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III_Teorico Pós - Praticas Educativas em Artes

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Práticas Educativas 
em Artes Visuais
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: 
Atividades Práticas
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Patricia Maria Borges 
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Práticas Educativas nas Dimensões (6 Dimensões);
• Propostas de Situação de Aprendizagem 
em Projetos em Artes Visuais;
• Conheça a Linguagem dos Quadrinhos.
Objetivo
• Compreensão de como planejar e aplicar atividades do ensino das Artes Visuais.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Práticas Educativas e Propostas de 
Aprendizagem: Atividades Práticas
Fonte: Getty Im
ages
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Contextualização
Desde os anos 1990, o Observatório de Histórias em Quadrinhos da Escola de Co-
municação e Artes da USP tem como objetivo aprofundar os estudos sobre a linguagem 
sequencial em seus diversos aspectos. 
Uma das suas constatações foi a de que os Quadrinhos podem despertar o prazer da 
leitura e se tornar uma ferramenta eficaz para o ensino e a aprendizagem de conteúdos 
de diversas DISCIPLINAS.
A utilização dos Quadrinhos em sala de aula foi uma conquista para a Educação 
brasileira, que começou a ser estimulada quando da implementação dos PCNs, como 
mostra o Prof. Waldomiro Vergueiro:
[...] a utilização das histórias em Quadrinhos em ambiente didático, uma 
porta aberta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), possibilitou 
aos professores uma familiarização com o meio, o aumento do número 
de aplicações e a melhor utilização dos Quadrinhos em sala de aula, logo 
entendemos o potencial dessa linguagem na educação. (VERGUEIRO, 
2017, p. 163)
Então, aproveite os estudos deste material para conhecer um pouco mais sobre essa 
linguagem tão expressiva e tão importante recurso didático.
Vamos começar?
6
7
Práticas Educativas nas Dimensões 
(6 Dimensões)
Como as Dimensões da Arte se 
desdobram na Linguagem de Artes Visuais
De acordo com a BNCC, além de contemplar todas as unidades temáticas de maneira 
integrada, outro trabalho importante é articular esses saberes com as seis dimensões do 
conhecimento propostas pela Base, de modo a integrar e facilitar o processo de ensino 
e aprendizagem em Arte.
Essa articulação entre as seis dimensões visa a promover uma construção de conhecimen-
tos significativa, que permita aos alunos conhecerem linguagens e manifestações artísti-
cas diversas, contextualizadas no tempo e no espaço.
Disponível em: https://bit.ly/2NKqwjZ
Figura 1 – Crianças felizes protagonizando experiências artísticas
Fonte: Getty Images
Todos esses verbos a seguir (apresentados na Unidade anterior) vão fundamentar a 
Arte na BNCC – são verbos disparadores para que o professor comece a pensar nas 
competências e nas habilidades esperadas dos alunos. 
Leia com bastante calma sobre cada um deles e como eles podem ser pensados de 
acordo com o ensino das Artes:
• Criação;
• Crítica;
• Fruição;
• Estesia;
• Expressão;
• Reflexão.
7
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Criação 
Prevê a produção artística, individual ou coletiva, como uma maneira de expressar 
sentimentos, ideias, desejos e representações.
Tão importante quanto conhecer essas seis dimensões do conhecimento, é refletir sobre 
cada uma delas. Sobre a dimensão, criação: você pensou sobre como o verbo criar pode 
ser pensado no sentido da arte? Se sim, provavelmente notou que esse verbo acompanha 
a ideia de ação, de alguém que vai fazer coisas, muito ao contrário de um sujeito passivo, 
esse verbo está relacionado com um sujeito que irá vivenciar e experimentar coisas. 
Crítica 
Contempla o estudo e a pesquisa de diversas experiências e manifestações artísticas, 
de modo a permitir a articulação e a formação de um pensamento próprio acerca de 
aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais rela-
cionados a elas.
