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URGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS Emergência (risco iminente de morte) > urgência Epidemiológia 52,5% masculino 42,5% entre 21-40 anos 55% baixa gravidade Causas mais comuns (> 65%) Conjuntivites Traumas oculares Blefarite Hordéolo e calázio Conjuntivite ● Viral É a mais comum Adenovírus: principal causa de conjuntivite viral aguda - 47 subtipos, 19 causam conjuntivite - Sinais e sintomas: irritação ocular, sensação de corpo estranho, prurido, embaçamento, fotofobia, hiperemia, edema, secreção, lacrimejamento intenso, hiposfagma, folículos / papilas, membranas e pseudomembranas, adenopatias, ceratites - Pseudomembrana: exsudato fibrinoso aderido a conjuntiva. Adenovírus 8, 9, 37, herpes, acantamoeba. Ocorre por reação imunológica (restos de partículas virais ou reações imunes). Necessário corticóide no tratamento e remoção no consultório. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão. Tratamento: a base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes Prevenção: evitar o contato com pessoa com conjuntivite, não coce nem toque os olhos sem lavar as mãos, prefira locais arejados, evitar saunas e piscinas ● Bacteriana A secreção e o inchaço são mais intensos Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente Dura em média, uma semana Tratamento: colírios antibióticos ● Alérgica Há coceira intensa e muito edema A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável. Terçol ● Hordéolo Acometimento das glândulas de Zeiss e Moll Tratamento: compressa quente ● Calázio Acometimento da glândula de Meibomius Tratamento: cirúrgico com curetagem do tecido fibrinoso ● Complicações Alterações da margem palpebral Abscesso papebrais Celulite periorbitária Úlcera de córnea ● Agentes mais comuns Gram negativos: P. aeruginosa, serratia Filamentoso: Actinomices, Mycobacterium Gram positivos: Staphylococcus sp, S. aureus, Streptococcus pneumoniae Bacilos gram positivos: Bacillus sp, Corinebacterium Protozoário: Acanthamoeba (comum em quem usuários de lente em contato com água parada ou que lavam a lente na torneira) ● Barreiras Anatômica: rima orbital, pálpebras, córnea íntegra, epitélio conjuntival Mecânica: camada mucosa da lágrima, sistema lacrimal Antimicrobiana: IgA, lisozimas, lactoferrina ● Sinais e sintomas Hiperemia, lacrimejamento, dor forte, sensação de corpo estranho, secreção, embaçamento, fotofobia Ceratite herpética HSV e varicela zoster Úlcera em formato de árvore / dendritos ● Sinal se Hutchinson Acometimento do ramo nasociliar do nervo oftálmico Acomete face lateral e/ou raiz do nariz ● Tratamento Pomada de aciclovir tópica 5x/dia e comprimidos orais ● Complicações Leucomas e opacidades corneanas Trauma ocular ● Abrasão corneana Perda do epitélio corneana Sintomas: dor forte, lacrimejamento, blefaroespasmo, sensação de corpo estranho Exame: anestésico + fluoresceína (feitos sob anestesia) Tratamento: curativo oclusivo, antibiótico - Evitar o uso de esteróide tópico ● Corpo estranho Material estranho presente na córnea, conjuntiva tarsal ou bulbar Tratamento: retirada do corpo estranho com anestésico, cotonete e agulha biselada + curativo + uso de pomada antibiótico Causa importante de cegueira Mais comum entre homens de 22-24 anos de idade Representa 10% das cirurgias oftalmológicas Prevenção da cegueira: - Proteção ocular no trabalho - Avaliação precoce do paciente - Avaliação correta - Encaminhamento imediato ao especialista ● Trauma contuso Mecanismos possíveis: hemorragia subconjuntival, hemorragia intraocular, hipotonia ocular, hifema, luxação do cristalino, iridodiálise, midríase pupilar, irite traumática Necessário exploração da movimentação ocular e prolapso Blefaroedema: dificulta o exame ocular - Necessário compressas frias, antibiótico e esteróide tópico ou sistêmico - Diagnóstico diferencial: celulite periorbitária Quemose conjuntival: antibiótico + esteróides tópicos Iridodiálise: desinserção da íris - Nenhum tratamento imediato - Cirurgia se ambliopia - Monitorar a PIO Midríase traumática: ruptura do esfíncter da íris - Pode ser transitória ou permanente - Descartar alterações neurológicas ● Trauma perfurante Quanto mais profundo, pior o prognóstico Mecanismo: diminuição da AV, hipotonia, CA rasa, irregularidade pupilar, quemose, prolapso de tecido uveal Risco iminente de cegueira Tratamento: - Dieta zero - Antieméticos + analgésicos - Colírio antibiótico - Antibiótico sistêmico - Evitar pomadas ou cremes - Toxina antitetânica - Cirurgia de urgência Glaucoma agudo Aumento da PIO ● Sinais e sintomas Hiperemia CA rasa Midríase paralítica Edema de córnea Dor Náusea e vômito Descolamento de retina Baixa visual súbita Geralmente indolor ● Fatores de risco Trauma HF Miopia DR contralateral Degenerações periféricas
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