por 
imprevistos, citamos aqui alguns aspectos a serem levantados no planejamento da 
missão de segurança de PS: 
- Tipo, importância, finalidade e características gerais do Ponto Sensível (área, 
localização e distância da Base de Operações); 
- A possibilidade de reconhecer detalhadamente o Ponto Sensível; 
- Levantamento do pessoal, equipamento e armamento necessários à operação. 
(Elaboração do QOPM) 
- Meio de transporte mais adequado e disponível para tropa e material; 
- Itinerário de ida e volta, com a previsão de itinerário(s) alternativo(s); 
- Verificar pontos críticos ao longo do itinerário e vias de acesso ao ponto; 
- Locais adequados para colocação de obstáculos (internos e externos); 
- Previsão de escalonamento e agravamento de obstáculos em profundidade; 
- Local de estacionamento de Viaturas; 
- Divisão dos grupos e dispositivo a ser adotado; 
- Localização e emprego do Grupo de Reação; 
- Identificar os pontos de comandamento sobre o Ponto Sensível; 
- Previsão de uso de caçadores e observadores; 
- Previsão do emprego das comunicações (emprego das IECOM); 
- Ligações com o escalão superior e subordinado; 
- Ligações com a Tropa de OCD que poderá ser acionada. (SFC); 
- Estabelecimento dos sistemas de alarme; 
- Estabelecimento de uma única entrada e saída do Ponto Sensível; 
- Procedimentos no controle de entrada, saída e revista dos funcionários a pé e 
motorizados;(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................28/154) 
 
- Uso do segmento feminino; 
- Determinar locais para detidos e interrogatórios de elementos suspeitos; 
- Necessidade de especialistas para manter o funcionamento do Ponto Sensível; 
- Apoio de saúde para evacuação de feridos; 
- Necessidade de suprimento classe I,III e V. (ração, combustível e munição); 
- Necessidade de ressuprimento; 
- Medidas a serem adotadas com a imprensa, no trato com o público civil, com 
militares de outras forças, com funcionários e seguranças do local; 
- Medidas a serem adotadas no caso de combate a incêndio (TAI); 
- Medidas a serem adotas no caso de interceptação de comboio (TAI); 
- Medida a serem adotadas em caso de sabotagem, tentativa de invasão, turba 
predatória e turba pacifica; 
- Adotar as medidas de segurança necessárias para o período da noite; 
- Locais de descanso, higiene e alimentação da tropa; 
- Estabelecer as TAIS (técnicas de ações imediatas) de acordo com regras de 
engajamento; 
- Medidas a serem adotadas na abordagem, na ocupação e desocupação da 
instalação e 
- Confeccionar o relatório detalhado e enviar ao escalão superior. 
 
2.4. Organização e Atribuição da Tropa 
A constituição da tropa para cumprir uma missão de segurança de um PS, 
dependerá da relevância do PS, o efetivo mínimo será de um Pelotão de Fuzileiros, 
exceção feita no caso do ponto Forte (PF) que poderá ser ocupado por um GC, que 
serão divididos em grupos com missões previamente definidas e sempre com objetivos 
para atender as seguranças da instalação e da tropa, com relativa autonomia. 
a) Organização: 
 
b) Atribuições dos Grupos: 
1) Grupo de Comando: 
- Coordenar e controlar a ocupação do PS. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................29/154) 
 
2) Grupo de Sentinela: 
- Estabelecer a defesa circular aproximada e posto de controle de circulação e 
- Estabelecer barreiras e outras medidas de proteção aproximada. 
3) Grupo de Patrulha: 
- Estabelece a defesa circular afastada, principalmente em pontos dominantes 
que circundam o local; 
- Lançar patrulhas a pé ou motorizadas que irão rondar, constantemente, as 
áreas próximas ao ponto; 
- Estabelecer postos de bloqueio e controle de Vtr e pessoal nas vias de 
acesso ao Ponto Sensível; 
- Deter elementos suspeitos nas proximidades do Ponto Sensível; 
- Instalar obstáculos nas proximidades do Ponto Sensível e 
- Limpar os campos de tiro e obstáculos, de acordo com as necessidades do 
grupo de sentinelas. 
4) Grupo de Reação: 
- Vasculhar minuciosamente todas as instalações do Ponto Sensível, se 
possível acompanhado por um técnico local; 
- Reforçar o controle de pontos críticos ou vulneráveis no interior do Ponto 
Sensível, mediante ordem; 
- Reforçar a defesa do perímetro interno e externo do Ponto Sensível, 
mediante ordem; 
- Reforçar o grupo patrulha, mediante ordem e 
- Constituir-se numa força de reação, em condições de deslocar-se 
rapidamente para qualquer setor e em condições de intervir contra os APOP. 
 
