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AVALIAÇÃO PRONTA PSICOLOGIA JURÍDICA _ PROFESSORA ANA MARIA

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BOA SORTE!!! 
“Exija teus direitos com a mesma intensidade que cumpre os teus deveres.” ArnaldoR.Luque 
AVALIAÇÃO PSICOLOGIA JURÍDICA – NP2 
 
PROFESSOR: ANA MARIA COUTO DE PRADA 
ALUNO (a): DAISY REIS PEREIRA Matrícula: 
Data: 08/06/20 
TURMA 1 PERÍODO NOITE
à 
 
Data máxima para devolução à prof.ª: 10/06/20 (amfiocruz@gmail.com) 
 
 
 
O SUJEITO DE DIREITO E O APARATO PSÍQUICO: LEI, COMPORTAMENTO HISTÓRIA E 
INCONSCIENTE. 
 
LEI, CULTURA E SUBJETIVIDADE. 
 
 Refletimos sobre o que nos faz humanos e sobre a importância do direito para isso, podemos constatar 
que o ser humano é imerso na cultura. Não somos simples animais, somos, como já dizia Aristóteles, animais 
sociais. Vivemos em sociedade e somos, portanto, obrigados a atender suas normas. Sem exagero podemos 
dizer que as normas nos fazem humanos. Mas, que normas são essas? Ora, normas não são necessariamente 
leis. Existem os costumes, existe a moral e existem outras normas que nos obrigam a guardar os limites que a 
cultura humana nos impõe. Assim, o ser humano, desde que nasce, deve aprender a falar já que toda cultura se 
expressa pela fala e pelo fato de que a criança, desde que nasce deve apreender a decifrar as palavras que lhe 
são dirigidas. Não só isso. A criança vai aprender, aos poucos, a falar ao invés de agir. 
Mais ainda, o fato de sermos como humanos seres da fala, nos confere uma identidade, no sentido 
jurídico e psíquico. Ter um nome é fundamental para uma criança. É um direito tão elementar que nas mais 
diversas culturas há um rito para se dar um nome ao ser humano que acaba de nascer. O nome identifica a 
família à qual pertence e, numa sociedade patriarcal identifica o pertencimento ao pai. “O nome de um 
homem,” diz Sigmund Freud em sua obra Totem e Tabu, “é o componente principal de sua personalidade, 
talvez mesmo uma parte de sua alma.” [1] Ser humano significa receber as benesses da cultura, mas também 
seus limites. 
Como juristas estudamos o conjunto de normas e princípios que formam os limites de nosso ser como 
humanos. A questão de como a cultura nos influencia na nossa maneira de pensar, sentir, agir e como, mais 
ainda, contribui para a constituição e o funcionamento de nosso aparato psíquico, é abordada pelas diversas 
teorias no campo do saber que constitui a psicologia. Apresentamos, a seguir, uma pequena introdução acerca 
de três linhas teóricas a respeito da psique humana que são bastante difundidas no Brasil, quais sejam: o 
behaviorismo (Burrhus Frederic Skinner), a psicologia sócio-histórica (Lev Vygotsky) e a psicanálise (Sigmund 
Freud). 
 
BURRHUS FREDERIC SKINNER E O COMPORTAMENTO COMO PONTO DE PARTIDA DO 
ESTUDO DA PSIQUE: BEHAVIORISMO 
 
O estudo do comportamento (do inglês behavior) é o cerne de uma corrente na psicologia que estuda a 
psique humana baseando-se num método científico experimental. A intensão de John B Watson, fundador do 
behaviorismo, era dar à psicologia um estatuto de objetividade, separando-a da filosofia. Objeto da psicologia 
http://www.frasesfamosas.com.br/usuario/58560/frases/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA SORTE!!! 
“Exija teus direitos com a mesma intensidade que cumpre os teus deveres.” ArnaldoR.Luque 
AVALIAÇÃO PSICOLOGIA JURÍDICA – NP2 
 
PROFESSOR: ANA MARIA COUTO DE PRADA 
ALUNO (a): DAISY REIS PEREIRA Matrícula: 
Data: 08/06/20 
TURMA 1 PERÍODO NOITE
à 
 
Data máxima para devolução à prof.ª: 10/06/20 (amfiocruz@gmail.com) 
 
