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Resumo Exame Neurológico

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Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
Exame clínico 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
TRANSTORNOS DA CONSCIÊNCIA 
✓ Percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo 
caracteriza o estado de vigília. 
✓ Existem diversas fases entre plena consciência e estado 
de coma. 
✓ Existem quatro parâmetros para se observar em qual-
quer grau de alteração do nível de consciência: 
➢ Perceptividade: capacidade de responder perguntas 
simples ou atender ordens do tipo “sente-se na 
cama”. 
➢ Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespe-
cíficos, como desviar os olhos e a cabeça para um 
ponto onde se faça um barulho. Pode ser avaliada em 
relação à dor (comprimir a unha de um dedo). 
➢ Deglutição: observar todo comportamento do paci-
ente, como leva à boca e se deglute, 
➢ Reflexos: ex.: patelar, plantares, cutâneos, etc. 
 
ESTADO DE COMA 
✓ Classificação do estado de coma: 
➢ Coma leve, vígil ou grau I: comprometimento leve. 
Paciente atende às ordens do tipo “abra o olho” e res-
ponde perguntas pessoais. Reage apropriadamente à 
dor. Deglutição e reflexos normais. 
➢ Coma de grau médio ou grau II: perda quase total da 
consciência. Perceptividade reduzida. Resposta à dor 
apenas energética e desapropriada. Deglute com 
 
 
 
dificuldade. Reflexos tendinosos, cutâneos e pupilar 
ainda presentes. 
➢ Coma profundo, cárus ou graus III: perda completa 
da consciência. Perceptividade é zero. Não deglute 
água e nenhum estímulo doloroso desperta reação. 
Arreflexia tendinosa, cutânea e pupilar. Relaxamento 
completo da musculatura esfincteriana. 
➢ Coma depassé ou grau IV: dados do grau III + com-
prometimento inclusive das funções vitais. Quase 
sempre estado irreversível. Ventilação pulmonar por 
respiradores artificiais. EEG revela silêncio cerebral. 
✓ As principais causas do coma são: 
➢ Traumatismo cranioencefálico 
➢ Acidente vascular encefálico (isquêmico e hemorrá-
gico) 
➢ Tumores cerebrais 
➢ Infecções do sistema nervoso central (meningites, en-
cefalites e abcessos) 
➢ Epilepsia 
➢ Diabetes 
➢ Insuficiência hepática 
➢ Insuficiência real 
➢ Intoxicações exógenas (álcool, inseticidas, psicotrópi-
cos, sedativos, opioides, drogas ilícitas) 
➢ Malária 
➢ Septicemia. 
✓ Escala de Glasgow: baseia-se em três parâmetros (aber-
tura dos olhos, resposta motora e resposta verbal). 
✓ Em termos práticos, abaixo de 8 – 7 pontos corresponde 
a um estado de coma. 
DOR DE CABEÇA 
✓ Tem inúmeras causas. 
✓ A enxaqueca geralmente é hemicraniana (frontotempo-
ral) de intensidade crescente, alguns pacientes procedida 
por alterações visuais transitórias ou por parestesias fu-
gares. 
➢ Sintomas associados: náuseas, vômitos, fotofobia, hi-
peracusia e irritabilidade. 
➢ Característica da dor: pulsátil, latejante, acompa-
nhando batimentos cardíacos. 
✓ Cefaleia tipo tensão ou tensional costuma ser descrita 
como uma dor constritiva, às vezes como um peso no alto 
da cabeça. Leve à moderada. Localização comum é nos 
músculos da nuca. 
 Ap. Neurológico 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Cefaleia em salvas é de grande intensidade, unilateral 
fronto-orbitária. Lacrimejamento, obstrução nasal, rinor-
reia, sudorese na fronte, ptose palpebral podem acom-
panhar. Dura de 15 – 180 min, frequência de ataque a 
cada 2 dias. *inalação de O2 corta crise*. 
✓ Hemicraniana paroxística é semelhante a em salvas. Mas 
crises são mais curtas e mais frequentes. Alívio rápido 
com indometacina. 
✓ Cefaleia pós-trauma 
✓ Cefaleia da hipertensão intracraniana. O aumento da 
pressão no interior da caixa craniana ocasiona uma cefa-
leia pulsátil que toma a cabeça toda e perdura dias ou 
meses. Exacerba-se pela manhã, quando passa a se 
acompanhar de vômitos. Vômito em jato. 
 
