Buscar

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

Nicolas Martins 2025.1 - Fisiologia II 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO 
● Introdução 
 
O hipotálamo é uma estrutura pertencente ao nosso SNC que comanda várias 
áreas do nosso corpo, controla várias funções e mantém nossa homeostase. 
O hipotálamo é dividido em vários núcleos, sendo que iremos debater sobre os 
núcleos que possuem contato com nossa glândula hipofisária que é subdivida em 
duas glândulas, uma área chamada de ​adenohipófise ​que é uma região onde os 
hormônios entre o hipotálamo e a glândula circulam através da circulação 
sanguínea, e temos a ​neuro hipófise onde não há uma comunicação sanguínea 
entre o hipotálamo e a neuro hipófise 
 
Os dois núcleos que possuem contato com nossa glândula hipofisária são: 
 
- Núcleo arqueado = se comunica com a região 
adenohipófise através de uma circulação sanguínea, essa 
circulação é chamada de circulação porta-hipofisária 
 
Portanto os hormônios produzidos pelos neurônios do 
núcleo arqueado são liberados na corrente sanguínea e 
chegam na região adeno hipofisária, e cada hormônio 
produzido pelo núcleo arqueado vai estimular um 
grupamento celular na adeno hipófise. ​Por exemplo, caso 
ocorra um estímulo no núcleo arqueado para a liberação 
de um pré-pró hormônio chamado de CRH, ele irá se 
comunicar com um grupamento de células específico na 
adeno-hipófise e irá liberar o hormônio ACTH que estimula 
a produção de cortisol de adrenal 
 
- Núcleo supraventriculares = projetam-se neurônios em direção a neuro 
hipófise, não possuem circulação que o comunique com a neuro hipófise 
 
Estímulos que chegam nos núcleos supra e paraventriculares estimulam a área 
osmo sensível rica em osmorreceptores do hipotálamo, ou seja, quando os solutos 
aumenta sua concentração (como o Na+) isso é um estímulo para que os núcleos 
paraventriculares produzam, por exemplo, o ADH. Portanto, os hormônios que estão 
contidos na neuro hipófise são neurônios que vieram prontos dos núcleos supra e 
paraventriculares, ou seja, a neuro hipófise não irá produzir hormônios e somente 
secretá-los. Dois hormônios são armazenados na neurohipófise o ADH e a 
Ocitocina 
 
 
 
 
OBS​.: Se cortarmos a hipófise e perdessemos tanto a adenohipófise quanto a neuro 
hipófise, os hormônios produzidos na adenohipófise iriam parar de ser produzidos já que 
sua conexão com os núcleos arqueados foram cortados. O corte que ocorre na 
neurohipófise quando os hormônios são produzidos nos núcleos para e supraventriculares 
irá ter um impacto na produção desses hormônios, porém, os dois hormônios continuarão a 
ser liberados já que a única função da neurohipófise é o armazenamento 
 
● Neurônios do Hipotálamo 
Nos núcleos para e supraventriculares temos 
os neurônios magnocelulares que são 
responsáveis pela produção de ADH e 
Ocitocina e a partir do trajeto neuronal chega a 
neuro hipófise onde são liberados na circulação 
sistêmica. No núcleo arqueado temos vários 
neurônios parvocelulares que vão produzir 
vários pré pró hormônios dependendo do 
estímulo que chega e pelo sistema 
porta-hipofisária essas substâncias chegam a 
adeno hipófise onde irão estimular diferentes 
tipos celulares 
 
OBS​.: Um exemplo de estímulo, o parto normal faz com que se tenha um estiramento da 
musculatura uterina que irá vai servir de estímulo para que a neuro hipófise libere o 
hormônio ocitocina e depois do nascimento a sucção do leite serve como estímulo para a 
liberação de ocitocina. Ou seja, os estímulos que irão desencadear a necessidade da 
glândula a produzir determinado hormônio 
 
