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SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

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Nathália Machado – Tut 01 MEDFTC 21.1 
 
 
 
 
Sangramento uterino anormal 
Alterações de intervalo menstrual: 
Polimenorréia: intervalos menores que 
21 dias. 
Oligomenorréia: intervalos maiores 
que 35 dias. 
Metrorragia: sangramento a intervalos 
irregulares. 
Amenorréia: parada de menstruação 
por 3 ciclos. 
Alterações de quantidade de 
sangramento menstrual: 
Menorragia: sangramento de mais de 
80ml. 
É difícil verificar, em ml, o volume do 
sangramento da paciente, mas é 
possível mensurar se a quantidade está 
elevada através da quantidade de 
absorventes que ela utiliza. 
 
Alterações de tempo de sangramento 
menstrual: 
Hipermenorréia: sangramento por 
mais de 7 dias. 
Associação de distúrbios menstruais: 
Hipermenorragia: combinação de 
hipermenorragia e menorragia. 
Monometrorragia: sangramento 
irregular e intenso. 
Sangramento uterino anormal é 
qualquer alteração na quantidade, 
duração e periodicidade do 
sangramento durante o ciclo menstrual. 
Sangramento uterino disfuncional é 
quando existe uma irregularidade 
menstrual sem causa orgânica. Ocorre 
na puberdade e no climatério por 
anovulação, devido a causas 
hormonais. 
Todo sangramento uterino disfuncional 
é um tipo sangramento uterino 
anormal, mas nem todo anormal é 
disfuncional pois pode ter uma causa 
orgânica. 
Sangramento uterino disfuncional 
Fisiopatologia 
A paciente pode ter SUD por: 
Alterações progestacionais: 
Nathália Machado – Tut 01 MEDFTC 21.1 
 
 
- Sangramento por supressão 
progestacional: se a paciente não ovula 
terá um ciclo irregular, a não ovulação é 
comum tanto na puberdade quanto no 
climatério. 
- Sangramento por disruptura 
progestacional: quando a paciente 
ovula mas existe uma insuficiência do 
corpo lúteo por não ter produzido 
progesterona suficiente, causando uma 
menstruação mais precoce. 
Alterações estrogênicas: 
- Sangramento por disruptura 
estrogênica: nesse caso, os baixos 
níveis de estrogênio levam a um 
sangramento irregular, tipo spotting. 
- Sangramento pela privação 
estrogênica: em um quadro de 
hipoestrogenismo, temos uma atrofia 
do trato reprodutor, e nesse cenário 
teremos um endométrio muito fino, 
deixando os vasos sanguíneos 
expostos, podendo ocorrer um 
sangramento espontâneo. É preciso 
investigar a possibilidade de câncer de 
endométrio quando a paciente sangra 
na pós menopausa. 
 
O sangramento por supressão de 
progesterona é responsável por 90% 
das causas de SUD, é comum na 
puberdade, climatério, SOP e em 
pacientes com anovulação crônica. 
Fisiopatologia dos ciclos 
anovulatórios: 
Ausência de ovulação -> ausência de 
corpo lúteo -> ausência de produção de 
progesterona -> ausência de 
menstruação/SUD 
No ciclo ovariano teremos uma 
persistência da fase folicular, é como se 
tivesse parado nessa fase e não teremos 
ovulação. Produção estrogênica lenta e 
constante. 
No ciclo endometrial teremos 
persistência na fase proliferativa, 
aumentando constantemente o 
endométrio e nunca entra na fase 
secretora pois não tem ovulação. 
Porém, esse estímulo estrogênico 
constante causando um crescimento 
endometrial desordenado, vai causar 
em determinado momento, rupturas 
focais e sangramento endometrial 
irregular. 
Na insuficiência do corpo lúteo, 
teremos a ovulação, mas esse corpo 
lúteo não consegue produzir 
progesterona pelo tempo necessário, 
que seria de aproximadamente 14 dias, 
causando uma vasoconstricção precoce 
no endométrio, culminando numa 
menstruação antecipada. 
Spotting: comum no meio do ciclo por 
uma queda abrupta dos níveis de 
estrogênio. 
DIAGNÓSTICO 
- Anamnese e Exame físico 
Nathália Machado – Tut 01 MEDFTC 21.1 
 
 
- Exames laboratoriais: hemograma 
(paciente sangrando é preciso verificar 
níveis da hemoglobina), b-HCG 
(quadros de amenorréia) e 
coagulograma (quando existe um 
sangramento muito intenso é preciso 
verificar se existe algum distúrbio de 
coagulação). 
- Exames de imagem: USG (avaliar 
endométrio e presença de massas), 
ressonância magnética e histeroscopia 
(principalmente em pacientes pós 
menopausa). 
TERAPIA 
Anticoncepcional é uma opção, 
principalmente para adolescentes e 
paciente no climatério. No caso do 
climatério, pode ser a pílula apenas de 
progesterona. 
DIU Mirena também é uma opção para 
pacientes no climatério. 
Se existir uma patologia orgânica, será 
programado um tratamento de acordo 
com a patologia (poliponectomia, 
miomectomia, histerectomia, entre 
outros. 
 
SUD: TRATAMENTO EMERGENCIAL 
O manejo da paciente que chega na 
emergência com queixa de 
sangramento uterino disfuncional é, 
primeiro: descartar gravidez e patologia 
orgânica. 
Estrogenioterapia em altas doses tem 
efeitos positivos para cessar o 
sangramento, porém deve atentar para 
pacientes com históricos de trombose 
pois essa terapia é pró-trombótica e, 
portanto, não indicada a todos os 
pacientes e não deve ser realizada 
durante muito tempo, apenas em casos 
emergenciais. 
Outra opção é a cuteragem para 
eliminar o endométrio que está 
causando o sangramento.

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