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1 Fitopatologia Geral SINTOMATOLOGIA Prof.: Fabio Nascimento da Silva Etiologia FITOPATOLOGIA Epidemiologia Sintomatologia Sintomas e Sinais Diagnose Patógenos Fungos, Bactérias, Fitoplasmas, Nematoides, Vírus, Viróides Epidemias DIAGNOSE ✓ Avaliação e caracterização de sintomas e sinais ✓ Desenvolvimento dos sintomas (Quadro sintomatológico) ✓ Identidade do agente etiológico ❖ Diagnóstico indireto – Sintomas ❖ Diagnóstico direto – Sinais Qualquer manifestação da planta a um agente nocivo SINTOMAS Bifurcação (Meloidogyne spp.) Verrugose do abacateiro (Sphaceloma perseae) São estruturas do patógeno exteriorizadas no tecido doente. Geralmente estão associados as lesões e ocorrem num estádio mais avançado da infecção. SINAIS RECONHECIMENTO DOS SINTOMAS ✓ Inspeção visual; ✓ Tato; ✓ Olfato; ✓ Paladar; SINTOMAS 1 2 3 4 5 6 2 CLASSIFICAÇÃO DOS SINTOMAS ✓ Localização dos sintomas; ✓ Tipo de alteração induzida no hospedeiro; ✓ Estrutura ou processo afetado. SINTOMAS 1) Localização dos sintomas: 1.1) Sintomas primários– SINTOMAS 1.2) Sintomas secundários ou reflexos Ex.: ✓ Podridões radiculares ❖ Destruição do córtex radicular (primário) ❖ Amarelecimento, murcha e morte (secundário) ✓ Murchas ❖ Destruição/descoloração dos vasos condutores (primário) ❖ Amarelecimento e murcha (secundário) SINTOMAS Primário Secundário 2) Tipo de alteração produzida no hospedeiro 2.1) Sintomas habituais - Alteração no hábito de crescimento (diferente da forma normal de crescimento). Ex.: Galhas; Superbrotamento; Nanismo; Epinastia; Tubérculos aéreos. SINTOMAS 7 8 9 10 11 12 3 SINTOMAS 2.2) Sintomas lesionais - Destruição ou morte localizada das células Ex.: Manchas foliares; Cancro; Antracnose. SINTOMAS 3) Estrutura ou processo afetado 3.1) Sintomas fisiológicos 3.1.1) Utilização direta de nutrientes pelo patógeno: Ex.: Em centeio, a produção de grãos é inversamente proporcional à produção de escleródios de Claviceps purpurea. SINTOMAS 3.1.2) Aumento na respiração do hospedeiro: Ex.: plantas de trigo infectadas por Ustilago tritici, ocorre um aumento de 20% na taxa de respiração em relação a plantas sadias. SINTOMAS 13 14 15 16 17 18 4 3.1.3) Alteração na transpiração do hospedeiro: SINTOMAS 3.1.4) Absorção de água e nutrientes Pythium e Fusarium em milho SINTOMAS 3.1.5) Redução da área fotossintética Xanthomonas axonopodis em Eucalipto SINTOMAS 3.2) Sintomas histológicos/citológicos ✓ Alteração na estrutura, forma ou disposição das células: ❖ Vacuolose – formação anormal de vacúolos, citoplasma, núcleos e plastídeos ❖ Granulose – produção de partículas granulares ou cristalinas ❖ Plasmólise – perda de turgescência ❖ Citólise – separação de células individuais, dissolução da lamela média SINTOMAS 3.3) Sintomas morfológicos ou externos São alterações visíveis na forma ou anatomia dos órgão da planta decorrente da ação de patógenos. ESTAS ALTERAÇÕES PODEM SER NECRÓTICAS OU PLÁSTICAS SINTOMAS 3.3.1) Sintomas necróticos ✓ Plesionecróticos: ❖ Fase de degeneração do protoplasma; ❖ Precede a morte celular. ✓ Holonecróticos: ❖ Podem se desenvolver em qualquer parte da planta doente; ❖ São característicos da morte das células; ❖ Provoca alterações na coloração do