é, portanto, o comportamento “entendido como interação entre indivíduo e ambiente”. [2] O cientista mais 
importante dessa escola da psicologia é Burrhus Frederic Skinner, conhecido suas experiências sobre as 
possibilidades de modificação do comportamento. 
O behaviorismo distingue o comportamento basicamente entre comportamento respondente e 
comportamento operante. Quem corta uma cebola e, consequentemente, chora, recebeu um estímulo que 
provocou um reflexo. Chorar cortando cebola é um comportamento não apreendido, reflexo ou respondente. 
Diferentemente, o comportamento operante provoca efeitos sobre o mundo ao redor. Ele permite que o 
ambiente se modifique. O comportamento operante visa o aprendizado, sobretudo pela satisfação. Embora as 
penas também modifiquem o comportamento, consideradas contraproducentes são pouco preconizadas. 
Há, para os behavioristas, portanto, a possibilidade de uma modificação do comportamento pela 
modificação cognitiva. As terapias cognitivo-comportamentais identificam e corrigem certos padrões de 
pensamento para modificar o comportamento. Algumas ações do indivíduo são mantidas ou não, de um lado, 
pelo reforço, e, de outro lado, pela punição. Os reforços podem ser primários (água, alimento, afeto) ou 
secundários (dinheiro, reconhecimento social). Para a corrente behaviorista, a modificação do comportamento 
pela punição pode provocar a esquiva e a fuga. Vale lembrar que, por essa razão, o behaviorismo, muito 
discutido e aplicado na educação, foi responsável pela abolição das penas vexatórias nas escolas dos Estados 
Unidos. O estudo do behaviorismo pode também contribuir para uma crítica do sistema penal. 
 
LEV VYGOTSKY E A HISTÓRIA 
 
Para o psicólogo russo Lev Vygotsky que viveu e atuou durante a Revolução Russa, no início do século 
XX, não há uma natureza humana. A biologia de nosso corpo é superada pela cultura. Vivemos todos, portanto, 
dentro de uma condição humana histórica e cultural que vai ser fundamental para nossa formação psíquica. A 
cultura nos permite construirmos nossos instrumentos de satisfação e nossa realidade psíquica é construída a 
partir da linguagem, é, portanto cultural. Os animais não tem vida social e cultural, porque não vivem em 
sociedade e não falam. 
No entanto, não há para Vygotsky uma só linguagem e uma só possibilidade do pensamento humano. 
Dependem da classe social, na qual vivemos, e da situação histórica na qual nos encontramos. Consciência e 
comportamento são intimamente ligados e se inserem na história que está em constante transformação. Assim, 
as mudanças que cada um pode sofrer ou provocar na vida dependem de suas condições de vida. 
Há uma diferença, por exemplo, se vivemos numa comunidade abastada ou não. As condições sociais 
são diferentes e, portanto, também nossas condições culturais. A transformação dessas condições depende de 
categorias que para a psicologia sócio histórica são fundamentais: 
 
Atividade. O ser humano transforma o mundo ativamente. Transformando o mundo, transforma a si mesmo. 
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BOA SORTE!!! 
“Exija teus direitos com a mesma intensidade que cumpre os teus deveres.” ArnaldoR.Luque 
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Data: 08/06/20 
TURMA 1 PERÍODO NOITE
à 
 
Data máxima para devolução à prof.ª: 10/06/20 (amfiocruz@gmail.com) 
 
Consciência. A consciência representa a reflexão que o ser humano faz sobre a vida, enquanto ele a 
transforma. 
Identidade. A identidade “reúne na consciência as ações, os projetos, as relações as noções e os julgamentos 
sobre si.”[3] 
Relações sociais. Como foi dito acima, somos afetados pelas relações sociais. Seus símbolos e suas imagens 
contribuem para a formação e a transformação de nossa consciência. 
Vale lembrar que a psicologia sócio histórica é a base teórica de inúmeros projetos culturais presentes na 
periferia das cidades brasileiras que visam, pela ação cultural, transformar a consciência e o ambiente 
principalmente dos jovens que moram nessascomunidades. 
 
SIGMUND FREUD E O INCONSCIENTE 
 
Quando Sigmund Freud, médico neurologista que praticava a medicina em Viena, na Áustria, no final do século 
XIX, começou a atender seus primeiros pacientes, percebeu que estes apresentavam sintomas para os quais a 
medicina não tinha explicação. Pacientes com dores no corpo, falta de ar ou comportamentos estranhos o 
procuravam muitas vezes, quando não havia mais cura pelos métodos convencionais da medicina. Foi uma 
paciente de Joseph Breuer, seu amigo e supervisor, quem inventou o que ele chama de “método catártico”. O 
paciente fala ao médico de seus problemas e assim descobre a origem de seus sintomas nos conflitos amorosos 
de sua infância. 
 
PRIMEIRA TÓPICA 
 
A partir de sua clínica, Freud descobre que nossos amores e ódios reprimidos nos adoecem, porque não 
são vividos, mas sim, recalcados no que chama de inconsciente. Nos primeiros anos a partir da descoberta 
do inconsciente, Freud distingue entre a consciência, como percepção da realidade por imagens e símbolos e o 
inconsciente, lugar do “recalque” de experiências traumáticas, desejos reprimidos e pulsões que buscam 
satisfação. Esses desejos reprimidos “voltam” do inconsciente desfigurados para serem percebidos. 
Para Freud existem basicamente quatro maneiras como o inconsciente se manifesta, quatro formações do 
inconsciente: Os sonhos, os atos falhos, os chistes e os sintomas. 
 
