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Aula 09 - Economia Monetária_Postar (1)

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Universidade Estácio de Sá
Disciplina: Economia Empresarial
Aula 09 – Conceitos sobre Moeda e a Demanda por Moeda
Prof. Alan Gusmão
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1. Mercado Monetário
Moeda: Tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços.
 
Moeda é qualquer objeto que sirva como intermediário de trocas. (Bacha) Hoje, poderíamos definir moeda como os ativos financeiros que podem ser usados diretamente na compra de bens e serviços. Entendendo-se como ativos financeiros que podem ser usados: o papel moeda, as moedas metálicas e os depósitos a vista nos bancos comerciais.
História da Moeda:
Na antiguidade: Caça e coleta.
10.000 a.c.: Excedentes e “escambo”
1000 a.c: Moeda-Mercadoria
600 a.c: Moedas Metálicas: Cobre e Bronze
1000 d.c: Moedas Metálicas: Prata e Ouro
1700 d.c: Moeda-Papel
1900 d.c: Papel-Moeda ou Moeda Fiduciária.
Hoje pode parecer natural pensar em moeda e estranho pensar num mundo sem este instrumento, mas nem sempre foi assim. Este fenômeno era comum antigamente e é conhecido como “economias de escambo”. Muitos povos na antiguidade agiam assim e hoje ainda pode ser percebido em povos não inseridos plenamente no capitalismo, ex. índios.
 Na antiguidade a humanidade vivia basicamente de caça e coleta. As pessoas precisavam passar o dia inteiro correndo atrás de comida. Lembrem do homem das cavernas com madeira correndo atrás de comida o dia inteiro. Não existia assim, especialização no trabalho ou geração de excedentes. As necessidades por trocas eram tão básicas que era fácil obter a “dupla-coincidência” de desejos. Assim, a operação de troca não distinguia a compra da venda. As trocas eram diretas de bem para bem.
 
As coisas começaram a mudar há cerca de 10 mil anos atrás alguns povos começaram a desenvolver técnicas de cultivo e criação de gados. Isto como uma resposta inteligente a um período de frio excessivo pelo qual a terra passou. Se antes só eram capazes de obter o necessário para sobreviver agora era possível gerar excedentes. Passaram a trocar roupas por alimentos e alimentos por alimentos. A principal região nessa época era o crescente fértil (região entre os rios tigre e Eufrates: Turquia, Iraque e Síria). O escambo, que consiste na troca direta de bens por bens, começou a se intensificar.
Com os excedentes, as desigualdades de renda apareceram. Quem tinha terras férteis poderia comer, beber e vestir o que quisesse. Teve inicio também o trabalho “remunerado”. Agora quem não tinha terras, ao invés de sair correndo atrás de gazelas, trabalhava para o seu senhor em troca de comida. O excedente permite novas funções já que agora não era necessário todo mundo correr atrás de comida. Começaram a aparecer os primeiros guerreiros, artesões e sacerdotes.
O escambo passou a se tornar problemático por uma série de fatores: não permite consumo futuro (as trocas eram imediatas), dificuldade em bater a “dupla coincidência de desejos” dos dois negociantes (o produtor de frango precisaria encontrar um produtor de camisas que quisesse frangos) e dificuldade em se valorar quanto vale cada coisa (quantos frangos valem uma camisa?).
As coisas começaram a mudar 4000 anos antes de cristo, com o surgimento da primeira moeda, na Babilônia.
No princípio, as primeiras moedas foram mercadorias. Estas deveriam ser suficientemente raras (para que tivessem valor) e deveriam atender a uma necessidade comum e geral (para que pudessem ser aceitas sem restrições por todos os integrantes dos grupos envolvidos em operações de trocas indiretas). (Lopes e Rosseti, p.28)
A mercadoria-moeda é uma mercadoria de aceitação geral que é utilizada como intermediária de trocas. As transações realizam dando-se essa mercadoria em pagamento pelos bens recebidos. As primeiras formas de moeda foram, portanto as mercadorias de aceitação geral tal como o gado, o sal, o trigo, etc... (Goes e Gadelha, p.267)
Na Babilônia, os agricultores deixavam sacas de grãos nos silos do rei e em troca ganhavam tabletes de argila com o total de sacas deixadas. Os silos do rei funcionavam como os primeiros “bancos” e os tabletes como “moedas”, pois o povo trocava os tabletes de argila por outros bens. O problema é que os grãos estragavam e o lastro do dinheiro, os tabletes, perdiam valor.
