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ROUND CLINICO Escola de Saúde Comp. Curricular: Análises Toxicológicas e Ambientais Docente: Juliana Rodrigues DISCENTES: Alexgaldino Santos Ana Paula Lessa Emilly Lima Glaucia Barreto Mackson Santana Osmar Carneiro Uilliam Sena Victoria Silveira SUMARIZAR NUMERAR PLANEJARANALISAR Paciente GBS, sexo feminino, 8 anos de idade, da entrada no serviço de emergência com dor abdominal, letargia, hipertermia e confusão. Mãe relata vômito anterior à chegada no hospital e que encontrou cartela de AAS 500 g/comprimido violada. Gasometria: pH = 7,15 HCO3- = 20 mEq/L pCO2 = 27 mmHg Nível sérico de salicilatos: 75 mg/dL CASO 1 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente, sexo feminino, 8 anos, apresenta dor abdominal, letargia, hipertermia, confusão e anteriormente apresentou vômito. A mãe relata ter encontrado uma cartela de AAS 500 g/comprimido violada. CASO 1 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Conforme os sinais e sintomas apresentados, pode-se pré-diagnosticar: 1- Intoxicação; Devido a violação da cartela de AAS, podemos dizer que se trata de uma intoxicação por AAS (Salicilato). NUMERAR 01 02 03 04 CASO 1 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 De acordo aos sinais apresentados pela paciente e o relato da mãe, pode-se dizer que o caso da criança se trata de uma intoxicação aguda por AAS, nível grave conforme apresentado na tabela abaixo e os dados expostos na gasometria da paciente, devido a uma superdosagem. Para se considerara uma intoxicação por AAS, deve-se analisar a dose ingerida, a duração da exposição, a idade e as possíveis comorbidades do paciente. Os sintomas iniciais são vômitos, logo após a ingestão, seguido por náuseas, zumbidos e hiperventilação. Sintomas tardios compreendem febre, hiperatividade, confusão mental e convulsões. ANALISAR CASO 1 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Eventualmente, também se desenvolvem rabdomiólise e insuficiências respiratória e renal aguda. A hiperatividade pode rapidamente se tornar letargia; alterações da hiperventilação (com alcalose respiratória) modificam-se para hipoventilação (com acidoses respiratória e metabólica) e insuficiência respiratória. Dentre esses a paciente apresentou vômito, dor abdominal, letargia, hipertermia e confusão. O diagnóstico de toxicidade por AAS é realizado com a correlação de uma história cuidadosa, exame físico e exames complementares. Exames como gasometria arterial, radiografia de tórax e abdominal, eletrocardiograma, hemograma completo, cálcio sérico e análise de urina com determinação do pH da urina devem ser obtidos, conforme indicado clinicamente. Como neste caso de intoxicação não existe antídoto o tratamento é feito pela: • Administração de administração de carvão ativado se as condições forem apropriadas. Ingestão de altas doses de salicilatos (30 a 60 g) serão necessárias doses de carvão ativado também altas (300 a 600 g), administrado em várias doses de 25 a 50g em intervalos de 3 a 5 horas, visto que, o carvão ativado reduz a absorção do AAS. • A irrigação intestinal total, ela é recomendada para auxiliar na movimentação dos comprimidos e do carvão ativado pelo trato gastrointestinal. Alcalinização da urina: administração de Bicarbonato de sódio. Prevenção da acidemia e eliminação dos salicilatos pelos rins. • Alcalinização da urina: administração de Bicarbonato de sódio. Prevenção da acidemia e eliminação dos salicilatos pelos rins. Feito isso, acompanhar a evolução da paciente. CASO 1 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente JCF, 62 anos, com história de leucemia linfocítica crônica apresentou quadro de três dias de fadiga, dispnéia, febre e tosse. O último ciclo quimioterápico foi realizado três meses antes. Os achados clínicos e radiológicos foram compatíveis com pneumonia bilateral limitada aos lobos inferiores. Devido ao seu estado imunocomprometido