órgão afetado. SINTOMAS 19 20 21 22 23 24 5 PLESIONECRÓTICOS AMARELECIMENTO ✓ Causado pela destruição da clorofila (destruição do pigmento ou dos cloroplastos); ✓ Sintoma frequentemente encontrado nas folhas e com intensidade variável, desde leve descoramento do verde normal até amarelo brilhante; ✓ Ex.: Queima das folhas do inhame -Curvularia eragrostidis ✓ Também conhecido por "anasarca", caracteriza-se pela condição translúcida do tecido encharcado devido à perda de água das células para os espaços intercelulares; ✓ É a primeira manifestação de muitas doenças com sintomas necróticos, principalmente aquelas causadas por bactérias; ✓ Ex. Xanthomonas campestres pv. passiflorae. ENCHARCAMENTO MURCHA ✓ Estado flácido das folhas ou brotos devido à falta de água, geralmente causada por distúrbios nos tecidos vasculares e/ou radiculares; ✓ Ex.: mamona e Ralstonia solanacearum HOLONECRÓTICOS ✓ Caracterizado por lesões necróticas nos tecidos corticais de caules, raízes e tubérculos; ✓ Os cancros também podem ser observados em folhas e frutos; ✓ Ex.: Cancro cítrico – Xanthomonas axonopodis pv. Citri; e Fraxinus excelsior – Pseudomonas savastanoi CANCRO 25 26 27 28 29 30 6 CRESTAMENTO ✓ Também denominado "requeima", refere-se à necrose repentina de órgãos aéreos (folhas, flores e brotações); ✓ Ex.: crestamento das folhas do tomateiro, causado por Phytophthora infestans. TOMBAMENTO ✓ Também denominado "damping-off", caracteriza-se pelo tombamento de plântulas, resultado da podridão de tecidos tenros da base do caulículo;. ✓ Ex.: tombamentos causados por fitopatógenos habitantes do solo, como Rhizoctonia solani e Pythium spp. ✓ Caracterizado pelo descoramento da epiderme e de tecidos adjacentes em órgãos aéreos, parecendo que este foi escaldado por água fervente; ✓ Ex.: Escaldadura da folha de arroz causada por Gerlachia oryzae. ESCALDADURA ✓ Lesão alongada, estreita, paralela à nervura das folhas de gramíneas. ✓ Ex: Folhas de cana-de-açúcar com estria vermelha, causada por Pseudomonas rubrilineans. ESTRIA ✓ Exsudação de goma a partir das lesões. Ex.: Gomose do pessegueiro - Botryosphaeria dothidea GOMOSE ✓ Morte de tecidos foliares, que se tornam secos e pardos; ✓ A forma das manchas foliares varia com o tipo de patógeno envolvido; ✓ Ex.: manchas necróticas em eucalipto – Mycosphaerella e beterraba - Cercospora beticola MANCHA 31 32 33 34 35 36 7 ✓ Morte progressiva de ponteiros e ramos jovens de árvores. ✓ Ex: morte dos ponteiros da mangueira, causada por Lasiodiplodia theobromae. MORTE DOS PONTEIRTOS ✓ Aparece nas fases finais de certas doenças de frutos, caracterizando-se pelo secamento rápido de frutos apodrecidos, com consequente enrugamento e escurecimento, formando uma massa dura, conhecida como múmia. ✓ Ex.: podridão parda do pessegueiro, causada por Monilinia fructicola. MUMIFICAÇÃO ✓ Queda de tecidos necrosados em folhas, provocada pela formação de uma camada de abscisão ao redor do sítio de infecção; ✓ Ex: Folha de pessegueiro com chumbinho, causado por Stigmina carpophila (=Wilsonomices carpophila). PERFURAÇÃO ✓ Aparece quando o tecido necrosado encontra-se em fase adiantada de desintegração; ✓ Ex.: Podridão de batata (Fusarium spp.) PODRIDÃO ✓ Caracterizado por pequena mancha