As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para comunidade e de época para época. Temos como exemplos possíveis uma série de bens: couro, tabaco, conchas bonitas, penas de certas aves, bacalhau, trigo, fumo, cereais e sal. Salário era a remuneração que os legionários romanos recebiam na forma de sal. Um bem candidato a moeda só precisava ser raro e ter aceitação geral. Acontece que a utilização de mercadorias para desempenhar o papel de moeda traz uma série de problemas: elas não costumam ser duráveis (bois morrem), são difíceis de se transportar (bois não cabem no bolso) e não são homogêneas (existem bois fracos e bois saudáveis. Naturalmente, se um bem vale três bois, o comprador desejará entregar ao vendedor os bois mais fracos e velhos).
Na Turquia, Em mais ou menos 600 AC tem-se a primeira moeda universal, o cobre. Pela primeira vez um estado começou a cunhar moedas de metal e dizer o quanto valia cada uma. Ele superava os tipos de problemas visto pelas moedas-mercadorias pois não estragava, derretia a uma temperatura baixa e ainda tinha várias aplicações. Em tempos de paz, poderia formar panelas e caldeirões. Em tempos de guerra, espadas e lanças garantiam novas posses. Da melhoria do processo de fabricação do cobre, tem-se o bronze e o ferro. Essas moedas eram pesadas e marcadas.
As moedas possuem características essenciais: indestrutibilidade, homogeneidade, divisibilidade, transferibilidade, facilidade de manuseio e transporte. (Lopes e Rosseti, p.26). As moedas metálicas são as primeiras a atenderem estas características fundamentais e por isto se difundiram amplamente nos anos seguintes.
 
Com a descoberta de novas jazidas desses minerais e com as inovações no processo de produção, houve a possibilidade de aumentar as suas produções, reduzindo seus valores de troca. Por causa disso, os minérios citados anteriormente foram substituídos pelo ouro e a prata que são comparativamente mais escassos. (Bacha, p.67)
Os metais foram tão importantes como moedas que alguns ganharam até o nome de metais. Libra esterlina quer dizer “meio quilo de prata com alto grau de pureza”, prata da boa! (libra=meio quilo, esterlina=grau de pureza da prata. Do inglês: Pound sterling). Com os metais começamos a ter uma unidade de conta universal. Tudo passou a ser contado em termos monetários. A moeda indiana rúpia, significa “gado”.
Das moedas para as notas...
Quando a própria moeda tinha valor alguns começaram diminuindo a quantidade de material precioso. Muitas vezes era difícil achar metais preciosos para imprimir as moedas. A Grécia resolveu isso misturando metais abundantes com metais raros na moeda (prata e cobre). É a primeira moeda de mentira na humanidade. É prata mas não é tão prata assim...
Moeda-papel: são as notas que possuem lastro em ouro. (Gremaud p.262) O que eu tinha chamado de padrão ouro!
Para evitar a circulação e desgaste das moedas metálicas, passou-se a emitir certificados representativos da quantidade de moeda, a moeda-papel. Este mantinha sua conversibilidade em ouro apenas substituindo-o dada a facilidade de manusear. Assim, quando um banco emitia dinheiro, vinculava o dinheiro emitido aos ouros que tinha como reserva. (por ex.: a cada 100 libras eu troco por 10 gramas de ouro). O menor custo de carregamento e a confiança de que os pedaços emitidos de papel representavam ouro fizeram com que as pessoas cada vez abdicassem do metal em favor do papel como moeda. 