2.5. Medidas a serem adotadas na abordagem: 
- Determinar que a tropa faça um alto-guardado no local mais adequado, a 
comando do Adjunto do Pelotão, se for o caso. 
- Ligar-se com o responsável pela instalação, se for o caso. 
- Realizar uma varredura (Gp Reação) 
- Reconhecer o Ponto Sensível acompanhado dos Cmt de grupo. 
iniciar, ocupando as posições na seguinte ordem: Grupo de Reação, Grupo de 
Sentinelas e Grupo de Patrulha. 
 
2.6. Medidas a serem adotadas após a ocupação: 
- Adotar medidas de controle de pessoal (SFC) 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................30/154) 
 
- Estabelecer sistemas de alarmes 
- Prever modificações dos itinerários e horários das patrulhas, postos de guardas 
- Empregar obstáculos em locais críticos e em vias de acesso ao ponto. 
- Treinar medidas de defesa do ponto. 
 
2.7. Medidas a serem adotadas na desocupação: 
- Fazer manutenção e limpeza das instalações usadas. 
- Fazer inspeção do equipamento e material individual 
- Comunicar ao responsável da instalação sobre a desocupação 
- Informar ao escalão superior da desocupação da instalação. 
- Solicitar ao Escalão Superior a manutenção necessária nas instalações 
danificadas pela tropa.(SFC) 
- Confeccionar o relatório detalhado e enviar ao escalão superior. 
 
2.8. Sugestão de material: 
Apresentaremos algumas sugestões de material a ser conduzido numa ocupação 
de PS, tanto em área rural ou urbana. Cabe ao comandante da fração buscar a melhor 
configuração e o material necessário para o cumprimento da missão. 
- Material de anotação (caneta, prancheta, papel) para identificação e controle de 
pessoal e veículos; 
- Caneta sinalizadora e apito; 
- Equipamento de filmagens (filmadora com fita, máquina fotográfica com filme e 
gravador com fita) 
- Material para balizamento e sinalização de transito (cones, super cones, fita 
zebrada, placas de sinalização e colete sinalizador); 
- Mesa espelhada; 
- Detector de metal portátil; 
- Obstáculos portáteis (fura pneu, cavalos de frisa, ouriços e sacos de areia); 
- Algemas, tonfas, coletes balísticos, máscara contra gases; 
- Escudos balísticos; 
- Conjunto gerador de eletricidade; 
- Lanternas e material para iluminação noturna; 
- Sistemas de alarme (improvisados ou padronizados); 
- Equipamento de combate a incêndio; 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................31/154) 
 
- Armamento e munição não-letal (Cal 12 e Lç 37/38 mm ou 40mm, granada 
Lacrimogêneo, fumígena e espargidores); 
- Pipa d’água; 
- Material de engenharia (serra elétrica, enxada, pá, picaretas) e 
- Material individual (fardo de combate e fardo de bagagem). 
 
