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Prevenção da Esporotricose em Animais

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PROJETO INTEGRADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPOROTRICOSE – MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DA ZOONOSE FÚNGICA 
 
 
 
 
PROJETO APRESENTADO COMO ATIVIDADE EXTENSIONISTA PARA A DISCIPLINA DE 
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
 
 
 
PROMOÇÃO DE SAÚDE E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA ESPOROTRICOSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO: 
 
Alex Dinis Júnior RA: 85927 
Ana Beatriz Santana RA: 101090 
Aline Aparecida Albuquerque RA: 77688 
Erika Ribeiro de Souza RA: 101768 
Julia Ciasulli RA: 100292 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPOROTRICOSE – Medidas de Controle e Prevenção da Zoonose Fúngica 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A esporotricose é uma micose que produz manifestações clínicas diversas no 
hospedeiro, entre as quais se incluem a forma cutânea fixa, a linfocutânea e a cutânea 
disseminada – esta última propicia os quadros mais graves da doença, que estão 
associados à baixa imunidade. Tanto a esporotricose humana quanto a animal são 
totalmente curáveis e registram alto índice de resposta ao tratamento, feito com 
antifúngicos. Para conter o alastramento da doença, é necessário que os donos exerçam 
a posse responsável de seus animais; no caso dos gatos, aos quais se deve dispensar 
cuidado especial, cumpre limitar seu livre acesso às ruas, onde é comum que os felinos 
entrem em confronto e se arranhem, o que possibilita a inoculação do fungo. Com o 
crescimento da esporotricose, muitos gatos têm sido sacrificados desnecessariamente, 
uma vez que são considerados os causadores da doença. A melhor forma de prevenir a 
transmissão do fungo é usar equipamentos de segurança pessoal, necessários à 
realização de atividades de jardinagem que propiciem o contato com o solo 
contaminado. Além disso, recomenda-se o uso de vestimenta adequada durante o 
tratamento de animais doentes para impedir que a arranhadura e a mordedura 
transmitam o fungo para o tratador, além de campanhas educacionais direcionadas aos 
donos de gatos em áreas endêmicas, castração dos animais em áreas de surto e 
implementação do tratamento antifúngico apropriado. 
 
2. OBJETIVOS 
 
O objetivo principal do grupo com este projeto é conseguir ter um alcance de pessoas 
que sejam conscientizadas sobre a importância da prevenção, não somente nessa 
doença, mas em todas as zoonoses. Além disto, a campanha visa informar corretamente 
um público-alvo da população, que muitas vezes tem ideias formadas de forma errada 
sobre o assunto ou não conhece sobre a doença e suas consequências, assim como fazer 
com que compreendam que a culpa não é do animal, bastando ter o manejo e cuidado 
correto deles e o ambiente que vivem. 
 
 
 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
O projeto é importante para a compreensão do melhor método de prevenção para que 
possamos conter a doença e evitar novos casos de contágios entre animais e 
principalmente entre humanos, por se tratar de uma zoonose. Como é uma doença 
infecciosa de fácil contágio, é extremamente importante entender seus meios de 
transmissão, seus perigos e os cuidados necessários. 
 
4. PÚBLICO-ALVO 
 
O público-alvo principal será os alunos da escola onde o material irá ser repassado, faixa 
etária infanto-juvenil. Além disto, com a divulgação do material na internet, o vídeo terá 
público-alvo livre aos interessados. 
 
5. TIPO DE MATERIAL PRODUZIDO 
 
O grupo pretende produzir um vídeo lúdico e informativo que contenham interações e 
informações relevantes para o repassar do conhecimento sobre o assunto. 
 
6. FORMA DE APLICAÇÃO 
 
O material produzido será repassado para uma escola, de modo a conscientizar os 
alunos sobre o assunto pelo vídeo, que será produzido visando este tipo de público, 
sendo um material mais lúdico, colorido e interativo, por isso optamos pelo vídeo. Além 
disto, também divulgaremos o vídeo nas redes sociais de vídeo, como o Youtube. 
 
7. AVALIAÇÃO DE EFETIVIDADE 
 
Pela recepção que o vídeo irá causar aos alunos, também sendo feito um rápido quiz ao 
final dele para ver se as informações foram relevantes e compreendidas a eles, e na 
questão das redes sociais o alcance de visualizações que o material conseguirá atingir. 
 
