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CRISLAYNE RABELO sistema urinário Doenças renais · hidronefrose · Hidronefrose é o acumulo de urina na pelve renal. · Pode ser congênita associada a aplasia segmentar de ureter. Aplasia quer dizer ausência de formação e segmentar quer dizer um pedaço, ou seja, ausência da formação de um pedaço do ureter. Assim, o rim vai produzir o filtrado glomerular que vai para a pelve renal, vai para o ureter e não consegue desembocar na bexiga, já que vai estar faltado um pedaço do ureter. Com isso, vai acumular urina no ureter e depois na pelve renal. · As causas mais comuns de hidronefrose na medicina veterinária são: · Cálculos urinários: Podem obstruir qualquer lugar no sistema urinário. · Hiperplasia prostática benigna: A próstata cresce de maneira idiopática comprimindo a uretra. É mais comum em cães velhos. · Sinais clínicos: Dor, apatia, andar arqueado, vomito e pode ou não ter disúria e anúria. · Necropsia: A pelve renal vai estar dilatada, repleta de líquido e o parênquima renal vai estar delgado. · glomerulonefrite · É a inflamação dos glomérulos. · Os glomérulos possuem pequenos poros que servem de peneira para que pequenas substâncias passem por ela e caiam no filtrado glomerular. Quando há lesão nos glomérulos, esses poros aumentam de tamanho fazendo com que partículas maiores passem para o filtrado. Entre elas está a proteína, assim o animal vai apresentar proteinúria na urinálise. · A principal proteína é a albumina. Isso gera hipoalbuminemia que diminui a pressão oncótica. · Dentro do túbulo essa albumina vai ser compactada e na urinálise vai aparecer cilindros hialinos. · Se o comprometimento for em mais de 75% dos glomérulos, o animal irá apresentar insuficiência renal que pode ser aguda e evoluir para crônica, onde vai ter aumento de ureia e creatinina circulante (azotemia). · Achados macroscopicos: · Na fase aguda o rim fica aumentando de tamanho. Porém o glomérulo perdido vai ser substituído por tecido conjuntivo fibroso, assim depois na fase crônica ele diminui de tamanho. · O glomérulo também vai ficar visível, sendo possível ser visto como pontos milimétricos avermelhados na fase aguda ou acinzentados esbranquiçados na fase crônica na região do córtex renal. · Outra coisa é a indistinção da transição cortico-medular. · GLOMERULONEFRITE POR deposição DE IMUNOCOMPLEXOS · Imunocomplexos são antígenos ligados ao anticorpo que servem para sinalizar que precisam ser removidos da circulação e mandados para o baço para serem destruídos. Porém quando o imunocomplexo é pequeno, ele passa despercebido pelo baço ficando na circulação e parando em qualquer vaso de pequeno calibre. É comum parar no glomérulo (emaranhado de pequenos vasos) e quando isso acontece o sistema imune identifica, lavando a um processo inflamatório que vai atrair neutrófilo. O neutrófilo vai jogar seus grânulos no imunocomplexo, destruindo-os e também destruindo o tecido adjacente, ou seja, o tecido saudável gerando a glomerulonefrite por deposição de imunocomplexos. · Na fase aguda ele sente dor, pela compressão do plexo solar que fica ao lado do rim. · Doenças que causam a glomerulonefrite por deposição de imunocomplexos: · Cães: Leptospirose, hepatite infecciosa canina, erliquiose e leishmaniose. · Gatos: Felv, peritonite infecciosa felina (PIF) e neoplasias. · Equinos: Anemia infecciosa equina que tem notificação obrigatória e é transmitida por um vetor. O animal positivo tem que ser eutanasiado. · Bovinos: Diarreia viral bovina. · Suínos: Peste suína africana. Não existe no Brasil, apenas a clássica.
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