 
3. CONTROLE DE DISTÚRBIOS 
 
3.1. Conceitos básicos 
a. Aglomeração: grande número de pessoas temporariamente reunidas. 
Geralmente, os membros de uma aglomeração pensam e agem como elementos 
isolados e não organizados. A aglomeração pode, também, resultar da reunião 
acidental e transitória de pessoas, tal como acontece na área comercial de uma cidade 
em seu horário de trabalho ou nas estações ferroviárias em determinados instantes. 
b. Multidão: aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum. A 
formação da multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome “nós” entre os 
seus membros, assim, quando um membro de uma aglomeração afirma – ―nós 
estamos aqui pela cultura, ―nós estamos aqui para prestar solidariedade, ou ―nós 
estamos aqui para protestar - pode-se também afirmar que a multidão está constituída 
e não se trata mais de uma aglomeração. 
c. Turba: multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob estímulo de 
intensa excitação ou agitação, perdem o senso da razão e o respeito à lei, e pensam 
em obedecer a indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações desatinadas. A turba 
pode provocar tumultos, distúrbios, realizar saques ou estar em pânico e fuga. 
d. Tumulto: desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a 
um desígnio comum de realizar certo empreendimento, por meio de ação planejada 
contra quem a elas possa se opor. O desrespeito à ordem é uma perturbação 
promovida por meio de ações ilegais, traduzidas numa demonstração de natureza 
violenta ou turbulenta. 
e. Distúrbio: inquietação ou tensão que toma a forma de manifestação. Situação 
que surge dentro do país, decorrente de atos de violência ou desordem prejudicial à 
manutenção da lei e da ordem. Poderá provir de uma ação de uma turba ou se originar 
de um tumulto. 
f. Manifestação: demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou 
simpático a determinada autoridade ou alguma condição ou movimento político, 
econômico ou social. 
g. Anonimato: a pessoa se anonimiza, perde sua identidade e, 
consequentemente, seu senso deresponsabilidade, o seu comportamento deixa de ser 
social para se tornar coletivo. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................32/154) 
 
h. Agentes de Perturbação da Ordem Pública: são pessoas ou grupos de 
pessoas cuja atuação momentaneamente comprometa a preservação da ordem pública 
ou ameace a incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
i. Ameaças: são atos ou tentativas potencialmente capazes de comprometer a 
preservação da ordem pública ou ameaçar a incolumidade das pessoas e do 
patrimônio. 
j. Massa: Grande quantidade de pessoas. 
1) Tipos de massa 
a) massas pacíficas: Reúnem-se por motivos justos ou pacíficos, pela própria 
característica do grupo não demonstra atitudes radicais. São exemplos: Pacificadores, 
Religiosos, Grupos raciais e comportamentais. 
b) massas organizadas: São grupos que possuem uma liderança mais definida, 
possuem relativa disposição para enfrentar o policiamento local, além de terem 
objetivos específicos de interesse de seu grupo social. 
c) massas violenta: São grupos que, muito das vezes, não possuem lideranças 
definidas, mas que, por suas características, têm demonstrado ser uma preocupação 
quanto à ordem pública. 
 
3.2. Doutrinas: 
Há duas vertentes doutrinárias mundiais no que tange às técnicas, táticas e 
procedimento da Força de Choque. 
a. Doutrina Ocidental: empregada na América e países da Europa Ocidental. Seu 
emprego é baseado em técnicas não-letais, evitando o contato físico e mantendo 
distância de segurança no Controle de Distúrbios. Utiliza força proporcional e busca da 
preservação dos direitos individuais. Busca a estabilização institucional com 
cooperação em amplo espectro, ganhando tempo para atuação política das 
autoridades Administrativas (Adm). E atua com coordenação das informações da 
Comunicação Social e Operações Psicológicas. Isso resulta em um emprego eficaz das 
pequenas unidades. 
b. Doutrina Oriental: utilizada em alguns países do continente africanos e 
asiáticos. Seu emprego é baseado em utilização de armas de fogo, porretes, chicotes e 
varas buscando o contato físico no controle de distúrbios. Diferentemente da Doutrina 
Ocidental, utiliza violência e desrespeito aos direitos individuais consagrados no 
Ocidente. Busca a estabilização institucional impondo a força militar, com a conivência 
das autoridades Adm. Despreza as atividades de Comunicação Social e Operações 
Psicológicas. Emprega grandes efetivos. 
 
3.3. Missões atribuídas a uma força empregada em OCD 
As missões normalmente atribuídas a uma força, quando empregada no controle 
de um distúrbio são: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................33/154) 
 
- interditar uma área urbana ou rural, prevenindo a ação de grupos de 
manifestantes; 
- evacuar uma área urbana ou rural já ocupada por manifestantes; 
- restabelecer a ordem pública em situações de vandalismo; 
- evacuar prédios ou instalações ocupados por manifestantes; 
- restabelecer a ordem no quadro de um conflito entre as forças policiais e a força 
adversa; 
- garantir a integridade do patrimônio público; e 
- desobstruir vias de circulação. 
 
