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INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
I) Conceito geral de ciência: é um conjunto organizado de
conhecimentos relativos a observação de fatos e fenômenos naturais. O
conhecimento científico é desenvolvido com aplicação da metodologia
científica que visa a elaboração de hipóteses testáveis a fim de desenvolver
possíveis explicações da ocorrência dos fatos científicos, a esse conjunto de
argumentações denominamos Teoria Científica. 
II) Conceito da Anatomia como ciência: 
 
É a ciência que estuda a constituição, a conformação, o
desenvolvimento e vários aspectos morfofuncionais do corpo humano
organizado.
 Observação: 
*Sistemática 
*Controlada
 Fatos: 
*Verificáveis 
 Hipóteses: 
*Testáveis 
*Falseáveis
TEORIA CIENTÍFICA
 Conjunto indissociável de 
todos os fatos e hipóteses, 
 harmônicos entre si.
MÉTODO CIENTÍFICO
(Esboço)
Implicações 
Conclusões 
Previsões
 Experimentos 
*Novas observações 
*Análise lógica
Resultados 
corroboram 
 teoria?
Novos Fatos
 Reciclar 
 Hipóteses
NÃO SIM
 “A Anatomia é uma disciplina informativa na medida que fornece
novos conhecimentos que serão de essencial aplicação na atividade
profissional. É normativa na medida que impõe a disciplina de estudo e a
metodologia e precisão de linguagem. É principalmente ético, pela natureza
do material de estudo, o cadáver. Inicia, assim, desde o primeiro contato o
respeito pelo ser humano que deverá caracterizar as atitudes dos
profissionais da saúde.”
III) Etimologia 
A palavra Anatomia é de origem grega, “ana” - significa em partes e
“tome” quer dizer cortar, ou seja, estudo da divisão das partes.
IV) Divisão 
O ser organizado pode ser estudado de várias maneiras, com a
utilização de diferentes enfoques de estudo. Originaram-se então os vários
critérios de divisões da anatomia.
1) Sistêmica - é um conjunto de elementos que possuem entre si
dependência mútua morfofuncional, definindo conceitos de formação e
estrutura anatômica no contexto de todo o organismo.
2) Topográfica ou regional - estuda as estruturas anatômicas próximas
situadas numa determinada região do corpo, mesmo que pertencentes a
sistemas diferentes.
3) Imagem - estuda as estruturas através de suas imagens projetadas
por meios físicos. Exemplos: Radiografia, Ultrassonografia e Topografia
computadorizada, Mamografia, Densitometria óssea, Angiografia, Medicina
nuclear, Ressonância magnética.
4) Comparada - estuda uma mesma estrutura anatômica em diferentes
espécies animais evidenciando suas diferenças e semelhanças, podendo
assim inferir seu grau de parentesco. Através desta análise é possível ainda
compreender as modificações sofridas por uma espécie e examinar
evidências evolutivas e adaptações para a sobrevivência em determinado
ambiente.
5) De superfície – É identificar e reconhecendo as estruturas
anatômicas através do toque ou palpação. Isso requer um conhecimento
amplo da anatomia sistêmica e regional. É importante no exame físico do
paciente com o objetivo de práticas como aplicação de injeções, tomada de
pressão arterial e pulsação, enfim tem enorme aplicação para todos os
profissionais que trabalham em saúde.
V) Métodos de estudo:
Cada uma dessas divisões utiliza, comumente, métodos de estudo
próprios orientados para a sua especialidade, assim temos a dissecação
para a anatomia topográfica; a inspeção, palpação e ausculta para a
anatomia de superfície, filmes radiográficos, tomográficos e de ressonância
magnética na anatomia da imagem, e peças isoladas de diferentes espécies
animais na anatomia comparada. Para conservar e evitar a decomposição,
as peças anatômicas são fixadas em formol e conservadas em formol e fenol
ou em glicerina e para facilitar o estudo podemos injetar as estruturas
tubulares como artérias e veias com substâncias plásticas coloridas. Nas
radiografias podemos utilizar meios de contraste para expor órgãos com
densidades semelhantes. Nas peças de sistema nervoso, em cortes, usamos
métodos de coloração que mostram as diferenças entre substância branca e
substância cinzenta. Mas o principal método de estudo em anatomia é sem
dúvida, a dissecação.