O transporte de metais a longas distancias tornou-se relativamente difícil (por conta do peso) e sujeito a riscos (por conta de roubos). Pela precariedade das estradas e dos meios de transporte e pelos riscos envolvidos no porte de materiais preciosos desenvolveram-seesforços para a criação e a difusão de instrumentos monetários mais flexíveis. Assim, os ourives passaram a custodiar ouro e prata fornecendo aos depositantes, certificados de depósitos, os quais, por comodidade e segurança, passaram a circular no lugar dos metais monetários. Com a circulação dos certificados de depósito, estava criada uma nova modalidade de moeda. A moeda-papel, com lastro de 100% e com garantia plena da conversibilidade, já que seus detentores podiam a qualquer momento trocá-las pelos metais depositados que deram origem a sua emissão. (Lopes e Rosseti, p.33).
Com o passar do tempo, esse certificação de deposito passou a ser transferível, dando origem ao papel-moeda, que tinhas as seguintes características: era um certificado de depósito totalmente lastreado em moedas de ouro e de prata e possuía garantia de plena conversibilidade nessas moedas a qualquer momento. (Bacha p.67)
Do padrão ouro para a moeda fiduciária.
Papel-moeda ou moeda fiduciária: Não existe qualquer tipo de lastro e a sua aceitação se dá por imposição legal e pela credibilidade conferida pelo governo a esta nota. (Gremaud p.262)
O uso generalizado da moeda-papel abriu caminho para o desenvolvimento de uma nova modalidade de moeda, não integralmente lastreada. Assim de forma cautelosa, os guardiões dos metais preciosos começaram a emitir certificados não lastreados. (Lopes e Rosseti, p.33)
De início, os recibos dos depósitos correspondiam exatamente à quantidade de ouro mantida nos cofres. Acontece que ao observarem que esses recibos circulavam, passando por muitas mãos, e demoravam certo tempo para ser esgotados, os ourives, e posteriormente os banqueiros, passaram a emitir por sua conta recibos em maior quantidade que os depósitos de ouro recebidos em seus cofres. A idéia era conceder empréstimos mediante o pagamento de juros. O valor desses recibos, ou as moedas de papel, dependia da confiança que merecia o banco emissor. A circulação da moeda nos países que conservaram o lastro-ouro até os anos 60 do século XX era, em média, 30% a 40% superior às reservas do metal depositado, embora as autoridades monetárias desses países em determinados momentos ultrapassassem tais limites.
As casas de custódia ao passar do tempo perceberam que: a) nem todos os portadores de certificados de depósito exerciam a sua conversão em moedas de ouro e prata. B) mesmo que alguns depositantes trocassem a moeda-papel por essas moedas, outros indivíduos faziam o movimento inverso. c) havia confiança do publico nelas. Assim, em sua origem a moeda fiduciária era um certificado de depósitos conversível em metais preciosos porém com um lastro em ouro e prata inferior a 100% do total da moeda-papel. (Bacha, p.68)
Durante a Idade média, era comum se depositar ouro nas oficinas dos ourives visando à segurança do ouro contra eventuais ladrões. Em troca, os ourives emitiam títulos onde se obrigavam à devolução do ouro depositado. Para efetuar transações envolvendo o ouro depositado, as pessoas começaram a utilizar esses títulos como moeda, em vez de resgatar o ouro e efetuar as transações com o próprio metal, por uma questão de praticidade e segurança. Era o início das cédulas monetárias e dos bancos.
Durante a idade média era comum depositar ouro nas oficinas dos ourives. Em troca os ourives emitiam títulos onde se obrigavam à devolução do ouro depositado. 
Uma vez que o uso do papel-moeda se generalizou e todos o aceitaram como moeda, independente de existir ou não o lastro, passou-se para outro estágio em que o pedaço do papel moeda se tornou inconversível mas a sua aceitação generalizada e garantida por lei. É a chamada moeda fiduciária (vem de fidúcia, confiança). Como é facilmente reproduzível, o problema dela é que pode perder as funções de reserva de valor ou unidade de conta rapidamente em um contexto de emissão desenfreada. Por isto as suas emissões são controladas pelo Bacen. Para manter o valor da moeda, o Bacen deve manter a oferta monetária sob controle.