3.4. Condicionantes 
O Cmt, em qualquer escalão, deverá cumprir a sua missão, atendendo às 
seguintes condicionantes: 
- Mínimo de danos à população e ao patrimônio; 
- Mínimo de perdas em sua tropa; 
- Rapidez no cumprimento da missão; 
- Preservação da imagem do Exército junto à opinião pública; 
- Respeito aos preceitos legais vigentes; e 
- Ordens específicas emanadas do escalão superior. 
 
3.5. Atividades a realizar 
A seguir são apresentadas as principais ações a realizar, referenciadas às fases 
de uma OCD. No entanto, elas não se desenvolvem, necessariamente, na ordem 
citada. Além disso, algumas ações desencadeadas inicialmente prosseguem ao longo 
de toda a operação, aumentando ou diminuindo de intensidade. 
Principais atividades a realizar: 
- inteligência; 
- operações psicológicas; 
- isolamento da área de operações; 
- cerco da área conturbada; 
- demonstração de força; 
- negociação; 
- investimento; 
- vasculhamento da área; e 
- segurança da população e instalações 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................34/154) 
 
a. Inteligência 
- As atividades de inteligência em uma OCD devem se orientar para: 
(1) Identificação das causas do distúrbio; 
(2) APOP, em especial quanto à liderança, intenções, efetivos e armamento; 
(3) População, em especial quanto ao seu possível grau de participação 
(incluindo líderes políticos); e 
(4) Região de operações, em especial quanto aos acessos, pontos sensíveis, 
postos de observação, obstáculos, sistemas de comunicações e outros aspectos; são 
realizadas por equipes de reconhecimento e de inteligência (normalmente velada), que 
devem infiltrar agentes na manifestação. 
b. Operações Psicológicas 
(1) As Operações Psicológicas (Op Psico) devem ser realizadas durante todas 
as fases da OCD. 
(2) São conduzidas por uma Equipe de Op Psico, integrada por pessoal 
especializado. 
(3) Caracterizam-se por ações destinadas a neutralizar o trabalho de formação 
das turbas ou pela tentativa de dissuadir a massa de suas intenções. 
(4) São planejadas e coordenadas pelo mais alto escalão. 
(5) Têm como alvos a população e a nossa tropa. 
(6) Devem ser realizadas durante todas as fases da OCD, em auxílio às ações 
de negociação. 
(7) Ordens de dispersão devem ser dadas (mediante o emprego de alto-
falantes ou outros aparelhos) de modo a assegurar que todos os componentes da turba 
possam ouvi-las claramente. Deve-se usar linguagem adequada ao público alvo, falar 
de modo claro, distinto e em termos positivos. Os manifestantes não devem ser 
repreendidos, ou desafiados. Quanto menos tempo levar a turba para se dispersar, 
menos tempo terão os agitadores para incitá-la à violência. Ao primeiro ato de 
violência, os líderes e os agitadores devem ser detidos e retirados imediatamente do 
local. 
(8) Os manifestantes devem ainda ser alertados sobre as medidas legais que 
garantem o emprego da tropa e das consequências jurídicas no caso de qualquer 
desrespeito ou agressão a mesma. 
(9) A população deve ser orientada quanto à maneira de se conduzir, 
buscando-se o máximo de defecções. 
 
(10) As Op Psico devem ser desenvolvidas em coordenação com as Atividades 
de Comunicação Social. 
(11) A participação da mídia nas operações deve ser bem avaliada e 
coordenada pelo Escalão Superior. 
(12) Ação Psicológica no Público Interno: 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................35/154) 
 