✓ Cefaleia associada a distúrbios oculares e sinusites. 
Pode ser por hipermetropia e astigmatismo, glaucoma 
agudo e inflamação dos seios paranasais. 
DOR NA FACE 
✓ Nas afecções odontológicas, sinusais, oftalmológicas, dis-
túrbios da ATM, alterações do septo nasal. 
✓ Neuralgia do trigêmeo é extremamente intensa, em agu-
lhada, no território de um dos três ramos periféricos do 
V nervo craniano. Unilateral. 
TONTURAS E VERTIGEM 
✓ Tontura com sensação de iminente desmaio: paciente 
fica pálido, escurecimento visual e transpiração profusa. 
Melhora em decúbito. 
✓ Tontura com sensação de desequilíbrio: só ocorro 
quando o paciente anda, e regride quando seta ou se 
deita. 
✓ Tontura com “sensação degradável na cabeça”: mal de-
finida. Pensar em hipertensão arterial, hipotensão arte-
rial. Hiperventilação, arritmia cardíaca com baixo débito, 
depressão ou ansiedade. 
✓ Vertigem (tontura com sensação de rotação): sensação 
de girar em torno do ambiente ou vice-versa. Pode ser 
acompanhada de náuseas, vômitos, desequilíbrio, pali-
dez e sudorese. Decorre de lesão ou disfunção das vias 
vestibulares, em especial de sua porção periférica. Prin-
cipais causas são infecções, intoxicações, tumores e 
edema do labirinto. 
CONVULSOES 
✓ São movimentos musculares súbitos e incoordenados, in-
voluntários e paroxísticos. 
✓ Podem ser parciais ou generalizadas. 
✓ Tipos: 
➢ Tônicas: sustentadas e imobilizarem as articulações. 
➢ Clônicas: rítmicas, alternando-se contrações e relaxa-
mento muscular. 
➢ Tônico-clônicas: perda abrupta da consciência com 
queda ao solo, seguindo-se uma fase de enrijeci-
mento global, seguida por contrações musculares su-
cessivas, generalizadas e intensas. 
✓ Causas: 
➢ Distúrbios de excitabilidade (epilepsia) 
➢ Distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia, 
hipomagnesemia, fenilcetonúria) 
➢ Lesões cerebrais expansivas 
➢ Edema cerebral 
➢ Hipóxia cerebral 
➢ Infecções cerebrais 
➢ Intoxicações exógenas 
➢ Febre 
AUTOMATISMOS 
✓ Fenômenos completos em que há perda da consciência, 
durante a qual o paciente executa atos de modo orde-
nado ou desordenado. 
✓ Representam atividade epiléptica do lobo temporal. 
AMNÉSIA 
✓ Perda de memória. Pode ser permanente ou transitória. 
✓ Típica pós-traumática. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
DISTÚRBIOS VISUAIS 
✓ Redução da acuidade visual é → ambliopia. 
✓ Perda total da visão → amaurose. 
✓ Ambas podem ser uni ou bilaterais, definitivas ou transi-
tórias, súbitas ou graduais, acompanhadas de dor ou não. 
✓ Dependem de lesões da retina, papila ou nervo óptico. 
✓ Hemianopsia → defeito campimétrico, no qual o paci-
ente perde a visão da metade do campo visual, podendo 
ser homônima ou heterônima. 
✓ A diplopia ocorre nos casos de estrabismo convergente e 
divergente, indicando paresia ou paralisia de um ou mais 
músculos ligados aos movimentos dos olhos. 
ALTERAÇÕES AUDITIVAS 
✓ Hipoacusia e anacusia expressam a diminuição e a perda 
total da audição. 
✓ São de condução quando são localizadas nas partes ex-
terna e média do ouvido. 
✓ São neurossensoriais quando há comprometimento da 
cóclea e demais partes do nervo auditivo. 
✓ Causas de hipo e/ou acusia: cerume, corpo estranho e 
atresia do ouvido externo. Da orelha média: otite, otos-
clerose e colesteatoma. Da orelha interna: defeitos neu-
rossensoriais.MANIFESTAÇÕES DIGESTIVAS 
✓ Náuseas ou enjoo 
✓ Encontradas em doenças do SNC, agudas ou crônicas, 
que aumentam a pressão intracraniana (meningite, neo-
plasias, hemorragia, traumatismo cranioencefálico). 
✓ Disfagia de causa neurológica aparece nas afecções em 
que há alterações dos nervos bulbares, que se acompa-
nham de paralisia da língua (XII) e do palato faríngeo (IX 
e X). 
ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE 
✓ As alterações subjetivas da sensibilidade são representa-
das pela dor, parestesias e anestesias. 
✓ Parestesias são sensações anormais, não dolorosas. Des-
critas como formigamento ou dormência. Ocorrem nas 
polineuropatias, tubes, AVC e na esclerose múltiplas. 
✓ Anestesia é a abolição da sensibilidade em todos seus 
modos. Na siringomielia estão abolidas a sensibilidade 
térmica e dolorosa. 
✓ Hiperestesia é o exagero da sensibilidade. Observada nas 
neuralgias e nas neuropatias. 
ALTERAÇOES DA MOTILIDADE VOLUNTÁRIA 
✓ Paralisia é a perda da motilidade voluntária por interrup-
ção funcional ou orgânica em qualquer ponto da via mo-
tora, desde o córtex até o músculo. 
✓ Paresia ou paralisia incompleta é quando a motilidade é 
apenas diminuída. 
✓ Hemiplegia é a paralisia de um lado do corpo 
✓ Diplegia é a paralisia de partes semelhantes de ambos os 
lados do corpo. 
✓ Paraplegia significa paralisia dos membros inferiores. 
✓ Tetraplegia dos MMSS e MMII. 
ALTERAÇOES DA MARCHA 
✓ Dependem de alterações no revestimento cutâneo dos 
pés, de distúrbios do sistema vascular, de alterações do 
aparelho locomotor, do sistema nervoso periférico, de al-
terações medulares e de raízes nervosas e do sistema 
nervoso central. 
DISTURBIOS ESFINCTERIANOS 
✓ Na bexiga neurogênica, a micção ocorre quando a parede 
da víscera de distende e estimula as raízes parassimpáti-
cas aferentes. 
✓ Causas mais frequentes da bexiga neurogênica são: após 
cirurgia que envolve as raízes sensoriais e motora, tumor 
medular, traumatismo raquimedular com lesões do cen-
tro sacral, infecções, tumor e angioma. 
TRANSTORNOS DO SONO 
✓ Insônia: dificuldade para dormir. Causas mais importan-
tes são as modificações do ritmo circadiano, micção no-
turna, febre, dor, insuficiência cardíaca, doença pulmo-