 
GH ​= O hormônio do crescimento estimula o fígado a secretar um hormônio peptídico de 
promoção do crescimento conhecido como ​fator de crescimento semelhante à insulina 1 
(IGF 1) 
- Exerce efeitos diretos sobre os ossos e o metabolismo 
 
✓ Influências hormonais sobre o crescimento 
O hormônio do crescimento constitui o principal estímulo para o crescimento pós-natal 
 
- O hormônio do crescimento estimula a liberação de IGF-1 do fígado e de muitas 
outra células, e , em seguida, o IGF-1 atua localmente (e também como hormônio 
circulante) para estimular a divisão celular 
 
- O hormônio do crescimento também atua diretamente sobre as células para 
estimular a síntese de proteínas 
 
- A secreção de hormônio de crescimento atinge o pico durante a adolescência 
 
A regulação da secreção do GH é feita de acordo com alguns fatores, sendo eles o jejum 
prolongado principalmente de proteínas, hipoglicemia (diminuição da quantidade de ácidos 
graxos no sangue), exercício, excitação, trauma e a grelina (hormônio da digestão, dá a 
sensação de fome). Existem algumas anormalidades na secreção do GH, dentre elas 
pode-se citar: 
(1) Pan-hipopituitarismo ​– tumor ou trombo na hipófise que leva a redução da secreção 
de todos os 
hormônios causando nanismo; 
(2) ​Gigantismo ​– tumores acidofílicos, que levam ao aumento exacerbado da síntese 
de GH; 
(3) ​Acromegalia ​– tumor acidofílico após a adolescência que leva ao aumento das 
extremidades; 
(4) ​Faixa etária – é comum a diminuição da secreção do hormônio do crescimento à 
medida que os indivíduos vão envelhecendo. 
 
Em excesso​: Pode ser causado por um tumor adenohipofisária, causara um crescimento 
anômalo devido à secreção de GH após o fechamento da placa epifisária aonde ossos 
chatos podem se distender um pouco levando ao um quadro chamada de analogia, levando 
a um aumento de queixo, ombros, pés e cabeça. O GIGANTISMO pode ser causado pelo 
mesmo motivo mas secreta GH antes do fechamento da placa epifisária levando a um 
aumento dos ossos longos 
 
Baixa estatura​: 
- Pode ser causada por uma diminuição da secreção de GH 
- Produção diminuída de IGF-1 
- Incapacidade dos tecidos de responder ao IGF-1 como mutações que resultam em 
receptores inativos de IGF-1 
 
 
● ​Funções do Hipotálamo 
- Controle do SNA 
 
- Regulação da temperatura corporal 
- Controle da emoções 
- Regulação do sono e vigília 
- Regulação da fome 
- Regulação da sede 
- Regulação da diurese 
- Regulação da adeno-hipófise 
 
 
Fisiologia da Tireoide 
 
 
A adeno-hipófise libera um hormônio de extrema 
importância para estimulação dos hormônios 
tireoidianos, o TSH 
 
●​ ​Revestimento 
- Cápsula fibrosa de TC frouxo 
- Divisão em lóbulos 
 
● Folículos tireoideanos 
 
● Tipos Celulares 
- Tireocitos ou células foliculares 
- Colóide (tireoglobulina), onde são 
produzidos os hormônios tireoidianos 
 
● Células parafoliculares ou C 
- Parede dos folículos 
- Secretam calcitonina, produzida pelas células parafoliculares 
 
A glândula tireoide é responsável pela produção de dois hormônios, o T3 e o T4 
chamados de Triiodotironina (2 tirosinas + 3 iodos) e Tiroxina (2 tirosinas + 4 iodo) 
respectivamente. A tireoide produz maiores quantidades de T4, porém, o hormônio 
biologicamente ativo é o hormônio T3. Isso ocorre por conta da enzima desiodase, 
que tira uma molécula de iodo da estrutura, ou seja, o hormônio T4 se transforma 
em T3 
 
OBS.: ​T3 ao sofrer ação da desiodase se 
transforma no hormônio T2, que não possui 
função biológica. Desse modo, se o 
organismo produzisse mais T3 do que T4 
as concentrações de T3 nos tecidos seria 
extremamente baixa 
 