 
 
 
 
 
8. DESENVOLVIMENTO 
 
A esporotricose é uma infecção causada por um fungo 
saprófito e dimórfico da família 
Ophiostomataceae S. schenckii. Ao ser inoculado 
acidentalmente, torna-se um fungo patogênico que produz 
uma micose subcutânea chamada esporotricose. A 
esporotricose é uma doença cosmopolita que ocorre em 
áreas temperadas, tropicais e subtropicais. O principal 
reservatório do fungo é a vegetação, seja ela viva ou morta. 
E o material de infecção pode ser objetos cortantes, como lascas, espinhos ou cascas 
ásperas, capazes de causar danos profundos na pele. 
 
8.1 Papel do Médico Veterinário na prevenção, promoção, proteção e reabilitação da 
saúde em nível individual e coletivo 
O médico veterinário possui inúmeros conhecimentos que o capacitam a planejar e 
executar medidas de prevenção e controle de doenças, ajudando a manter os níve 
de saúde de saúde animal e humana elevados. De acordo com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), o papel do médico veterinário é essencial na correlação 
com a saúde pública. O profissional é responsável por analisar o bem estar físico, 
mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, visando a 
efetivação da saúde única. 
 
Prevenção e controle: As ações para o controle e prevenção da esporotricose 
dependem dos diagnósticos clínicos e laboratoriais. É importante adotar medidas 
higiênicos sanitárias visando diminuir o risco de transmissão dos fungos para outros 
animais e até mesmo humanos. 
Humanos: Devem ser encaminhados aos serviços médicos de saúde. Os profissionais 
que têm contato com os materiais de risco devem trabalhar usando roupa 
adequada, além de luvas sempre que forem manusear o solo, madeira ou plantas, 
principalmente aquelas que possuam espinhos ou musgos. 
 
 
 
 
Animais: Os animais doentes devem ser mantidos em isolamento e tratamento até 
a cura total. Além disso, deve-se evitar o contato de animais sadios e doentes a 
ambientes externos, a fim de evitar o contato com outros animais e ambientes que 
possam estar contaminados com o fungo. 
 
8.2 O trabalho do Médico Veterinário, eficácia no tratamento, custo-efetividade, 
competências e habilidades de escrita e leitura 
No mundo atual e globalizado, o mercado de trabalho demanda de profissionais 
pautado na competência e no desenvolvimento de habilidades, atualizados e 
conscientes de sua realidade. É importante investir na carreira como se ela fosse o seu 
maior patrimônio, aumentando sua qualificação e aprimorando seus talentos. O 
profissional que tem competências e habilidades diversas está preparado e qualificado 
para atuar em qualquer ambiente, proporcionando mudança e visão renovada, estando 
sempre atualizado, de olho nas novas tecnologias, procedimentos e tratamentos, no 
entanto vale ressaltar que o processo de aperfeiçoamento é contínuo e não deve ter 
fim. O médico veterinário é um profissional cujas habilidades o fazem imprescindível em 
diversas áreas de atuação e em todas elas existe a preocupação com a saúde única: a 
saúde animal, a saúde humana e a saúde ambiental. O reconhecimento das 
competências do profissional da Medicina Veterinária vem ganhando novos horizontes 
devido a sua formação multi e interdisciplinar, o que lhe permite atuar em Órgãos de 
Saúde. A atuação do médico veterinário na Saúde Única é exercida prevenindo, 
controlando ou erradicando doenças, assim como, a doença citada no nosso trabalho 
que é a esporotricose, dessa oforma, profissional veterinário garante a saúde animal e 
da população. No Brasil é considerada endêmica no Rio de Janeiro, onde já ocorreu 
milhares de casos entre a doença sendo passada dos animais para os seres humanos e 
a região sul do estado do Rio Grande do Sul. Recentemente, o aumento do número de 
casos no estado de SãoPaulo. O médico veterinário pelo seu conhecimento sobre o 
papel de animais e vetores na transmissão das doenças endêmicas e epidêmicas, pode 
desempenhar ações de diagnóstico, controle; estudos comparativos da epidemiologia 
de enfermidades não infecciosas dos animais em relação aos seres humanos e vigilância 
em saúde, na atenção primária e na pesquisa, dessa forma, o médico veterinário é um 
dos principais profissionais para atuar na interface homem-animal-ambiente, e, dessa 
 
 
 
 
forma contribuir em todas as etapas, mas principalmente na prevenção e no controle 
das principais zoonoses e dos próximos riscos de possíveis epidemias. Os princípios e 
valores que devem nortear a conduta do profissional veterinário no exercício de seu 
ofício: é a promoção do bem comum. Portanto, os médicos veterinários devem sempre 
seguir com princípios éticos da profissão, atuando com competência e cuidando de vidas 
(humanas e dos animais). 
 