nar obstrutiva crônica, transtorno de ansiedade e obses-
sivo, esquizofrenia etc. 
✓ Ronco: respiração ruidosa com sons grosseiros ou desa-
gradáveis. 
✓ Sonolência ou hipersonia: sono excessivo ou prolongado 
acompanhado de irresistível tendência para dormir. Por 
tumor no hipotálamo, traumatismo cranioencefálico, mi-
xedema, síndrome de KleineLevin, síndrome de Pickwick 
(hipoxemia e hipercapnia por hipoventilação, em paci-
ente obeso), estados depressivos, uso de sedativos e 
hipnóticos, ingestão de bebidas alcoólicas, narcolepsia . 
✓ Sonilóquio: emite sons ou frases sem sentido durante o 
sono. 
✓ Pesadelos: comum no estágio REM. Frequente em paci-
entes inseguros, ansiosos, deprimidos ou agressivos. 
✓ Terror noturno: ocorre no terço inicial da noite, em pleno 
sono tranquilo. Movimenta-se descontroladamente, gru-
nhidos, choro ou gritos, taquicardia, taquopneia e sudo-
rese. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Sonambulismo: costuma ocorrer no primeiro terço na 
noite. 
✓ Briquismo: bruxismo. Ranger os dentes. Não se conhece 
a causa, mas ansiedade crônica ajuda a aparecer. 
✓ Movimentos rítmicos da cabeça: Jaactatio capitis noc-
turnus. Movimentos no sentido lateral ou anteroposte-
rior na transição entre sono e vigília. Causas: transtornos 
da esfera psicológica. 
✓ Enurese noturna: emissão involuntária de urina durante 
o sono. Acima de 3 anos de idade precisa ser investigado. 
ALTERAÇÕES DAS FUNÇÕES CEREBRAIS SUPERIORES 
✓ Distúrbios da comunicação (linguagem e fala): 
➢ Disfonia 
➢ Disartria (alteração da articulação da palavra falada) 
➢ Dislalia 
➢ Disritmolalia (taquilalia – fala imprecisa e gagueira) 
➢ Dislexia 
➢ Disgrafia (escrita irregular, secundária ao Parkinson) 
➢ Afasia 
▪ Motora ou verbal – afasia de broca – dificuldade 
para expressar-se pela fala ou pela escrita 
▪ Afasia receptiva ou sensorial – afasia de Wernicke 
– dificuldade para compreender fala ou escrita 
▪ Afasia global é a soma das duas anteriores 
▪ Afasia de condução – repetição de vocabulários. 
Ler normalmente, mas não escreve. 
▪ Afasia amnéstica: incapacidade de reconhecer o 
significado dos vocábulos e de nomear correta-
mente os objetos. 
▪ Afasia transcortical – compreensão e repetição ra-
zoáveis, dificuldade para a leitura e escrita e leve 
incapacidade para designar o nome dos objetos. 
✓ Alterações das gnosias: gnosia significa reconhecimento. 
Agnosia auditiva é incapacidade de reconhecimentos de 
sons. Cegueira cortical ou psíquica é a incapacidade de 
reconhecimento da visão de objetos. Estereognosia de 
objetos colocados na sua mão com olhos fechados. So-
matoagnosia, do próprio corpo em relação ao espaço. 
Prosopoagnosia da fisionomia alheia e autoprosopoag-
nosia da sua própria fisionomia. 
✓ Alterações das praxias: 
➢ Apraxia construtiva: perda dos gestos normalmente 
organizados (desenhar, copiar etc.) 
➢ Apraxia ideomotora: dificuldade ou incapacidade 
para a execução de gestos simples. Ex.: bater 3 vezes 
sobre a mesa. 
➢ Apraxia ideatória: não faz um ato complexo. Ex.: colo-
car água em um copo que estava emborcado. 
➢ Apraxia de vestir: dificuldade em despir e vestir. 
➢ Apraxia da marcha: causada por lesão frontal de am-
bos os hemisférios, provoca dificuldade da marcha. 
➢ Apraxia boculinguofacial: alteração dos gestos da mí-
mica facial, da boca e da língua. 
✓ Movimentos involuntários: 
➢ Coreia: involuntários rápidos, breves, nos membros, 
tronco e face. 
➢ Distonia: contrações musculares que levam a postu-
ras anormais e movimentos repetitivo, pode ter dor 
➢ Mioclonia: involuntário, breve e rápidos de grupos 
musculares. Podem ter origem central, espinal e peri-
férica. 
➢ Tremor: movimentos ritmados, alternados, entre 
músculos agonistas e antagonistas. 
➢ Fasciculações: movimentos involuntários de feixes de 
fibras musculares visíveis sob a pele. 
➢ Mioquinias: involuntárias, mais lentos, mais grossei-
ros e mais duradouros que fasciculações. 
➢ Pseudoatetose: movimentos incoordenados, lentos e 
de grande amplitude, principalmente em extremida-
des e na face. 
✓ Avaliação do estado mental: 
➢ Orientação: dia da semana, do mês, ano (orientação 
temporal). Pais, estado, cidade, hospital (orientação 
espacial). 
➢ Memória: repetir o nome 3 objetos. A partir de 100, 
diminuir 7 gradativamente por 5 vezes. Depois pede 
p repetir os nomes dos objetos. 
➢ Linguagem: nomear 3 objetos. Repetir uma frase. 
Prova dos três comandos (pegar papel, dobrar e colo-
car no chão). Ler uma frase e fazer seu comando. Es-
crever uma frase qualquer e desenhar um desenho 
simples. 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
✓ Qualquer doença que comprometa algum componente 
do sistema nervoso periférico recebe a denominação de 
neuropatia periférica. 
✓ Causas das neuropatias periféricas: agentes físicos (radi-
ação ionizante, choque elétrico, resfriamento e vibra-
ções); genéticas, doenças infecciosas (herpes, hansení-
ase, difteria), colagenoses, deficiência nutricional, doen-
ças imunológicas e medicamentos. 
DOR 
✓ Decorre de lesão do SNP ou SNC. 
✓ A maioria dos pacientes apresenta déficit sensorial clini-
camente detectável. 
✓ A dor pode ser: 
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➢ Alodinia: sensação dolorosa desencadeada por estí-
mulos táteis (ao toque ou às roupas) ou térmicos 
(frios ou quentes). 
➢ Hiperalgesia: sensação dolorosa mais intensa do que 
a resposta normal a um estímulo doloroso. 
➢ Causalgia: dor contínua com características de quei-
madura que piora aos estímulos táteis. 
➢ Cãibras: sensação dolorosa que acompanha contra-
ções musculares involuntárias. 
 
ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE 
✓ Anestesia ou hipoestesia 
✓ Hiperestesia 
✓ Parestesias 
✓ Disestesias 
EXAME FÍSICO 
✓ Deve responder às seguintes questões: 
➢ Em que nível está localizada a lesão? 
➢ Qual o tipo da lesão? 
➢ Apresenta efeito de massa ou não? 
➢ Qual o caráter ou tipo de evolução da lesão? 
➢ Qual origem da lesão? 
➢ Qual sistema está comprometido? 
ANAMNESE 
✓ Na história da doença atual, cinco aspectos merecem ser 
revistos: 
➢ Data do início da doença: recente ou não. 
➢ Modo de instalação da doença: se é agudo, pensa em 
trauma ou distúrbio vascular. Se foi lento, pensa em 
processo degenerativo ou neoplásico. 
➢ Evolução cronológica dos sintomas: quando e como 
os sintomas surgiram ou desapareceram. 
➢ Exames e tratamentos realizados com os respectivos 
resultados: principalmente quando se trata de epilep-
sia, cefaleia e doenças cerebrovasculares. 
➢ Estado atual do enfermo: como o paciente está na 
hora do exame. 
✓ No interrogatório sintomatológico: 
➢ Episódios de perda da consciência: sugerem epilepsia, 
síncope, lipotimia 
➢ Cefaleia: enxaqueca, aneurisma intracraniano, tumor 
cerebral, hipertensão intracraniana 
➢ Convulsões: epilepsia, intoxicações exógenas e hipo-
glicemia 
➢ Ambliopia/amaurose: tumor cerebral, esclerose múl-
tipla, neurite óptica 
➢ Diplopia: lesão de nervos oculomotores com conse-
quente paralisia ou paresia de músculos extrínsecos 
do olho 
➢ Hipoacusia/anacusia, zumbido: doenças do ouvido, 
tumor do ângulo pontocerebelar 
➢ Vertigem: labirintopatia, acidente vascular cerebral 
do sistema vertebrobasilar, tumor do ângulo ponto-
cerebelar 
➢ Náuseas/vômitos: enxaqueca, labirintopatia, tumor 
cerebral, hipertensão intracraniana 
➢ Disfagia/disfonia: lesões bulbares ou dos nervos res-
ponsáveis pela deglutição e fonação 
➢ Disfasia: lesões do hemisfério cerebral dominante por 
distúrbios vasculares ou neoplásicos 
➢ Dor/parestesia: lesões do sistema nervoso periférico 
(raízes, plexos e nervos) 
➢ Paralisia/paresia: lesões das vias motoras, centrais ou 
periféricas 
➢ Distúrbio esfincteriano: lesões medulares. 
✓ Nos antecedentes pessoais: 
➢ Condições pré-natais 
➢ Condições do nascimento 
➢ Condições do desenvolvimento psicomotor 
➢ Vacinações 
➢ Doenças maternas 
✓ Antecedentes familiares 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
EXAME FÍSICO 
✓ Primeiro fazemos uma avaliação estativa, investigando 
tudo aquilo que conseguimos enxergar. 
✓ Fácies: 
➢ Paralisia facial: 
▪ Periférica unilateral: desvio da comissura labial 
para lado da hemiface sadia e incapacidade de fe-
char o olho (lagoftalmo) 
▪ Periferia bilateral: boca entreaberta, lagoftalmo 
bilateral, sem rugas ou expressividade. 
▪ Central: acomete apenas metade inferior da face 
contralateral. 
➢ Parkinsoniana: hipomimia, em máscara, redução da 
frequência de piscamento, boca entreaberta, saliva, 
tremor nos lábios ou mandíbula. 
➢ De hutchinson: cabeça reclinada para trás e contra-
ção da musculatura frontal para compensar ptose pal-
pebral, e escassez de movimentos ocular. 
➢ Miastênica: semiptose bilateral com alterações assi-
métricas de MOE. 
➢ Tetânica: enrugamento da testa, contração palpebral 
e repuxamento das comissuras labiais, trimo. 
✓ O postura e marcha. 
PESCOÇO E COLUNA CERVICAL 
✓ Carótidas: palpação e ausculta. Amplitude, frêmito e so-
pro. 
✓ Região supraclavicular: é neste ponto que a artéria verte-
bral tem origem na subclávia. Auscultar. 
✓ Movimentos da cabeça: pede-se ao paciente que execute 
movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização 
da cabeça. Ver se tem dificuldade ou limitação. Relacio-
nada com doenças osteoarticulares, musculares, menin-
gites, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea. 
✓ Rigidez da nuca: o examinador co-
loca uma das mãos na região oc-
cipital do paciente em decúbito 
dorsal e, suavemente, tenta fletir 
a cabeça dele. Pode apresentar 
resistência, defesa ou simples-
mente rigidez da nuca. Encon-
trada na meningite e na hemorra-
gia subaracnóidea 
✓ Prova de Brudzinski: o examinador repousa uma das 
mãos sobre o tórax do paciente em decúbito dorsal e 
membros estendidos e, com a outra, colocada na região 
occipital, executa uma flexão forçada da cabeça. A prova 
é positiva quando o paciente flete os membros inferiores, 
havendo casos nos quais se observam flexão dos joelhos 
e expressão fisionômica de sensação dolorosa 
✓ Transição craniovertebral: Ver se tem “pescoço curto”, o 
qual pode denunciar deformidades ósseas (redução nu-
mérica das vértebras cervicais, platibasia e impressão ba-
silar). 
COLUNA LOMBOSSACRA 
✓ Movimentos: paciente executa movimentos de flexão, 
extensão, rotação e lateralização da coluna, e observa-se 
a eventual existência de limitação na amplitude dos mo-
vimentos e em que grau. 
✓ Provas de estiramento de raiz nervosa: 
➢ Prova de Lasègue: paciente em decúbito dorsal e os 
membros inferiores estendidos, o examinador faz a 
elevação de um membro inferior estendido. A prova 
é positiva quando o paciente reclama de dor na face 
posterior do membro examinado, logo no início da 
prova (cerca de 30° de eleva-
ção) 
➢ Prova de Kernig: consiste na 
extensão da perna, estando a 
coxa fletida em ângulo reto 
sobre a bacia e a perna sobre 
a coxa. Considera-se a prova positiva quando o paci-
ente sente dor ao longo do trajeto do nervo ciático e 
tenta impedir o movimento. Outra manobra de Ker-
nig é elevar ambos os MMII ao mesmo tempo; posi-
tiva se desencadear dor e flexão nos joelhos. Essas 
provas são utilizadas para o diagnóstico da meningite, 
da hemorragia subaracnóidea e da radiculopatia ciá-
tica. 
MARCHA OU EQUILÍBRIO DINÂMICO 
✓ Todo e qualquer distúrbio de marcha dá-se o nome de 
disbasia. 
✓ Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: paciente 
mantém o membro superior fletido em 90° no cotovelo e 
em adução e a mão fechada em leve pronação. O mem-
bro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não 
flexiona. Por essa razão, a perna tem de se arrastar pelo 
chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente 
troca o passo. Ocorre nos pacientes que apresentam he-
miplegia, cuja causa mais comum é acidente vascular ce-
rebral 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Aparelho Cardiovascular 
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✓ Marcha anserina ou de pato: para caminhar, o paciente 
acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora para a 
direita ora para a esquerda, lembrando o andar de um 
pato. É observada em doenças musculares e traduz uma 
diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. 
 
