Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AO DOUTO JUÍZO DA _ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA - SC PEDRO, brasileiro, estado civil, nutricionista, CPF nº, RG nº, CRN e e-mail, residente e domiciliado no endereço xxxx, por meio de seu advogado infra- assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência com fulcro no art. 5º, LXIX, da Constituição Federal de 1988 e artigo 1ºe ss.,da Lei 12.016/09 impetrar: MANDADO DE SEGURANÇA Contra ato praticado por: José de Alencar, brasileiro, estado civil, prefeito da comarca de São Pedro de Alcântara CPF nº, RG nº, e-mail, com endereço funcional na prefeitura de São Pedro de Alcântara pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: DA TEMPESTIVIADE Pedro teve conhecimento da nomeação de Pablo sobrinho do Prefeito José de Alencar, e que Pablo tomou posse no mês de fevereiro de 2020 de se notar prazo tempestivo para interpôr recurso conforme prevê art 23, da Lei nº 12.016/09. Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Sendo assim o para propositura da ação torna-se válido até a data de 25/06/2021 DOS FATOS Pedro participou de concurso público realizado em 22/02/2019, concorrendo a vaga de nutricionista, para trabalhar na rede municipal de saúde do Município de São Pedro de Alcântara. O prazo de validade do concurso era de um ano prorrogável por igual período. Foi classificado em primeiro na primeira colocação dentre as 5 (cinco) vagas ofertadas e passa um ano e não havia sido convocado. Por isso, dirigiu-se até a prefeitura solicitando informações sobre sua nomeação para a vaga. Na ocasião foi informado que o concurso havia sido prorrogado por mais 1(um) ano. No dia 25/02/2021 Pedro teve conhecimento de que Pablo sobrinho do Prefeito José de Alencar, está trabalhando no Posto de Saúde da localidade de Vila Esperança como nutricionista. Sendo que Pablo não participou do concurso público e sua contratação foi em 02/2020. Indignado com a situação Pedro encontra-se impossibilitado de exercer seu direito não restando outra alternativa senão a impetração do presente remédio constitucional visando assegurar o seu direito. DA JUSTIÇA GRATUÍTA Requer o autor que lhe seja concedida a justiça gratuita nos termos da Lei 1.060/1950 e do artigo 98 e seguintes do CPC, pois não pode arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sutento. DO DIREITO De acordo com a Constituição Federal de 1988, conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público (art. 5º, LXIX). De modo que, cabe ao impetrante demonstrar a lesão a direito líquido e certo, ou seja, direito que se considera incorporado definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou contestação possível. O que no caso está evidente o descaso do Poder Público relacionado a convocação do impetrante Conclui-se que o ato coator viola direito líquido e certo do Impetrante, fazendo jus à concessão da ordem para que explicar a ordem desejada para que cesse a violação ao seu direito. Nesse sentido, Na visão de Hely Lopes Meirelles (2015, p. 840), o direito líquido e certo é aquele “manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração”, ou seja, a liquidez e certeza devem estar devidamente comprovadas quanto a sua existência, extensão e em sua possibilidade de ser exercitado no momento da impetração do mandado de segurança. DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR Está evidente o descaso do Poder Público em relação a convocação do impetrante, não se fazendo cumprir o direito de convocação. Contudo além do descaso há de se comprovar que o nomeado a vaga é sobrinho do prefeito, onde houve um favorecimento comprovando-se a má fé. “Súmula Vinculante 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” Contudo houve violação do artigo 37 e inciso II, da Constituição Federal de 88, pois o sobrinho do prefeito foi convocado sem ao menos ter participado de concurso público. Art. 37. A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, ao seguinte: II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; DO PEDIDO Diante do exposto, espera: a) que considere nula a nomeação de Pablo. b) requer-se a notificação da autoridade coatora, que pode ser encontrada no endereço supra referido, do inteiro conteúdo desta inicial, entregando-lhe a segunda via acompanhada de todos os documentos anexos para que preste as informações que julgar necessárias no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo 7º, inciso I, da Lei nº 12.016/09. c) que o representante do Ministério Público Estadual tome ciência deste fato e que manifeste-se no prazo de 30 dias. d) que a ordem seja concedida, assegurado ao impetrante o direito da sua nomeação, conforme edital. Nesses termos, Pede Deferimento. São José, 14 de abril de 2021 VANESSA DE SOUZA DA SILVA OAB nº
Compartilhar