 
 
 
 
● T3 e T4: aumento do metabolismo➤ Desiodases 
- Tipo 1​: fígado, rins e m.esquelético e tireoide 
- Tipo 2​: cérebro - células da glia. [ ] de T3, adeno hipófise e 
tiróide 
- Tipo 3:​ irá inativar T4 em RT3, para que T4 não fique em excesso 
 
➤ Estímulo para secreção 
- Frio 
- TRH → TSH → T3 e T4 
 
 
● Retroalimentação negativa 
 
Quando T3 e T4 são produzidos os próprios 
hormônios tireoidianos geram alças de feedback tanto 
para a adeno hipófise quanto para o hipotálamo. 
Portanto, quando há um aumento de T3, por exemplo, 
diminui a liberação do próprio TSH, regulando assim a 
produção dos hormônios tireoidianos. Ou seja, o 
hipotálamo e a tireoide podem auto regular sua secreção, 
fazendo retroalimentação negativa com o hipotálamo por 
meio de hormônios finais e na hipófise por meio de 
hormônios hipofisários 
 
● Efeito Wolff - Chaikoff 
Se nós aumentarmos a ingestão de iodo, principalmente na forma de iodeto, 
diminui a produção hormonal devido a uma diminuição da resposta dos 
transportadores das células foliculares a entrada de iodo quando a ingestão está 
excessiva. Quando a ingestão de iodo diminui bruscamente é um estímulo para que 
os transportadores fiquem superexcitados aumentando a produção hormonal 
 
⬆​ ​ ​Ingestão de iodo​ → ​⬇​ ​Produção hormonal 
⬇​ ​ ​Ingestão de iodo​ → ​ ​⬆​ ​Produção hormonal 
 
● Síntese dos hormônios 
 
Antes de T3 e T4 serem formados a tirosina (que possui alta afinidade ao iodo) , 
presente em altas concentrações no colóide, forma um complexo com 2 moléculas 
 
de iodo chamado de ​DIT​. Porém com o tempo a concentração de iodo no colóide cai 
e a tirosina perde a afinidade ao iodo e começa a se ligar com somente 1 iodo 
formando o complexo chamado ​MIT​. 
 
- Monoiodotirosina (MIT) 
- Diiodotirosina (DIT) 
 
→ ​T4 = DIT + DIT 
Por isso a tireoide produz tanto T4, pois enquanto tiver iodo abundante a tirosina irá 
formar DIT, ou seja, produzirá mais DIT 
 
→ ​T3 = MIT + DIT 
 
OBS​.: A célula folicular consegue armazenar iodo durante um mês, depois de um 
mês se o iodeto não vier pela dieta irá ocorrer o efeito Wolff- Chaikoff mas caso continue 
com essa escassez a capacidade de produção hormonal acaba caindo 
 
● TSH 
 
O TSH atua na célula folicular da tireoide no 
receptor de TSH acoplado a ptn G, quando 
estimulado pelo TSH irá aumentar a 
concentração de AMPc que consequentemente 
aumenta a velocidade e ação de transporte da 
bomba de iodeto, estimulando diretamente a 
bomba de iodeto (NIS) encontrada na membrana 
basolateral. Portanto, o TSH ao chegar na 
circulação sanguínea estimula seu receptor que 
aumenta as concentração de AMPc que estimula 
o NIS (bomba de iodeto), transportando iodeto 
com o sódio, o sódio volta a corrente sanguínea 
pela bomba Na/K ATPase enquanto o iodeto é 
transportado para o colóide pelo transportador 
chamado de pendrina que está do lado apical da célula . 
 
A tirosina só consegue formar os complexos MIT e DIT quando combinada ao 
iodo, devido sua grande afinidade a esse íon, portanto o iodeto que entra na célula 
folicular é transformado em iodo pela enzima TPO, encontrada da membrana apical, 
possibilitando a formação dos complexos que irão formar os hormônios T3 e T4. 
 