✓ Marcha parkinsoniana: o doente anda como um bloco, 
enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A 
cabeça permanece inclinada para frente e os passos são 
miúdos e rápidos, dando a impressão de que o doente 
“corre atrás do seu centro de gravidade” e que irá sofrer 
uma queda para frente. Ocorre na síndrome parkinsoni-
ana 
 
✓ Marcha cerebelar ou marcha do ébrio ou atáxica: ao ca-
minhar, o doente ziguezagueiacomo uma pessoa embri-
agada. Este tipo de marcha traduz incoordenação de mo-
vimentos em decorrência de lesões do cerebelo. 
 
✓ Marcha tabética: para se locomover, o paciente mantém 
o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levanta-
dos abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados 
no chão, os calcanhares tocam o solo de modo intenso. 
Com os olhos fechados, a marcha piora acentuadamente 
ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade pro-
prioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Um 
exemplo é a tabes dorsalis (neurolues) 
 
✓ Marcha de pequenos passos: caracterizada por passos 
muito curtos, e, ao caminhar, o paciente arrasta os pés 
como se estivesse “patinando”. Ocorre na paralisia pseu-
dobulbar e em doenças extrapiramidais. Às vezes, o paci-
ente não consegue sair do lugar (“freezing”). Idosos tam-
bém podem apresentar marcha de pequenos passos 
 
✓ Marcha vestibular: o paciente com lesão vestibular (labi-
rinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se 
fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em 
linha reta. Se o paciente é solicitado a ir de frente e voltar 
de costas, com os olhos fechados, em um ambiente 
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amplo, ele descreverá uma figura semelhante a uma es-
trela, daí ser denominada também marcha em estrela 
 
✓ Marcha escarvante: quando o doente tem paralisia do 
movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar 
toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, 
levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando 
o “passo de ganso” dos soldados prussianos 
 
✓ Marcha em tesoura ou espástica: os dois membros infe-
riores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, 
os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente 
da outra quando o paciente tenta caminhar. O movi-
mento das pernas lembra uma tesoura. É frequente nas 
formas espásticas da paralisia cerebral 
✓ 
 
✓ Marcha claudicante: ao caminhar, o paciente “manca” 
para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial peri-
férica e em lesões do aparelho locomotor 
 