Tratamento: A terapêutica de escolha para os animais e humanos é o antimicótico 
itraconazol de uso sistêmico (via oral), por meses ou anos e deve ser receitado pelos 
profissionais habilitados, respectivamente, médicos veterinários e médicos. Nas 
formas graves onde a infecção se propaga por todo o organismo e puser em perigo 
a vida da pessoa pode ser necessário tratamento com antimicótico por via venosa. 
Alternativa é prescrever iodeto de potássio, mas não é tão eficaz e causa efeitos 
colaterais na maioria dos doentes, tais como erupção cutânea, congestão nasal e 
inflamação dos olhos, boca e garganta. Para os animais, a medicação deve ser 
administrada misturada ao alimento palatável de consistência pastosa (patês ou 
ração úmida, por exemplo) para evitar a manipulação e risco de infecção dos 
tratadores no momento de medicar. Casos de reinfecção ou recidiva podem ocorrer, 
devendo-se então reavaliar o animal e reiniciar a medicação. O tratamento pode 
prolongar-se por meses ou até anos sob avaliação médica. Nas formas graves onde 
a infecção se propaga por todo o organismo e puser em perigo a vida da pessoa pode 
ser necessário tratamento com antimicótico por via venosa. 
 
8.3 Comunicação entre Médicos Veterinários e outros agentes da saúde e população 
A Medicina Veterinária tem uma forte correlação com a saúde pública. A interligação 
entre as saúdes humana, animal e ambiental é chamada de Saúde Única e o médico 
veterinário faz parte desse processo. A Saúde Única visa promover a cooperação e 
colaboração entre médicos veterinários e demais profissionais de saúde e meio 
ambiente para promover a saúde e o bem-estar de todas as espécies animais e vegetais. 
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) defende um esforço de educação, 
pesquisa e comunicação entre as diferentes áreas envolvidas na Saúde Única com o 
objetivo de formar profissionais capazes de atuar na saúde pública e de informar as 
 
 
 
 
pessoas sobre a importância de se preocupar com a Saúde Única. As equipes formadas 
por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, atuando de maneira integrada, 
têm maior capacidade de intervir em problemas e atender às necessidades dos 
municípios em termos sanitários e ambientais. As equipes multidisciplinares são 
referência e apoio para os profissionais das Unidades de Atenção Básica e, ao mesmo 
tempo, contribuem para o alcance do cuidado na saúde da população. Dessa forma, a 
esporotricose persiste como uma doença negligenciada, sub-diagnosticada e um grave 
problema de saúde pública. Em junho de 2018, a Esporotricose passou a ser uma doença 
de notificação compulsória, pela Resolução 001/2018 da SMS, publicada no Semanário 
n°1642. E deve ser comunicada ao Centro de Controle de Zoonoses do seu município, 
uma vez que a doença pode ser transmitida dos animais para os seres humanos. Caso 
não exista um setor como esse no seu município, sugerimos que comunique o caso à 
Secretaria de Saúde. Para os animais, há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos. 
Em alguns municípios, o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina 
Veterinária da Prefeitura, que presta atendimento de segunda a sexta-feira, pela manhã 
e à tarde, com distribuição de números por ordem de chegada. Em humanos, a 
esporotricose ainda não é uma grave notificação compulsória. Mas a Vigilância 
Epidemiológica da SMS, em parceria com o Hospital Universitário Lauro Wanderley 
(HULW), que é referência para o tratamento em seres humanos, têm realizado o 
levantamento dos primeiros casos notificados em pessoas. O Sistema Único de Saúde, 
por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente o itraconazol e o 
complexo lipídico de anfotericina B para o tratamento da esporotricose humana. Assim, 
como o tratamento para esporotricose está sendo oferecido de forma gratuita em 
Resende, no Sul do Rio de Janeiro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade 
está distribuindo medicamentos para gatos e cães que forem diagnosticados com a 
doença. A constante ameaça de enfermidades originadas na interface homem-animal, 
demonstra a necessidade de colaboração intersetorial, especialmente em vigilância, 
gerenciamento de riscos, biossegurança e comunicação. O trabalho de médicos-
veterinários, assim como de todos os agentes de saúde, tem muito a contribuir tanto na 
parte de orientação à população e aos profissionais, quanto na parte de Vigilância 
 
 
 
 
em Saúde. “Em uma Unidade Básica de Saúde da Família, por exemplo, o médico-
veterinário pode contribuir com informações sobre cuidados com animais, meio 
ambiente e pessoas, funcionalidade dos serviços, distanciamento social, entre outros. 
Portanto, informar à população sobre questões essenciais em saúde pública e obter 
cooperação ativa por parte das pessoas são itens essenciais para a melhoria da saúde 
coletiva global. A esporotricose é hoje um grave problema de saúde pública e 
precisamos juntar forças nas áreas pública e privada para conter o crescimento da 
incidência da doença. É muito importante manter a população informada para garantir 
o diagnóstico e o tratamento adequados dos pacientes e animais infectados. Tudo isso 
mostra que Louis Pasteur estava certo quando dizia: “A Medicina cura o homem, a 
Medicina Veterinária cura a humanidade.” 
 