foi realizada análise do lavado broncoalveolar, na qual foi verificada presença de levedura. A terapia com ceftriaxona, claritromicina e voriconazol foi iniciada, e codeína oral (25 mg três vezes ao dia) foi administrada para aliviar a tosse. No quarto dia de internamento, o nível de consciência do paciente deteriorou-se rapidamente e ele não respondeu. Sua última dose de codeína foi administrada 12 horas antes. O paciente apresentou hipotensão, apnéia e pupilas mióticas. A gasometria arterial revelou depressão respiratória. CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Dados laboratoriais no momento do coma e depressão respiratória do paciente: • Nível plasmático de codeína = 114 μg/L (nível plasmático máximo esperado = 13 – 75 μg/L para a mesma dose em uma pessoa que metaboliza normalmente o fármaco) • Nível sanguíneo de morfina = 80 μg/L (intervalo esperado = 1 a 4 μg/L) CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente ECL, 42 anos, sexo masculino é levado à Unidade de Pronto Atendimento com ferimento provocado por queimadura e apresentando tremores, alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. Familiares relatam uso frequente de bebidas alcoólicas desde os 20 anos e, nos últimos dias, sintomas de ansiedade, insônia, náuseas, inquietação e perda do apetite. CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 De acordo ao que foi visto o paciente apresenta sinais de uma possível: 1- Hepatite alcoólica Provavelmente adquirida pelo uso frequente de bebidas alcoólicas durante 22 anos. A ingestão prolongada de álcool causa inflamação e lesões permanentes no fígado. Aonde o paciente já vinha sentindo complicações com sintomas de ansiedade, insônia, náuseas, inquietação e perda do apetite, e com o ferimento provocado pela queimadura agravou ainda mais causando ainda tremores, alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O paciente ECL ingere bebidas alcoólicas durante um tempo prolongado causando complicações no fígado, ocorrendo inflamação, destruição, cicatrização e eventual desenvolvimento de insuficiência do fígado. Provocando a substituição do tecido hepático normal por nódulos e tecidos fibrosos. Situações nas quais há contínua agressão do fígado, como ocorre nesse exemplo com o consumo crônico de álcool, podem causar cicatrizes em áreas significativas no fígado, ou seja, onde deveria haver tecido funcionante, há apenas fibrose. Do mesmo modo, o fígado também participa na produção de vitamina K que está envolvida no processo de coagulação do sangue. Pessoas com falência hepática apresentam maior dificuldade em coagular o sangue aumentando também a viscosidade, o que explica a piora depois do ferimento. Tudo isso está ligado a hepatotoxicidade do etanol que está intimamente relacionada com o metabolismo do etanol, que se processa principalmente no fígado. ANALISAR CASO 2 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O tratamento envolve hidratação, cuidados alimentares e interrupção do uso de álcool. Medicamentos esteróides podem ajudar a reduzir a inflamação do fígado. Primeiro tratamento indicado é o uso do Ácido ursodesoxicólico. Parece ter propriedades hepatoprotetoras.(24) Seu efeito benéfico é ainda mais evidente no tratamento da colestase intra-hepática (não incomum na DHA) leve ou moderada. Indicamos esse medicamento na DHA com colestase intra-hepática, na dose de 150 mg três a quatro vezes ao dia, até o desaparecimento dos sintomas. Caso não funcione adequadamente há outros meios de se fazer o processo de cura, como o tratamento sintomático. Das náuseas, vômitos e dores abdominais. Caso não funcione adequadamente há outros meios de se fazer o processo de cura, como o tratamento sintomático. Das náuseas, vômitos e dores abdominais. Se for necessário usar analgésicos, preferir acetaminofeno, em doses não superiores a 2 g ao dia. Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos. Da desnutrição protéico-calórica, das deficiências vitamínicas e do ácido fólico. Administração endovenosa de aminoácidos. Na dose diária de 80 g, associadamentecom dieta de 100 g de proteínas e 3.000 calorias ao dia, que pode reduzir a hiperbilirrubinemia, elevar a concentração sérica de albumina e diminuir o índice de mortalidade em pacientes com HA. Paciente NRS, 52 anos, sexo masculino, portador de transtorno bipolar de humor, fazendo uso de carbonato de lítio há 15 anos. Apresentou episódios de confusão mental, sonolência, descoordenação motora, disartria e tremor após quadro de gastroenterite aguda. Dados laboratoriais: Uréia = 80 mg/dL Creatinina = 2,1 mg/dL Li sérico = 2,1 mEq/L CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente do sexo masculino, 52 anos, portador de transtorno bipolar de humor, já fazia uso de carbonato de lítio há 15 anos. O mesmo teve um quadro de gastroenterite aguda, e apresentou episódios de confusão mental, sonolência, descoordenação motora, tremor e disartria (dificuldade em articular as palavras de maneira correta). Os resultados dos exames laboratoriais apontam para o dobro (80 mg/dL) do valor de referência para ureia (16 e 40 mg/dL), o mesmo padrão em relação a creatina 2,1 mg/dL (referência entre 0,6 a 1,2 mg/dL), e concentração 2,1 mEq/L elevada de lítio (acima de 1,5 mEq/L já provoca intoxicação). CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Diante do caso exposto, os sintomas e os dados laboratoriais apontam para uma intoxicação por Lítio principalmente por sua litemia apresentou concentração acima de 1,5 mEq/L. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O primeiro fator analisado para confirmação da hipótese foi a concentração da litemia sérica elevada. Por apresentar o valor de 2,1 mEq/L se enquadra como intoxicação leve. O lítio é um medicamento utilizado para o tratamento do transtorno bipolar, eficaz nos episódios maníacos agudos. Em tratamento prolongado, como é o caso no paciente que faz uso há 15 anos, os sintomas frequentes são a poliúria (aumento da frequência urinária) pela disfunção distal dos túbulos renais que Li provocará, com isso haverá diminuição da resposta à arginina vasopressina, tremor basal e disartria, que podem indicar a necessidade de redução da dose de Li terapêutica. Vale ressaltar que a intoxicação por lítio acontece geralmente por complicação do seu uso terapêutico e não por ingestão aguda de doses tóxicas. No entanto, existem outros pontos que merecem a atenção e confirmam esta suspeita. Como já pronunciado, este paciente teve intoxicação leve por Li, que tipicamente ocasiona sintomas como náuseas, vômitos, fadiga, letargia, e tremor fino, igualmente os relatados pelo paciente do caso. Ademais, o quadro de gastroenterite é um dos indicativos da intoxicação por Li. ANALISAR CASO 3 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Os quadros de intoxicação aguda possuem um melhor prognóstico, visto que há uma lenta penetração da droga no Sistema Nervoso Central. As medidas inicias que devem ser tomadas incluem reposição volêmica com solução salina, com objetivo de provocar diurese de 2 a 3 mL/Kg/h, a monitorização hemodinâmica, correção de distúrbios hidroeletrolíticos, suporte ventilatório, e controle da agitação psicomotora e hipertermia, podendo ser feito com benzodiazepínicos. Outrossim, o emprego de irrigação intestinal com polietilenoglicol (PEG) pode ser benéfico em casos de intoxicações maciças com medicamentos de liberação prolongada. Além disso, é importante salientar que o carvão ativado é incapaz de adsorver o lítio e as comuns técnicas de êmese forçada e lavagem gástrica tem pouca eficácia na eliminação dessa substância. Também não há antídotos específicos, como existem para outras intoxicações medicamentosas. STO, 15 anos, dá entrada na emergência devido a um quadro de mal-estar, sudorese intensa, fortes dores abdominais e vômitos. O paciente relata que foi desafiado por amigos