O problema do papel-moeda pode ser a sua gestão. Uma emissão desenfreada de moeda pode levar a processos inflacionários e a perda de valor da moeda, isto é, a quantidade de mercadorias que uma determinada unidade monetária pode comprar. (Gremaud p.262)
Explicação da passagem ouro-moeda fiduciária (UNB): A moeda fiduciária (ou papel-moeda), cuja aceitação se baseia na confiança (fidúcia) dos agentes econômicos, e não em seu valor intrínseco, surge primeiramente sob a forma de um vale ou de um recibo referente à moeda metálica, depositada junto a um indivíduo ou a uma instituição financeira, por razões de segurança. Esses recibos podiam ser trocados por moeda metálica sempre que o portador assim o desejasse, possuindo um lastro em ouro ou em moedas conversíveis em ouro. Contudo, enquanto existisse uma relação de “um para um” entre esses papéis e o metal depositado, não haveria criação de moeda. Isso passa a ocorrer quando o banqueiro emissor dos recibos, percebendo tanto sua circulação quanto sua aceitação como meio de pagamento, decide manter em caixa apenas uma fração dos depósitos em moeda metálica, emprestando o restante. (Alternativamente, podemos imaginar que ele conceda empréstimos entregando ao tomador recibos “falsos” — que não correspondem a um depósito efetuado —, já que esses recibos circulam como moeda). A evolução se completa no século XX, quando o papel-moeda passa a ser inteiramente fiduciário, não possuindo lastro algum, nem podendo ser trocado por metal precioso.
Esses bens foram amplamente aceitos como moeda porque possuíam duas características básicas: eram escassos e tinham aceitação geral. Ao ter essas qualidades podiam desempenhar três funções básicas que detalho abaixo.
Obs.: A moeda no Brasil de 1 real é feita de aço inox 
A.D (depois de cristo em latim) Anno Domini Nostri Iesu Christi ("Ano de Nosso Senhor Jesus Cristo") ou B.C (before christ). Em português: AC (antes de cristo) ou DC (depois de cristo em português).
Funções da moeda:
1. Meio de troca: Intermedia o fluxo de bens e serviços. Possui aceitação geral e é recebido em contrapartida da cessão de um bem ou serviço, eliminando as trocas diretas entre eles.
2. Unidade de conta: É um padrão de medida comum a todas as mercadorias. Por onde medimos o valor de diferentes bens e serviços.
3. Reserva de valor: Pode ser estocado para acumulação de riqueza e aquisição de um bem ou serviço no futuro.
A Demanda de Moeda no Modelo IS-LM:
Porque vocês demandam moeda? Vocês demandam moeda porque ela é bonita? Porque é uma obra de arte e dá para pendurar num quadro? Porque vocês gostam de fazer aviãozinho de papel? Para enfeitar a carteira? Não né? Pelo menos eu espero que não! Vocês demandam moeda por alguns motivos principais..
Estudaremos aqui quais são os motivos que levam os agentes econômicos (indivíduos e empresas) a reter ativos monetários. Por desempenhar funções essenciais, principalmente as relacionadas à intermediação de trocas, a manutenção, pelos indivíduos e empresas de determinados níveis de encaixe monetário, pode ser considerado como uma necessidade vital. (Lopes e Rosseti, p.57). No popular, demandar moeda significa querer guardar dinheiro no bolso ou na conta corrente.
A demanda por moeda é feita pelos agentes econômicos: famílias, empresas, governo e setor externo. As famílias e empresas precisam de moeda para fazer seus pagamentos, manter encaixes monetários preventivos ou para especular. O governo precisa de dinheiro para financiar seus gastos e o setor externo precisa de moeda nacional para investir e adquirir bens produzidos no país. Assim, todos os agentes demandam moeda. (Goes e Gadelha, p.116).
A demanda de moeda é igual a demanda por M1 (MP). Ou seja, corresponde a quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém em media seja com o publico, seja com as empresas ou com os depósitos à vista. A moeda, definida como MP, é o estoque de ativos que pode ser utilizado nas transações. 
A função da demanda por moeda no modelo IS-LM:Md=f($Y,i)
					 + -
Renda nominal: Quanto maior a renda das famílias e empresas, mais elas vão precisar de dinheiro para efetuar compras de bens.
Taxa de juros: Quanto maior a taxa de juros, mais os agentes investirão o seu dinheiro em títulos e menor será a demanda por moeda.
A oferta de moeda na Economia:
O Bacen e os bancos comerciais têm o poder de “criar moeda”, expandir os meios de pagamento (aumentar o M1).