Uma ação bastante importante relacionada ao estudo e apreensão das formas artísticas é 
que o professor promova um ambiente favorável para que seus alunos se sintam à vontade 
para expressarem o que pensam, tanto em relação a sua própria produção quanto em 
relação a um objeto de pesquisa, por exemplo. É esperado que o professor desenvolva um 
canal muito fluido com seus alunos, no qual tanto a criança quanto o adolescente possam 
exteriorizar uma opinião crítica sobre o que estão produzindo em Arte. A exteriorização de 
seus pensamentos e opiniões, portanto, vai proporcionar questões centrais em Arte e está 
diretamente relacionada à ação prevista na BNCC.
Estesia
Articula a sensibilidade e a percepção da Arte como uma forma de conhecer a si 
mesmo, ao outro e ao mundo. Traz o corpo como protagonista da experiência com a 
Arte, em sua totalidade, incluindo as emoções.
Expressão
Está ligada às oportunidades de exteriorizar criações subjetivas por meio de procedi-
mentos artísticos, individual e coletivamente. Prevê experiências com elementos consti-
tutivos de cada linguagem, seus vocabulários específicos e suas materialidades.
Fruição
Diz respeito à oportunidade de se sensibilizar ao participar de práticas artísticas e 
culturais das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. Essas experiências podem 
gerar prazer e estranhamento, entre outras tantas sensações.
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Reflexão
Refere-se ao processo de construir um posicionamento sobre experiências e proces-
sos criativos, artísticos e culturais. Requer o desenvolvimento de habilidades para análise 
e interpretação das manifestações artísticas e culturais.
A reflexão é um item muito importante previsto na BNCC e que pode se relacionar tanto 
ao processo avaliativo, no sentido de a própria criança ou adolescente pode refletir sobre 
aquilo que ela produziu ou sobre o que seus colegas produziram. Outra reflexão prevista 
diz respeito às manifestações culturais e artísticas que permeiam a realidade dessa criança 
ou jovem.
Propostas de Situação de Aprendizagem 
em Projetos em Artes Visuais
O estímulo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a utilização das His-
tórias em Quadrinhos em ambiente didático, a presença dos Quadrinhos nas Provas de 
Vestibular e a distribuição de obras ao ensino fundamental por meio do Programa Na-
cional Biblioteca da Escola (PNBE) demonstram um movimento importante no que diz 
respeito a esta produção artística e suas potencialidades pedagógicas.
Essas ações promoveram uma curiosidade sobre a área entre estudantes, pesqui-
sadores e professores de diversas áreas carentes de respostas sobre a utilização dessa 
linguagem e suas características peculiares.
Essa atividade traz algumas respostas sobre quais são os principais elementos da lin-
guagem dos Quadrinhos, de modo a estimular seu uso em sala de aula. Vamos trabalhar 
com a proposta de ensinar aos alunos do Ensino Fundamental as etapas de criação de 
personagens e como se produz uma Históriaem Quadrinhos. 
Como o interesse em ler Quadrinhos já inicia aos 5 anos de idade, essa atividade 
pode ser aplicada do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental.
Em relação ao ensino das Artes Visuais, pretendemos promover a dimensão da cria-
ção e da expressão, principalmente. 
Destacamos a importância da criação do ponto de vista da BNCC, pensando no aluno 
como um sujeito protagonista que está aprendendo, e não deve, portanto, ser apenas 
passivo, mas um sujeito autor e crítico que domina e entende seu processo e passa a ser 
o autor da sua própria aprendizagem.
Durante o processo criativo, a criança trabalha a partir da projeção de uma ideia 
que ela teve e, partindo dessa projeção, ela vai construir algo dentro das linguagens e 
manifestações artísticas diversas.
9
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Nesse caso, o professor orientará a atividade para o estudo e para a produção de uma 
história em Quadrinhos – uma competência já prevista na BNCC, no Ensino Fundamental.