- concientizar a tropa da necessidade da ação da F Ter; 
- manter o moral e o senso de cumprimento do dever elevados; e -
preservar e assistir às famílias de integrantes da tropa que residam na área envolvida 
na Operação ou em suas proximidades. 
(13) Ação Psicológica no Público Externo: 
- esclarecer que será preservada a segurança física da população ordeira; 
- estimular lideranças comunitárias simpáticas à Operação; 
- convencer a população a não participar das manifestações;e 
- alertar os manifestantes sobre as medidas legais que garantem o 
emprego da tropa e das consequências jurídicas no caso de agressão ou desrespeito 
àquela. 
(14) Guerra Psicológica: 
- difundir os êxitos da força legal, como apreensão de armamento e prisão 
de líderes; e 
- incentivar, ao máximo, as defecções e rendições. 
c. Isolamento da Área de Operações 
(1) O isolamento da área de operações é realizado mediante o estabelecimento 
de Ponto de Controle de Trânsito (PCTran) e Posições de Bloqueio nos principais 
acessos, com a finalidade de controlar movimentos, evitando o aumento da 
participação da população, desviando o tráfego de veículos e, com isso, evitando 
prejuízos às operações. 
d. Cerco da Área 
(1) No caso da operação caracterizar-sepor uma ação de natureza OFENSIVA, 
com o objetivo de dissolver uma manifestação ou desocupar uma área: 
- o cerco da área conturbada deve ser realizado mediante ocupação de 
posições de bloqueio nos acessos imediatos ou mesmo ao redor da turba; 
- tem também a finalidade de demonstração de força, para causar forte 
impacto psicológico nos manifestantes; 
- em princípio, deve ser permitido que os manifestantes e/ou curiosos que 
desejarem, abandonem a área; e 
- quando as negociações não surtirem o efeito desejado, o INVESTIMENTO, 
quando necessário, será realizados por ultrapassagem, em um ou mais setores da 
linha de cerco e, nesse caso, o Cmt da tropa manobrará com as posições de bloqueio 
com vistas a: 
a) possibilitar que nos momentos iniciais do investimento, os manifestantes 
que não desejarem o confronto se evadam por um ou mais pontos da linha de cerco, 
devendo para isso ser(em) prevista(s) ROTA(S) DE FUGA/ESCAPE; e 
b) impedir que os manifestantes que permaneceram na área e optaram pelo 
confronto se evadam (particularmente os líderes e os que cometeram atos mais 
violentos). 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................36/154) 
 
(2) No caso da operação caracterizar-se por uma ação de natureza 
DEFENSIVA, visando impedir o acesso de manifestantes a determinada área sensível, 
as ações de cerco caracterizam-se por: 
- uma posição de defesa ao redor da área sensível, para permitir suficiente 
espaço para a manobra da tropa e impedir que as ações violentas dos manifestantes 
atinjam os pontos sensíveis no interior da posição de defesa; 
- as posições nessa linha de defesa devem ser mais fortes nas vias de acesso 
mais favoráveis à ação da turba e valer-se de obstáculos; 
- a defesa deve ser organizada em princípio, em 2 linhas; e 
(a) A primeira, com a função de COBERTURA, a algumas dezenas de metros à 
frente com a finalidade de caracterizar legalmente o limite aceitável de avanço dos 
manifestantes; caso haja pressão, proceder conforme previsto nas regras de 
engajamento. Em algumas situações, em função do espaço para manobra, poderá não 
existir a linha de cobertura; 
(b) A segunda posição é para ser defendida, não se cedendo espaço; deve ser 
constituída pela Força de Choque, que atuará de forma vigorosa, buscando, em última 
instância, repelir a turba. Caso prossiga pressão sobre esta segunda linha, ficará 
legalmente caracterizada a resistência contra a ação militar no cumprimento da missão 
de garantia da ordem pública. 
(c) A Força de Choque deverá passar então a uma atitude ofensiva, realizando 
o INVESTIMENTO sobre a turba. 
- uma outra linha de cerco, semelhante à prevista para as ações de natureza 
ofensiva, poderá ser estabelecida, buscando ocupar previamente posições ao redor de 
toda a área onde estão sendo realizadas as manifestações. Esse cerco tem como 
finalidade impedir, se necessário, a evasão de APOP durante o investimento. 
e. Demonstração de Força 
(1) A demonstração de força é caracterizada, em primeira instância, pela própria 
tomada do dispositivo inicial; 
(2) Deve-se buscar a dissuasão pelo efeito de massa; 
(3) Meios de grande poder de destruição, tais como helicópteros, veículos 
blindados e outros armamentos pesados devem ser utilizados como fator de 
intimidação e 
(4) Não deve ser usada a munição de festim. 
f. Negociação 
(1) A negociação deverá ocorrer durante todas as fases da operação, valendo-se 
para isso dos recursos das operações psicológicas, da comunicação social e de 
reuniões pessoais com as lideranças; 
(2) O êxito da negociação depende, em grande parte, do efeito dissuasório da 
demonstração de força; 
(3) Deverá buscar-se, fundamentalmente, a solução pacífica do conflito, evitando-
se a ação ofensiva; e 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................37/154) 
 
