Buscar

Prévia do material em texto

Processo de industrialização por substituição de importação 
Introdução	
O Brasil passou por um processo de industrialização desenvolvimentista com base em um sistema conhecido como industrialização por substituição de importações, este processo teve início durante a década de 30 até a década de 80 passando por seis grandes e importantes estágios, a era Vargas, o crescimento do pôs guerra, o plano de metas, o milagre econômico, e o segundo plano nacional de desenvolvimento ( PND ).
	Os 15 anos de duração da era Vargas foram responsáveis por inicial o boom da industrialização nacional logo após a crise de 1929 iniciado com a produção dos bens de consumo não duráveis como tecidos alimentos ou calçados. A maioria dos produtos industrializados dessa época eram extremamente simples.
	O pôs guerra foi um momento extremamente importante para o desenvolvimento nacional sendo um momento de grande crescimento econômico atras de uma consolidação da indústria brasileira.
	O Plano de metas talvez tenha sido o momento de maior ousadia e ordenamento da economia no pais, com Juscelino Kubitschek o brasil teve um grande caráter desenvolvimentista com uma organização do desenvolvimento e a construção de uma estrutura produtiva capas de suportar um rápido crescimento industrial.
	O período do milagre econômico é precedido por um momento de grande crise econômica com um reajustamento rápido após o inicio do regime militar, após a crise o Brasil tinha um crescimento próximo dos 9% a.a. e um crescimento econômico financiado pelo estado.
	O período de 1973 até 1980 é conhecido como segundo PND sendo o último das fazes do processo de industrialização de importações e após esse período o brasil passa por grandes períodos de crises inflacionarias.
História da Industrialização por substituições de importações 
	O Brasil durante o início do século era uma economia agroexportadora com o seu principal produto sendo o café, um produto que conseguia manter a economia nacional, o café era um produto que tinha quase sua produção inteira ecoada para mercados da Europa e América
	Durante o início do século houve uma grande concentração de renda nas mãos dos cafeicultores sendo assim a taxa de importação era muito baixa pois a maior parte da população não tinha condições de comprar bens de consumo importados isso fez com que houvesse pouco interesse na criação de indústrias no país mesmo havendo alguns casos pontuais, mas pouquíssimos realmente relevantes, ate o ano de 1929 com a crise econômica global.
	Com a crise mundial houve uma crise no setor cafeeiro no Brasil já que com as economias estrangeiras em crise a capacidade de venda do café caiu muito isso fez com que os cafeicultores mudassem suas estratégias e fizessem investimentos nas capacidades industriais já instaladas e em diversas novas industriais com o objetivo de substituir os produtos que anteriormente eram importados.
	Um fator extremamente importante que poderia ser considerado ate mesmo uma politica keynesiana com a politica da destruição do café em que o governo se responsabilizava pela venda do café estipulando um valor bem mais alto do que o do mercado mundial tornando assim um financiador do cafeicultores que por sua vez estavam fazendo pesados investimentos no setor industrial e mantinham os empregos no campo.
	Os pais passavam por um momento de alta capacidade ociosa já que a população vinha crescendo mas a agricultura não tinha mais como expandir isso criou uma situação ideal para uma rápida industrialização já que tínhamos grandes investimentos e uma mão de obra excedente.
	Durante o período do pré-guerra o Brasil teve um crescimento altíssimo do número de empresas no pais por exemplo em 1935 a produção industrial era 90% maior do quem em 1925, durante a década de 20 houveram a criação de 4.697 estabelecimento industriais já na década de 30 tivemos 12.232 representando um aumento significantemente alto.
	A indústria brasileira era completamente dependente das economias externas para crescer já que o país não tinha a capacidade de produção de insumos intermediários e de maquinário industrial deixando assim o Brasil dependente da indústria europeia e americana, com o início da segunda guerra mundial ouve uma estagnação do crescimento já que as indústrias estrangeiras estavam concentradas no esforço de guerra.
	Durante a guerra o Brasil teve uma grande estagnação econômica, mas em contrapartida as relações internacionais criadas durante o período preparam a indústria brasileira para o forte crescimento no pôs guerra, já que por exemplo houve o um acordo entre o governo americano e brasileiro no qual o Brasil se junta se aos aliados e receberia em troca a Companha Siderúrgica Nacional que foi o primeiro passo para o Brasil produzir insumos intermediários.
	Logo após o fim da guerra a também a saída de Getúlio Vargas do poder, o governo provisório que assumiu o país teve grande importância pois neste período o brasil passa a ter uma aceleração industrial de 8,5% tornando assim o brasil em um país industrial passando a ser menos dependente das variações do preço do exterior e passa a ter como principal variável o nível de investimento.