Proposta de Atividade
Como ensinar aos alunos sobre as etapas de criação de personagens e como se pro-
duz uma História em Quadrinhos.
Figura 2 – Criação de HQ
Fonte: Getty Images
Objetivos
O objetivo desta Atividade consiste em uma fase inicial, de análise e compreensão da 
linguagem das Histórias em Quadrinhos e seus elementos característicos.
Tal exercício leva a outro, envolvendo o desenvolvimento de personagens para criação 
de uma HQ. O processo visa a uma série de aulas, com o professor agindo como um 
facilitador e a divisão dos alunos em grupos para que eles atuem de maneira colaborativa.
Uma ação entendendo que a prática do ensino não se resume apenas à transmissão 
de conteúdos, mas pautada na construção de conhecimentos. 
Nesta atividade, o aluno irá participar da experimentação de Artes pela linguagem 
das Histórias em Quadrinhos, e trabalhará conceitos como os elementos próprios das 
HQs (balões, requadros, personagens), além de processos que mostram a relação entre 
imagem e texto.
A atividade é para ser realizada em sala de aula e, por isso, a execução dessa pro-
posta não necessita de uma grande estrutura e nem da compra de materiais específicos.
O êxito da atividade dependerá muito mais da criatividade do professor e do estímulo 
proporcionado aos seus alunos no processo criativo, ou seja, importa mais o que e como 
realizar essa produção.
• Indicação: Turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
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• Materiais: Lápis, sulfite, borracha, canetas hidrográficas e lápis de cor:
• Espaço: Sala de aula.
Competências da BNCC (Artes Visuais)
• Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e 
culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais 
brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reco-
nhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes 
contextos, e dialogar com as diversidades;
• Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, 
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das Novas Tecnologias de Informação e 
Comunicação, pelo Cinema e pelo Audiovisual, nas condições particulares de pro-
dução, na prática de cada linguagem e nas suas articulações.
As habilidades (aprendizagens essenciais) a serem desenvolvidas são:
• (EF15AR01): Identificar e apreciar formas distintas das Artes Visuais tradicionais e 
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar 
e o repertório imagético;
• (EF15AR02): Explorar e reconhecer elementos constitutivos das Artes Visuais 
(ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.);
• (EF15AR04): Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pin-
tura, colagem, Quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, 
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e téc-
nicas convencionais e não convencionais;
• (EF15AR05): Experimentar a criação em Artes Visuais de modo individual, coleti-
vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da Escola e da Comunidade.
Conheça a Linguagem dos Quadrinhos
Figura 3 – Uma página do quadrinho da Turma da Mônica
Fonte: Reprodução
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UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Iniciando a atividade...
Vamos desenhar? 
Vamos sim!
Não adianta dizer que não sabe desenhar, pois desenhar é um processo natural do 
ser humano, assim como sorrir, sentir medo etc. 
Algumas coisas são inerentes da espécie humana e desenhar é uma delas. 
Gostar de desenhar é maravilhoso, impulsiona e desenvolve o potencial de todos nós. 
Vamos começar com um passo a passo para desenhar personagens e seus alunos 
precisarão apenas de lápis, papel e borracha.
1ª. Lição
Como desenhar caretas
Vamos começar desenhando diferentes expressões para um mesmo rosto.
Faça várias bolas, desenhe os olhos, o nariz, a boca, as orelhas, as sobrancelhas e o cabelo.
Figura 4 – Expressões de felicidade, assustada, zangada, raivosa, alegre
Fonte: Getty Images
Figura 5 – Diferentes expressões dos olhos
Fonte: Getty Images
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Figura 6 – Desenhos variados de nariz, olhos e orelhas
Fonte: Adaptada de Getty Images
2ª. Lição
Como desenhar o corpo
O corpo, os braços e as pernas possuem formas retangulares (veja os personagens 
a seguir).
Depois do desenho das formas, basta colorir a roupa com cores diferentes para com-
por um visual bem bacana e para diferenciar o gênero dos personagens.