Base monetária: É a soma do PMPP e das reservas bancárias dos bancos comerciais. É o total de moeda emitido pelo Bacen.
BM=PMPP+ Reservas dos bancos comerciais
Banco Central (Bacen): 
É o responsável pelas políticas monetária e cambial. Tem como objetivo regular o montante de moeda, crédito, taxa de juros e câmbio.
Banco central é a instituição de um país à qual se tenha confiado o dever de regular o volume de dinheiro e de crédito da economia. Essa atribuição dos bancos centrais geralmente está associada ao objetivo de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional. Além disso, a maior parte dos bancos centrais também tem como missão promover a eficiência e o desenvolvimento do sistema financeiro de um país.
Lembrem-se da parte da história de moeda, onde o banco central surge como única empresa habilitada a emitir moeda. Desta forma, ao controlar a escassez do dinheiro ele garante o seu poder de compra.
Do lado do passivo temos as fontes de financiamento (recursos) e do lado do ativo temos as aplicações realizadas. (Gremaud, p.266)
O banco central não recebe depósitos das pessoas para se financiar, como os bancos comerciais. Assim, o principal modo que ele tem de se financiar é através do dinheiro que ele próprio emitiu.
Principal fonte de recurso (passivo): base monetária (papel moeda emitido). Principais aplicações (ativos): títulos públicos federais e reservas internacionais 
Funções do Bacen:
1. Banco do governo: É ele quem recebe os depósitos do governo. 
2. Execução da Política monetária: Regula as ofertas de crédito e moeda. 
3. Banco emissor de moeda: Detém o monopólio de emissão de papel moeda de um país.
4. Banco dos bancos: Recebe depósitos e realiza empréstimos para os bancos comerciais.
5. Execução da política cambial e depositário das reservas internacionais: Possui em seu banco as reservas internacionais que utiliza para intervir na compra e venda de moeda internacional.
Os Bancos comerciais
Bancos comerciais: São instituições que captam dinheiro de agentes superavitários e o empresta a agentes deficitários.
Principal fonte de recurso (passivo): depósitos a vista. Principais aplicações (ativos): empréstimos ao setor privado e reservas bancárias.
2.Política Monetária
Política Monetária: É o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. 
Ou seja, É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda disponível e a taxa de juros vigente para controle principalmente da inflação! A PM também é usada as vezes para aumentar o emprego e o crescimento. Isto quando é utilizada para expandir a moeda na economia! LM para direita.
É o mercado que determina a taxa de juros. No entanto, o Bacen tem a capacidade de induzir o mercado a aumentar ou diminuir a taxa de juros. Isto é feito através da PM. A PM é o controle do governo sobre a oferta de moeda. Por esse meio, o governo influencia a taxa de juros a vigorar na economia. O Bacen pode alterar a posição da curva de oferta de moeda, influenciando a taxa de juros. Por ex. se o Bacen diminiuir os compulsórios, a curva de oferta de moeda se desloca para a direita e a taxa de juros diminuirá. (Bacha, p.114)
Quando falamos de política monetária, estamos nos referindo às ações do governo no sentido de controlar as condições de liquidez da economia. Diante disso, a política monetária pode ser definida como o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. Alternativamente, também podemos definir a política monetária como sendo a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeitos diretos ou induzidos, com o propósito de controlar a liquidez global do sistema econômico. A política monetária diz respeito à atuação do Banco Central para dimensionar os meios de pagamento e os níveis das taxas de juros, adequando essas variáveis aos objetivos de crescimento da produção e do emprego, com estabilidade de preços.
Instrumentos da política monetária
1. Operações no mercado aberto “open market”: compra e venda de títulos públicos pelo Bacen junto ao publico bancário e não bancário. 
Ex.: Esquema das operações de compra e venda de títulos:
		
	1.1: Selic: É a taxa de juros básica da economia. A sua meta é definida pelo COPOM do Bacen. 