a ingerir os comprimidos de uma cartela de Paracetamol e foi para o hospital após início dos sintomas, aproximadamente 8 horas depois da ingestão. Nível sérico de paracetamol: 550 µmol/L CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente, 15 anos, dá entrada na emergência devido a um quadro de mal-estar, sudorese intensa, fortes dores abdominais e vômitos. O paciente relata que foi desafiado por amigos a ingerir os comprimidos de uma cartela de Paracetamol e foi para o hospital. CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O provável diagnóstico é intoxicação aguda por paracetamol, pela superdose de paracetamol ingerida. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Devido a ingestão exacerbada do medicamento, o paciente apresentou sinais e sintomas de intoxicação por paracetamol. O Paracetamol está disponível nas formulações de liberação imediata e prolongada. A absorção da medicação ocorre no trato gastrintestinal, principalmente no intestino delgado, com biodisponibilidade de 80%.A meia-vida é de 2,4-4h, podendo ser prolongada em pacientes com diminuição da função hepática. O pico de concentração sérica após a dose terapêutica ocorre em 30–60 min, entretanto, após uma overdose de fármacos de liberação imediata, o pico ocorre em 4h. A intoxicação Aguda se divide em 4 estágios: ANALISAR Fase 1 - Ausência de Injúria Hepática (0,5-24h): assintomático ou manifestações clínicas inespecíficas (náuseas, vômitos, diaforese, palidez, mal-estar). Exames laboratoriais de função hepática se mantêm normais, ou apresentam discreta elevação de transaminases. Fase 2 - Início da Injúria Hepática (24h– 72h): dor no quadrante superior direito e aumento do fígado. Ocorre melhora dos sintomas da primeira fase. A Aspartato Aminotransferase (AST) é o marcador mais sensível para detectar o início da hepatotoxicidade e precede evidências de disfunção hepática (aumento do INR e de bilirrubinas). Pode ocorrer uma perda de função renal. CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 ANALISAR Fase 3 - Hepatotoxicidade Máxima (72h–96h): reaparecimento dos sintomas da primeira fase (náuseas, vômitos) simultaneamente a icterícia, confusão mental (encefalopatia hepática), coma e hemorragia. Os níveis de AST e da Alanina Aminotransferase (ALT) são maiores a 10.000 IU/L. Anormalidades de TP/INR, glicose, lactato, creatinina e pH são essenciais para determinar o prognóstico e o tratamento. Desfechos desfavoráveis geralmente ocorrem nesta fase, com falência hepática fulminante. Se o paciente sobreviver, ocorre resolução completa da disfunção hepática, sem sequelas. Fase 4 Resolução (4 dias a 2 semanas): pacientes que sobrevivem ao terceiro estágio entram numa fase de recuperação da função hepática. A recuperação histológica ocorre após a melhora clínica e pode demorar até três meses. Após este período não se encontram evidências de fibrose hepática. Injúria Renal (24h–48h após a ingesta): hematúria, proteinúria, elevação de uréia e creatinina. Ocorre principalmente devido a necrose tubular aguda. A elevação da creatinina ocorre 2 a 3 dias após a ingesta (pico no 7 dia) e normaliza em um mês. Mas pode haver necessidade de diálise se o paciente apresentar oligúria. CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 A concentração de paracetamol que foi encontrada é sim compatível com as informações, É uma intoxicação aguda ,pelos sintomas do paciente e a quantidade ingerida . Os médicos podem prever a probabilidade de toxicidade por paracetamol pela quantidade ingerida ou, mais precisamente, pelo nível de paracetamol no sangue da pessoa. O nível no sangue, medido entre 4 e 24 horas após a ingestão, pode ajudar a prever a gravidade da lesão hepática. O efeito tóxico ocorre devido à ação de um metabólito gerado pela CYP2E1 (enzima do citocromo P450), o N-acetil-p-benzoquinoneimina (NAPQI). Em doses terapêuticas, este metabólito é conjugado e detoxificado pela glutationa