Observe bem que eles foram desenhados a partir de formas geométricas simples e 
treine. Para isso, é importante que o professor treine o desenho de formas geométricas 
com seus alunos.
Diga para seus alunos lembrarem das características dos personagens que eles mais 
gostam e perceberão que há muitas opções de formatos de corpo.
Uma delas é desenhar a forma retangular para o corpo do menino e triangular, para 
a menina.
Figura 7
Fonte: Pixabay
Figura 8 – Desenho de personagens 
a partir de formas geométricas
Fonte: Pixabay
13
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Figura 9 – Os personagens partem da mesma estrutura, 
diferenciando-se pela cor e expressão
Fonte: Pixabay
Repita esses desenhos várias vezes ou retome o desenho em várias aulas, até perce-
ber que seus alunos ganharam mais confiança.
É interessante que o professor dê uma volta na sala para ver o resultado do desenho 
dos alunos e fazer comentários positivos.
3ª. Lição
Etapas da História em Quadrinhos
Utilizando apenas uma aula, o professor mostra quais são as etapas para desenvolver 
uma História em Quadrinhos:
1. Escolher um tema para a história;
2. Desenvolver a ideia;
3. Criar o personagem principal e os secundários;
4. Desenhar os personagens em várias poses;
5. Desenvolver o roteiro;
6. Desenhar o lugar (cenário) onde a história irá se passar;
7. Fazer a diagramação da história a partir de 6 a 8 quadros por página;
8. Fale para seus alunos desenharem a lápis e finalizarem com canetinha preta. 
Inserção de balões para inserir as falas;
9. Para colorir, peça para utilizarem lápis de cor ou canetas hidrográficas;
10. Depois de realizada a história, faça uma exposição para criar mais envolvimento 
dos alunos com a atividade.
4ª. Lição
Como fazer a História em Quadrinhos na prática
Lembre-se de que, uma vez explicadas as etapas de produção da História em Quadri-
nhos, o próximo passo é organizar a divisão da sala em grupos. 
Peça para seus alunos se organizarem em grupos de 3 a 4 integrantes.
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5ª. Lição
Explicando cada etapa de produção da História em Quadrinhos
Escolher um tema para a história
O professor pode começar orientando a sala sobre a escolha do tema, que pode ser 
pensado a partir de notícias de jornal, de viagens, do cotidiano, de lembranças felizes, 
de sonhos etc. 
Os temas também podem estar relacionados a assuntos de outras Disciplinas, como 
estudar sobre a história africanaou indígena a partir dos títulos O Quilombo Fórum Aiyê, 
de André Diniz e Palmares, A luta pela liberdade, de Eduardo Ventilo (Cortez, 2009). 
Em relação à área do ensino de Matemática, a pesquisadora Sonia Lutem (Efeito 
HQ: uma prática pedagógica) propõe que a temática da História em Quadrinhos seja 
compreender o significado do número “PI”. 
Segundo a pesquisadora, esse exercício pode começar com a pergunta: para que 
aprender sobre o número “PI”?
Para acessar a obra Efeito HQ. Disponível em: https://bit.ly/3tPwwYa
O importante nesse processo é que a cada sugestão de tema, o professor poderá 
fazer anotações na lousa, para depois realizar uma votação elegendo a ideia mais inte-
ressante para a maioria dos alunos.
Desenvolver a ideia
Após estabelecido o tema e a ideia da história, o professor dirá para que os integran-
tes do grupo discutam entre si como irão desenvolver a história. 
O professor poderá levar gibis para mostrar que as histórias possuem começo, meio 
e fim, e por isso é necessário pensar que haverá um desfecho para essa história.
Criar o personagem principal e os secundários
Para conseguir uma boa história, é necessário criar personagens interessantes, com 
personalidades marcantes.