necrótica, com elevação da epiderme, que se rompe por força da produção e exposição de esporos do fungo. ✓ Ex: Ferrugens em vários hospedeiros. PÚSTULA ✓ Exsudação anormal de resina a partir das lesões em coníferas. ✓ Ex.: Thielaviopsis paradoxa RESINOSE 37 38 39 40 41 42 8 ✓ Secamento e morte de órgãos da planta, diferenciando-se do crestamento por se processar mais lentamente. ✓ Ex.: seca da mangueira, causada por Ceratocystis fimbriata. SECA E MORTE 3.3.2) Sintomas Plásticos ✓ Anomalias no crescimento, multiplicação ou diferenciação de células vegetais, geralmente levam a distorções nos órgãos da planta. ❖ hipoplásticos; ❖ hiperplásticos. HIPOPLÁSTICOS ✓ Falta da produção de clorofila, apresentando-se, geralmente, como variegações brancas nas folhas, mas podendo, em certos casos, tomar todo o órgão; ✓ Ex.: Vírus em Catléia. ALBINISMO ✓ Esmaecimento do verde em órgãos clorofilados, decorrente da falta de clorofila. ✓ Ex.: Clorose variegada dos citros - Xylella fastidiosa. CLOROSE 43 44 45 46 47 48 9 ✓ Sintoma complexo, que embora seja classificado como hipoplástico pela falta de produção de clorofila, envolve hiperplasia das células, com alongamento do caule. ✓ Ex.: Estiolamento do caupi (Deficiência de luz) ESTIOLAMENTO ✓ Também conhecido por "nanismo", refere- se à redução no tamanho daplanta toda ou de seus órgãos. ✓ Ex.: Fitoplasma e espiroplasma em milho ENFEZAMENTO ✓ Áreas cloróticas aparecem intercaladas com áreas sadias (verde mais escuro); ✓ Sintoma característico de viroses. MOSAICO ✓ Caracteriza-se pelo encurtamento dos entrenós, brotos ou ramos, resultando no agrupamento de folhas em rosetas. ROSETA HIPERPLÁSTICOS ✓ Mudança de cor da epiderme, que fica com cor de cobre (bronzeada) devido à ação de patógenos. ✓ Ex.: Enrolamento da folha da videira (Closterovirus) BRONZEAMENTO 49 50 51 52 53 54 10 ✓ Também conhecido como "encrespamento", consiste de uma deformação de órgãos da planta, resultado do crestamento (hiperplasia ou hipertrofia) exagerado de células, localizado em apenas uma parte do tecido; ✓ Ex.: Folhas de pessegueiro com crespeira, causada por Taphrina deformans. ENCARQUILHAMENTO ✓ Curvatura da folha ou do ramo para baixo, devido à rápida expansão da superfície superior desses órgãos. ✓ Ex.: Epinastia em macieira causada por Apple stem pitting virus. EPINASTIA ✓ Desenvolvimento anormal de tecidos de plantas resultante da hipertrofia e/ou hiperplasia de suas células. ✓ Ex.: galhas nas raízes de vários hospedeiros causadas por Meloidogyne spp. e galhas em rosáceas causadas por Agrobacterium tumefaciens GALHA ✓ Ramificação excessiva do caule, ramos ou brotações florais. ✓ Ex.: plantas de cacaueiro com vassoura- de- bruxa, causada por Crinipellis perniciosa. SUPERBROTAMENTO ✓ Crescimento excessivo de tecidos epidérmicos e corticais, geralmente modificados pela ruptura e suberificação das paredes celulares; ✓ Caracteriza-se por lesões salientes e ásperas em frutos, tubérculos e folhas. ✓ Ex.: Verrugose em citros, causada por Elsinoe spp.; e a Lixa do coqueiro causada por Sphaerodothis sp. VERRUGOSE “O diagnóstico baseado unicamente em sintomas pode conduzir ao diagnóstico equivocado”. 55 56 57 58 59 60
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