VI) Normas de padronização para estudo e descrições do corpo
humano: 
Como já foi exposto, a anatomia é uma ciência normativa isto é,
determina normas que devem ser seguidas pelos profissionais da área da
saúde para que haja uma padronização universal de comunicação e de
descrições. Assim sendo, temos: a posição anatômica; a terminologia
anatômica; e os planos e eixos do corpo humano e os termos que definem
os movimentos do corpo.
1) Posição anatômica:
 
Por convenção é a posição em que se coloca o corpo humano com a
finalidade de padronizar as descrições a terminologia e as relações de suas
estruturas.
Indivíduo ereto, cabeça voltada para frente, olhar no horizonte,
membros superiores pendentes lateralmente ao corpo, palmas das mãos
voltadas para frente, membros inferiores justapostos com os calcanhares
ligeiramente afastados e os dedos dos pés para frente.
2) Terminologia anatômica:
É uma tendência natural do ser humano dar nomes as coisas para
facilitar a comunicação entre as pessoas.
Como em determinado momento histórico a anatomia se desenvolveu
em centros universitários situados em cidades isoladas umas das outras, as
comunicações entre os pesquisadores eram difíceis, pelas distâncias que os
separavam, pela lentidão dos meios de transporte e pelas diferenças de
idiomas. Desta forma, determinadas estruturas recebiam nomes e descrições
diferentes nas diferentes escolas anatômicas da época. As vezes, a escola
anatômica de uma localidade homenageava um eminente anatomista dando
seu nome a uma estrutura julgando que ele tinha sido o primeiro a descrevê-
la e no entanto, o mesmo ocorria em outra cidade a respeito da mesma
estrutura.
A medida que as dificuldades de comunicações representadas pelas
distâncias, pelos meios de transporte, pela diversidade de línguas iam sendo
superados através do progresso tecnológico, das publicações científicas, dos
Congressos, e dos intercâmbios entre as Escolas Anatômicas, constatou-se,
no final do século XIX, que existiam 50.000 nomes para designar apenas as
5.000 estruturas do corpo humano (cada estrutura tinha em média 10
nomes).
A primeira tentativa concreta de simplificação da nomenclatura ocorreu
em 1895, durante o encontro de anatomistas de vários países europeus na
cidade da Basiléia - Suíça. A relação que resultou dessa reunião chamou-se -
Basle Nomina Anatômica mais conhecida por BNA. Lançada pelos alemães
esse esforço de unificação se foi bem sucedido em países de influência
científica alemã, não conseguiu unanimidade entre franceses e ingleses.
Estes últimos, em 1933, lançariam uma revisão denominada Birmingham
Revision (BR). Nova tentativa de unificação e simplificação dos termos
verificou-se por iniciativa dos alemães na cidade de Yena, Alemanha em
1935 com a Nomenclatura Anatômica de Yena (YNA), mas ainda desta vez
não se conseguiu a pretendida globalização. Em 1939 com a deflagração da
segunda guerra mundial o assunto foi relegado. Finalmente a reunião
decisiva e concreta realizou-se durante o VI Congresso de Anatomia na
cidade de Paris em 1955 ocasião em que foi aprovada a PNA, Nomenclatura
Anatômica de Paris que apesar de algumas modificações introduzidas nos
Congressos de Anatomia subsequentes é a nomenclatura atualmente
adotada universalmente. Ela foi ratificada na cidade de São Paulo em 1997
pela Comissão Federativa da Terminologia Anatômica. Sendo editada em
língua portuguesa em 2001 e será a que adotaremos em nosso curso.
3) Planos e eixos do corpo humano:
A fim de padronizar a comunicação, o entendimento e o aprendizado
nas descrições dos órgãos e dos sistemas,além da posição anatômica e da
terminologia anatômica foram traçados planos e eixos convencionais ao
longo do corpo humano que permitiram essa importante uniformidade
descritiva.
Com o corpo humano em posição anatômica, tracemos planos rentes
às suas superfícies em todos os seus lados. Assim fazendo, podemos
imaginar o corpo humano contido no interior de um paralelepípedo ou de
retângulo, onde tornam-se evidentes os 6 planos de referências:
a) Plano anterior: é vertical passando pela frente do corpo, também chamado
ventral ou frontal anterior, ou coronal anterior.
b) Plano posterior: é vertical passando pelas costas do corpo, também
chamado dorsal ou frontal posterior, ou coronal posterior. 