SEGUNDA TÓPICA 
 
Mais tarde, já no século XX, Freud vai refinar seu “mapa” do inconsciente, distinguindo entre o “eu”, 
lugar da consciência, o id, o inconsciente e o “superego”, a instância moral que reside tanto na consciência 
quanto no inconsciente. O superego é o representante da autoridade paterna. Formamos o superego para evitar 
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Data: 08/06/20 
TURMA 1 PERÍODO NOITE
à 
 
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desprazer, pois o recalque não é capaz de manter nossos desejos recalcados sob controle. A segunda tópica 
de Freud e o superego será objeto de outra aula. 
 
REFERÊNCIAS 
[1] FREUD, S. Totem e Tabu. (1912-13) Obras completas. Vol. 13. Rio de Janeiro: Imago, 2006. Cap. IV. O 
retorno infantil do totemismo. Disponível em: 
<http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/clubedeleituras/upload/e_livros/clle000164.pdf>, Acesso em 
30.08.2012 
[2] BOCK, A.M.B. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 59. 
[3] BOCK, A.M.B. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 80. 
 
 
 QUESTÃO DISSERTATIVA: 
Como cada uma das três teorias apresentadas no texto acima sobre o aparato psíquico, vê a relação do 
ser humano com a realidade? 
 
Inicialmente cumpre destacar que de acordo com a sequência dos textos, me propus 
a delimitar as teorias behaviorista, Vygotsky e a freudiana sob uma análise da construção a 
partir do aparato psíquico quanto a sua visão do ser humano com a realidade. 
Neste sentido, quanto ao behaviorismo, trataremos enquanto a teoria skinneriana, 
sendo esta um ambiente afeta a um organismo, bem como antes, de esse organismo 
responder, através do processo de estímulo e resposta, com um resultado. Estamos diante 
de um uma resposta comportamental, isso em decorrência do fenômeno da generalização 
que os seres humanos conseguem implementar quando das suas relações com o ambiente. 
É um processo de interação com o ambiente que o organismo terá condições de perceber e 
diferenciar os vários estímulos decorrentes das contingências ambientais e, desta forma, se 
comportar. 
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Porquanto, o homem age no mundo em decorrência das consequências positivas ou 
negativas de seu comportamento e, diante disso, não se pode pensar o ser humano 
simplesmente submetido ao ambiente de forma passiva, pois os mesmos não estão apenas 
"atentos" ao mundo, mas respondem de forma idiossincrática, implicando em afirmar que o 
ser humano é produto do processo de aprendizagem vivido ao longo de sua vida. 
Por fim, o behaviorismo é voltado à construção de comportamentos que ampliam as 
capacidades do ser humano, de forma a garantir seu espaço na sociedade e não 
exclusivamente os submeter as contingências do ambiente. 
Notadamente com relação a teoria vigotskiana, esta permite entender que a natureza 
do psiquismo humano representa uma síntese das relações construídas em sociedade, que 
são interiorizadas pelo sujeito e convertidas em órgãos de sua individualidade. O 
desenvolvimento do psiquismo humano está intimamente relacionado ao processo de 
relações realizadas com o outro, pois é nesse momento o meio para dominar, dirigir e 
orientar as ações humanas. Os teóricos fundamentaram seus pressupostos numa ampla 
compreensão de cultura, valorizando o homem como sujeito do processo de construção da 
realidade objetiva e subjetiva, privilegiando a linguagem socialmente construída, como um 
sistema de signos e mediador por excelência da construção das funções psicológicas 
eminentemente humanas. 
Quanto a teoria de Sigmund Freud, visa o estudo da mente e tem como foco o 
inconsciente do indivíduo, visto que o inconsciente se expressa de modo velado no 
consciente. Assim, o inconsciente pode, por exemplo, manifestar-se nos atos falhos e 
sonhos. É uma espécie da conscientização do inconsciente. De acordo com Freud, 
http://www.frasesfamosas.com.br/usuario/58560/frases/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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demonstrar a linguagem é um fenômeno necessário para a realidade humana e, ao mesmo 
tempo, que o homem tem pouco domínio conceitual. Sustenta uma distinção entre realidade 
externa e realidade psíquica, para tanto uma compreensão da realidade externa se faz 
interna. A realidade psíquica como realidade que interessa demonstra que a relação do 
sujeito com a realidade já é efeito da forma como esse sujeito se articula no laço social, ou 
seja, do modo como ele se dirige ao outro. 
Por fim, Freud, alicerça que a apreensão humana da realidade está submetida a uma 
condição primordial, ou seja, o sujeito está à procura de determinado objeto, mas nada pode 
levá-lo a ele. Assim, a realidade, enquanto sustentada pelo desejo, é de início, alucinada. A 
busca do objeto perdido supõe distinções entre realidades, definidas por oposições entre 
interior/exterior, indiferente/diferente, prazer/desprazer, que se referem à relação do sujeito 
com o campo do Outro, cujo operador fundamental é a prova de realidade. 
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