8.4 Liderança no trabalho em equipe multiprofissional, os médicos veterinários devem 
estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem-estar 
da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, 
habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma 
efetiva e eficaz 
O médico veterinário têm que ter uma postura de líder, mostrando ter uma grande 
responsabilidade sobre o assunto abordado na equipe multiprofissional, deve ser 
rigoroso e pontual para tomar decisões importantes de uma forma eficaz, e nunca se 
esquecer de ter empatia colocando-se no lugar do próximo. No caso da esporotricose o 
médico veterinário têm que contatar todos da equipe, além do Centro de Controle de 
Zoonoses para que consigam entrar com ações de prevenção fazendo com que essa 
doença não se espalhe para outros animais e seres humanos. 
 
8.5 Identificar e classificar os fatores etiológicos, compreender e elucidar a patogenia, 
bem como, prevenir, controlar e erradicar as doenças de interesse na saúde 
animal, saúde pública e saúde ambiental 
O médico veterinário também atua na parte de prevenção, controle e erradicação de 
doenças que englobam os seres vivos em geral. Com isso ele deve compreender bem as 
patologias para conseguir realizar um trabalho de forma eficaz. Em relação com a 
esporotricose, por ser uma Zoonoses, o médico veterinário precisa encontrar formas de 
 
 
 
 
prevenir e controlar essa doença, conversando com os tutores e mostrando que os 
animais tendo acesso à rua aumentam muito as chances de contrair essa doença, e que 
além disso, precisa-se manter medidas higiênico-sanitáriaspara que os riscos de 
transmissão desse fungo diminua. 
 
8.6 Instituir diagnóstico, prognóstico, tratamento e medidas profiláticas, individuais e 
populacionais 
Além de tudo isso citado, o médico veterinário tem que instituir diagnóstico, 
prognóstico, tratamento e medidas profiláticas, individuais e populacionais. Como no 
caso da esporotricose o diagnóstico é feito por exames de citologia, cultura de fungos 
ou biópsias feitas a partir da ferida do animal. O prognóstico sempre varia, mas a maioria 
é bom, conseguindo ter um tratamento bem sucedido. O tratamento para os animais e 
humanos é com antibiótico e as Medidas profiláticas são sempre ter 
cuidado ao manusear animais ou o solo que estão com esse fungo usando luvas e roupas 
de manga longa, e higienizando bem esse ambiente em que o fungo se encontra. Além 
disso o animal deve ser isolado para receber o tratamento adequado e não deve ser 
abandonado, e caso o animal morra, ele deve ser incinerado e não pode ser enterrado 
para que não haja contaminação do solo. 
 
8.7 Planejar, orientar, executar, participar, gerenciar e avaliar programas de saúde 
animal incluindo biossegurança, biosseguridade e certificação 
O planejamento e a orientação estão de uma maneira ligados pois para poder orientar 
o profissional precisa planejar ter um conhecimento adequado sobre a doença e desta 
maneira podendo participar e avaliar corretamente programas que auxiliem sobre a 
biosseguridade que é um assunto de estrema importância para população, e muitos não 
tem conhecimento sobre o assunto por isso a importância dos programas de saúde 
animal, pois a biosseguridade está relacionada com a proteção pois visa minimizar riscos 
e impactos de enfermidades ou a presença de resíduos que podem ser biológicos, 
químicos ou físicos, em populações animais ou em produtos derivados destes. Mas para 
obter resultados é necessário a utilização da biossegurança pois ambas caminham juntas 
para obtenção de resultados, por se tratar de ações que estão voltadas para prevenção, 
proteção e minimizar riscos principalmente aqueles que de alguma maneira possa 
 
 
 
 
comprometer a saúde humana animal e o meio ambiente não se esquecendo da 
certificação para comprovar o conhecimento. Como no caso da esporotricose que trata 
se de uma doença de zoonose a biosseguridade e a biossegurança são extremamente 
importantes para proteger a população dos riscos que essa doença pode ocasionar. 
 