✓ Marcha do idoso: nos idosos a marcha pode apresentar-
se alentecida, com passos curtos e diminuição dos movi-
mentos associados de membros superiores. Alterações 
no equilíbrio, coordenação, sensibilidade e força muscu-
lar aumentam os riscos de queda, podendo levar a diver-
sas complicações. 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
✓ Prova de Romberg → Paciente em posição vertical, com 
pés juntos e olhando para frente. Depois de alguns se-
gundos, ordena-se que ele feche as pálpebras durante al-
guns segundos. 
✓ Quando a prova de Romberg é positiva (oscilações do 
corpo com olho fechado) pode ser: 
➢ Para qualquer lado e imediatamente após interrom-
per a visão, indica lesão das vias de sensibilidade pro-
prioceptiva consciente. 
➢ Sempre para o mesmo lado após transcorrer pequeno 
período de latência, traduz lesão no aparelho vestibu-
lar. 
✓ É positiva nas labirintopatias, tabes dorsalis, degenera-
ção combinada da medula e polineuropatias periféricas. 
MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA 
✓ Os atos motores são de três tipo: voluntário, involuntário 
e reflexo. 
MOTRICIDADE ESPONTANEA 
✓ Paciente executa uma séria de movimentos, especial-
mente dos membros. Ex.: abrir e fechar a mão, estender 
e fletir o antebraço etc. 
✓ Se não estiverem com sua amplitude, avaliar grau e sede 
da limitação. Ex.: acentuada redução da amplitude do 
movimento de extensão do pé direito, e assim por diante. 
✓ Afastadas as condições extraneurológicas (abcesso, re-
tração tendinosa), as causas de redução ou abolição são 
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representadas por lesão dos neurônios motores e/ou 
suas vias. 
FORÇA MUSCULAR 
✓ Fazer os mesmos movimentos da motricidade espontâ-
nea só que agora com oposição aplicada pelo examinador 
✓ Se tiver discreta ou duvidosa deficiência motora dos 
membros realizam-se as denominadas “provas deficitá-
rias”, representadas pelas provas de Barré, Mingazzini e 
dos braços estendidos. 
 