	O crescimento do período foi financiado pelo estado que utilizou ao máximo a geração de moeda para investir na industrialização nacional, para controlar a inflação o governo criou diversas medidas para controlar o cambio como os leilões de cambio. Mas mesmo com um esforço de controlar a inflação no final do período os níveis de inflação já começavam a perder o controle.
	Em 1956 é eleito Juscelino Kubitschek que possuía uma proposta de governo ousada e importante para o desenvolvimento nacional que já vinha de uma década forte, o plano de metas foi no completo oposto do controle inflacionário tendo três grandes pilares em relação a industrialização, a ação do estado, das empresas nacionais e das multinacionais.
	O estado tinha como função criar e investir em estruturas de suporte a produção como estradas, portos, redes elétricas e hídricas ao longo do país, enquanto o capital privado nacional era incentivado a desenvolver a indústria de bens de capitais, as empresas multinacionais eram responsáveis pelo desenvolvimento de industrias tecnológicas como a indústria automotiva ou naval.
	Este planejamento realmente alavancou rapidamente a economia brasileira, mas com isso o brasil foi contra a proposta do FMI de tomar medidas de estabilidade e passou a optar por uma expansão industrial. O que acabou gerando uma grande a base para primeira crise realmente importante da história do Brasil.
	Logo após o período de JK o Brasil passa por grandes instabilidades politicas com o governo de João Goulart com suas politicas controversas, a renuncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 1964, além disso a crise causada pelos gastos do plano de metas gerou uma forte crise econômica no pais o que afastou o capital tanto nacional quanto estrangeiro, derrubando a taxa de crescimento dos últimos anos e criando um alto nível inflacionário.
	Durante o período de João Goulart ouve o plano trienal que buscava diminuir o rápido crescimento da inflação sem ter grandes implicações no crescimento e na produção nacional algo que não teve sucesso então com a entrada do governo militar ouve a criação do PAEG o plano de ação do governo que teve como planejamento combater a crescente inflação e o déficit fiscal, além disso utilizou do poder autoritário para suprimir o aumento dos salários dos sindicatos. O período do PAEG conseguiu reduzir a inflação já em 1964 em 90% mas isso levou a uma retração da economia até 1967.
	Esse período foi marcado por duas reformas, a reforma tributária que aumentou a arrecadação do governo criando uma situação favorável para a concessão de incentivos fiscais e subsídios em setores estratégicos e a reforma financeira criou o PIS, PASEP e FGTS que serviram como financiador para como crédito para o consumo numa retomada da demanda.
Após 1967 ouve o conhecido como milagre econômico que aproveitando as últimas reformas governamentaise uma situação global que beneficiava o brasil como a reversão cíclica e a prosperidade econômica mundial que permitiram altos investimentos e crédito externo, o que aumentou o endividamento nacional.
O milagre econômico pode ser explicado como a utilização da capacidade ociosa gerada durante o início da década de 60, com um grande destaque ao setor de bens de consumo duráveis que tiveram grande crescimento com o aumento da demanda. O crescimento da renda e da demanda foram os maiores caracterizadores do milagre.
Em 1974 temos a crise do petróleo marcando assim a queda do crescimento de diversos países em que o petróleo se tornou extremamente caro consequentemente aumentando o preço de todos os produtos industrializados.
Com esta nova crise mundial e o crescente endividamento nacional desde o plano de metas criaram um desequilibro da balança comercial muito alto velando o pais a tomar duas possíveis atitudes uma politica de ajuste que significaria uma adaptação da economia ao quadro de desequilíbrio sendo necessário assim um controle dos gastos do governo ou uma politica de crescimento tentando se aproveitar da crise para poder crescer esperando uma crise curta. 
A escolha do governo brasileiro foi a politica de crescimento sendo assim houve uma expansão da divida externa tendo como base a época do plano de metas em que o pais vinha sofrendo uma crise e com politicas de crescimento com isso foi formulado o segundo plano nacional de desenvolvimento o PND.
O segundo PND tinha como base ser a ultima etapa para o processo de substituição de importações com foco na capacidade de produção de insumos intermediários e bens de capital, com o estado tendo como principal investimento a alteração das matrizes energéticas para as hidrelétricas que tinham a capacidade de manter um forte crescimento, isto fez com que o brasil tivesse novamente uma mudança na sua dinâmica de crescimento que agora passava a ser os bens de capital e insumos básicos.
Isso fez com que o segundo PND seja considerado um sucesso momentâneo já que mesmo fortalecendo a indústria também foi uma das maiores causas das diversas crises inflacionarias brasileiras

Mais conteúdos dessa disciplina