Todos os planos paralelos e contidos entre esses dois planos são chamados
planos frontais ou coronais.
c) Plano superior: é horizontal passando rente ao couro cabeludo, também
chamado cranial.
d) Plano inferior: é horizontal passando pela planta do pé, também chamado
podálico.
Todos os planos paralelos e contidos entre esses dois planos são chamados
transversais.
e) Plano lateral direito: é vertical tangencial ao lado direito do corpo.
f) Plano lateral esquerdo: é vertical tangencial ao lado esquerdo do corpo.
Todos os planos paralelos e contidos entre esses dois planos são chamados
planos sagitais. O plano sagital que passa exatamente pelo meio do corpo
dividindo-o em metades direita e esquerda chama-se plano sagital mediano.
Unindo-se os dois pontos que ocupam os centros de planos paralelos
obtemos 3 eixos: 
 
Eixo sagital: é o eixo que une o centro do plano frontal anterior ao centro do
plano frontal posterior. Todos os eixos paralelos a ele são ditos sagitais em
qualquer parte, órgão ou articulação do corpo. É heteropolar pois em suas
extremidades temos porções diferentes do corpo.
Eixo longitudinal: é o eixo que une o centro do plano transversal superior ao
centro do plano transversal inferior. Todos os eixos paralelos a ele são ditos
longitudinais em qualquer parte, órgão ou articulação do corpo . É
heteropolar pois em suas extremidades temos porções diferentes do corpo.
Eixo transversal: é o eixo que une o centro do plano lateral direito ao centro
do plano lateral esquerdo. Todos os eixos paralelos a ele são ditos
transversais em qualquer parte, órgão ou articulação do corpo. É homopolar
pois em suas extremidades temos porções semelhantes do corpo.
Esses eixos podem ser transferidos para qualquer parte do corpo
desde que sua orientação seja mantida.
4) Termos de posição: 
Amparados por normas anatômicas padronizadas: de posição, de
terminologia e dos planos e eixos podemos entender os termos de posição
mais usados em anatomia:
Medial = mais próximo do plano sagital mediano
Lateral = mais afastado do plano sagital mediano
Mediano = situado ao longo do plano sagital mediano
Intermédio = entre uma estrutura lateral e uma estrutura medial 
Superior = mais próximo do plano transversal superior
Inferior = mais próximo do plano transversal inferior
Anterior = mais próximo do plano frontal anterior
Posterior = mais próximo do plano frontal posterior
Interno = no interior de uma cavidade
Externo = no exterior de uma cavidade
Proximal = mais próximo da raiz (origem) do membro
Distal = mais afastado da raiz (origem) do membro
Médio = entre proximal e distal, ou entre superior e inferior
Cranial ou cefálico = mais próximo do plano transversal superior
Podálico ou caudal = mais próximo do plano transversal inferior
Superficial = externamente à fáscia muscular (tecido conjuntivo que envolve
os músculos) ou mais próximo da superfície do corpo
Profundo = internamente à fáscia muscular ou mais afastado da superfície do
corpo. 
5) Termos que definem os movimentos do corpo:
Os movimentos envolvem o deslocamento de uma parte do corpo de
um ponto A para o ponto B. Esses movimentos são realizados ao redor dos
eixos fixos, e possui uma direção que identificaremos usando os termos de
posição definidos anteriormente. Tais movimentos envolvem ossos ou partes
do corpo se movendo ao redor de articulações fixas em relação aos eixos
anatômicos principais e ou planos paralelos a estes. 
a) Flexão e extensão: Os movimentos opositores de flexão e extensão
acontecem na direção sagital no plano sagital Mediano, ao redor do eixo
transverso. Flexão, ou “dobrar”, envolve reduzir o ângulo entre dois
segmentos do corpo que participam do movimento. Em contraste, extensão,
ou “esticar”, envolve aumentar o ângulo.
b) Abdução e Adução: Os movimentos de abdução e adução ocorrem na
direção frontal no plano frontal ao redor do eixo anteroposterior.
Abdução, ou afastar um segmento ou estrutura anatômica do centro do
corpo, e em oposição a Adução aproxima o segmento do centro do corpo.
c) Rotação medial e Rotação lateral: A rotação acontece na direção
transversal no plano transverso ao redor de um eixo súpero inferior
(longitudinal ou crânio podálico) que acontece em relação ao plano mediano.