Pode ser registrado: 
✓ Literalmente: em que se anota a graduação e a sede: 
➢ Força normal nos quatro membros 
➢ Força discretamente diminuída na extensão do ante-
braço direito 
➢ Força moderadamente diminuída na flexão da perna 
esquerda 
➢ Força muito reduzida na extensão do pé direito 
➢ Força abolida na flexão da coxa esquerda 
✓ Convencionalmente: de acordo com a Medical Research 
Council Scale, anotando-se também a sede: 
➢ 5: força normal 
➢ 4+: movimento submáximo contra resistência 
➢ 4: movimento moderado contra resistência 
➢ 4–: movimento discreto contra resistência 
➢ 3: movimento contra a gravidade, mas não contra re-
sistência 
➢ 2: movimento quando a gravidade é eliminada 
➢ 1: contração muscular sem deslocamento articular 
➢ 0: sem contração muscular. 
TONUS MUSCULAR 
✓ Feito com paciente deitado e com completo relaxamento 
muscular 
✓ Inspeção: se há ou não achatamento das massas muscu-
lares de encontro ao plano do leito. 
✓ Palpação das massas musculares: grau da consistência 
muscular. fica aumentada nas lesões motoras centrais e 
diminuída nas periferias. 
✓ Movimentos passivos: passividade, extensibilidade. 
Exemplos de achados de exame: moderada hipotonia nos 
membros inferiores e acentuada hipertonia dos membros 
direitos. 
✓ Hipotonia: achatamento das massas musculares no 
plano do leito, consistência muscular diminuída, passivi-
dade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de 
balanço com exageradas oscilações. Ocorre nas lesões 
das vias motoras piramidal e extrapiramidal. 
✓ Hipertonia: consistência muscu-
lar e extensibilidade aumentadas, 
passividade diminuída e prova do 
balanço com reduzidas oscila-
ções. Ocorre na hemiplegia, na di-
plegia cerebral infantil, na escle-
rose lateral amiotrófica e na mi-
elopatia compressiva. Quando 
atinge globalmente os músculos, 
mas com predomínio dos 
extensores dos membros 
inferiores e flexores dos membros 
superiores, determina a clássica 
postura de WernickeMann 
✓ A Miotonia é o relaxamento alentecido após contração 
muscular. Pode ser demonstrada solicitando ao paciente 
que cerre o punho e, em seguida, abra a mão 
rapidamente. Ocorre na distrofia miotônica de Steinert e 
na miotonia congênita de Thomsen. 
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✓ Distonia é a contração simultânea da musculatura 
agonista e antagonista, o que pode ocasionar posturas 
anômalas intermitentes ou persistentes. São exemplos o 
torcicolo espasmódico,a cãibra do escrivão e a distonia 
muscular deformante. 
✓ Na paratonia ou gegenhalten, o paciente aparentemente 
se opõe à tentativa do examinador em movimentar seu 
membro. Ocorre em lesões frontais bilaterais. 
COORDENAÇAO 
✓ A perda de coordenação é denominada ataxia. Pode ser 
cerebelar, sensitiva ou mista. 
✓ Nas ataxias sensitivas, se fecha o olho, piora. O que não 
acontece nas cerebelares. 
✓ Exame da coordenação: 
➢ Prova indicador-nariz 
➢ Prova calcanhar-joelho 
➢ Prova dos movimentos alternados. Denominase 
diadococinesia estes movimentos. A capacidade de 
realizálos é chamada eudiadococinesia. Sua 
dificuldade é designada disdiadococinesia, e a 
incapacidade de realizálos recebe o nome de 
adiadococinesia 
✓ Tem dismetria (distúrbio na medida do movimento) 
quando o paciente não consegue alcançar com precisão 
o alvo, errando para mais ou para menos. 
REFLEXOS 
REFLEXOS EXTEROCEPTIVOS OU SUPERFICIAIS 
✓ Nesses reflexos o estímulo é feito na pele ou mucosa por 
um estilete rombo 
✓ Reflexo cutaneoplan-
tar: paciente em decú-
bito dorsal, MMII esten-
didos, o examinador es-
timula superficialmente 
a região plantar, fa-
zendo um leve semicír-
culo na parte mais ante-
rior. A resposta normal é 
a flexão dos dedos. O 
sinal de Babinski ocorre 
quando tem uma 
extensão da hálux, que 
indica lesão da via piramidal ou corticoespinal. 
✓ Reflexos cutâneoabdominais: decúbito dorsal, parede 
abdominal totalmente relaxada, examinador estimula no 
sentido da linha mediada em três níveis: superior, médio 
e inferior. Resposta normal é a contração dos músculos 
abdominais, que determina um leve deslocamento da ci-
catriz umbilical para lado estimulado. Abolido na inter-
rupção do arco reflexo, na lesão da via piramidal e, às ve-
zes, mesma na ausência de alterações do SN (obesidade, 
pessoas idosas, multíparas) 
REFLEXOS PROFUNDOS OU MIOTÁTICOS 
✓ Tem os fásicos ou clônicos e os tônicos ou posturais. 
✓ Os reflexos miotáticos fásicos ou clônicos são os que dá 
para fazer com o martelo. Aquileu, patelar, flexor dos de-
dos, supinador, pronador, biciptal e triciptal. Eles podem 
ser normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados. 
✓ A arreflexia ou hiporreflexia são encontradas quando 
tem uma interrupção do arco reflexo, por exemplo, na 
poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia. 
REFLEXOS NIOTÁTICOS FÁSICOS OU CLÔNICOS 
REFLEXO MÚSCULOS CENTRO MEDULAR SEDE DO ESTÍMULO RESPOSTA NERVO RESPONSÁ-
VEL 
Aquileu Tríceps sural L5-S1 Tensão de Aquiles Flexão do pé N. ciático 
Patelar Quadrícpes L2-L4 Tendão rotuliano Extensão da perna N. ciático 
Flexor 
dos de-
dos 
Flexor dos 
dedos da 
mão 
C7-C8-T1 Face palmar Flexão dos dedos da mão N. mediano 
Supina-
dor 
Supinadores C5-C6 Apófise estilóide do rá-
dio ou um pouco acima, 
na extensão dos dedos 
Flexão do antebraço e , 
às vezes, ligeira pronação 
e flexão dos dedos 
N. ulnar 
Prona-
dor 
Pronadores C6-C7-C8-T1 Processo estiloide da 
ulna 
Pronação da mão e ante-
braço 
N. radial 
Biciptal Bíceps C5-C6 Tendão distal do bíceps Flexão do antebraço N. muscolucutâneo 
Triciptal Tríceps C6-C7-C8 Tendão distal do tríceps Extensão do antebraço N. radial 
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SENSIBILIDADE 
✓ As fibras mais calibrosas transmitem as sensações relaci-
onadas com a vibração, modificações posturais e com o 
tato discriminativo. 
✓ As fibras mais finas são as das sensações de frio, calor, 
dor e tato grosseiro. 
✓ Quando fazer o estímulo, deve perguntar se o paciente 
está sentindo alguma coisa? O que? Em que parte do 
corpo? 
ESTEREOGNOSIA 
✓ Capacidade de se reconhecer um objeto com a mão sem 
o auxílio da visão. 
✓ É função tátil discriminativa ou epicrítica com compo-
nente proprioceptivo. 
✓ Quando se 
perde essa fun-
ção, diz-se aste-
reognosia ou 
agnosia tátil, in-
dica lesão do 
lobo parietal 
contralateral. 
✓ Imagem: tátil, 
dolorosa, vibra-
tória e cinético 
postural 
NERVOS CRANIANOS 
NERVO OLFATÓRIO (I) 
✓ As impressões olfató-
rias são recolhidas pe-
los receptores da mu-
cosa pituitária na cavi-
dade nasal e conduzi-
das aos centros corti-
cais da olfação situados 
nos hipocampos, após 
atravessarem os dois 
lobos frontais. Os cen-
tros corticais, por sua vez, intercomunicam-se pelas fi-
bras associativas comissurais. 
✓ Alterações deficitárias ganham maior significado clínico 
porque dependem de distúrbios neurológicos, como fra-