Basta os alunos observarem as histórias da Turma da Mônica e perceberão que cada 
personagem tem uma característica bem marcante: a Mônica é uma menina brava e 
corajosa, a Magali é gulosa e meiga, o Cebolinha é bem arteiro e gosta de provocar a 
Mônica etc.
Desenhar os personagens em várias poses
Depois de criar os personagens, é necessário desenhá-los em várias posições, pois, 
em algum momento da história, eles irão andar, sentar, correr etc.
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UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Figura10 – Personagens em posições variadas
Fonte: Getty Images
Ao desenhar um personagem, o mais comum é retratá-lo de frente, mas é sempre 
bom desenhá-lo ao menos de lado, para que ele não fique sempre na mesma posição.
Pode parecer um pouco mais complicado, mas é necessário por conta das diversas si-
tuações e ações em que ele irá participar na história. Peça para seus alunos observarem 
como os desenhistas retratam seus personagens nas suas histórias.
Figura 11 – Desenho de personagens de frente, lado e costas
Fonte: Adaptada de Getty Images
Desenvolver o roteiro
Após a criação do personagem e resolvido o tema e a ideia, o passo seguinte é ro-
teirizar a história.
Para começar é necessário que o professor oriente sobre a quantidade de páginas ou 
quadros que a história vai ocupar. 
Caso estabeleça que será uma história de três páginas, determine a primeira página 
para o início (onde acontecerá o problema entre os personagens), a segunda página 
para o desenvolvimento do problema, e a terceira (fim) para o desfecho da história. 
Digamos que dois irmãos querem comprar um jogo de videogame e não têm dinheiro.
Ambos ficam imaginando como podem fazer para consegui-lo: criar algum objeto 
e vender para a família, alguma receita que possam fazer com o auxílio de um adulto, 
por exemplo. 
16
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Na segunda página, eles decidem arrumar a casa inteirinha, lavar o quintal e até pre-
parar a mesa para o café da tarde. 
A ideia deles é que a mãe ofereça comprar o jogo em retribuição às horas dedicadas 
pelos filhos à limpeza da casa. 
O desfecho da história pode antecipar uma situação de suspense, na qual a mãe irá 
fazer anotações no caderno com uma expressão neutra e avaliando detalhadamente 
todo o serviço realizado pelos filhos. 
Assim, temos um exemplo de roteiro segmentado e bem dividido.
Desenhar o lugar (cenário) onde a história irá se passar
O professor pede para os alunos abrirem seus gibis sobre a mesa e observar que em 
grande parte das histórias o primeiro quadrinho possui um tamanho maior que os de-
mais. Isso porque é comum que logo este primeiro quadro apresente o local (ambiente) 
com detalhes onde se desenrolará a história.
Fazer a diagramação da história a partir de 6 a 8 quadros por página
O professor deve orientar que cada folha sulfite poderá ter de 6 a 8 Quadrinhos por 
página. Mas, também, a quantidade de quadros pode ficar a critério dos alunos, assim 
como os desenhistas fazem para que suas histórias fiquem interessantes e a leitura bas-
tante agradável.
Fale para seus alunos desenharem a lápis e finalizarem com canetinha preta. Inserção 
de balões para inserir as falas
Após a divisão da página em quadros, os alunos já podem fazer os primeiros esboços 
a lápis, lembrando de deixar o espaço para inserir os balões de falas dos personagens. 
Como é bastante comum iniciar esse processo desenhando primeiro os balões, antes 
mesmo de escrever os textos, isso pode deixar o trabalho feio. 
A sugestão é primeiro escrever as falas para que caibam perfeitamente dentro do 
espaço dos balões, para depois fechar o desenho dos balões.
Figura 12 – O formato dos balões varia de acordo com o signifi cado que se quer dar à fala
Fonte: Adaptado de Freepik
17
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Figura 13 – Onomatopeiase linhas cinéticas
Fonte: Getty Images
Figuras cinéticas são recursos gráficos capazes de sugerir um efeito dinâmico às ima-
gens estáticas. Elas representam o movimento ou o percurso de personagens e objetos. 