Rotação medial envolve girar a estrutura anatômica na direção do plano
mediano, enquanto rotação lateral envolve o giro na direção contrária da
posição do plano sagital mediano.
Observação: os movimentos de rotação medial da mão é denominado
PRONAÇÃO, e o de rotação lateral é denominado SUPINAÇÃO.
VII) Critérios históricos:
A grande maioria dos termos anatômicos são de origem grega e latina,
sendo que os critérios mais usados para dar nomes às estruturas foram: pela
forma (deltóide, estribo), pela função (supinador, flexor dos dedos), pelo
número de partes (bíceps braquial), pela posição (subclávio), pelos locais de
fixação (coracobraquial), junção de critérios - mistos (função e forma -
pronador redondo).
VIII) Princípios normativos:
Devem orientar a nomenclatura de cada estrutura: ter um só nome - a
língua oficial é o latim (a tradução é permitida) - deve ser curto, simples e
fácil de memorizar - não usar epônimos (nomes de pessoas) - adotar nomes
semelhantes para estruturas vizinhas. 
XI) Tipos constitucionais:
Os indivíduos humanos apresentam, durante o desenvolvimento,
diferenças físicas em sua conformação, geralmente, de causas hereditárias,
endócrinas e ambientais conciliando genótipos e fenótipos, resultando
naquilo que denominamos de tipos constitucionais ou biótipos, e que são 3:
longilíneo, brevilíneo e mediolíneo.
Principais características:
1) Longilíneo: apresenta pescoço longo, tórax achatado ântero-posterior
mente, existe predominância do tórax sobre o abdome, o tamanho dos
membros predomina em relação ao tronco. Em geral, mas não
necessariamente, são altos e magros.
2) Brevilíneo: apresenta pescoço curto, tórax cilíndrico, existe predominância
do abdome sobre o tórax, o tamanho do tronco predomina em relação aos
membros. Em geral, mas não necessariamente, são baixos e obesos.
3) Mediolíneo: características intermediárias entre os dois tipos anteriores.
XII) Conceitos de normal, variação e anomalia em anatomia:
1) Conceito de normal: é um conceito estatístico e funcional. Uma estrutura é
normal em anatomia quando sua apresentação é a mais frequente e está
apta para a função.
2) Conceito de variação: uma estrutura é considerada variação quando sua
apresentação não é a mais frequente na população mas está apta para a
função. (ex. feixes musculares supranumerários).
3) Conceito de anomalia: é a estrutura pouco frequente e não está apta para
a função (ex. dedos e costelas supranumerários).
4) Conceito de monstruosidade: é a estrutura que apresenta, várias e graves
anomalias que, em geral, no conjunto tornam a vida impossível (ex.
anencefalia). Pertence a outro campo de estudo chamado Teratologia. 
 
XIII) Fatores Gerais de Variação:
O aparecimento de variações (estruturas pouco freqüentes, mas aptas
para a função) no ser humano é de grande aplicação na atuação profissional
principalmenteno exame físico dos pacientes, cirurgias, processos invasivos
de diagnóstico e de tratamento. As variações podem ser individuais e
condicionadas.
Individuais são aquelas que aparecem em determinadas pessoas não
estando relacionadas com os fatores gerais que predispõem o aparecimento
de variações.
Condicionadas são aquelas que aparecem influenciadas pelos fatores
gerais de variação, que passaremos a expor.
1) Idade: modificações anatômicas influenciadas pela idade, ex. a
presença do timo em crianças e a sua regressão nos adultos condicionam
um rearranjo das estruturas (vasos, nervos) entre o pescoço e o tórax;
modificações ósseas no idoso podem contribuir para o aparecimento de
variações.
2) Sexo: Não são consideradas as diferenças oriundas do evidente
dimorfismo sexual (caracteres sexuais primários e secundários). Mas a
diferente disposição da tela subcutânea, a presença de genitais diferentes
podem, em alguns indivíduos, favorecer o aparecimento de variações em
estruturas que habitualmente são semelhantes de ambos os sexos,
exemplo: a proeminência laríngea, mais saliente nos homens, as
evidentes diferenças anatômicas entre as pelves dos dois sexos podem
condicionar diferenças de trajeto de nervos e de vasos.