turas do andar anterior da base do crânio e tumor da go-
teira olfatória. Hiposmia e anosmia. 
✓ As lesões corticais causam parosmia, alucinações olfató-
rias e cacosmia. 
NERVO OPTICO ( II) 
✓ Acuidade visual: ler ou ver o que tem no ambiente. Ava-
liar cada olho separadamente. Ambliopia é a diminuição 
da acuidade. 
Amaurose é a 
abolição. 
✓ Campo visual: 
olhar para o nariz 
do examinador, 
tem que estar na 
mesma altura e 
com distância de 
1 braço, tampa 
um olho e vê até 
quando o paci-
ente enxerga. 
Alterações são 
causadas por tu-
mores, infec-
ções e desmieli-
nização. 
✓ Fundoscopia: oftalmos-
cópio para ver o fundo o 
olho. Pode encontrar pali-
dez da papila, que significa 
atrofia do nervo óptico. 
Edema uni ou bilateral da 
papila que traduz hiperten-
são intracraniana, e modifi-
cações das arteríolas que surgem na hipertensão arterial. 
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NERVO OCULOMOTOR (III) , TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE 
(VI) 
✓ São examinados em conjunto porque inervam os múscu-
los dos globos oculares. 
✓ Motilidade extrín-
seca: com a cabeça 
imóvel, o paciente é 
solicitado pelo exa-
minador que deslo-
que os olhos nos sen-
tidos horizontal e 
vertical. As causas 
mais frequentes de lesões dos nervos oculomotores são 
os traumatismos, diabetes melito, aneurisma intracrani-
ano, hipertensão intracraniana e tumores da região selar. 
✓ Motricidade intrínseca: exame da pupila. Reflexo foto-
motor direto e o fotomotor consensual. Reflexo de aco-
modação. Em lesão unilateral do oculomotor, a pupila 
entra em midríase homolateral e não responde a estí-
mulo algum – midríase paralítica. Na lesão bilateral da via 
aferente, os reflexos fotomotor direto ou consensual es-
tão abolidos e o de acomodação está preservado. 
✓ Sinal de Argyll-Robertson consiste em miose bilateral, 
abolição do reflexo fotomotor e presença do reflexo de 
acomodação. A lesão para esse sinal é na região peria-
quedutal, no mesencéfalo. 
✓ A A síndrome de Claude BernardHorner é caracterizada 
por miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral. 
Decorre de lesão do simpático cervical. 
NERVO TRIGÊMEO (V) 
✓ Raiz motora: nervo mastigador → músculos da mastiga-
ção → temporal, masseter e pterigoideos. Lesão unilate-
ral da raiz motora pela observação de atrofia das regiões 
temporais e masseterinas, desvio da mandíbula para o 
lado da lesão com abertura da boca; debilidade do lado 
paralisado de trincar os dentes e dificuldade do movi-
mento de laterização da mandíbula. 
✓ Raízes sensitivas: nervos oftál-
mico, maxilar e mandibular. 
Testa tipo a sensibilidade su-
perficial, só que acrescenta a 
pesquisa da sensibilidade cor-
neana, feita com uma mecha 
de algodão que toca suave-
mente a região entre a escleró-
tica e a córnea. Reflexo corneo-
palpabral. Alterações no trigê-
meo podem ser consequência de herpes-zóster, trauma-
tismo e tumores. 
NERVO FACIAL (VII)✓ Mímica da face. 
✓ Exame: enrugar a testa, franza os supercílios, cerre os 
pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a 
boca e contraia o platisma ou músculo cutilar do pescoço. 
✓ Na paralisia unilateral tem a lagoftalmia (olho permanece 
entre aberto), ausência do ato de piscar, lacrimejamento, 
desvio da boca para o lado normal. 
✓ Causas: infecções virais, diabetes melito, tumores, otite 
média, traumatismos, herpes-zoster e hanseníase. 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR VIII 
✓ Raiz coclear é incumbida da audição. Avaliada pela dimi-
nuição gradativa da intensidade da voz natural, voz co-
chichada, atrito suave das polpas digitais próximo ao ou-
vido; audiometria e prova de Rinne (diapasão no mas-
toide – positivo quando paciente acusa percepção do 
som) 
➢ Hipoacusia. Pode ser por tamponamento por cerume, 
otosclerose. Lesões na raiz coclear por rubéola, 
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neurinoma, fratura do rechedo, intoxicação medica-
mentosa e síndrome de Meniere. 
➢ Zumbido, hiperacusia e alucinações. 
✓ Raiz vestibular responsável pelo equilíbrio. Na anamnese 
o paciente vai queixar-se de vertigem, náuseas, vômitos 
e desequilíbrio. Investiga com o reconhecimento de nis-
tagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, 
sinal de Romberg e provas vestibulares. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO ( IX) E NERVO VAGO (X) 
✓ Lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se 
por distúrbios da gustação do terço posterior da língua 
(hipogeusia e ageusia). 
✓ Lesão unilateral dos nervos IX e X, tem um desvio do véu 
palatino para o lado normal (não lesionado) quando o pa-
ciente pronuncia as vogais “a” ou “e”, desvio da parede 
posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) 
por meio de cuidadosa estimulação e diminuição ou abo-
lição do reflexo velopalatino. 
✓ Lesão isolada do X e que envolve só o ramo laríngeo, de-
termina disfonia. 
✓ Causas mais frequentes são neuropatia diftérica, tumor 
do mediastino, esclerose lateral amiotrófica, siringobul-
bia e traumatismo. 
NERVO ACESSÓRIO XI 
✓ A lesão do acessório tem como consequência atrofia des-
ses músculos (esternocleidomastóideos e a porção supe-
rior do trapézio), deficiência na elevação do ombro (tra-
pézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto (ester-
nocleidomastóideo) do músculo comprometido 
NERVO HIPOGLOSSO (XII) 
✓ Origina-se no bulbo e se dirige para os músculos da língua 
✓ Investiga-se movimentando a língua para todos os lados, 
no interior da boca ou exteriorizada, forçar a ir de encon-
tro com a bochecha e palpando-a para avaliar sua consis-
tência. 
✓ Lesões unilaterais do hipoglosso tem atrofia e fascicula-
ções na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a 
ponta da língua se desvia para o lado da lesão. 
✓ Lesões bilaterais as manifestações são atrofia, fascicula-
ções, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para 
mastigar e deglutir. 
FALA E LINGUAGEM 
✓ No resumo de exame físico geral 
AVALIAÇÃO DO NIVEL DA CONSCIÊNCIA 
✓ 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL 
✓ Orientação: ano, mês, dia do mês, da semana e hora 
aproximada (orientação temporal). Pergunta o nome do 
estado, cidade, andar que está, endereço, lugar que se 
encontra (orientação espacial). Cada resposta vale 1 
ponto. 
✓ Retenção de dados: repetir 3 nomes de objetos que você 
nomeou. Cada resposta vale 1 ponto. 
✓ Atenção e cálculo: tirar 7 de 100 cinco vezes subsequen-
tes. Cada resposta vale 1 ponto. 
✓ Memoria: repetir o nome dos objetos nomeados no teste 
de retenção. 
✓ Linguagem: 
➢ Nomear dois objetos 
➢ Repetir a frase: nem aqui, nem ali, nem lá. 
➢ Prova dos três comandos: “Pegue o papel com a sua 
mão direita, dobre-o ao meio e coloque-o sobre a 
mesa” 
➢ Papel com “feche os olhos” 
➢ Escreva uma frase qualquer 
✓ Função visuoespacial: copiar um desenhor 
✓ 
✓ 
✓ 
✓

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