hepática (antioxidante). Em caso de superdosagem, quando os estoques de glutationa estão depletados, inicia o processo de dano hepático. A quantidade livre de NAPQI se liga rapidamente aos hepatócitos, inciando o processo de injúria com necrose hepatocelular centrolobular, que pode se seguirpor uma resposta inflamatória secundária a partir das células de Kupffer em um segundo estágio, estendendo a zona de lesão hepática. ANALISAR CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 A amostra sérica para dosagem do Paracetamol deve ser obtida dentro de 4h à 24h após a ingestão para que possa ser aplicada no Nomograma de Rumack-Mattheus. Este nomograma classifica em casos possíveis e/ou casos prováveis de desenvolver hepatotoxicidade, identificando os pacientes que se beneficiam em receber o antídoto após uma overdose aguda. Em pacientes com história de ingestão há mais de 24h, o nível sérico deve ser utilizado apenas para confirmar o consumo da medicação, e a anamnese, associada aos níveis de AST e ALT, devem ser determinantes na decisão do tratamento. O tratamento em casos de Intoxicação Aguda de primeiros socorros é realizado com Carvão Ativado na dose de 1g/kg (máximo 50g) em até 4h da ingesta, ou em casos em que o tempo de ingesta é indeterminado. CASO 4 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O antídoto, N-Acetilcisteína(NAC), repõe os estoques de glutationa hepática, aumentando a conjugação desta substância ao NAPQI e sua conseqüente destoxificação. As indicações para instituir o tratamento com NAC são: concentração plasmática do paracetamol acima ou na linha de risco possível do nomograma, suspeita de ingesta acima da dose tóxica quando não houver possibilidade de realização da análise sérica em até 8h,paciente com tempo de ingesta desconhecido e concentração sérica acima de 10 mcg/mL, ou história de ingesta da medicação associado a sinais de dano hepático. Deve ser iniciado 8h após a ingesta. Após este tempo, cada hora a mais gera uma queda na efetividade. Pode ser administrado via oral (VO) ou endovenosa(EV) com eficácia semelhante entre as duas vias, exceto na presença de sinais de falência hepática que requer a administração endovenosa. Os regimes de administração do antídoto são os seguintes: Via Oral - Esquema de 72h: uma dose de ataque 140mg/kg diluído a 5% em suco, e manutenção com 17 doses de 70mg/kg, com intervalos de 4h. 4,9 Via Endovenosa Esquema de 20h, dividido em 3 fases: a) 150 mg/kg diluído em 200ml SG 5%, administrado em 15 - 60 min; b) 50 mg/kg diluído em 500ml SG 5%, administrado em 4h; e c) 100 mg/kg diluído em 1L SG 5%, administrado em 16h. 2,4,9 Caso não haja a formulação EV disponível, pode-se utilizar a formulação VO pela via EV, diluindo-a numa solução a 3%, com SG 5%. Paciente ECL, 42 anos, sexo masculino é levado à Unidade de Pronto Atendimento com ferimento provocado por queimadura e apresentando tremores, alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. Familiares relatam uso frequente de bebidas alcóolicas desde os 20 anos e, nos últimos dias, sintomas de ansiedade, insônia, náuseas, inquietação e perda do apetite. Dados laboratoriais: TGO = 80 U/L TGP = 50 U/L Fosfatase alcalina = 200 U/L GGT = 256 TP = 18 segundos CASO 5 CASO 6 CASO 7 CASO 5 CASO 6 CASO 7 Paciente, 42 anos, sexo masculino é levado à Unidade de Pronto Atendimento com ferimento provocado por queimadura e apresentando tremores, alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. Familiares relatam uso frequente de bebidas alcoólicas desde os 20 anos e, nos últimos dias, sintomas de ansiedade, insônia, náuseas, inquietação e perda do apetite. CASO 5 CASO 6 CASO 7 O paciente em questão tem o diagnóstico de uma possível hepatite alcoólica adquirida pelo uso frequente de bebidas alcoólicas durante 22 anos. A ingestão prolongada de álcool causa inflamação e lesões permanentes no fígado. Aonde o paciente já vinha sentindo complicações com sintomas de ansiedade, insônia, náuseas, inquietação e perda do apetite, e com o ferimento provocado pela queimadura agravou ainda mais causando ainda tremores, alucinações, alteração do nível da consciência e desorientação. A hepatite alcoólica é um tipo de hepatite causada pelo uso prolongado e excessivo de bebidas alcoólicas que ao longo do tempo provoca alterações no fígado e leva ao aparecimento de sintomas como fortes dores abdominais, náuseas, vômitos e perda de apetite. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 5 CASO 6 CASO 7 O paciente ECL ingere bebidas alcoólicas durante um tempo prolongado causando complicações no fígado, ocorrendo inflamação, destruição, cicatrização e eventual desenvolvimento de insuficiência do fígado. Provocando a substituição do tecido hepático normal por nódulos e tecidos fibrosos. Situações nas quais há contínua agressão do fígado, como ocorre nesse exemplo com o consumo crônico de álcool, podem causar cicatrizes em áreas significativas no fígado, ou seja, onde deveria haver tecido funcionante, há apenas fibrose. Do mesmo modo, o fígado também participa na produção de vitamina K que está envolvida no processo de coagulação do sangue. Pessoas com falência hepática apresentam maior dificuldade em coagular o sangue aumentando também a viscosidade, o que explica a piora depois do ferimento. Tudo isso está ligado a hepatotoxicidade do etanol que está intimamente relacionada com o metabolismo do etanol, que se processa principalmente no fígado. ANALISAR CASO 5 CASO 6 CASO 7 O tratamento envolve hidratação, cuidados alimentares e interrupção do uso de álcool. Medicamentos esteróides podem ajudar a reduzir a inflamação do fígado. Primeiro tratamento indicado é o uso do ácido ursodesoxicólico. Parece ter propriedades hepatoprotetoras. Seu efeito benéfico é ainda mais evidente no tratamento da colestase intra-hepática (não incomum na DHA) leve ou moderada. Indicamos esse medicamento na DHA com colestase intra-hepática, na dose de 150 mg três a quatro vezes ao dia, até o desaparecimento dos sintomas. Caso não funcione adequadamente há outros meios de se fazer o processo de cura, como o tratamento sintomático. Das náuseas, vômitos e dores abdominais. Se for necessário usar analgésicos, preferir acetaminofeno, em doses não superiores a 2 g ao dia. Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos. Da desnutrição protéico-calórica, das deficiências vitamínicas e do ácido fólico. Administração endovenosa de aminoácidos. Na dose diária de 80 g, associadamente com dieta de 100 g de proteínas e 3.000 calorias ao dia, que pode reduzir a hiperbilirrubinemia, elevar a concentração sérica de albumina e diminuir o índice de mortalidade em pacientes com HA. Paciente JCV, 30 anos, sexo masculino, admitido apresentando convulsão seguida por diminuição do nível de consciência, sendo necessário seu encaminhamento para a unidade de terapia intensiva. Acompanhante relata a ocorrência de náuseas e cefaleia há uma hora, estado de euforia e comportamento repetitivo, sudorese intensa e taquicardia . Dados exames físico: PA= 150/90 mmHg FC=130bpm Arritmia Midríase CASO 6 CASO 7 CASO 6 CASO 7 Paciente, 30 anos, sexo masculino, admitido apresentando convulsão seguida por diminuição do nível de consciência, sendo necessário seu encaminhamento para a unidade de terapia intensiva. Acompanhante relata a ocorrência de náuseas e cefaleia há uma hora, estado de euforia e comportamento repetitivo, sudorese intensa e taquicardia . CASO 6 CASO 7 Diante do caso exposto, os sintomas e dados de exames físicos apresentados apontam a hipótese de Intoxicação aguda grave de uso em excesso de drogas de abuso com finalidade recreativa como cocaína. Devido ao estado de euforia e comportamento repetitivo a uma hora anterior da entrada a unidade hospitalar. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 6 CASO 7 O primeiro fator analisado para confirmação da hipótese é que a cocaína é um estimulante do sistema nervoso central, tendo efeitos de trinta minutos a uma hora , fazendo com que o individuo ficasse em estado de euforia , dependendo da quantidade ingerida, aumentando a atenção , , seguindo de diminuição do nível de consciência, convulsão e demais sintomas apresentado pelo paciente , levando ao possível diagnostico de urgência . ANALISAR CASO 6 CASO 7 Primeiramente deve-se fazer a coleta de dados possíveisda historia do paciente, e aplicar por via endovenosa a Naloxona pra reverter o quadro, segundo fazer primeira investigação solicitados com carácter de urgência como eletrocardiograma (ECG), glicose sérica, creatinina sérica, ureia, teste de cocaína na urina , a fim de confirmar o diagnostico aos sintomas apresentados. JFS, 28 anos, sexo masculino, hospitalizado com hipotensão, sonolência, pupilas mióticas puntiformes, leve depressão respiratória, vômitos e náuseas. CASO 7 CASO 7 Paciente do sexo masculino, hospitalizado com hipotensão, sonolência, pupilas mióticas puntiformes, leve depressão respiratória, vômitos e náuseas. NUMERAR 01 02 03 04 CASO 7 1- Diante dos sintomas descritos, o paciente possivelmente encontra-se com intoxicação decorrente do uso excessivo de bebidas alcóolicas; 2- O paciente também apresenta sintomas que podem ser correspondentes a intoxicação pelo uso de benzodiazepínicos; ANALISAR CASO 7 O indivíduo ingere uma grande quantidade de bebidas alcóolicas em pouco tempo. Com isso, o fígado se torna incapaz de metabolizar produtos químicos para aquela quantidade de substância ingerida. Nesse caso o álcool que não é metabolizado pelo fígado adentra na corrente sanguínea. A concentração de álcool no sangue tente a aumentar e atinge os níveis tóxicos, alterando as funções mentais e motoras do indivíduo. • O álcool é um depressor do sistema nervoso central (SNC), e a sua ingestão por um maior tempo estimula o receptor GABA, que é o principal neurotransmissor inibitório, ou seja, há a diminuição do estímulo das áreas cerebrais que controlam, por exemplo, a consciência, a respiração e os batimentos cardíacos, em que o indivíduo pode apresentar sintomas como sedação, fala lenta, depressão respiratória ou hipotensão, dentre outros sintomas. • Em relação ao vômito, pode ser uma forma do organismo expulsar a quantidade de álcool em excesso, ou ainda uma reação de intoxicação gerada pela bebida alcóolica. ANALISAR CASO 7 • Os benzodiazepínicos são medicamentos da classe dos ansiolíticos, ou seja, fármacos utilizados para tratar sintomas da ansiedade. Essa classe de medicamento age diretamente no neurotransmissor inibidor do cérebro (receptor GABA), se ligando nesses receptores para impedir ou diminuir a transmissão de impulsos nervosos nas regiões cerebrais. Assim, o uso em doses elevadas podem produzir efeitos como sedação, sonolência, depressão respiratória, diplopia, dentre outros sintomas. CASO 7 Uso excessivo de álcool: deve-se regularizar os níveis de glicose do paciente; manter o paciente bem hidratado; posicionar o paciente em decúbito lateral para evitar a aspiração de vômito; importante que seja realizada a coleta de sangue para estimar os níveis de álcool, glicose, lactato e pH, a fim de que seja confirmado o diagnóstico. A Associação Médica Americana considera que concentração de 0,04 gramas de álcool/100 mililitros de sangue é suficiente para trazer prejuízos ao indivíduo. Também podem ser realizados o teste de etilômetro e o teste rápido da urina, em razão da rapidez do resultado. Dose elevada de benzodiazepínicos: Se houver o agravamento do quadro clínico pode-se fazer o uso do antídoto Flumazenil, que é um antagonista específico dos benzodiazepínicos. Importante também que seja mantida a assistência respiratória para o tratamento, mantendo as vias aéreas e oxigênio, caso necessário. Se o paciente estiver consciente, dar via oral carvão ativado.
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