3) Grupo étnico: brancos, negros e amarelos podem apresentar variações
relacionadas ao seu grupo étnico, exemplo: músculo piramidal na parede
abdominal é mais frequente em brancos.
4) Biótipo: a forma de determinados órgãos pode estar relacionada ao
biótipo ex. estômago em J dos longilíneos, o pescoço curto dos
brevilíneos pode condicionar diferenças de situação e trajeto em
estruturas anatômicas.
5) Lado: podem aparecer diferenças de trajeto de algumas estruturas em
função do lado ex. o nervo laríngeo recorrente no pescoço apresenta
diferenças de trajeto nos dois lados, o que pode condicionar diferenças
em outras estruturas próximas. 
 
6) Evolução: diante de sucessivas mudanças na civilização, podem surgir
novas adaptações anatomofuncionais, ex. a margem supraorbital
apresentou muitas diferenças, a mandíbula, pode sofrer modificações pela
mudança dos hábitos alimentares.
7) Meio ambiente: clima, alimentação, altitude, latitude etc. podem
também ser condicionantes de variações. São frequentes as publicações
científicas comparando povos que vivem em regiões diferentes, exemplos:
índios, esquimós, caucasianos.
XIV) Princípios gerais de construção do corpo humano:
Célula é a unidade anatomofuncional do ser vivo, uma reunião de
células semelhantes constitui um tecido, a reunião de tecidos diferentes
forma um órgão, o conjunto de órgãos afins chama-se sistema e a reunião de
sistemas afins forma um aparelho, exemplos osteócito (célula), tecido ósseo
(tecido), osso (órgão), o conjunto dos ossos (sistema), ossos, articulações e
músculos esqueléticos (aparelho) 
O corpo humano apresenta alguns princípios de construção que
constituem verdadeiras normas gerais observadas na formação de seus
diversos componentes.
Antimeria: é o princípio pelo qual o corpo humano é constituído por metades
chamadas antímeros, aparentemente simétricas externamente mas de
evidente assimetria interna. A aparente simetria externa pode ser avaliada
observando separadamente as metades de uma fotografia da face. A
evidente assimetria interna é comprovada pela situação do coração, fígado,
pulmões, colo sigmoide etc.
Metameria: é o princípio de construção pelo qual o tronco é constituído pela
superposição de segmentos transversais semelhantes chamados
metâmeros, pe. vértebras, costelas.
Paquimeria: é o princípio de construção pelo qual o tronco é constituído
ântero-posterior mente por dois tubos contíguos chamados paquímeros, o
tubo anterior é maior contém as vísceras daí o nome paquímero ventral ou
visceral, o tubo posterior é menor contem o sistema nervoso central daí o
nome paquímero dorsal ou neural.
Estratificação: é o princípio de construção pelo qual o corpo humano (e seus
órgãos) é constituído pela superposição de camadas de tecidos.
Segmentação: é o princípio observado em muitos órgãos do corpo humano
pelo qual um órgão é subdivido em partes chamados segmentos dotadas de
certa autonomia anatômica e funcional
EXERCÍCIOS
1 A anatomia exige um vocabulário clínico que define posição,
movimentos, relações e planos de referência. Pela convenção, as
descrições anatômicas do corpo humano são baseadas em uma pessoa
parada na “posição anatômica”. Diga como essa posição é definida:
2 As regiões do corpo são definidas utilizando os termos originais em
latim ou em grego, embora, atualmente, exista convenção nos países
que falam Inglês que utilizam termos mais familiares. Entretanto, alguns
dos termos originais ainda são utilizados e vistos em livros-texto. As
imagens a seguir mostram algumas das principais regiões e áreas
específicas do corpo humano que são geralmente utilizadas em
anatomia e no ambiente clinico, defina quais são elas:
3. As descrições anatômicas fazem referência a um dos quatro planos
corporais que passam através do corpo humano em posição anatômica.
Identifique na figura A três destes planos corporais. Na figura B, identifique
os termos de relação
4. Os movimentos do corpo ocorrem nas junções, os pontos de
articulação entre dois ou mais ossos adjacentes. Geralmente, quando nos
referimos aos movimentos do corpo, nos focamos nos movimentos
exercidos sobre uma articulação a partir da contração (encurtamento
físico) do músculo esquelético. Nas imagens o círculo correspondente ao
movimento numerado, identifique quais são esses movimentos.

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