8.8 Exercer a profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo a forma de 
participação e contribuição social 
Médico veterinário deve exercer sua função de maneira que respeite princípios éticos, 
desenvolvendo ações de prevenções e proteção, sempre analisando os problemas da 
sociedade para assim contribuir para melhoria da sociedade de maneira que a profissão 
e a vida estejam sempre em constante respeito e na busca de sempre encontrar 
melhorias e as possíveis soluções contribuindo sempre com o bem estar social. Em uma 
situação em que o tutor chega com seu felino para uma consulta e após exames se 
constate esporotricose, é necessário que esse tutor seja imediatamente notificado 
sobre a doença pois pode estar infectado já que está convivendo com esse animal, por 
isso a importância de exercer sua função com princípios e principalmente com 
conhecimento, para assim não deixar que a doença se dissemine cada vez mais. 
 
8.9 Conhecer métodos de busca da informação, técnicas de investigação e elaboração 
de trabalhos técnicos acadêmicos, científicos e divulgação de resultados 
Através dos estudos e trabalhos é possível divulgar vários métodos que podem tanto 
auxiliar no bem estar dos animais como dos seres humanos, pois vários estudos 
envolvem animais, algumas vacinas são elaboradas com produtos de origem animal, 
pois a busca por esses conhecimentos é constante por isso a importância desses estudos 
para medicina veterinária, uma vez que novas doenças surgem a cada momento. A 
divulgação de resultados é muito importante tanto para conhecimento da população 
quanto para cura de doenças existentes. Existem hoje vários estudos relacionados com 
a esporotricose, sabe -se que o principal transmissor é o felino e através desses estudos 
é possível entender melhor sobre todo processo desde o surgimento da doença até o 
seu tratamento, é necessário o conhecimento dos métodos com informações, 
lembrando que as informações devem ser pesquisadas em locais idôneos para que não 
 
 
 
 
ocorra alguma controversa, ou seja, mentiras que podem comprometer tanto os 
animais quanto os seres humanos em seu diagnósticos e tratamento. 
 
8.10 Participar no planejamento, execução, gerenciamento e avaliação de 
programas e ações para promoção e preservação da saúde única, no âmbito das 
estratégias de saúde da família e outros segmentos de atividades relacionadas ao 
médico veterinário junto à comunidade 
Como profissionais da saúde, o Médico Veterinário é responsável por atuar não somente 
nos cuidados dos animais, mas também no conjunto completo e interativo entre 
ambiente, animal e homem (saúde única). Sendo assim, uma das nossas 
responsabilidades é a propagação do conhecimento para a comunidade, seja em 
projetos de extensão como a deste trabalho, ou algum outro tipo de ação que consiga 
realizar o objetivo de levar a informação adiante para a grande massa. No caso do 
projeto, estamos espalhando a informação da zoonose Esporotricose utilizando mídias 
sociais e material em vídeo para a facilidade da divulgação do conteúdo. 
 
8.11 Planejar, orientar, executar, participar, gerenciar e avaliar programas de 
análises de riscos envolvendo possíveis agravos à saúde animal, à saúde pública e 
à saúde ambiental 
Assim como a divulgação do conhecimento é de extrema importância e 
responsabilidade do Médico Veterinário, é necessário também o planejamento correto 
que se relacionam com as doenças que estão sendo informadas: Quais as regiões 
endêmicas? Qual vetor? Qual a forma de transmissão? Quais espécies são suscetíveis a 
doença? No caso da Esporotricose, devemos abordar principalmente sobre a 
contaminação facilitada devido a ser uma contaminação fúngica, que com o contato 
direto já contamina facilmente outro animal ou o ser humano. Além disto, como possui 
diversas complicações na saúde dos hospedeiros, é de extrema importância a avaliação 
da evolução dos quadros, os sintomas, seus métodos de prevenção e o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
8.12 Prevenir, identificar, controlar e erradicar doenças emergentes e reemergentes 
com vistas à atuação no serviço veterinário oficial e privado 
Além disto, o Médico Veterinário também atua no controle e erradicação das doenças 
zoonóticas na região em que vivemos, pois assim como atuamos em ações de 
prevenção, informação e análise epidemiológica da patologia, temos que também 
realizar o controle para que doenças já erradicadas não tenham chances de ressurgirem 
ou impedir a grande disseminação de novas. Para isto, atuamos no controle 
principalmente do vetor ou da fonte de infecção, além do tratamento correto dos 
contaminados e os principais métodos de prevenção de modo a diminuir índices de 
contágio de novos casos, além da notificação obrigatória conforme legislação da lista de 
doenças que necessitem de aviso às autoridades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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