(4) Poderá ser estabelecido um prazo para que seja cumprida a determinação da 
autoridade legal. 
g. Investimento 
(1) O investimento é, normalmente, a ação decisiva, com o objetivo de controlar 
um distúrbio, quando se esgotam todas as medidas preventivas. 
(2) Com base na hipótese mais desfavorável, ou seja, a real necessidade de se 
ter que desencadear a ação ofensiva - num cenário em que alguns militantes mais 
radicais reajam com coquetéis "molotov" ou mesmo armas de fogo - devem ser 
previamente posicionados os seguintes elementos: 
(a) Equipe de Observação e Base de Fogos - Constituída de observadores, 
caçadores, cinegrafistas, e rádio-operadores, ocupando posições em pontos 
dominantes - em condições de identificar líderes e aqueles que reagem violentamente 
à ação da tropa com pedras, coquetéis "molotov" e armas de fogo - para filmá-los e, 
mediante ordem, atirar com munição de borracha ou real (de acordo com as regras de 
engajamento estabelecidas). 
(b) Força de Choque- constituída por tropas de choque, equipadas com 
escudos, cassetetes, munição lacrimogênea, viaturas blindadas e de remoção de 
obstáculos, cães, cavalos, etc. 
- deve caracterizar-se por uma ação vigorosa, que tem como objetivo 
dispersar a turba. 
- em algumas situações de natureza defensiva, a Força de Choque, numa 
1a fase, permanece estática, não devendo ceder espaço e, caso pressionada pela 
turba, reage com vigor, tomando atitude ofensiva, buscando dissolvê-la no mais curto 
prazo. 
(c) Força de Reação 
- constituída de tropas do Exército, em especial de Unidades de Infantaria e 
Cavalaria que permanecem em 2 escalão em condições de caso a Força de Choque 
seja hostilizada com armamentos que superem sua capacidade de ação, serem 
empregadas em substituição a ela, utilizando meios mais traumatizantes, tais como 
munição de borracha e, em última instância, munição real. 
- em princípio, a tropa não porta escudos nem capacetes especiais, tendo 
como armamento básico o seu armamento de dotação. 
- o dispositivo adotado não é emassado e assemelha-se a uma operação 
ofensiva de combate urbano, com progressão por lanços, buscando proteção dos tiros 
e de outros objetos lançados contra a tropa. A reação pelo fogo real só deve ocorrer 
quando determinada pelo Cmt e de acordo com as regras de engajamento 
estabelecidas. 
- as equipes de serviços gerais serão úteis para a recuperação do 
património público, ou privado, que for danificado pela nossa tropa, durante a 
operação. 
- as equipes de serviços públicos e especiais serão utilizadas para 
reparação das redes elétrica, telefónica, de água e outros serviços. 
(Coletânea de Patrulhas II ..………..…............….…..….………….............................38/154) 
 
(d) Equipe ou Destacamento de Apoio 
- constituída de pessoal de saúde, bombeiros, Op Psico, justiça, serviços 
gerais, serviços públicos essenciais e outros. 
(e) Reserva 
- constituída de forças com características semelhantes à Força de 
Reação, em condições de reforçar posições de cerco, reforçar a Força de Reação ou 
atuar como força de cerco. 
(3) Conduta da Tropa no Investimento 
(a) O investimento sobre a turba deve se caracterizar por uma ação dinâmica, 
evitando-se ações estáticas, passivas e que ofereçam liberdade de ação e iniciativa ao 
oponente. 
(b) Normalmente é realizado mediante avanço da Força de Choque sobre a 
turba com dispositivo emassado, em linha, em passo acelerado, com os cães à frente, 
seguida por equipes especiais com atiradores com munição de borracha, lançadores 
de granadas fumígenas e lacrimogéneas, veículos blindados com jatos d'água e outros 
meios. 
(c) Equipamentos de som darão o suporte às operações psicológicas. 
(d) Equipes da base de fogos, de acordo com as regras de engajamento, 
alvejarão com munição de borracha ou real aqueles que se valerem de armas mais 
contundentes. 
(e) Caso a reação da turba seja com tal violência (tiros e coquetéis "molotov") 
que a Força de Choque não possa progredir, ou as ações da base de fogos sejam 
inócuas, a ação passará a ter as características

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