2. Depósitos compulsórios: reserva obrigatória dos bancos no Bacen. 
3. Taxa de Redesconto: É a taxa de juros cobrada pelo Bacen nos empréstimos aos bancos comerciais.
A Política Monetária no Brasil: As Metas de Inflação:
No tocante à política monetária o banco central deve definir os seus objetivos, por exemplo a estabilidade de preços ou o pleno emprego dos fatores de produção ou uma combinação de ambos e então deve selecionar metas intermediárias para verificar o resultado esperado da política. Em geral considera-se que o Bacen tem uma função objetivo (utilidade) que ele deve maximizar. As variáveis dessa desta função são a taxa de inflação e a taxa de desemprego. (Gremaud, p288)
O sistema de metas corresponde à definição explicita da taxa de inflação objetivo pelas autoridades monetárias e na atribuição da responsabilidade as autoridades para atingir a meta. Nota-se que esse sistema permite que a política monetária de concentre na busca prioritária de certo nível da inflação e possibilita uma avaliação clara do desempenho da política monetária por meio da comparação entre a meta e a inflação observada.. (Gremaud, p.278)
É um regime monetário no qual o banco central se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente.
Conselho Monetário Nacional (CMN): Responsável por elaborar as políticas monetária e cambial. Órgão responsável pela atribuição das metas de inflação.
Composto pelos ministros da fazenda, do planejamento e pelo presidente do banco central. Atribui uma meta de inflação com uma tolerância para cima e para baixo e faz isto com dois anos de antecedência. Quanto ao Bacen, deve se comprometer a perseguir uma taxa neste intervalo.
Assim o CMN elabora as políticas monetária e cambial e o banco central as implementa pois o BACEN é o órgão executor da política monetária e cambial no Brasil. (Bacha, p.123)
O órgão máximo do sistema é o CMN, formado pelos ministros da fazenda e do planejamento e pelo presidente do banco central. O CMN é o responsável pela definição dos objetivos e metas básicas dos assuntos relacionados à moeda. (Gremaud, p.266)
Copom (Comitê de Política Monetária): Ajuda a garantir o cumprimento das metas através da fixação da taxa de juros de compra e venda de títulos públicos. (Taxa Selic).
O CMN atribui a meta de inflação e normalmente consulta o presidente para isso. Já o órgão responsável pelo ajuste das taxas de juros a cada 45 dias para atender à meta de inflação é o COPOM, órgão do Bacen. A meta é estabelecida com 2 anos de antecedência. 
O COPOM é um órgão do Bacen que reúne o presidente do Bacen e oito diretorias (política monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração) mais alguns departamentos (apenas no primeiro dia).
A meta central de inflação, fixada pelo CMN, deverá ser buscada pelo Banco Central na definição da taxa básica de juros. As decisões sobre a taxa de juros são tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição, em reuniões a cada 45 dias.
Ao subiros juros, o BC atua para conter a demanda da população por produtos e serviços e, deste modo, para tentar impedir a escalada dos preços. Quando baixa a taxa Selic, é porque acredita que a trajetória da inflação está consistente com as metas pré-determinadas pelo CMN.
Metas de inflação menores, deste modo, podem exigir que o BC suba mais os juros, ou baixe-os com menos intensidade, para atingí-las - gerando reflexos no ritmo de expansão econômica e de geração de empregos.
Banco Central Independente: Ajuda a minimizar o risco de intervenções do governo para aumentar a inflação no curto prazo, visando o crescimento da demanda agregada.
Objetivo: Manter a inflação baixa e estável no longo prazo.
Metas de Inflação é uma política econômica onde principal objetivo dos países que adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem um anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo predeterminado e se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá buscar o cumprimento desta meta fixada. Para alcançar a meta estabelecida, muitas vezes pelo Governo, o BC deve utilizar todos os instrumentos possíveis como a taxa de juros, o crescimento da base monetária ou a taxa de câmbio.
Características e Vantagens:
- Anuncio público da meta de inflação com considerável antecedência.
- Um comprometimento institucional de que a estabilidade dos preços será o primeiro objetivo da política monetária.
- Aumentar a transparência da política monetária.
- Aumentar a responsabilidade do Banco Central com o alcance de tal objetivo.
- Impor disciplina para o Bacen e para o governo.