Na posse de revistas em Quadrinhos, peça para que os alunos observem se conse-
guem identificar alguns recursos da linguagem dos Quadrinhos: as onomatopeias (vocá-
bulos que representam sons) e figuras cinéticas, entre outros recursos gráficos. 
Todos esses recursos contribuem para dinamizar a leitura e deixar a página mais 
interessante graficamente.
Após concluída a etapa do esboço, utilize caneta hidrocor preta para finalizar o desenho. 
Não deixe de apagar os traços a lápis.
Para colorir, peça para utilizarem lápis de cor ou canetas hidrográficas
A colorização do desenho pode ser feita a lápis ou outro material de preferência do 
grupo. Há também a opção de apresentar a história em preto e branco. 
É interessante que o professor acompanhe essa fase inicial de colorização, que pode-
rá levar alguns dias em sala de aula, podendo ser concluído em casa.
Deverá ser estabelecida uma data para entrega do material que, posteriormente, será 
transformado em uma revista ou uma exposição dentro da sala de aula.
Para tanto, pode-se solicitar que os alunos façam uma capa para a revista (que deverá 
ter um título genérico para poder reunir todas as diversas histórias dos grupos) ou um 
cartaz para a exposição. 
Cada grupo pode votar na capa ou no cartaz que representará a atividade finalizada.
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19
Depois de realizada a história, faça uma exposição para criar mais envolvimento dos 
alunos com a atividade
A realização de uma exposição com os trabalhos da turma ou a confecção de uma 
revista em Quadrinhos vai proporcionar maior engajamento com a atividade e a curiosi-
dade pela leitura dos trabalhos dos colegas.
A exposição pode contar com uma data de inauguração e convidar outras turmas 
para prestigiar os trabalhos desenvolvidos nas aulas de Arte.
19
UNIDADE 
Práticas Educativas e Propostas de Aprendizagem: Atividades Práticas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Quino
Conheça mais sobre a vida e obra do cartunista argentino chamado Quino, que 
passou muitos anos nos mostrando que as crianças são repositórios de sabedoria.
https://bit.ly/3cimb0Z
Universo HQ
Um dos sites mais completos e prestigiados sobre HQ.
https://bit.ly/3lIOpVp
Guia dos Quadrinhos
Para ampliar seu repertório sobre autores e personagens de Histórias em Qua-
drinhos, acesse as Enciclopédias Digitais. 
https://bit.ly/398jw7I
 Livros
O que é história em Quadrinhos
BIBE LUYTEN, S. M. O que é história em Quadrinhos. São Paulo: Brasilien-
se, 1987.
 Vídeos
O que são Quadrinhos?
Para conhecer um pouco mais sobre as histórias em Quadrinhos e seus elemen-
tos de Linguagem, agora de forma lúdica e animada.
https://youtu.be/kPBLNUS6w8ULeitura
Francesco Tonucci: a criança como paradigma de uma cidade para todos
Reportagem com o pedagogo e desenhista italiano Francesco Tonucci. O educador 
discorre sobre temas como Escola, Formação de Professores, Relação com as Fa-
mílias, Infância e Cidade. 
https://bit.ly/3cYeNGZ
20
21
Referências
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Educação é a base. Disponível: http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. 
Acesso em: 3 fev. 2021.
LUYTEN, Sonia Maria Bibe; LOVETRO, José Alberto. Efeito HQ: uma prática pe-
dagógica, 2020. [Livro disponibilizado no site do projeto: Efeito HQ]. Disponível em: 
http://efeitohq.com/livro-efeito-hq-ed01.pdf.
McCLOUD, Scott. Desvendando os Quadrinhos. São Paulo: Makron Books, 2005.
RAMOS, Paulo. A leitura dos Quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2009. 
VERGUEIRO, Waldomiro. Panorama das histórias em quadrinhos no Brasil. São 
Paulo: Peirópolis, 2017.
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