Desse modo, tudo que é produzido no colóide é endocitado pela membrana 
apical para a célula folicular, onde formam um complexo de hormônios vesiculados 
e são transportados pela megalina. Esse vesícula é degradada por enzimas 
lisossômicas fazendo com que T3 e T4 sejam secretados para o sangue e MIT e 
 
DIT que sobram são reaproveitados dentro da célula folicular, liberando iodo que 
ficará armazenado já que a pendrina transporta com mais afinidade o iodeto do que 
o iodo, fazendo com que desde que esteja chegando iodeto a pendrina o 
transportara no lugar do iodo presente na célula folicular 
 
● Transporte 
 
São transportados por proteínas sanguíneas: 
- Globulina ligadora de tiroxina (TGB) 
- Transtirretina (TTR) 
- Albumina 
 
O transporte desse hormônios por proteínas aumenta sua meia vida, pois, evita a 
ação das enzimas desiodases 
Quando T4 é convertido em T3 ou T3 chega na célula via corrente sanguínea, os 
efeitos células tireoidianos ocorrem em receptores genéticos e não genômicos, ou 
seja, podem atuar em receptores fora da células, dentro da célula e em seu núcleo 
 
● Efeitos Fisiológicos 
 
 
 ● Doenças da Tireoide 
 
1 - Hipotireoidismo primário​: Problema na tireoide 
✓ Doença de Graves: doença auto imune decorrente da formação de 
imunoglobulinas estimulantes da tireoide (TSI) que estimula a tireoide, fazendo a 
mesma função do TSH aumentando o AMPc que estimula a bomba NIS, assim, 
aumentando a produção de hormônios tireoidianos 
→ Em um exame laboratorial: ​⬆ ​T4 livre ​⬆ ​TSI ​⬇ ​TSH 
 
✓ Adenoma Tireoideano: tumor que se desenvolve na tireoide e secreta grande 
quantidade de hormônios 
→ Em um exame laboratorial: ​⬆ ​T4 livre ​⬇ ​TSH 
 
2 - Hipertireoidismo secundário​: aumento da liberação dos hormônios em 
resposta a um aumento dos níveis de TSH - Adenoma hipofisário (<1%) 
 
→ Perfil hormonal caracterizado pela incapacidade de supressão de TSH mesmo 
com níveis altos de T3 e T4 
→ Em um exame laboratorial: ​⬆ ​T4 livre ​⬆ ​TSI ​⬆​TSH 
 
Os sintomas do hipertireoidismo são 
- Estado de alta excitabilidade - Intolerância ao calor 
- Perda de peso - Diarreia 
- Fraqueza muscular - Nervosismo 
- Fadiga extrema e insônia - Tremor nas mãos 
 
Remoção cirúrgica: Iodo radioativo 
 
Hipotireoidismo: condição resultante da ação insuficiente dos hormônios da 
tireoide 
- Primário​: decorrente de distúrbios na própria tireóide 
Tireoidite de Hashimita​: doença autoimune vinculada a produção de auto 
anticorpos que promove uma inflamação da glândula com posterior destruição 
 
Deficiência de iodo: 
→ ​Bócio colóide endêmico​: deficiência dietética de iodo 
→ ​Bócio colóide atóxico idiopático:​ aumento da tireoide 
 
- Secundário​: diminuição da secreção de TSH decorrente de um 
hipopituitarismo (disfunção da adenohipófise em produzir TSH) 
 
 
 
Os sintomas do hipertireoidismo são: 
- Fadiga e sonolência extrema - Lentidão muscular 
- Redução da frequência cardíaca - Redução do débito cardíaco 
- Aumento de peso - Constipação 
- Lentidão mental - Redução do crescimento do cabelo 
 
Tratamento: Suplementação hormonal 
 
Cretinismo 
 
Hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças 
Deficiência de crescimento corporal e retardado mental 
- Congênito: ausência congênita da tiróide 
- Endêmico: incapacidade de produzir os hormônios tireoidianos devido defeito 
genético ou da ausência de iodo na dieta