Com o regime de metas, há um aumento da previsibilidade da inflação e com isto se minimiza as incertezas no cálculo econômico, facilitando a tomada de decisões, em especial as decisões de investimento. Fica mais fácil se determinar a taxa de juros de longo prazo, o que facilita o emprestador e o tomador de empréstimo. Também ajuda a impor uma disciplina para o BACEN e para o governo pois há um viés inflacionário no governo que tende a priorizar a variável de crescimento no curto prazo.
No caso de não cumprimento da meta o bicho pega: No caso de a meta não ser alcançada, o presidente do Banco Central do Brasil deve enviar uma Carta Aberta ao Ministro da Fazenda explicando as causas do não cumprimento da meta, as medidas a serem adotadas para assegurar o retorno da inflação aos níveis tolerados e o período necessário para que isso ocorra. Tal procedimento confere maior transparência e credibilidade ao processo de convergência às metas inflacionárias. Foram enviadas Cartas Abertas referentes às inflações de 2001, 2002 e 2003, disponíveis em http://www.bcb.gov.br/?CARTAMETA.
 
O instrumento utilizado pelo BACEN para atingir a meta de inflação é a taxa de juros. No caso brasileiro, a taxa utilizada como referencia é a taxa SELIC, que é a taxa de negociação dos títulos públicos. Mensalmente tem-se a reunião do COPOM composto pela diretoria do BACEN que define o comportamento desta taxa básica de juros, tomando como base o comportamento da economia e as possibilidades de cumprimento das metas estabelecidas. (Gremaud, p290)
Diz-se que esta é a taxa básica da economia porque em geral considera-se o governo como “devedor soberano”, assim os títulos públicos representam o menor risco (o governo tem o poder de tributação) dessa forma, a taxa paga pelo governo seria a taxa básica e os agentes pagariam spreads adicionais conforme o seu risco. Além do risco, outros fatores que contribuem para a diferenciação das taxas de juros é a liquidez e os prazos de maturidade dos títulos. Como as pessoas preferem títulos mais líquidos e com vencimento mais rápido, tais títulos tendem a apresentar taxas de juros menores. (Gremaud p.292 e 293). 
Como o governo determina a taxa selic? A taxa de juros é o preço da moeda e com isso, a mesma é determinada pela relação entre oferta e demanda por moedas. A demanda por moeda apresenta um comportamento mais estável no curto prazo, já a oferta de moeda apresenta uma maior volatilidade. Com isso, ao controlar a oferta de moeda o governo determina a taxa de juros.
O que o Bacen faz é simplesmente anunciar qual a taxa de juros Selic que pretende atingir e ajusta a oferta de moeda para atingir a este patamar. Assim, se o BACEN anuncia um aumento na taxa selic, então ele fatalmente irá retirar dinheiro do mercado. Ao fazer isto, a taxa de juros selic se ajusta ao novo patamar.
A selic é a taxa de juros que permeia os empréstimos interbancários (de bancos para bancos) em curtíssimo prazo (um dia). Como garantia desses empréstimos, o banco oferece títulos públicos do governo que prometem remuneração da própria selic. Desta forma, o risco que antes era do banco passa a ser a do governo (pois o governo pagará os títulos com a mesma taxa que o banco pagaria se não desse o empréstimo).
Quando a taxa de juros cai para a remuneração dos títulos públicos, fica menos atrativo para as pessoas comprar títulos, o que faz com que a população tenha maiores sobras de dinheiro, tendo maior acesso ao crédito, aos investimentos em produção e ao consumo.
http://www.investpedia.com.br/artigo/O+que+e+Taxa+Selic+e+como+ela+influencia+nossas+vidas.aspx
4.Como a Política Monetária afeta o PIB:
No curto prazo, quando a demanda se encontra muito abaixo da oferta de pleno emprego:
Cenário: Momentos de crise econômica e grave recessão.
O banco central procura estimular a economia com...
- A expansão da oferta de moeda.
Porque isto diminuirá a taxa de juros, estimulando o consumo e o investimento (expandindo a demanda) e como consequência, a produção.
Quando a demanda está próxima da oferta de pleno emprego:
Cenário: Demanda superaquecida
O banco central procura conter a demanda deslocando a LM para a esquerda com...
- A retração da oferta de moeda.
Porque isto aumentará a taxa de juros, contendo a demanda e como consequência, a inflação.

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